1000 resultados para espécies arbóreas da Floresta Atlântica
Resumo:
Pós-graduação em Ciência Florestal - FCA
Resumo:
Os estudos sobre fenologia reprodutiva das espécies arbóreas geram conhecimentos que são necessários para definição de estratégias de conservação e manejo florestal. Assim, o presente trabalho teve como objetivo a caracterização da fenologia reprodutiva de espécies para produção de madeira ou lenha em formações secundárias da Floresta Ombrófila Densa. Entre junho de 1998 e julho de 1999, foram avaliados os períodos de floração e frutificação de no mínimo 5 até 41 plantas arbóreas reprodutivas, pertencentes a 19 espécies, em uma área localizada no município de São Pedro de Alcântara, Santa Catarina. As observações fenológicas (floração e frutificação) foram realizadas a cada 15 dias. A proporção de plantas que floresceu e frutificou variou de 5,5 a 80,0% (média de 28,4%), dependendo da espécie. Também, existem diferenças entre espécies em relação ao DAP mínimo para floração, que variou de 5,6 a 21,5 cm. A floração da maior parte das espécies ocorreu no período de outubro a janeiro. A frutificação concentrou-se nos meses de janeiro a março. Além destes fatores, as fenofases reprodutivas também são dependentes do ambiente onde se desenvolvem, razão pela qual muitas espécies estudadas apresentaram períodos reprodutivos diferentes daqueles mencionados para outras regiões. Os resultados deste trabalho reforçam a necessidade de estudos específicos para elaboração de planos de manejo florestal com espécies madeireiras nativas, bem como para definir estratégias de coleta de sementes.
Resumo:
Foi desenvolvido um estudo comparativo do comportamento fenológico de nove espécies arbóreas no Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Picinguaba, Ubatuba, SP, em três formações florestais contíguas: floresta de restinga, floresta de planície e floresta de encosta. As observações foram realizadas de novembro/1994 a abril/1996. A intensidade dos eventos fenológicos foi estimada para cada indivíduo, utilizando uma escala de 0 a 4 com um intervalo de 25% entre cada classe. As espécies mantiveram os mesmos padrões fenológicos, independente da floresta, exceto duas delas (Guatteria australis St.Hill. e Didymopanax calvum Decne. & Planch.). A heterogeneidade dos padrões individuais, exibida por estas espécies, pode estar relacionada a diferenças estruturais entre as formações florestais amostradas, tais como a altura do dossel e umidade do solo.
Resumo:
A morfologia foliar de espécies arbóreas foi investigada em três estádios sucessionais distintos (inicial, intermediário e avançado) de uma floresta ombrófila densa das terras baixas, no litoral do Estado do Paraná, crescendo sobre solo arenoso e oligotrófico. As espécies do estádio inicial apresentaram maior grau de escleromorfismo, com folhas mais espessas, menores em área, maior densidade estomática, maior espessura do parênquima paliçádico e maior incidência de espécies com tecido esclerenquimático em comparação com as espécies dos demais estádios sucessionais (intermediário e avançado). As variações na morfologia foliar ao longo do gradiente sucessional são relacionadas às mudanças microclimáticas e aos processos de interação planta-horizontes orgânicos do solo que se intensificam nos estádios mais avançados.
Resumo:
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
Resumo:
Pós-graduação em Ciências Biológicas (Biologia Vegetal) - IBRC
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar a estrutura diamétrica arbórea de um remanescente de Floresta Atlântica Submontana no Município de Silva Jardim, RJ. Foram utilizadas 20 parcelas de 100 x 5 m, em que todas as árvores com DAP > 5 cm foram amostradas. A estrutura diamétrica foi analisada em toda a comunidade e nas principais populações (determinadas segundo o VI), a partir de histogramas com intervalos de classes definidos pela fórmula de Spiegel. A análise também considerou os grupos sucessionais das espécies (pioneiras: PI; secundárias iniciais: SI; e secundárias tardias: ST). As curvas (J-reverso) e valores do quociente "q" indicaram ausência de problemas de regeneração das principais populações, a maioria de espécies SI. Entretanto, foi observada tendência de saída de algumas das principais populações de ST (ex. Plathymenia foliolosa e Euterpe edulis), paralelamente à entrada de outras SI. Os resultados complementam as análises florísticas desenvolvidas anteriormente no remanescente, o que indica que a estrutura diamétrica também foi alterada pela fragmentação e pelas perturbações antrópicas pretéritas. Ações coibindo novas perturbações e o enriquecimento através do plantio de mudas das espécies mais afetadas são urgentes, visando à recuperação da qualidade ambiental desse remanescente.
Resumo:
Pós-graduação em Ciências Biológicas (Biologia Vegetal) - IBRC
Resumo:
Este estudo teve como objetivo avaliar o potencial de uso das espécies arbóreas de uma floresta secundária com aproximadamente 30 anos de idade, abandonada após sucessivos ciclos de agricultura itinerante. A área de estudo está localizada em propriedade de agricultura familiar na Zona Bragantina, PA. A área inventariada corresponde a 1,5 ha, onde foram medidos todos os espécimes arbóreos com DAP ³ 5 cm. Verificou-se a ocorrência de 103 espécies, que totalizaram 1961 indivíduos/ha e área basal de 17,7 m²/ha. As espécies com maior número de indivíduos foram: Sacoglottis amazonica Mart., Ormosia flava (Ducke) Rudd, Eschweilera coriacea (DC.) S.A. Mori e Croton matourensis Aubl.. As categorias de uso que apresentam maior número de espécies foram: Construções rurais (33%), seguida das espécies madeireiras de alto valor comercial (30%), madeireiras de baixo valor comercial e as utilizadas como lenha (9% cada).
Resumo:
Analisou-se a sobrevivência de mudas plantadas em 400 clareiras causadas por exploração florestal de impacto reduzido, em floresta de terra firme na Amazônia Oriental. Foram plantadas 3.818 mudas de 17 espécies, das quais apenas Schizolobium amazonicum não ocorre na área de estudo. A distância entre as mudas plantadas foi de aproximadamente 5m. As avaliações ocorreram em 2005 e 2006. Com base na sobrevivência das mudas aos 11 meses após o plantio, as espécies indicadas para o enriquecimento de clareiras são: Schizolobium amazonicum, Cedrela odorata, Jacaranda copaia, Manilkara huberi, Astronium gracile, Pouteria bilocularis, Tabebuia impetiginosa,Pseudopiptadenia suaveolens, Cordia goeldiana, Parkia gigantocarpa, Simarouba amara, Sterculia pilosa, Laetia procera, Dinizia excelsa e Schefflera morototoni. Estudos sobre a taxa de crescimento, em períodos mais longos, são necessários para confirmar a utilização dessas espécies em plantios de enriquecimento de clareiras oriundas de exploração florestal, como alternativa para aumentar a produtividade e o valor econômico das florestas naturais manejadas na Amazônia brasileira.
Resumo:
A competição por nutrientes é um dos principais fatores que regulam tamanho e distribuição das populações arbóreas nos ecossistemas florestais da Amazônia, dada sua escassez na maioria dos solos da região. O objetivo deste trabalho foi agrupar parte das espécies arbóreas de uma floresta, por meio das características do solo. Foram utilizados dados de 32 espécies mais abundantes, distribuídas em 240 subparcelas de 10x10 m, localizadas em 12 parcelas de 1 ha, aleatoriamente demarcadas em uma floresta primária do Estado do Amapá, Amazônia Oriental. De acordo com técnicas de análises multivariadas, separaram-se as espécies em três grupos, que ocuparam diferentes faixas de variáveis químicas e texturais de solo. As variáveis de solo mais importantes na separação dos grupos foram Ca, Mg, K e Al. As espécies da família Melastomataceae concentraram suas populações em condições relacionadas a indicadores de menor fertilidade do solo. Os resultados sugerem que o substrato exerce papel importante no tamanho e na distribuição das populações arbóreas na floresta primária estudada.
Resumo:
A florística da regeneração natural foi estudada em 10 locais, com seis sub-parcelas em cada local, em 1992, 1995 e 2000, em fragmento de Floresta Estacional Semidecidual Montana, em Viçosa, MG. A amostragem da classe 1 de tamanho de planta (até 1 m de altura), classe 2 (1-3 m de altura) e classe 3 (>3 m de altura e <5 cm de DAP) foi realizada em unidades de 0,5 x 10 , 0,5 x 20 e 1 x 20 m, respectivamente. Foram amostrados 4.149 indivíduos pertencentes a 42 famílias e 160 espécies, sendo 11,7% pioneiras, 62,1% secundárias iniciais e 26,2% tardias. O número de famílias permaneceu estável, e o número de espécies aumentou entre 1992 e 2000. Fabaceae, Myrtaceae, Rubiaceae e Lauraceae destacaram-se em todas as classes de tamanho de planta. O número de ingressos foi superior ao desaparecimento de espécies em 1995 e 2000. O Índice de Shannon-Weaver foi significativamente (P < 0,05) inferior na classe 1 apenas em 1992, e, considerando a média de todas as classes, aumentou de 3,45 em 1992 para 3,67 e 3,64 em 1995 e 2000, respectivamente. O índice de equabilidade de Pielou por ano de amostragem variou de 0,71 a 0,74 e aumentou de 0,71 na classe 1, a 0,79 e 0,82, nas classes 2 e 3 de tamanho. Os resultados do presente estudo indicaram a necessidade de se monitorar a composição florística da regeneração natural, ao longo de um período, em parcelas permanentes, para facilitar o entendimento da dinâmica da vegetação em fragmentos de florestas secundárias.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi analisar correlações da distribuição de espécies arbóreas com variáveis ambientais em um fragmento de floresta estacional semidecidual conhecido como "Mata do Galego", o qual possui cerca de 77 ha e está localizado a 21°29'S e 44°55'W, às margens do rio Ingaí. O levantamento da comunidade arbórea, dos solos e da topografia foi realizado por meio de amostragem sistemática, em 32 parcelas de 20 x 20 m, distribuídas em três transeções, da margem do rio até a borda da mata. Foram registrados todos os indivíduos arbóreos, vivos, com circunferência à altura do peito (CAP) > 15,5 cm. As variáveis químicas e físicas do solo foram obtidas das análises de amostras superficiais de solo (0-20 cm) de cada parcela. As variáveis topográficas foram obtidas por meio de um levantamento topográfico dentro e entre parcelas. Foram inventariados 2.343 indivíduos de 159 espécies, 50 famílias e 109 gêneros. As análises de gradientes, realizadas por meio de análise de componentes principais, análise de correspondência canônica e análise de correspondência retificada, indicaram que as parcelas localizadas em áreas de transição com campo de altitude foram as que mais se diferenciaram das demais. As variáveis relacionadas com a acidez e textura do solo apresentaram maior correlação com a distribuição das espécies.
Resumo:
Este estudo, realizado em fragmentos de Florestas Estacionais Semideciduais na Zona da Mata de Minas Gerais, teve como objetivo analisar as alterações na composição de espécies em área de manejo florestal, tendo como testemunha a área de reserva legal. Decorrido o tempo de exploração florestal de cada PMF e comparando as áreas de manejo florestal e áreas de reserva legal, verificou-se que, com relação a alterações na diversidade das espécies arbóreas dos PMF S, os verificadores grupo ecológico, grupo de uso e grupo de espécies raras indicaram que as áreas de manejo florestal de todos os PMF S são iguais estatisticamente (P>0,05) às áreas de reserva legal. O verificador riqueza de espécies evidenciou que as áreas de manejo florestal e as áreas de reserva legal dos PMF28 e PMF29 são estatisticamente iguais (P>0,05), ao passo que nos PMF30 e PMF16 são estatisticamente diferentes (P<0,05). O verificador diversidade de espécies indicou que as áreas de manejo florestal são estatisticamente diferentes (P>0,05) das áreas de reserva legal nos PMF29, PMF30 e PMF16 e estatisticamente iguais (P<0,05) no PMF28. A maior similaridade de espécies ocorreu entre os agrupamentos formados pelos PMF29AMF e PMF29ARL e a menor, entre os agrupamentos formados pelos PMF29ARL, PMF29AMF, PMF28ARL e PMF16ARL, PMF16AMF, PMF30ARL, PMF30AMF e PMF28AMF.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi comparar duas metodologias multivariadas no estudo de similaridade entre fragmentos de Mata Atlântica. Foi realizado um levantamento bibliográfico, e a partir de 11 fragmentos de Floresta Atlântica, localizados nos Estados de Pernambuco, do Rio Grande do Norte, de Minas Gerais, de São Paulo e do Rio de Janeiro, montaram-se os bancos de dados para a realização do estudo da similaridade florística empregando duas metodologias de técnicas de análise multivariada. Na metodologia usual foi utilizada uma matriz binária (presença/ausência) de 236 espécies arbóreas ocorrentes nos 11 fragmentos, bem como se realizou uma análise de agrupamento, utilizando o método da ligação simples e o coeficiente de Jaccard. Na metodologia proposta foi empregada a análise de componentes principais para redução da dimensão da matriz de densidades e dominâncias absolutas das 236 espécies arbóreas, utilizando-se os escores desses componentes principais para aplicar a análise de agrupamento, por meio do método de ligação simples e da distância euclidiana. Foram identificados dois agrupamentos: um com fragmentos da Região Nordeste (Pernambuco) e outro com fragmentos da Região Sudeste (Minas Gerais). Na metodologia proposta foi identificado apenas um grupo com fragmentos da região nordestina (Pernambuco), ressaltando-se que as variáveis quantitativas são de suma importância para a associação das matas em diferentes regiões. A metodologia proposta apresentou potencial para utilização no estudo de similaridade de fragmentos florestais.