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Resumo:
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O Sistema de Controle Log??stico de Medicamentos Antirretrovirais (Siclom) ?? uma ferramenta criada com o objetivo de gerenciamento log??stico dos medicamentos antirretrovirais (ARV) e de aprimoramento da qualifica????o da dispensa????o. Esse sistema permite que o departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, secretarias estaduais e municipais de Sa??de mantenham-se atualizados em rela????o ao fornecimento, dispensa????o de medicamentos aos pacientes em tratamento conforme as recomenda????es existentes no Consenso Terap??utico Brasileiro, al??m do controle dos estoques de cada medicamento nas v??rias regi??es do pa??s. As informa????es de consumo e estoques s??o fundamentais para que o adequado suprimento aos estados ocorra evitando, assim, a ruptura dos estoques locais e preju??zo no atendimento aos pacientes. Atualmente utilizam o sistema 670 unidades dispensadoras de medicamentos, distribu??das em todo o Brasil; 27 coordena????es estaduais de DST/Aids; 61 almoxarifados; e 936 maternidades
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No Brasil, os procedimentos m??dicos de alta complexidade absorvem elevada parcela dos recursos do SUS, particularmente nas especialidades de nefrologia e oncologia, ao mesmo tempo em que atingem uma parcela reduzida da popula????o. A partir da percep????o das dificuldades existentes, foi elaborado e implantado um programa de controle e avalia????o em oncologia (atendimento ambulatorial em quimioterapia e radioterapia), mediante parceria entre o Inca/Pr??-onco e o SUS Campos. Com a iniciativa observou-se uma redu????o de mais de 50% nos gastos com quimioterapia, cujos custos exibem uma tend??ncia progressiva ao decl??nio. Os gastos com radioterapia exibem padr??o vari??vel, visto que os mecanismos de controle e avalia????o ainda se encontram em implanta????o. Houve ganho em qualidade das indica????es terap??uticas. Desenvolveu-se maior motiva????o entre os auditores e revisores, que passaram a dispor de instrumentos mais eficazes para realizar seu trabalho. Melhorou o entendimento e a organiza????o do fluxo de informa????es entre o SUS-Campos e os prestadores. Os prestadores reconheceram a necessidade de melhor organizar seus servi??os e de iniciar um registro adequado dos casos. Ocorreu uma melhoria generalizada na qualidade das informa????es. O SUS-Campos tomou a iniciativa de utilizar o registro de mortalidade e de programar outros tipos de registro que possam favorecer o controle e avalia????o em oncologia. Passou a ser desenvolvida uma metodologia de bases realistas para aplicar-se a um programa de controle e avalia????o em oncologia. Surgiu a possibilidade de acompanhamento dos casos e de avalia????o dos resultados dos tratamentos aplicados
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O Hospital Universit??rio da Universidade Federal de Santa Maria oferece, entre v??rios outros, o Servi??o de Hemato-Oncologia. Inicialmente, o servi??o tinha como meta priorit??ria apenas a perfei????o cl??nica. Hoje, entende que o tratamento terap??utico deve-se acompanhar de uma proposta de bem-estar social e psicol??gico. Para isto, criou-se, na Sala de Atendimento Pedag??gico, um espa??o de forma????o cultural b??sico, onde se desenvolvem oficinas para pacientes agrupados em turmas, conforme os est??gios de desenvolvimento do pensamento segundo Piaget. Observam-se mudan??as comportamentais dos pacientes que v??o desde a aceita????o das consultas m??dicas at?? manifesta????es de prazer com a vida, criatividade e socializa????o, atitudes de organiza????o, disciplina e participa????o, desenvolvimento intelectual e motor e interesse pela vida escolar
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A indústria farmacêutica configura-se como um oligopólio, com produtos diferenciados em segmentos de classes terapêuticas específicas. As grandes farmacêuticas globais concentram seus esforços de pesquisa e de comercialização nas doenças degenerativas, que trazem maior retorno financeiro. No Brasil, destaca-se a presença de um conjunto de laboratórios públicos, os quais compõem a Rede Brasileira de Produção Pública de Medicamentos (RBPPM), voltados para as necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS), em grande parte negligenciadas pelas Big Pharmas. O objetivo deste estudo é investigar o uso pelos laboratórios farmacêuticos oficiais brasileiros das contribuições derivadas das tecnologias da informação e comunicação (TIC), no sentido da integração da cadeia de suprimentos da RBPPM. Em sua primeira fase, a pesquisa de campo foi realizada por meio de uma abordagem quantitativa em todos os laboratórios oficiais afiliados à Associação de Laboratórios Farmacêuticos Oficiais Brasileiros (Alfob). Essa análise permitiu levantar questões que foram aprofundadas por meio da abordagem qualitativa em três laboratórios selecionados da fase anterior. As evidências coletadas permitem concluir que os objetivos descritos na criação da RBPPM, cujo alcance poderia ser facilitado pela adoção dos atributos da GCS pela rede capitaneada pelo Ministério da Saúde, ainda são incipientes e erráticos. O estudo demonstrou que, apesar das evidências teóricas e empíricas a respeito da capacidade das TIC de integrar processos, os laboratórios públicos brasileiros ainda fazem pouco uso das tecnologias estudadas na gestão de cadeias de suprimento (GCS), e o desempenho das poucas ferramentas encontradas revelou-se incipiente e insatisfatório. É bem provável que essa evidência seja uma decorrência natural do fato de que a RBPPM não utilizava uma abordagem de GCS na época em que esta pesquisa foi realizada.
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OBJETIVO: Descrever etapas da adaptação transcultural de questionário de avaliação de adesão terapêutica em hipertensão arterial, desenvolvido no idioma espanhol, para aplicação ao contexto brasileiro. MÉTODOS: A fim de estabelecer equivalências conceitual, de itens, semântica e operacional, foram realizadas duas traduções para o português de modo independente e duas retraduções para o espanhol. Traduções e retraduções foram avaliadas quanto à alteração nos significados referencial e geral. Realizaram-se duas aplicações de pré-testes com pacientes hipertensos e/ou diabéticos, com a versão síntese, que contribuíram para identificar diferentes problemas e confirmar decisões tomadas. RESULTADOS: A segunda tradução e retradução foram mais bem avaliadas, pois não houve alteração dos significados para cinco dos 12 itens do questionário. Foram feitas alterações operacionais, e uma vinheta com as opções de resposta e um exemplo no enunciado do instrumento facilitaram a aplicação nas entrevistas. CONCLUSÕES: Os resultados obtidos na avaliação das equivalências conceitual, de itens, semântica e operacional permitiram chegar a uma versão em português do questionário MBG para avaliar adesão terapêutica para aplicação no contexto brasileiro.
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OBJETIVO: Analisar o processo de cuidado desenvolvido por meio de arte e cultura em centros de atenção psicossocial. MÉTODOS: Estudo integrado à pesquisa de avaliação dos centros de atenção psicossocial, em São Paulo, SP. Foram analisados os relatos da observação de tipo etnográfico de 126 atividades grupais de arte e cultura realizadas em 21 desses centros, entre 2007 e 2008. A análise incluiu depoimentos de coordenadores sobre os objetivos das atividades observadas. Baseado em referenciais teóricos da atenção psicossocial, utilizou-se da técnica de análise de conteúdo para investigar relações entre meios terapêuticos (enquadres, atividades e vínculos) e objetivos das atividades. RESULTADOS: Três tendências de cuidado foram identificadas: (1) estritamente clínica, predominante e marcada por atividades realizadas dentro dos centros com foco em competências pessoais e interações grupais; (2) psicossocial, que incluiu atividades no território, ampliação dos repertórios culturais e da circulação social; e (3) residual, minoritária e sem ganhos psicossociais. CONCLUSÕES: A realização de atividades de arte e cultura que produzam cuidado na perspectiva da reabilitação psicossocial depende do acesso dos profissionais a bens culturais e a processos criativos, do reconhecimento dessas atividades como trabalho integrado a toda a equipe e da consideração de todos os atores envolvidos como produtores de fatos de cultura.
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O objetivo desta comunicação foi descrever a detecção de coexistência de variantes HIV-1 com inserções de dois aminoácidos entre os códons 69 e 70 da transcriptase reversa. Tais variantes foram isoladas de paciente do sexo masculino, 16 anos de idade, em tratamento no interior do estado de São Paulo. Após confirmação de falha terapêutica, foi realizado teste de resistência a antirretrovirais, a partir do qual foram detectadas duas variantes contendo inserções dos aminoácidos Ser-Gly/Ser-Ala no códon 69 da transcriptase reversa, além da mutação T69S. Tais inserções possuem baixa prevalência, não foram relatadas em caráter de coexistência no Brasil e estão relacionadas com a resistência a múltiplas drogas, tornando o achado relevante do ponto de vista epidemiológico.
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OBJETIVO : Analisar fatores associados à baixa adesão ao tratamento medicamentoso em idosos. MÉTODOS : Estudo transversal de base populacional, com amostra representativa de 1.593 indivíduos com 60 anos ou mais, residentes na região urbana de Bagé, RS, em 2008. A amostragem foi realizada em múltiplos estágios. Os dados foram coletados em entrevistas individuais nos domicílios. Analisou-se a associação entre a baixa adesão referida ao tratamento medicamentoso mensurado pelo Brief Medication Questionnaire (BMQ) e fatores demográficos, socioeconômicos, comportamentais e de saúde, assistência e prescrição. Foi utilizado modelo de regressão de Poisson para estimar as razões de prevalência bruta e ajustada, os respectivos intervalos de confiança de 95% e p-valor (teste de Wald). RESULTADOS : Cerca de 78,0% dos indivíduos referiram ter usado algum medicamento nos sete dias precedentes à entrevista. Desses, cerca de 1 / 3 foram considerados com baixa adesão ao tratamento. Os fatores significativamente associados à baixa adesão foram: idade (65 a 74 anos), não ter plano de saúde, ter que comprar (totalmente ou em parte) os seus medicamentos, ter três ou mais morbidades, possuir incapacidade instrumental para a vida diária e usar três ou mais medicamentos. CONCLUSÕES : A utilização elevada de medicamentos, decorrente da alta prevalência de doenças crônico-degenerativas em idosos, e o acesso ao tratamento devem ser considerados pelos profissionais de saúde para adoção de estratégias que visem diminuir a baixa adesão ao tratamento, aumentando a resolutividade terapêutica e a qualidade de vida desses pacientes.
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OBJETIVO Elaborar e validar instrumento de avaliação da adesão ao tratamento da hipertensão arterial sistêmica, com base na teoria da resposta ao item. MÉTODOS O desenvolvimento do instrumento envolveu procedimentos teóricos, empíricos e analíticos. Os procedimentos teóricos compreenderam a definição do constructo adesão ao tratamento da hipertensão arterial sistêmica, identificação dos domínios intervenientes e a elaboração do instrumento, seguida da análise semântica e conceitual por peritos. O procedimento empírico englobou a aplicação do instrumento a 1.000 usuários com hipertensão arterial sistêmica, atendidos em um centro de referência em Fortaleza, CE, em 2012. A etapa analítica validou o instrumento por meio da análise psicométrica e dos procedimentos estatísticos. O modelo da teoria da resposta ao item usado na análise foi o da resposta gradual de Samejima. RESULTADOS Doze dos 23 itens do instrumento inicial foram calibrados e permaneceram na versão final. O coeficiente alfa (α) de Cronbach foi de 0,81. Os itens referentes ao uso da medicação quando apresenta algum sintoma e o uso de gordura apresentaram bom desempenho, pois tiveram melhor poder de discriminar os indivíduos que aderem ao tratamento. Deixar de tomar a medicação alguma vez e o consumo de carnes brancas apresentaram menor poder de discriminação. Itens referentes à realização de exercício físico e ser rotina seguir o tratamento não medicamentoso tiveram maior dificuldade de resposta. O instrumento mostrou-se mais apropriado para medir a baixa adesão ao tratamento da hipertensão arterial sistêmica do que a alta adesão. CONCLUSÕES O instrumento mostrou-se adequado para avaliar a adesão ao tratamento da hipertensão arterial sistêmica, pois consegue diferenciar os indivíduos com alta adesão daqueles com baixa adesão. Sua utilização pode facilitar a identificação e aferição do cumprimento à terapêutica prescrita, além de viabilizar o estabelecimento de metas a serem alcançadas.
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Dipteryx odorata (Aubl.) Willd. (Fabaceae) é popularmente conhecida como cumaru. Suas sementes são utilizadas pela população, por seus efeitos terapêuticos, dados pela cumarina, hoje comercializada para distúrbios vasculares e linfáticos e pela produção de óleo. Realizou-se um estudo morfo-anatômico de sementes de seis indivíduos desta espécie através da caracterização morfológica, determinação do peso da matéria fresca e das dimensões de 100 sementes, além de cortes histológicos transversais e longitudinais, considerando-se o tegumento e o embrião. A semente é oblonga, levemente comprimida na região do hilo. O tegumento seminal apresenta cutícula delgada e lisa, macroesclereídeos, osteoesclereídeos, mesofilo interno e membrana basal. O embrião constitui-se de dois cotilédones e o eixo embrionário retilíneo, formado por plúmula, epicótilo e radícula.
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Objetivo Analisar a associação entre as características sociodemográficas, status do tabagismo, grau de motivação, nível de ansiedade, depressão e de estresse com o fracasso em pacientes de um programa de cessação de tabagismo. Métodos Estudo de corte transversal realizado com pacientes que procuraram os programas de cessação do tabagismo de Cuiabá/MT, Brasil. Todos os fumantes matriculados no início desses programas, durante o período de maio a agosto de 2012, foram convidados a participar deste estudo, totalizando 216 pacientes. Os instrumentos utilizados foram o questionário Perfil Sociodemográfico, Teste de Fagerström (FTND), URICA, Inventário de Ansiedade de Beck (BAI), Inventário de Depressão de Beck (BDI) e Inventário de Sintomas de Stress de Lipp (ISSL). Os dados foram digitados duplamente em programa Epidata versão 3.1, e para análise dos dados foi utilizado um modelo de regressão de Poisson. Resultados Foram encontradas associações do fracasso terapêutico com as seguintes variáveis: faixa etária jovem (RP = 1,68; IC 95% 1,11-2,56); menor tempo de tabagismo (RP = 1,32; IC 95% 1,09-1,61); maior consumo de cigarros/dia (RP = 1,24; IC 95% 1,01-1,52) e menor grau de motivação (RP = 1,55; IC 95% 1,04-2,30). No modelo final (RPa), ficaram associadas ao fracasso as variáveis: menor tempo de tabagismo (RPa 1,53; IC 95% 1,07-2,32), maior carga tabágica (RPa 1,48; IC 95% 1,12-1,95), baixo nível de motivação (RPa 1,58; IC 95% 1,07-2,32) e alto nível de ansiedade (RPa 1,22; IC 95% 1,01-1,48). Conclusão Baixo nível motivacional (Contemplação e Pré-contemplação), alto nível de ansiedade (moderado/grave), menor tempo de tabagismo e alta carga tabágica estão associados ao fracasso terapêutico.
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Objetivo Discutir os significados da vivência de episódios maníacos para pacientes com transtorno bipolar (TAB). Métodos Trata-se de uma pesquisa qualitativa, feita por meio de entrevistas semidirigidas em profundidade, em uma amostra fechada pelo critério de saturação com oito pacientes com TAB em remissão. A técnica de tratamento de dados foi feita por meio da análise de conteúdo das entrevistas transcritas na íntegra e categorização. Os resultados foram submetidos à validação externa, no Laboratório de Pesquisa Clínico-Qualitativa do Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria da Unicamp, composto por 37 pesquisadores do método, entre eles mestrandos, doutorandos, pós-doutorados e pesquisadores seniores. Resultados Foram identificadas três categorias – Ambivalência e vergonha: pensar ou não pensar sobre os episódios maníacos; Organizando sentimentos pessoais: a remissão como um momento de autoconsciência; Episódios maníacos estruturando relações interpessoais versus projeções da angústia. Conclusão Os achados da presente pesquisa contribuem para a maior compreensão dos quadros maníacos no TAB, que podem auxiliar nas reflexões acerca da relação profissional-paciente, para elaborar estratégias para aderência e para as medidas terapêuticas e preventivas da recorrência dos episódios. Podem auxiliar a equipe de saúde envolvida no acompanhamento desses casos e também os pesquisadores na investigação da contribuição dos significados aqui discutidos nos fenômenos de aderência ao tratamento e de um melhor prognóstico.
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Objetivo Revisar as principais síndromes neuropsiquiátricas associadas ao acidente vascular encefálico (AVE), suas características clínicas, impacto sobre a recuperação dos pacientes, tratamento, suas possíveis relações com a fisiopatologia dos AVE e, quando possível, contextualizá-las à realidade brasileira. Métodos Foram realizadas buscas nas bases de dados PubMed/MedLine e SciELO/Lilacs com os termos “stroke” e “cerebrovascular disease” em combinações com “neuropsychiatry”, “neuropsychiatric disorders”, “psychiatry”, “psychiatric disorders”, “depression”, “anxiety” e “dementia”, com ênfase nos últimos dez anos. Resultados Foram revisadas as síndromes neuropsiquiátricas pós-AVE, incluindo depressão, ansiedade, transtorno da expressão emocional involuntária, labilidade emocional, irritabilidade, raiva, reação catastrófica, apatia, demência, mania e psicose, de acordo com os objetivos propostos. Conclusão É notória a escassez de informações sobre o manejo terapêutico das complicações neuropsiquiátricas secundárias aos AVE, especialmente diante do impacto em saúde pública representado pelas doenças cerebrovasculares. Com a evolução da abordagem precoce a esses pacientes e o consequente aumento de sua sobrevida, o aprofundamento do conhecimento sobre o desenvolvimento e o tratamento dos transtornos neuropsiquiátricos parece ter maior potencial para melhorar o desfecho e a qualidade de vida dos indivíduos que sofreram AVE.
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Objetivos A esquizofrenia está associada a alto grau de incapacidade e importantes déficits neuropsicológicos, sociais e vocacionais. Pesquisas têm sido realizadas com o objetivo de identificar fatores preditivos para refratariedade, a fim de melhorar o tratamento e a qualidade de vida do paciente com esquizofrenia. O presente estudo teve o objetivo de verificar a frequência de pacientes com esquizofrenia refratária acompanhados em serviço terciário, estabelecer o perfil clínico e sociodemográfico e analisar possíveis fatores associados à refratariedade clínica. Métodos Sessenta e oito pacientes com esquizofrenia foram incluídos no estudo, sendo 36 refratários ao tratamento (52,9%). Os dados clínicos e sociodemográficos de ambos os grupos foram coletados, analisados e comparados. Um modelo de regressão logística foi elaborado com o objetivo de analisar possíveis fatores associados à refratariedade clínica. Resultados Entre o grupo refratário, houve maior frequência do sexo masculino (p = 0,03), número de antipsicóticos em uso (p < 0,01), internações ao longo da vida (p < 0,01) e de polifarmácia (p < 0,01). Escolaridade, estado civil, história familiar de esquizofrenia e uso de substâncias não foram confirmados como associados à refratariedade. Observou-se atraso temporal entre o estabelecimento da refratariedade clínica e a introdução da clozapina, indicado como o melhor antipsicótico para o tratamento de esquizofrenia refratária. Conclusão É importante e necessário o desenvolvimento de mais pesquisas a fim de investigar possíveis fatores clínicos e sociodemográficos preditores de refratariedade em pacientes com esquizofrenia, objetivando o início mais precoce de ações terapêuticas.