24 resultados para territorialisation


Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

As mudanças nas formas de apropriação do espaço na região do Vale do Ribeira têm proporcionado metamorfoses da territorialidade de populações camponesas. É nessa conjuntura que a luta pela terra de trabalho ganha nova expressão: resistência e permanência no território ancestral por meio da construção da identidade quilombola. Portanto, a territorialização da comunidade remanescente de quilombo Porto Velho é analisada frente aos desafios e estratégias de resistência para permanecer no território ancestral. O histórico de origem deste bairro rural identifica estes sujeitos sociais como descendentes dos escravos que habitavam estas terras desde 1860. Todavia, entre as décadas de 1950 e 1980, houve um período importante de submissão e relações de trabalho precárias a fazendeiros e terceiros. No final dos anos 1980, os camponeses enfrentaram ameaças que culminaram em expropriações e expulsões de boa parte dos quilombolas do território. No contexto marcado pela emergência do conflito, o grupo negro se organiza e inicia a luta pela terra com apoio da Pastoral da Terra, MOAB e EAACONE. A pesquisa sobre a população remanescente de quilombo Porto Velho, situada no município de Iporanga (SP), refletiu a perspectiva geográfica de como estes sujeitos sociais constroem suas relações no território quilombola, sua organização comunitária e sociabilidade, e as transformações no âmbito material e imaterial. Trata-se de um estudo cuja metodologia é constituída por trabalhos de campo, entrevistas, pesquisa bibliográfica e documental. O estudo realizado identificou a complexidade do processo de transformação deste território quilombola na busca por autonomia e liberdade. Os impactos de novas demandas, justapostas sobre o território e sobre a vida destes sujeitos sociais, trouxeram a necessidade de criar e recriar estratégias para a conservação de costumes e de luta pela terra e permanência no território que habitam há gerações. Entende-se que neste processo de conflitos por terra, a lógica imposta pelo capital não só provocou forte transformação no território ancestral, como ofereceu situação de risco social e cultural à própria sobrevivência da comunidade quilombola.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

En este artículo, se analizan los principales cambios que se han dado en un territorio donde se implementó una reforma agraria en los años sesenta del siglo pasado, lo que permitió el acceso a la tierra por parte de los campesinos indígenas y el inicio de un proceso de "territorialización" sobre un importante espacio rural ubicado en el cantón Cayambe, provincia de Pichincha, Ecuador. Interesa sobre todo resaltar la estrategia campesina de ocupación de un territorio de hacienda y su transformación en un territorio de agriculturas familiares campesinas orientadas a la producción de leche y articuladas con las agroindustrias locales. Este proceso ha significado una mayor complejidad del territorio ahora liderado por una dinámica económica externa, lo que ha generado cambios importantes en las estrategias económicas, sociales y culturales de las familias indígenas.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

En este artículo, se analizan los principales cambios que se han dado en un territorio donde se implementó una reforma agraria en los años sesenta del siglo pasado, lo que permitió el acceso a la tierra por parte de los campesinos indígenas y el inicio de un proceso de "territorialización" sobre un importante espacio rural ubicado en el cantón Cayambe, provincia de Pichincha, Ecuador. Interesa sobre todo resaltar la estrategia campesina de ocupación de un territorio de hacienda y su transformación en un territorio de agriculturas familiares campesinas orientadas a la producción de leche y articuladas con las agroindustrias locales. Este proceso ha significado una mayor complejidad del territorio ahora liderado por una dinámica económica externa, lo que ha generado cambios importantes en las estrategias económicas, sociales y culturales de las familias indígenas.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

En este artículo, se analizan los principales cambios que se han dado en un territorio donde se implementó una reforma agraria en los años sesenta del siglo pasado, lo que permitió el acceso a la tierra por parte de los campesinos indígenas y el inicio de un proceso de "territorialización" sobre un importante espacio rural ubicado en el cantón Cayambe, provincia de Pichincha, Ecuador. Interesa sobre todo resaltar la estrategia campesina de ocupación de un territorio de hacienda y su transformación en un territorio de agriculturas familiares campesinas orientadas a la producción de leche y articuladas con las agroindustrias locales. Este proceso ha significado una mayor complejidad del territorio ahora liderado por una dinámica económica externa, lo que ha generado cambios importantes en las estrategias económicas, sociales y culturales de las familias indígenas.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

The study of citizenship has increasingly focused on the ways in which spatialized understandings of the concept can be used to marginalise and exclude social groups: exclusive constructions of national boundaries, local neighbourhoods and public spaces can deny marginalised groups their social and political rights. Less attention has been paid to how constructions of place can accommodate different groups’ rights and promote peaceful coexistence. This is particularly important in locations where migration disrupts existing understandings (‘lay theories’) of the relationship between residency, identity and collective rights. The present research examines how spatialized understandings of citizenship shape perceptions of intergroup mixing in previously segregated areas of a post-conflict society. Critical Discursive Social Psychological (CDSP) analysis of 30 interviews with long-term residents and recent migrants to increasingly mixed areas of Belfast shows that, while all pa
rticipants acknowledged Northern Ireland’s territorialisation, different lay theories of citizenship underpin the possibility and desirability of intergroup coexistence. Long-term residents drew upon understandings of the negative citizenry of the outgroup to argue against the possibility of peaceful coexistence within their locale, while recent incomers gave evidence of their own experiences of good citizenship within the shared spaces of neighbourhood to demonstrate that this could and should be achieved. The implications of lay theories of citizenship for the study of residential migration and mixing are discussed

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

A actividade vitivinícola possui um conjunto diverso de características presentes no solo, território e comunidade que fazem parte do património cultural de uma determinada região. Quando a tradição se traduz num conceito como terroir que é formado por características territoriais, sociais e culturais de uma região rural, o vinho apresenta uma “assinatura” que se escreve “naturalmente” no paladar regionalmente identificado. Os vinhos da Região de Nemea, na Grécia e de Basto (Região dos Vinhos Verdes) em Portugal, estão ambos sob a proteção dos regulamentos das Denominações de Origem. No entanto, apesar de ambos serem regulados por sistemas institucionais de certificação e controlo de qualidade, afigura-se a necessidade de questionar se o património cultural e a identidade territorial específica, “impressa” em ambos os terroirs, pode ser protegida num sentido mais abrangente do que apenas origem e qualidade. Em Nemea, a discussão entre os produtores diz respeito ao estabelecimento de sub-zonas, isto é incluir na regulação PDO uma diferente categorização territorial com base no terroir. Ou seja, para além de estar presente no rótulo a designação PDO, as garrafas incluirão ainda informação certificada sobre a área específica (dentro do mesmo terroir) onde o vinho foi produzido. A acontecer resultaria em diferentes status de qualidade de acordo com as diferentes aldeias de Nemea onde as vinhas estão localizadas. O que teria possíveis impactos no valor das propriedades e no uso dos solos. Para além disso, a não participação da Cooperativa de Nemea na SON (a associação local de produtores de vinho) e como tal na discussão principal sobre as mudanças e os desafios sobre o terroir de Nemea constitui um problema no sector vitivinícola de Nemea. Em primeiro lugar estabelece uma relação de não-comunicação entre os dois mais importantes agentes desse sector – as companhias vinícolas e a Cooperativa. Em segundo lugar porque constituiu uma possibilidade real, não só para os viticultores ficarem arredados dessa discussão, como também (porque não representados pela cooperativa) ficar impossibilitado um consenso sobre as mudanças discutidas. Isto poderá criar um ‘clima’ de desconfiança levando a discussão para ‘arenas’ deslocalizadas e como tal para decisões ‘desterritorializadas’ Em Basto, há vários produtores que começaram a vender a sua produção para distribuidoras localizadas externamente à sub-região de Basto, mas dentro da Região dos Vinhos Verdes, uma vez que essas companhias tem um melhor estatuto nacional e internacional e uma melhor rede de exportações. Isto está ainda relacionado com uma competição por uma melhor rede de contactos e status mais forte, tornando as discussões sobre estratégias comuns para o desenvolvimento rural e regional de Basto mais difícil de acontecer (sobre isto a palavra impossível foi constantemente usada durante as entrevistas com os produtores de vinho). A relação predominante entre produtores é caracterizada por relações individualistas. Contudo foi observado que essas posições são ainda caracterizadas por uma desconfiança no interior da rede interprofissional local: conflitos para conseguir os mesmos potenciais clientes; comprar uvas a viticultores com melhor rácio qualidade/preço; estratégias individuais para conseguir um melhor status político na relação com a Comissão dos Vinhos Verdes. Para além disso a inexistência de uma activa intermediação institucional (autoridades municipais e a Comissão de Vinho Verde), a inexistência entre os produtores de Basto de uma associação ou mesmo a inexistência de uma cooperativa local tem levado a região de Basto a uma posição de subpromoção nas estratégias de promoção do Vinho Verde em comparação com outras sub-regiões. É também evidente pelos resultados que as mudanças no sector vitivinícolas na região de Basto têm sido estimuladas de fora da região (em resposta também às necessidades dos mercados internacionais) e raramente de dentro – mais uma vez, ‘arenas’ não localizadas e como tal decisões desterritorializadas. Nesse sentido, toda essa discussão e planeamento estratégico, terão um papel vital na preservação da identidade localizada do terroir perante os riscos de descaracterização e desterritorialização. Em suma, para ambos os casos, um dos maiores desafios parece ser como preservar o terroir vitivinícola e como tal o seu carácter e identidade local, quando a rede interprofissional em ambas as regiões se caracteriza, tanto por relações não-consensuais em Nemea como pelo modus operandi de isolamento sem comunicação em Basto. Como tal há uma necessidade de envolvimento entre os diversos agentes e as autoridades locais no sentido de uma rede localizada de governança. Assim sendo, em ambas as regiões, a existência dessa rede é essencial para prevenir os efeitos negativos na identidade do produto e na sua produção. Uma estratégia de planeamento integrado para o sector será vital para preservar essa identidade, prevenindo a sua desterritorialização através de uma restruturação do conhecimento tradicional em simultâneo com a democratização do acesso ao conhecimento das técnicas modernas de produção vitivinícola.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Abordamos hermenêuticamente a descentralização e a territorialização educativa em Portugal, numa tríade de relações: ‘escola-comunidade educativa’, parceria socioeducativa e política educativa local. A intervenção do poder local na educação processa-se numa perspetiva instrumental virada para o desenvolvimento e coesão social. As autarquias são os parceiros responsáveis pela educação e os professores valorizam a relação escola-comunidade educativa, principalmente na promoção da qualidade. A relação ’escola-poder local’ efetua-se numa interação participativa dos laços redutores e promotores da administração e gestão escolar, com lógicas de ação e racionalização das parcerias.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Centro de Pesquisa e Pós-Graduação sobre as Américas, Programa de Pós-Graduação em Estudos Comparados sobre as Américas, 2016.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

This article explores the use of mobile phones as portable remediated sound devices for mobile listening — from boom boxes to personal stereos and mp3 players. This mode of engaging the city through music playing and listening reveals a particular urban strategy and acoustic urban politics. It increases the sonic presence of mobile owners and plays a role in territorialisation dynamics, as well as in eliciting territorial controversies in public. These digital practices play a key role in the enactment of the urban mood and ambience, as well as in the modulation of people’s presence — producing forms of what Spanish architect Roberto González calls portable urbanism: an entanglement of the digital, the urban and the online that activates a map of a reality over the fabric of the city, apparently not so present, visible and audible