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Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da suplementação dietária com ácido L-ascórbico (vitamina C) no ganho de peso e em parâmetros hematológicos de juvenis de tambaqui, Colossoma macropomum. Após dez semanas, em que foram alimentados com dietas contendo 0, 100 e 500 mg de ácido L-ascórbico por kg de ração, os peixes foram capturados e imediatamente anestesiados para a coleta de sangue da veia caudal e determinação dos parâmetros hematológicos. Animais alimentados com maiores níveis de ascorbato mostraram pesos corpóreos maiores, melhores taxas de conversão alimentar e sobrevivência. A asência de ácido L-ascórbico na ração, além de causar redução nos valores de hematócrito e no número de eritrócitos, que caracteriza anemia, provocou aumento no volume corpuscular médio, na hemoglobina corpuscular média e na concentração de hemoglobina corpuscular média. Esses resultados revelam a importância do ácido L-ascórbico na dieta dos juvenis de tambaqui. O nível de 100 mg de ácido L-ascórbico/kg de ração é adequado, garantindo bom ganho de peso e manutenção da homeostase do organismo.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da intensidade do ganho de peso no período de recria, dos 13 aos 18 meses de idade, sobre a taxa de prenhez de novilhas de corte acasaladas com o sobreano durante o outono. Os tratamentos foram constituídos de 30 novilhas com peso médio de 208 kg, submetidas a ganho médio de 0,595 kg dia-1 (G600), 41 novilhas com peso médio de 197 kg submetidas a ganho médio de 0,656 kg dia-1 (G700) e 58 novilhas com peso médio de 181 kg submetidas a ganho médio de 0,723 kg dia-1 (G800). Foram avaliados os efeitos dos tratamentos sobre peso, escore de trato reprodutivo e taxa de prenhez. As taxas de prenhez foram 30,0% 47,8% e 50,0% para os grupos G600, G700 e G800, respectivamente, não existindo diferença significativa entre os grupos. Os grupos G700 e G800, submetidos à maior taxa de ganho de peso, apresentaram maiores valores de escore de trato reprodutivo em relação ao G600 no início da estação de monta. Novilhas com escores mais elevados apresentaram tendência a maior taxa de prenhez. A taxa de prenhez esteve associada à intensidade de ganho de peso na recria independentemente das variações de peso no acasalamento.
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O objetivo deste trabalho foi verificar o período preferencial de consumo alimentar do pirarucu, Arapaima gigas, e a influência de diferentes turnos de alimentação no consumo e ganho de peso dessa espécie. Foram testados três tratamentos: alimentação diurna (peixes alimentados às 9h e 15h), alimentação noturna (peixes alimentados às 21h e 3h) e alimentação contínua (peixes alimentados às 9h, 15h, 21h e 3h). Cada tratamento foi avaliado em triplicata, com cada unidade experimental formada por oito peixes, com peso médio de 313 g, estocados em tanques-redes de 1 m³ (1x1x1 m). Os nove tanques-redes foram alocados em um viveiro escavado de 120 m². O experimento durou 60 dias. A alimentação contínua promoveu maiores ganhos de peso e biomassa, taxa de crescimento específico e consumo total. Os tratamentos alimentação diurna e alimentação noturna apresentaram ganho de peso semelhante, porém, a alimentação diurna apresentou a melhor conversão alimentar. O período preferencial de alimentação do pirarucu foi o noturno, principalmente no começo da noite. Os dados deste estudo indicam que o horário de preferência alimentar não é o melhor horário de alimentação do pirarucu, em uma criação comercial. O período de alimentação mais indicado para a espécie, baseado na capacidade de conversão alimentar, é o diurno.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar metas de manejo para capim-marandu (Urochloa brizantha cv. Marandu) submetido a pastejo rotativo e a doses de nitrogênio, de janeiro de 2009 a abril de 2010. Os tratamentos consistiram da combinação de duas frequências de pastejo (altura pré-pastejo de 25 e 35 cm) e de duas doses de fertilizante nitrogenado (50 e 200 kg ha-1 por ano) em delineamento de blocos ao acaso com arranjo fatorial 2x2 e quatro repetições. A altura de pós-pastejo estipulada foi de 15 cm. Maiores valores de ganho de peso médio por animal por dia (0,629 e 0,511 kg dia-1) e por hectare (886 e 674 kg ha-1), bem como de taxa de lotação (3,13 e 2,85 UA ha-1), foram observados nos pastos manejados com altura pré-pastejo de 25 cm. A aplicação de 200 kg ha-1 de N resultou em aumentos na percentagem de folhas na massa de forragem pós-pastejo, nas taxas de acúmulo de forragem, na taxa de lotação e no ganho de peso por área. A mais adequada estratégia de manejo corresponde à altura pré-pastejo de 25 cm, independentemente da dose de nitrogênio utilizada.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar a associação do comportamento de fêmeas suínas mantidas em baias coletivas, durante a alimentação, com o ganho de peso no último mês de gestação, e determinar se a uniformidade de peso das leitegadas é influenciada pelo ganho de peso das fêmeas. As fêmeas (n = 699) foram separadas em três grupos de ordem de parto (OP): 2, 3-5 e 6-9. Cada grupo de OP foi dividido em três subgrupos com percentual de ganho de peso: baixo, médio e alto. Fêmeas de OP 6-9 tiveram mais leitões com peso menor que 1.200 g e maior coeficiente de variação desse peso, em comparação às de OP 2. O menor peso de leitões e o maior número de leitões com peso<1.200 g foram observados no subgrupo de peso baixo. Houve correlação do percentual de ganho de peso na gestação com o número de vezes que a fêmea esteve em pé no cocho (r = 0,669) e com o número de vezes que a fêmea agrediu outras fêmeas (r = 0,451). A variação do ganho de peso das fêmeas, durante o último mês de gestação, em baias coletivas é influenciada pela competição durante a alimentação, e o menor ganho de peso no último mês de gestação reduz o peso dos leitões ao nascimento.
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OBJETIVOS: analisar o efeito do tabagismo sobre o ganho ponderal e o consumo alimentar de ratas durante a gestação, e o peso e comprimento dos filhotes ao nascimento. MÉTODOS: foram estudadas 51 ratas (Wistar) do 2º dia até o final da gestação, divididas em três grupos: Grupo F: 15 ratas expostas à fumaça de dois cigarros/animal/dia + ar comprimido (10 L/min); Grupo Ar: 18 ratas expostas ao ar comprimido (10 L/min); Grupo C: 18 ratas não manipuladas e não expostas. Os parâmetros aferidos foram: peso das ratas e seu consumo alimentar e comprimento e peso dos filhotes ao nascer. Foi aplicado o teste de Lavene para verificação do comportamento da distribuição das variáveis numéricas, e para análises paramétricas utilizou-se o ANOVA ou teste t de Student, conforme o caso. O nível de significância adotado foi p<0,05. RESULTADOS: as ratas expostas ao tabaco consumiram menos alimentos por dia [Grupo F=18,9 (±1,2) vs Grupo Ar=21,7 (±1,6) vs Grupo C=24,2 (±1,7); (p<0,05)] e apresentaram menor ganho ponderal ao final da gestação em relação às ratas expostas ao ar comprimido e ao grupo controle: peso no vigésimo dia de gestação: Grupo F=338,9 g (±13,8) vs Grupo Ar=352,3g (±15,9) vs Grupo C=366,3 g (±13,1); p<0,001). O peso dos filhotes ao nascimento [(Grupo F=5,5 g (±0,3); Grupo Ar=5,9 g (±0,5); Grupo C=5,9 g (±0,4) p<0,01] e o comprimento ao nascer [Grupo F=6,8 cm (±0,2); Grupo Ar=6,9 cm (±0,2); Grupo C=6,9 cm (±0,1) p<0,05] foram significativamente menores no grupo de ratas expostas ao tabaco em relação aos outros dois grupos, que não diferiram entre si. CONCLUSÕES: a exposição ao tabaco reduziu o ganho ponderal e o consumo alimentar das ratas durante a gestação e produziu redução do peso e do comprimento dos filhotes ao nascimento.
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OBJETIVO: avaliar o impacto das orientações alimentares sobre o controle de ganho de peso entre gestantes atendidas em um serviço público de saúde. MÉTODOS: o estudo foi desenvolvido em uma unidade de saúde de referência localizada na região metropolitana da cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, Brasil. Trezentos e quinze gestantes entre a 10ª e 29ª semana gestacional foram randomizadas entre Grupo Controle e Intervenção. O Grupo Intervenção recebeu orientações alimentares de acordo com o estado nutricional, e as gestantes do Grupo Controle permaneceram no atendimento de rotina. Foram realizadas medidas de peso e altura, e calculou-se o índice de massa corporal (IMC). O estado nutricional pré-gestacional foi determinado de acordo com os seguintes critérios de IMC: baixo peso (<18,5 kg/m²); eutrofia (18,5 a 24,9 kg/m²); sobrepeso (25,0 a 29,9 kg/m²) e obesidade (>30 kg/m²). O estado nutricional durante a gestação foi obtido de acordo a com a curva de IMC para idade gestacional adotada pelo Ministério da Saúde no Brasil. Para análise dos dados, utilizou-se o risco relativo e respectivo intervalo de confiança de 95% e os testes t de Student e χ2. Considerou-se significância estatística o valor de p<0,05. RESULTADOS: a avaliação do estado nutricional pré-gestacional mostrou que 28,0% das mulheres apresentavam excesso de peso e 4,1%, baixo peso. Na primeira e última entrevista durante a gestação, as prevalências de excesso de peso foram de 36,2 e 46,0%, respectivamente. A intervenção mostrou-se efetiva em reduzir a velocidade do ganho de peso semanal das gestantes com excesso de peso (342,2 versus 420,2; p=0,01) e a prevalência de intercorrências clínicas (9,2 versus 24,85; p<0,001). CONCLUSÕES: as orientações alimentares foram eficazes em diminuir o ganho de peso de gestantes com excesso de peso e em reduzir intercorrências clínicas como diabetes gestacional, pré-eclâmpsia, baixo peso e prematuridade no Grupo Intervenção.
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OBJETIVO: Avaliar o impacto do índice de massa corporal (IMC) no início da gestação e do ganho de peso no desfecho gestacional, para que esta medida possa ser implantada e valorizada pelos serviços de saúde de pré-natal. MÉTODO: Estudo transversal de base populacional. Na pesquisa, foram incluídos todos os nascimentos ocorridos nas duas únicas maternidades do município do Rio Grande (RS), em 2007. Dentre as 2.557 puérperas entrevistadas, o cálculo do IMC só pôde ser realizado em 1.117 puérperas. A análise foi realizada no programa Stata 11. Nos desfechos hipertensão, diabetes mellitus, trabalho de parto prematuro e cesárea foi realizada regressão logística. No caso do peso ao nascer, o ajuste ocorreu pela regressão logística multinomial, tendo como categoria base o grupo de 2.500 a 4.000 g. Em todas as análises foi adotado valor p<0,05 de um teste bicaudal. RESULTADOS: Não foi observado aumento do risco de hipertensão e diabetes nas pacientes dos diferentes grupos de IMC e ganho de peso. O risco de parto pré-termo foi evidenciado no grupo com ganho de peso ≤8 kg (p<0,05). Em relação via de parto, observa-se uma tendência, quanto maiores o IMC no início da gestação e o ganho de peso durante a gestação, maior o risco de parto cirúrgico, chegando 11% no grupo de obesas (p=0,004) e a 12% no grupo com ganho ≥17 kg (p=0,001). O peso do recém-nascido foi influenciado pelo IMC e pelo ganho de peso, sendo que quanto maiores o IMC no início da gestação e o ganho de peso gestacional, maior o risco de macrossomia. CONCLUSÕES: O monitoramento do IMC e o ganho ponderal durante a gestação é procedimento de baixo custo e de grande utilidade para o estabelecimento de intervenções nutricionais visando redução de riscos maternos e fetais.
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OBJETIVO: Avaliar a retenção de peso 12 meses após o parto e seus fatores associados entre mulheres que realizaram o pré-natal em Unidades de Saúde da cidade de Porto Alegre. MÉTODOS: Gestantes no terceiro trimestre gestacional foram identificadas em 20 Unidades de Saúde, e dados socioeconômicos, demográficos e antropométricos foram coletados. Seis e 12 meses após o parto, realizou-se visita domiciliar às mulheres participantes para obtenção das medidas antropométricas. O ganho de peso gestacional foi avaliado considerando-se o índice de massa corporal (IMC) pré-gestacional. A retenção de peso foi obtida pela subtração do peso pré-gestacional, e o peso aferido 6 e 12 meses após o parto. Para análise dos dados, utilizou-se o Teste de McNemar, a ANOVA com as comparações múltiplas de Bonferroni e a regressão linear múltipla. RESULTADOS: Das 715 gestantes entrevistadas, 545 foram avaliadas 12 meses após o parto. A prevalência de excesso de peso 12 meses após o parto foi superior comparado ao período pré-gestacional (52,9 versus 36,7%) e 30,7% das mulhere retiveram ≥10 kg. A retenção de peso 12 meses após o parto foi superior nas mulheres que apresentavam sobrepeso pré-gestacional (9,9±7,7 kg) em comparação àquelas eutróficas (7,6±6,2 kg). Maior IMC pré-gestacional, maior ganho de peso gestacional e ser adolescente foram associados com maior retenção de peso 12 meses após o parto (p<0,001). CONCLUSÃO: É necessária a adequada assistência pré-natal para minimizar os efeitos adversos do ganho de peso excessivo durante a gestação na saúde da mulher.
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OBJETIVO: Apresentar a adaptação transcultural para o português da Escala de Atitudes em Relação ao Ganho de Peso na Gestação.MÉTODOS: Essa escala, que contém afirmações que expressavam diferentes atitudes de gestantes em relação ao seu próprio ganho de peso, foi desenvolvida para determinar se as atitudes em relação ao corpo afetariam o ganho de peso durante a gestação. Os procedimentos foram: tradução, retrotradução, avaliação da compreensão, elaboração de versão final, aplicação da escala em 180 gestantes (média 29,6 anos e idade gestacional 25,7 semanas) e análise psicométrica.RESULTADOS: Constatou-se equivalência satisfatória entre as versões inglês-português e boa consistência interna (Alpha de Cronbach 0,7). A análise fatorial exploratória sugeriu quatro subescalas com variância total explicada de 51,4%.CONCLUSÃO: A escala se demonstrou válida e pode ser utilizada em estudos com gestantes no Brasil para avaliação de atitudes em relação ao ganho de peso e detecção e prevenção de comportamentos disfuncionais durante a gestação.
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Resumo OBJETIVO: Avaliar atitudes em relação à alimentação, ao ganho de peso e à imagem corporal de adolescentes grávidas. MÉTODOS: Adolescentes grávidas (n=67) foram avaliadas por meio do Questionário de Imagem Corporal, da Escala de Atitudes em relação ao Ganho de Peso na Gestação (AGPG) e de questões sobre comportamento de risco para transtornos alimentares e práticas não saudáveis para controle de peso. Associações entre as variáveis foram analisadas por meio dos testes ANOVA, Kruskal-Wallis, correlação de Pearson e correlação de Spearman. Uma regressão logística avaliou a influência das variáveis independentes com relação a omitir refeições, satisfação corporal e compulsão alimentar. RESULTADOS: As gestantes tinham, em média, 15,3 anos de idade (DP=1,14) e 21,9 semanas de gestação (DP=6,53). O escore médio da AGPG foi 52,6 pontos, indicando boa atitude em relação ao ganho de peso, e 82,1% das gestantes apresentaram satisfação corporal. As obesas apresentaram maior insatisfação corporal (p=0,001) e as com sobrepeso pensavam mais em comida (p=0,02) e em comer (p=0,03). A frequência referida de compulsão alimentar foi 41,8%, e, a de omitir refeições, 19%. A regressão evidenciou que o Índice de Massa Corporal atual (p=0,03; OR=1,18) e a importância da percepção do corpo/forma física antes da gestação (p=0,03; OR=4,63) foram preditores para omitir refeições. Maior nível socioeconômico (p=0,04; OR=0,55) e maior preocupação com ganho de peso (p=0,04; OR=0,32) predisseram compulsão alimentar. CONCLUSÃO: Mesmo com a maioria das gestantes apresentando atitudes positivas em relação ao ganho de peso e satisfação corporal, as mais pesadas e mais preocupadas com ganho de peso tiveram maior risco de atitudes não saudáveis. As de menor classe social, menos preocupadas com ganho de peso e menos envergonhadas com seu corpo durante a gravidez, tiveram menor risco de atitudes não saudáveis.
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O desempenho ponderal e os gastos com a suplementação mineral foram quantificados para bovinos de corte, criados a campo, frente a dois tipos de suplementos minerais por um período de 112 a 183 dias, na estação chuvosa. Enquanto um grupo recebeu uma mistura mineral comercial, outro teve acesso a uma mistura mineral (sal seletivo) formulada apenas com cloreto de sódio, superfosfato simples ou fosfato bicálcico, sulfato de cobre e sulfato de cobalto. Em três propriedades, o ganho de peso diário foi maior para os grupos de animais que receberam o suplemento mineral seletivo. Em apenas uma fazenda, o ganho de peso foi numericamente maior para o lote que recebeu o suplemento mineral comercial. O maior consumo diário dos suplementos minerais comerciais, em todas as propriedades, provavelmente deveu-se ao seu menor teor de cloreto de sódio (sal comum). A reduzida ingestão associada ao menor custo do sal seletivo, representou uma economia de 3 até 7 vezes na suplementação mineral dos bovinos. Os animais não apresentaram quaisquer sinais clínicos diretos ou indiretos de deficiência mineral durante o período experimental. Uma vez que, via de regra, os problemas decorrentes de deficiências minerais tornam-se evidentes dentro de algumas semanas ou poucos meses, os autores descartam a possibilidade de que os animais que ingeriram o sal seletivo viessem a apresentar distúrbios tardios oriundos de deficiência(s) mineral(is). Os resultados desse estudo comprovam que a suplementação seletiva, corretamente implementada e acompanhada, é uma estratégia nutricional que implica em expressiva redução nos custos com a suplementação mineral de bovinos de corte.
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Resumo:A fumonisina B1 (FB1) é um metabólito secundário produzido principalmente por Fusarium verticilioides em diversos tipos de alimentos, principalmente o milho, o qual constitui a base para composição de rações para várias espécies de animais domésticos. A FB1é particularmente tóxica para suínos, cujas manifestações clínicas são evidentes em animais expostos a altas concentrações de FB1 na ração (em geral, acima de 30mg/kg). No entanto, são escassos os estudos sobre os efeitos da FB1em suínos alimentados com rações contendo baixas concentrações de fumonisinas, as quais são mais prováveis de serem encontradas em condições de campo. O objetivo do estudo foi avaliar os efeitos da exposição de leitões a baixos níveis de FB1 na ração, durante 28 dias, sobre o ganho de peso, consumo de ração, peso relativo de órgãos e aspectos histológicos do baço, fígado, pulmões, rins e coração. Vinte e quatro leitões foram distribuídos em 4 grupos experimentais e alimentados com rações contendo 0mg (controle), 3,0mg, 6,0mg ou 9,0mg FB1/kg de ração. As diferentes dietas não afetaram (P>0,05) o ganho de peso e nem o peso relativo dos órgãos analisados. Não foram constatadas lesões macroscópicas ou histopatológicas no baço, fígado, rins e coração. No entanto, foram observadas lesões histopatológicas nos pulmões de todos os suínos alimentados com rações contaminadas com fumonisinas, indicando que nenhum dos níveis de FB1 usados no experimento poderia ser considerado como seguro para suínos. São necessários novos estudos sobre os mecanismos de ação tóxica da FB1 em suínos, sobretudo em condições de exposição prolongada a baixos níveis de contaminação na ração.
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INTRODUÇÃO: Estudos têm demonstrado que o ganho de peso interdialítico (GPID) de pacientes em hemodiálise (HD) é influenciado por vários fatores e que o GPID elevado afeta negativamente os níveis pressóricos desta população. OBJETIVO: Avaliar a relação entre fatores clínicos, demográficos e nutricionais com o GPID de pacientes em hemodiálise. MÉTODOS: Estudo transversal, no qual foram incluídos 278 pacientes em hemodiálise (54% de homens; idade = 54,4 ± 14,4 anos) de 6 centros de diálise de Santa Catarina. Para análise do percentual de ganho de peso obtido entre uma e outra sessão de HD (%GPID) e da pressão arterial (PA), foi calculada a média obtida das sessões de HD no período de quatro semanas. Como indicadores de estado nutricional foram utilizados o índice de massa corporal (IMC) e a avaliação subjetiva global (ASG) dos sete pontos. RESULTADOS: A média de %GPID foi 4,06 ± 1,55% da PA pré-diálise 140 ± 50 / 99 ± 25 mmHg e PA pós-diálise 110 ± 27 / 78 ± 10 mmHg. O %GPID se correlacionou inversamente com a idade e com o IMC e diretamente com a PA sistólica pré-diálise e com o tempo em tratamento hemodialítico. O %GPID foi maior no grupo de mulheres e no dos pacientes sem diagnóstico de diabetes mellitus. Pacientes com desnutrição tiveram maior %GPID apenas no subgrupo de pacientes mais jovens, quando comparados aos bem nutridos, segundo a ASG. Quando classificados pelo IMC, este achado foi encontrado no grupo total, no subgrupo das mulheres e no dos pacientes mais jovens. Do total, 24% dos pacientes tinham %GPID elevado (> 5%) e quando comparados ao grupo com %GPID adequado, estes apresentaram níveis de PA sistólica pré-diálise elevados e significativamente maiores (144 ± 21 versus 138 ± 20 mmHg; p < 0,05), eram mais novos e tinham menor IMC. CONCLUSÃO: Os resultados deste trabalho mostraram que o %GPID dos pacientes estudados foi influenciado pelo gênero, tempo de diálise, idade e estado nutricional, e que o %GPID elevado afetou adversamente os níveis pressóricos desta população.