989 resultados para contra-hegemônico
Resumo:
Esta dissertação analisa a relação existente entre o modelo médico dominante na sociedade moderna e o surgimento contra-hegemônico de outras racionalidades médicas alternativas. Tento mostrar como estes outros modelos médicos têm a intenção de superar o reducionismo biomédico, através do desenvolvimento de processos terapêuticos alternativos, que se têm convertido em novas soluções para o “complexo-sofrente” que constitui o ser humano. Inclui uma reflexão crítica que em uma pesquisa realizada do final de 90 a meados de 91, colheu depoimentos em entrevistas com profissionais homeopatas e pacientes do serviço de Homeopatia do CSECSF, da ENSP/FIOCRUZ (Centro de Saúde-Escola Germano Sinval Faria, Escola/Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz). Procurou-se enfatizar a questão da Educação e Saúde, como geratriz de transformações conceituais e vivenciais: a saúde, a doença, a cura e a relação médico-paciente. Assim como, dar destaque à ação “educativa” específica de fazer homeopático – o processo de “singularização” (“não há doenças e sim, doentes”), que envolve os atores sociais do ato médico homeopático.
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This report has as its objective the setting up of a social cartography, mapping and characterizing non-governmental organizations working with adolescents and young people (OSC) in the western districts of the city of Natal. Characteristics such as the profile, themes and principal activities, how the organizations fit into the public sector and their participation in social networks are observed. Thus common differences and similarities which serve as a means of indentification, take as reference the symbolic cartography of Boaventura of Sousa Santos. Since there are relatively few studies relating to civil society of Rio Grande do Norte and in particular, Natal, the starting point was the setting up of a database allowing for a general overview. Hence a panorama of the organizations could be observed: where they are located, when they were formed how they operate and their relationships with other sectors (the state, the market and civil society) in addition to basic facts and location. The principal lines of enquiry were a) the OSC which operate with the public comprising adolescents and young people and b) the OSC operating or having branches in four suburbs on the periphery of the western administrative region of the city (Felipe Camarão, Bom Pastor, Cidade Nova and Guararapes).The present report has identified the impacts of ongoing social transformation caused by the process of globalization ,by the various currently contested political projects which are as follows: the project of neoliberal globalized capitalism(hegemonic)and the project of social emancipation (contra-hegemonic),how these are seen from the local viewpoint and how they influence the profiles and operation of the cartographic organizations. The area of the OSC is a heterogenous one with political, cultural and ideological strains, characterized by its infiltration, its local/global and multicultural dimensions. As civil organizations are fundamental in the processes of transformation within society, and following the idea of social emancipation referred to by Boaventura Santos, the enquiry classified the organizations according to the afore-mentioned characteristics, establishing eight types of associations. These different types and their respective characteristics were analysed from a related perspective using the mechanisms of symbolic cartography: scale, projection and symbolisation. The theoretical references underpinning this research arise from the debate on civil society which becomes redefined as a result of the dispute involving the two afore-mentioned political projects. These demand the theoretical application of the comprehension of heterogeneity in its diversity and complexity together with the idea of social emancipation.The main authors consulted were Boaventura de Sousa Santos, Antonio Gramsci, through the texts translated by Marco Aurelio Nogueira; Carlos Nelson Coutinho and Alberto Rivera ,who supported the construction of the types of associations identified by the local reality.Finally this research enabled an understanding of the current form of social action happening in the Space of the Four Neighbourhoods (Espaço dos 4 Bairros) and how the distinct profiles analysed together with the ares of operation of the organizations define their emancipatory potencials within the following two poles: regulation/adaptation and emancipation/transformation
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Este estudo visa compreender a produção do lugar social do fisioterapeuta brasileiro por meio de suas práticas. O material empírico utilizado foram 89 entrevistas, dados do I Censo de Fisioterapeutas do Estado de São Paulo e informações sobre os cursos de graduação em Fisioterapia no Brasil. A análise dos dados mostrou que o lugar social do fisioterapeuta está fortemente ligado ao modelo curativo, identificado com o ideário liberal-privatista, com instituições formadoras predominantemente privadas e concentradas na região Sudeste. Os resultados sustentam evidências de uma prática profissional fragmentada, estimulada pelo modelo hegemônico, mas também apresenta marcas de superação, mostrando a disputa de dois modelos na atenção à saúde: hegemônico e contra-hegemônico. O primeiro toma a parte pelo todo, fragmenta o conhecimento e o corpo, identifica-se com o liberalismo e tem a saúde como mercadoria; a organização dos serviços é centrada na doença e na especialização. O segundo, sem negar a importância do conhecimento técnico, valoriza as dimensões sociais e humanas na prática profissional, está centrado na pessoa e busca a integralidade e a interdisciplinaridade. Esse modelo permite ampliar a prática do fisioterapeuta para além da clínica, em direção a um lugar social mais humano e solidário, identificado com os princípios do Sistema Único de Saúde. Também permite repensar o atual lugar social, oferecendo parâmetros para a reorientação dos caminhos da profissão.
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Pós-graduação em Serviço Social - FCHS
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Direct descendant of the music of the Black Atlantic, hip hop became the spokesman of excluded minorities, for example setting up of the reunification that is geographically separated through communication. The hip hop appropriated new forms of mass communication, allowing the reworking of the story through a counter-hegemonic discourse that seeks self-knowledge and appreciation of the roots of black people. The street culture is the narrative of disenfranchised youth, generating narrative of inclusion, which gave a space of enunciation periphery enabling them to intersubjective recognition. This project aims to discuss the role of hip hop as an agent conscientizing youth peripherals in order to bring to the debate the form of identity construction around the peripheral street culture since, as an intervention that acts as a symbolic system guiding cultural practices and attitudes of these young people. Methodologically, we analyzed specific bibliographical about hip hop and literature originating from the periphery itself. Selected discography of some rap groups. They are Racionais Mc's, 509-E and DJ Hum and Thaíde that constitute the vanguard of hip hop in Brazil. We use music from rapper Emicida this while some contemporary exponents of rap, with national and international. State of São Paulo in order to demonstrate that there is similarity between the questions proposed by the hip hop and the interior of the capital, the group selected Survey. We have used also press material, raising the issue in research on the internet, periodicals include the Rolling Stones and Caros Amigos
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Tralcao, situated in the Rios region, named after the various rivers that flow nearby, in Chile, is bathed by the Pichoy River and it encounters the rivers Estero Colliaico and Cruces. A cellulose company was established there back in 2004, and since the it has been dumping waste in the Cruces river, causing grave environmental issues and bringing severe consequences to the region. In the middle of the crossfire, we find Mr. Francisco Manquecho, considered to be an opinion leader according to Luis Beltrão, who assesses the real situation in the region throughout his song lyrics, acting as a propagator of the resistance against the environmental degradation occurring in Tralcao. Francisco acts as a ‘folkcommunicacional’ agent by spreading a non-hegemonic bias through his songs. The objective of this article is to show how an opinion leader acts in a context of environmental degradation in Tralcao region using the basis of the Folkcommunication Theory and the communicational processes which involve music as a concrete action of popular resistance.
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La ideología dominante es la ideología de la clase dominante. Esa idea, enunciada por Marx y Engels, resume una de las principales dificultades que enfrentan los sectores populares organizados: producir a partir de su práctica un discurso que realice, a la vez, una crítica del mundo social, prefigure una política transformadora y se imponga como discurso contra-hegemónico. En el marco de la actual coyuntura argentina (crisis económica a escala global, derrota electoral de la alianza gubernamental, relativa debilidad organizativa de los sectores populares) las consecuencias de este problema se potencian, en tanto el país parece atravesar la crisis de la coalición política en el gobierno pero no la crisis política del proyecto dominante. Situación que se manifiesta en avances de los sectores políticos más conservadores junto a la reactualización de un discurso de política económica explícitamente ortodoxo. El discurso dominante en la sociedad tiende a imponer una determinada lectura de la situación (causas y consecuencias de la crisis) que conduce a propuestas de acción, para el Estado y los actores sociales, que no impugnen el modo de reproducción social predominante. Frente a la crisis económica las opciones más difundidas y debatidas en ámbitos académicos o políticos así como en los encuentros empresariales, plantean la profundización de una forma de desarrollo basada en una modalidad de capitalismo mundialmente periférico y regionalmente subordinado. Si durante la etapa expansiva del ciclo, tras la crisis política de 2001/2002, los sectores dominantes en Argentina se sirvieron de un discurso y un práctica neodesarrollista para avanzar en la reproducción ampliada de sus intereses, en la crisis presente ese discurso recupera sus rasgos neoliberales. Este análisis no supone, sin embargo, que los sectores populares no puedan construir un discursos propio o no tengan fundamentos desde donde hacerlo. Al contrario, entendemos que desde la propia práctica y debate de sectores organizados del pueblo trabajador surgen elementos de ese discurso crítico. Son elementos que permiten ir configurando una "economía política del trabajo" que, en articulación con esa práctica de transformación social prefigurativa, van construyendo las posibilidades populares de cambiar el orden existente. El texto se organiza de la siguiente manera: primero, analizamos brevemente las características y dinámica que asume la crisis económica actual en el marco de la Argentina; luego analizamos críticamente las alternativas de políticas para enfrentar la crisis formuladas por los sectores dominantes, discutiendo sus presupuestos; más adelante planteamos algunos elementos críticos, prácticos y teóricos, que desde los movimientos sociales se plantean frente al paradigma dominante de políticas públicas; finalmente presentamos unas breves conclusiones y las referencias bibliográficas.
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La ideología dominante es la ideología de la clase dominante. Esa idea, enunciada por Marx y Engels, resume una de las principales dificultades que enfrentan los sectores populares organizados: producir a partir de su práctica un discurso que realice, a la vez, una crítica del mundo social, prefigure una política transformadora y se imponga como discurso contra-hegemónico. En el marco de la actual coyuntura argentina (crisis económica a escala global, derrota electoral de la alianza gubernamental, relativa debilidad organizativa de los sectores populares) las consecuencias de este problema se potencian, en tanto el país parece atravesar la crisis de la coalición política en el gobierno pero no la crisis política del proyecto dominante. Situación que se manifiesta en avances de los sectores políticos más conservadores junto a la reactualización de un discurso de política económica explícitamente ortodoxo. El discurso dominante en la sociedad tiende a imponer una determinada lectura de la situación (causas y consecuencias de la crisis) que conduce a propuestas de acción, para el Estado y los actores sociales, que no impugnen el modo de reproducción social predominante. Frente a la crisis económica las opciones más difundidas y debatidas en ámbitos académicos o políticos así como en los encuentros empresariales, plantean la profundización de una forma de desarrollo basada en una modalidad de capitalismo mundialmente periférico y regionalmente subordinado. Si durante la etapa expansiva del ciclo, tras la crisis política de 2001/2002, los sectores dominantes en Argentina se sirvieron de un discurso y un práctica neodesarrollista para avanzar en la reproducción ampliada de sus intereses, en la crisis presente ese discurso recupera sus rasgos neoliberales. Este análisis no supone, sin embargo, que los sectores populares no puedan construir un discursos propio o no tengan fundamentos desde donde hacerlo. Al contrario, entendemos que desde la propia práctica y debate de sectores organizados del pueblo trabajador surgen elementos de ese discurso crítico. Son elementos que permiten ir configurando una "economía política del trabajo" que, en articulación con esa práctica de transformación social prefigurativa, van construyendo las posibilidades populares de cambiar el orden existente. El texto se organiza de la siguiente manera: primero, analizamos brevemente las características y dinámica que asume la crisis económica actual en el marco de la Argentina; luego analizamos críticamente las alternativas de políticas para enfrentar la crisis formuladas por los sectores dominantes, discutiendo sus presupuestos; más adelante planteamos algunos elementos críticos, prácticos y teóricos, que desde los movimientos sociales se plantean frente al paradigma dominante de políticas públicas; finalmente presentamos unas breves conclusiones y las referencias bibliográficas.
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La ideología dominante es la ideología de la clase dominante. Esa idea, enunciada por Marx y Engels, resume una de las principales dificultades que enfrentan los sectores populares organizados: producir a partir de su práctica un discurso que realice, a la vez, una crítica del mundo social, prefigure una política transformadora y se imponga como discurso contra-hegemónico. En el marco de la actual coyuntura argentina (crisis económica a escala global, derrota electoral de la alianza gubernamental, relativa debilidad organizativa de los sectores populares) las consecuencias de este problema se potencian, en tanto el país parece atravesar la crisis de la coalición política en el gobierno pero no la crisis política del proyecto dominante. Situación que se manifiesta en avances de los sectores políticos más conservadores junto a la reactualización de un discurso de política económica explícitamente ortodoxo. El discurso dominante en la sociedad tiende a imponer una determinada lectura de la situación (causas y consecuencias de la crisis) que conduce a propuestas de acción, para el Estado y los actores sociales, que no impugnen el modo de reproducción social predominante. Frente a la crisis económica las opciones más difundidas y debatidas en ámbitos académicos o políticos así como en los encuentros empresariales, plantean la profundización de una forma de desarrollo basada en una modalidad de capitalismo mundialmente periférico y regionalmente subordinado. Si durante la etapa expansiva del ciclo, tras la crisis política de 2001/2002, los sectores dominantes en Argentina se sirvieron de un discurso y un práctica neodesarrollista para avanzar en la reproducción ampliada de sus intereses, en la crisis presente ese discurso recupera sus rasgos neoliberales. Este análisis no supone, sin embargo, que los sectores populares no puedan construir un discursos propio o no tengan fundamentos desde donde hacerlo. Al contrario, entendemos que desde la propia práctica y debate de sectores organizados del pueblo trabajador surgen elementos de ese discurso crítico. Son elementos que permiten ir configurando una "economía política del trabajo" que, en articulación con esa práctica de transformación social prefigurativa, van construyendo las posibilidades populares de cambiar el orden existente. El texto se organiza de la siguiente manera: primero, analizamos brevemente las características y dinámica que asume la crisis económica actual en el marco de la Argentina; luego analizamos críticamente las alternativas de políticas para enfrentar la crisis formuladas por los sectores dominantes, discutiendo sus presupuestos; más adelante planteamos algunos elementos críticos, prácticos y teóricos, que desde los movimientos sociales se plantean frente al paradigma dominante de políticas públicas; finalmente presentamos unas breves conclusiones y las referencias bibliográficas.
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Este estudo tem por objetivo refletir sobre a educação não-formal e seu papel educativo nos marcos de uma Escola Cidadã: os Centros Educacionais de Santo André (CESAs), que se apresentam como um projeto contra-hegemônico de escola inclusiva. Considerando-se a educação não-formal um campo de conhecimento em construção, analisa-se outra forma de organização da escola pública e como ocorre a mediação deste processo educativo. O espaço arquitetônico, as novas dimensões do educar, a formação dos professores e a entrada de outros atores na escola são apreciados ouvindo-se as vozes de crianças, pais e professores. Partindo-se de referências teóricas de estudiosos da corrente crítico-reprodutivista que analisam a escola no contexto de sociedades de classe, buscam-se, apoiados na perspectiva da escola única, defendida por Gramsci (1981), alternativas em que as aprendizagens aconteçam nas interações geradas no processo participativo em todo seu significado social. Nos capítulos iniciais, de caráter histórico e bibliográfico, discute-se a implantação de políticas públicas dessa natureza, que lançam mão da educação não-formal; finalizamos buscando evidenciá-las na política pública de educação desenvolvida nos CESAs, explorando, principalmente, as linguagens artísticas no desenvolvimento da cidadania.(AU)
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Este estudo tem por objetivo refletir sobre a educação não-formal e seu papel educativo nos marcos de uma Escola Cidadã: os Centros Educacionais de Santo André (CESAs), que se apresentam como um projeto contra-hegemônico de escola inclusiva. Considerando-se a educação não-formal um campo de conhecimento em construção, analisa-se outra forma de organização da escola pública e como ocorre a mediação deste processo educativo. O espaço arquitetônico, as novas dimensões do educar, a formação dos professores e a entrada de outros atores na escola são apreciados ouvindo-se as vozes de crianças, pais e professores. Partindo-se de referências teóricas de estudiosos da corrente crítico-reprodutivista que analisam a escola no contexto de sociedades de classe, buscam-se, apoiados na perspectiva da escola única, defendida por Gramsci (1981), alternativas em que as aprendizagens aconteçam nas interações geradas no processo participativo em todo seu significado social. Nos capítulos iniciais, de caráter histórico e bibliográfico, discute-se a implantação de políticas públicas dessa natureza, que lançam mão da educação não-formal; finalizamos buscando evidenciá-las na política pública de educação desenvolvida nos CESAs, explorando, principalmente, as linguagens artísticas no desenvolvimento da cidadania.(AU)
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Este estudo aborda os esforços para a democratização das escolas da rede municipal de Santo André (SP) e as políticas públicas implementadas para atingir esse fim no período de 1997 a 2008, tendo como foco principal a construção do projeto político pedagógico como alternativa democrática e buscando identificar a criação de mecanismos que corroboraram com essa construção. De caráter qualitativo, a pesquisa desenvolveu um trabalho de campo pautado na investigação dos documentos produzidos no período, realizou entrevistas, aplicou questionários e utilizaram-se grupos focais, a fim de que os dados possibilitassem uma reflexão teórica e uma análise dialogal sobre a temática escolhida. Apresenta-se um estudo bibliográfico ancorado nas idéias de Antonio Gramsci, o teórico da hegemonia cultural, que inspirou a caminhada em direção à democratização. Procura-se encontrar, ao longo desta pesquisa, o movimento contra-hegemônico que possa indicar sinais de possíveis mudanças na escola e sua contribuição com a construção de um espaço democrático. O projeto político pedagógico é visto como referência para o diálogo, e discutem-se sua elaboração, acompanhamento e avaliação com base no conceito de "qualidade negociada" a partir das contribuições de Luiz Carlos de Freitas. Também se expõem contribuições de autores econhecidos no meio acadêmico que pesquisam a temática em pauta, trazendo à tona a dinâmica contraditória e conflituosa para a instauração de processos participativos em um país de tradição autoritária como o Brasil. A análise dos dados permitiu apresentar e reconhecer os limites da gestão escolar historicamente centralizada e hierarquizada, observando neste processo a criação de mecanismos de participação para que uma nova cultura de gestão da escola seja construída. A pesquisa elucida a importância da construção do lugar do convívio ou seja, de luta, segundo Gramsci, e de fronteira, segundo Freitas , espaço que pode permitir a criação das possibilidades de atuação social construídas pela sociedade política e pela sociedade civil.(AU)
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Este estudo aborda os esforços para a democratização das escolas da rede municipal de Santo André (SP) e as políticas públicas implementadas para atingir esse fim no período de 1997 a 2008, tendo como foco principal a construção do projeto político pedagógico como alternativa democrática e buscando identificar a criação de mecanismos que corroboraram com essa construção. De caráter qualitativo, a pesquisa desenvolveu um trabalho de campo pautado na investigação dos documentos produzidos no período, realizou entrevistas, aplicou questionários e utilizaram-se grupos focais, a fim de que os dados possibilitassem uma reflexão teórica e uma análise dialogal sobre a temática escolhida. Apresenta-se um estudo bibliográfico ancorado nas idéias de Antonio Gramsci, o teórico da hegemonia cultural, que inspirou a caminhada em direção à democratização. Procura-se encontrar, ao longo desta pesquisa, o movimento contra-hegemônico que possa indicar sinais de possíveis mudanças na escola e sua contribuição com a construção de um espaço democrático. O projeto político pedagógico é visto como referência para o diálogo, e discutem-se sua elaboração, acompanhamento e avaliação com base no conceito de "qualidade negociada" a partir das contribuições de Luiz Carlos de Freitas. Também se expõem contribuições de autores econhecidos no meio acadêmico que pesquisam a temática em pauta, trazendo à tona a dinâmica contraditória e conflituosa para a instauração de processos participativos em um país de tradição autoritária como o Brasil. A análise dos dados permitiu apresentar e reconhecer os limites da gestão escolar historicamente centralizada e hierarquizada, observando neste processo a criação de mecanismos de participação para que uma nova cultura de gestão da escola seja construída. A pesquisa elucida a importância da construção do lugar do convívio ou seja, de luta, segundo Gramsci, e de fronteira, segundo Freitas , espaço que pode permitir a criação das possibilidades de atuação social construídas pela sociedade política e pela sociedade civil.(AU)
Resumo:
O trabalho, resultado de uma pesquisa qualitativa em educação, procurou refletir sobre o potencial contra-hegemônico do Centro Educacional Unificado (CEU) em relação aos princípios neoliberais em educação, também, denominados de "Pedagogia de Lata". Apresenta-se um estudo bibliográfico sobre a política neoliberal em educação, comparando-a às experiências vivenciadas pela Secretaria de Educação do município de São Paulo durante os anos 90. Analisa-se a proposta da Escola Cidadã, identificando seus princípios com os do projeto do CEU. Foram realizadas entrevistas abertas com protagonistas do projeto, objetivando a análise do processo instituinte. Constatou-se que o projeto, inicialmente contra-hegemônico, passou por um dialético processo instituinte, sendo depois descaracterizado pela gestão municipal paulistana iniciada em 2005.
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O trabalho, resultado de uma pesquisa qualitativa em educação, procurou refletir sobre o potencial contra-hegemônico do Centro Educacional Unificado (CEU) em relação aos princípios neoliberais em educação, também, denominados de "Pedagogia de Lata". Apresenta-se um estudo bibliográfico sobre a política neoliberal em educação, comparando-a às experiências vivenciadas pela Secretaria de Educação do município de São Paulo durante os anos 90. Analisa-se a proposta da Escola Cidadã, identificando seus princípios com os do projeto do CEU. Foram realizadas entrevistas abertas com protagonistas do projeto, objetivando a análise do processo instituinte. Constatou-se que o projeto, inicialmente contra-hegemônico, passou por um dialético processo instituinte, sendo depois descaracterizado pela gestão municipal paulistana iniciada em 2005.