994 resultados para Voz poética


Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

A articulação entre a psicanálise e a música, mais especificamente a produzida a partir do paradigma de Arnold Schönberg, renovado por John Cage, se mostra emblemática para pensar a constituição do sujeito em Sigmund Freud e Jacques Lacan, bem como para refletir sobre a escuta clínica, o ato analítico enquanto poético, e a escrita pulsional do sujeito como resposta à invocação da voz. O momento de estruturação do sujeito implica a dimensão de musicalidade da linguagem que permite o ato da fala. O sujeito nasce em um ponto em que o significante (simbólico) escreve no real do corpo um possível, um começo, uma marca que invoca uma nota e uma letra, sendo estes os dois aspectos da linguagem: a musicalidade (continuidade) e a fala (descontinuidade em movimento). Este ponto escreve e cria um vazio no sujeito que está e estará sempre em pulsação. Se o real grita caoticamente, é possível que se cante e se musique a vida com a criação de notas singulares, efeito do movimento desejante e de uma escrita pelo circuito da pulsão invocante na partitura já dada pelo Outro e face aos encontros com pedaços de real. A música tem a capacidade de retirar o sujeito de uma surdez de seu próprio desejo, o convocando a recriar a linguagem por seus atos. O paradigma de Schönberg, bem como a música criada a partir deste momento, nos dá a ouvir um saber-fazer com a voz no qual a dimensão equivocante (de equivoco e de invocação) da linguagem pode ressurgir por uma via nova. A transmissão de um saber-fazer com o objeto voz por ele efetuado se apresenta como uma radicalização do efeito de verdade do real, ressoando borromeanamente sobre o simbólico e o imaginário, invocando o momento originário do sujeito, de um começo sempre a recomeçar, que se faz ouvir como uma invocação de musicar a vida de uma maneira ética, estética e poética. É através dos eixos acima expostos que nos é possível sustentar, com Lacan, uma prática clínica orientada para além da repetição em direção a um significante novo. Trata-se de uma orientação que parte dos encontros com o real aos quais o sujeito é confrontado ao acaso visando o movimento renascente pelo qual ele pode re-escutar o inaudito do real contínuo perdido, o que faz com que seu ritmo singular possa ser, uma vez mais e de modo inédito, reinventado. A psicanálise pode ser, portanto, entendida como uma prática invocante, como uma abertura para que o sujeito possa, com entusiasmo, musicar a vida.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

A presente pesquisa pretende realizar um estudo sobre a arte urbana e algumas das questões que compõem seu panorama. Imergindo em sua recente história, a pesquisa propicia maior destaque para a arte urbana que surgiu a partir a década de 1970 com proeminente viés crítico político-social. A Arte Urbana é descrita e problematizada por meio da tensão entre o domínio público e o privado, da violência urbana e do sistema das artes, de modo a se alcançar uma melhor concepção sobre esse fenômeno cultural em crescente evolução. Em seguida percorro por minha trajetória na arte e descrevo minhas experiências com intervenções urbanas. Efetuando uma análise sobre a minha produção como artista urbano, que conta, predominantemente, com trabalhos que intentam estabelecer interlocução com a dinâmica da vida urbana, realçando problemas práticos do cotidiano, tais como a violência, o hiato entre Estado e população e a desigualdade social. Atribuindo o devido destaque ao projeto de intervenção urbana realizado junto a esta pesquisa de mestrado, denominado: "Status quo revolução", que possui como tema principal, a esperança poética de transformação, tendo o amor, e seu maior ícone, o coração, como símbolos

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

UANL

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

Publicación elaborada por un grupo de profesores del IES Zurbarán (Badajoz) como homenaje póstumo al poeta y profesor Ángel Campos Pámpano. Se realiza un recorrido por su trayectoria vital, se destacan las claves de su poética y se analizan sus principales obras.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

No que diz respeito ao processo criativo respectivamente de Fernando Pessoa e de Woody Allen, um olhar comparatista panorâmico pode conduzir à idéia de que o primeiro fragmenta-se a si próprio em diferentes olhares e vozes, das quais aqui nos interessa, especialmente, o semi-heterônimo Bernardo Soares; o segundo estilhaça seu olhar em vários filmes. Tanto na filmografia de Allen, como no Livro do desassossego, não se configura uma demarcação limitada e limitadora nem de tempo nem de espaço. Há uma escritura-processo que se caracteriza pelo deslocamento, pelo desdobramento e pelo conseqüente estilhaçamento que multiplica. Essa mobilidade é justamente o que possibilita a disseminação – que se concretiza, especialmente, na fragmentação emergente da prosa poética e do texto fílmico, na pulverização da voz e no esfacelamento do sujeito enunciador.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

The present thesis aims to get to know and to analyze the elements which make up the poetical performance of the Fandango from Canguaretama confirming/corroborating an eminently theatrical model. It still highlights the producers´ history, its asset production and its insertion in community where we had contact with two other types of performances: the daily and the ritualistic. Such actions both combine and present different meanings and objectives, promoting distinct readings and experiences. Looking at these three ways of performances poetic, daily, and ritual enabled to go deeper in cultural aspects of the studied community and, thus, check over what is going on in these events, how they accord with and conceive a popular performance context. The research could substantiate the existence of a theatrical model whose performance by means of the voice and active presence of playful bodies, implied in getting to know the consolidation of a cultural patrimony which reveals us the past, but, especially, the present, its people and its place

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

In 1956, Luís da Câmara Cascudo published his book Geografia do Brasil Holandês. In this book, he studied and described a space - the Dutch Brazil - from a geographical and historical perspective. To do this, he articulated both perspectives from the point of view of his own reading of the History of Nordeste , establishing a dialogue with the historiographical tradition of the study of the Dutch Brazil in Pernambuco. When portraying the Dutch presence in Nordeste, Cascudo articulated a drama in which the Dutch would have their history described as a typically tragic plot, portrayed as if they were already condemned to failure in advance. To this tragedy he opposed a predominantly comic Portuguese plot, as if the Portuguese victory over the Dutch was as desirable as inevitable for the space of Nordeste . When narrating the clash between the Dutch and the Portuguese for the space of Nordeste , however, Cascudo ended up delineating his own place of speech, as a spokesperson for the identity of the potiguar space in opposition to the pernabucano space described by Freyre and Gonsalves de Mello. In this way, the space of Rio Grande do Norte would have its own identity, constructed from de Dutch absence and constituted from the Portuguese legacy contrarily to the space of Pernambuco, narrated from an articulation and a conciliation of the Flemish and Lusitan legacy, even though highlighting the latter. While the Dutch would had been a constant presence in the history of Pernambuco for Freyre and Gonsalves de Mello, they wouldn t have gone beyond legend in the space of Rio Grande do Norte, removed from its geography and erased from its history. When describing de geography of the potiguar space, therefore, Cascudo articulates the inexistence of the History of a time dominated by the Fleming with the search of a Portuguese space, trough the narration of its origins and constitution, as well as the registry of the characteristics of its legacy

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

No presente trabalho interpreta-se a poesia de Max Martins, focando, principalmente, a abertura que ela oferece para o acontecer do silêncio da linguagem. Pensa-se, aqui, no silêncio como uma questão que fala e se confunde com a questão da essência da linguagem e, por conseguinte, também com a da essência do poético. Sendo assim, a dissertação desdobra-se em discussões poético-filosóficas, articulando essas duas esferas criativas nas várias dimensões em que a obra martiniana manifesta o silêncio: na linguagem, no diálogo com o pensamento e a poesia orientais, no erotismo e na verbivocovisualidade. Busca-se a escuta da “voz do silêncio”, como aparece no título do trabalho. Nessa travessia, importante dizer, as reflexões implementadas pelo filósofo alemão Martin Heidegger acerca da linguagem, assim como suas ideias sobre hermenêutica poética, são de grande valia. Certamente, além de Heidegger, há outros pensadores cujos nomes ecoam pelo trabalho, mas o do alemão merece destaque, pois a compreensão da essência da linguagem como fala silenciosa encontra abrigo tanto em sua filosofia como na obra poética de Max Martins. Realizando um diálogo entre poesia e filosofia no que elas têm em comum — o pensamento de questões —, aqui não se aplicou uma teoria prévia ao acontecer da arte. Procurou-se, ao contrário, empreender ao longo desta jornada interpretativa a escuta da poética que os próprios textos martinianos põe em obra.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

Pós-graduação em Linguística e Língua Portuguesa - FCLAR

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

En la novela Rabos de Lagartija (2000), Juan Marsé recrea el escenario de la posguerra en un margen de Barcelona a través de los ojos de un niño. Un constante zumbido en sus oídos convoca voces que le propondrán relatos alternativos, diversos, del contexto precario que lo rodea. El tópico del aparecido, recurrente en la narrativa de la memoria, se construye aquí con una lógica inversa a los relatos ya canónicos sobre la posguerra, dado que la presencia del padre desarma el relato heroico con el que la imaginación del niño trata de fortalecer su identidad como sujeto. En esta exposición analizaremos el uso del tópico puesto en relación con la poética del autor

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

La performance poética que Batato Barea realizó en la presentación de la galería del Rojas, en 1989, para inaugurar la muestra de Liliana Maresca Lo que el viento se llevó colocó en primer plano aquello que Mladen Dolar (2007) denominó como "política de la voz". El uso paródico que hizo el clown-travesti-literario respecto de la historia de la declamación de poesía estableció diferentes modos de fuga de aquella corporalidad rígida, proveniente de los procesos de homogeneización de la lengua de comienzos del siglo XX y reiterada como emblema del disciplinamiento de los cuerpos durante el período dictatorial. El poema recitado, -"Sombra de conchas" de Alejandro Urdapilleta- y la performance de Batato Barea hacían entrar, a través del repertorio gestual histórico de la declamación de poesía, nuevos posicionamientos sobre la subjetividad, teniendo como horizonte la puesta en primer plano de la teatralidad en distintas artes durante la posdictadura argentina. Paralelamente, junto a la escucha de esta voz paródica, puede rastrearse, en las performances del clown y del grupo Las coperas, un registro ambivalente, que absorbía los tonos imaginarios que la literatura ya había volcado sobre sí para ese entonces

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

El año del centenario del nacimiento del poeta español Miguel Hernández (Orihuela, 1910- Alicante, 1942) fue un momento apropiado para recordar la amistad que lo unió al poeta argentino Raúl González Tuñón (Buenos Aires 1905-1974), vínculo no muy conocido por los lectores argentinos. Los Diálogos Transatlánticos que propone el II Congreso Internacional de Literatura y Cultura Españolas Contemporáneas es una buena oportunidad para hablar de esta amistad poético-militante, releer, estudiar y comparar poemas de ambos autores y reflexionar sobre el papel del poeta en medio de tempestad como fueron los años de la II República y la Guerra Civil Española, contexto en el que se fraguó la camaradería entre estos dos poetas y que se frustró con la dramática muerte de Miguel Hernández en las cárceles franquistas. La poesía de Miguel Hernández es ampliamente conocida, en las últimas décadas, tanto por su calidad estética como por la difusión que de ella ha hecho la canción popular, sobre todo en la voz de los juglares contemporáneos Paco Ibáñez y Joan Manuel Serrat, consolidándose este conocimiento en los homenajes al Centenario de su nacimiento en todos los países de habla hispana. No ha sucedido lo mismo con la obra de González Tuñón, por eso, ésta es una excelente ocasión para recomendar la lectura de su poesía y hacerla conocer a los jóvenes, porque se trata de un escritor poco leído, poco reeditado, poco estudiado en los foros académicos y poco tenido en cuenta en los programas de estudio, tanto de la escuela media como en los de formación de profesores, muchos 'poco' para un gran poeta y lúcido intelectual, que se merece un mayor reconocimiento dentro de la literatura de habla hispánica

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

El análisis literario permite distinguir la presencia de una voz femenina por toda la obra de Manuel Puig. El personaje que la expresa en Cae la noche tropical es Nidia. Desde el enfoque de la crítica genética fue posible observar en los materiales escriturales la configuración de esa voz y su relación con los lugares comunes -rasgo ya señalado como recurrente en la poética de este novelista por la crítica literaria-, así como el proceso por el cual logra fugarse del rol esperado y el cliché

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

El análisis literario permite distinguir la presencia de una voz femenina por toda la obra de Manuel Puig. El personaje que la expresa en Cae la noche tropical es Nidia. Desde el enfoque de la crítica genética fue posible observar en los materiales escriturales la configuración de esa voz y su relación con los lugares comunes -rasgo ya señalado como recurrente en la poética de este novelista por la crítica literaria-, así como el proceso por el cual logra fugarse del rol esperado y el cliché

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

En la novela Rabos de Lagartija (2000), Juan Marsé recrea el escenario de la posguerra en un margen de Barcelona a través de los ojos de un niño. Un constante zumbido en sus oídos convoca voces que le propondrán relatos alternativos, diversos, del contexto precario que lo rodea. El tópico del aparecido, recurrente en la narrativa de la memoria, se construye aquí con una lógica inversa a los relatos ya canónicos sobre la posguerra, dado que la presencia del padre desarma el relato heroico con el que la imaginación del niño trata de fortalecer su identidad como sujeto. En esta exposición analizaremos el uso del tópico puesto en relación con la poética del autor