949 resultados para Souza, Márcio, 1946- . Lealdade. Crítica e Interpretação
Resumo:
O presente trabalho visou estudar aspectos fundamentais da recepo crtica da obra dramtica de Gonalves Dias. Para isso buscou-se, em primeiro lugar, compreender o lugar da obra dramtica do autor em sua produo literria considerando-se algumas crticas ao poeta publicadas em peridicos, revistas e em obras pertencentes historiografia literria do sculo XIX e XX. Em segundo lugar, buscou-se compreender o lugar da produo dramtica do autor por meio da anlise de sua correspondncia ativa.
Reviso crtica das canes para a voz e piano de Heitor Villa-Lobos: publicadas pela Editora Max Eschig
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Esta reviso crtica apresenta uma anlise do conjunto de canes de Heitor Villa-Lobos (1887-1959), publicado pela editora Max Eschig de Paris. As trinta canes publicadas formam um painel importante do estilo vocal e pianstico do compositor, pontuando praticamente toda sua vida criativa. O trabalho respeitou a ordem cronolgica da criao das colees de canes: de 1919 e 1946. Alm das trinta canes publicadas, incluiu-se no trabalho as trs canes no publicadas que fazem parte da srie Canes Tpicas Brasileiras. Tais obras esto depositadas nos arquivos do Museu Villa-Lobos no Rio de Janeiro, Brasil.
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Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPq)
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This work aims to contribute to theoretical and methodological analysis of writing the history of Brazilian cinema. The object of this study the trilogy of articles in Cinema: the trajectory of underdevelopment regimented, the critic and historian Paulo Emlio Salles Gomes, seeks to understand the process of setting up a web interpretative history of our film based on this work and how to rescue its historicity.
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O propsito desta dissertao apresentar uma anlise da pobreza e da mobilidade social na obra de Ea de Queirs no perodo de 1878 a 1888. Para tanto, examinaremos os personagens pobres, refletindo sobre seu papel na diegese, sua construo no texto e sua influncia na concepo artstica do autor; sobre a subjacente viso de mundo que nelas se expressa; e, finalmente, confrontamo-las, enquadradas no que tem sido considerado esttica realista-naturalista. Esta pesquisa justifica-se pela proposta de criao de um novo foco de anlise dentro da crtica queirosiana: aquele voltado s personagens que se dedicam de modo especfico ao trabalho, e, ao faz-lo, revelar a perspectiva do romancista relativamente sociedade e ao momento histrico. O estudo que fazemos de alguns estratos sociais pouco valorizados (o pessoal domstico, por exemplo) uma lacuna nos estudos queirosianos. Algumas das personagens que acompanhamos passam quase despercebidas nos romances. Com exceo de Juliana, de O primo Baslio, tm interveno mnima na ao. Ainda assim tm uma caracterizao bastante elaborada, mesmo que por vezes com poucos traos, e no deixam de compor uma viso mais alargada da sociedade portuguesa do sculo XIX, desmentindo a ideia ainda hoje corrente de que Ea teria posto nos seus livros apenas os extratos sociais privilegiados de seu tempo. Para alm da designao to vaga de crtico social, Ea testemunhou um processo de transformao de um mundo em runas, que j no podia mais ser o que sempre fora
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O objetivo desta pesquisa analisar as marcas lingusticas que compem as relaes de sentido no que diz respeito ao humor da crnica de Aldir Blanc. A partir da percepo da estrutura da Lngua Portuguesa, verificar quais as aes na produo textual da crnica sejam estas morfolgicas, gramaticais, lexicais, sintticas, fonticas, estilsticas ou semnticas que, ao aliar-se prxis cotidiana (contexto) oferecida pelos jornais, propiciam o discurso humorstico do autor. Os pressupostos tericos que corroboram as respectivas demarcaes lingusticas tero nfase no tocante aos aspectos semnticos, com Stephen Ullman, Pierre Guiraud e Edward Lopes. Os traos caractersticos da crnica, o humor e a ironia como recursos discursivos, a seleo lexical, as inferncias, o jogo ldico da grafia das palavras, as formas textuais sero inferidos dialogicamente em grande parte pelos estudos estilsticos de Marcel Cressot, Pierre Guiraud, Mattoso Cmara, Nilce SantAnna Martins e Jos Lemos Monteiro. Desse modo, apontamos para um estudo da lngua sob uma tica semntico-discursiva, levando em conta sua expressividade estilstica. Dessa forma, valorizao do manuseamento lingustico, quer pela escritura, quer pela leitura, acrescenta-se o dado crtico da lngua atravs do discurso presente no humor, tendo em vista o gnero textual que a crnica e sua grande penetrao social pelos jornais de grande circulao
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A presente tese se ocupa de uma vertente da literatura e do cinema contemporneos, especialmente do escritor Julio Cortzar e do cineasta David Lynch, que: busca um novo tratamento para a realidade, no esconde os artifcios discursivos das obras, joga com estratgias ilusionistas e antiilusionistas, debate a prpria fico por meio de recursos metaficcionais, que se utiliza da metfora do teatro como espao diferenciado e como palco de iluses e que trabalha com a questo do fantstico (ou absurdo). Grande parte do trabalho dedicada ao estudo da obra do escritor argentino Julio Cortzar. Estudo esse que se constri a partir das correspondncias entre as produes ficcionais e tericas de Cortzar, alm de suas prprias entrevistas. Cortzar nosso foco principal e dele, acreditamos, brotou um veio dos mais significativos na narrativa contempornea, que estabelece novos modos de se lidar com a representao e com as referncias. devido a esses aspectos, apontados anteriormente, que estabelecemos relaes com outros autores, inclusive do cinema, como o caso de David Lynch
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Esta dissertao busca analisar como Joan Riley, escritora jamaicana que vive na Inglaterra, expe e denuncia em suas obras a submisso feminina diante da opresso e violncia sexual sofridas por mulheres negras. Objetivamos apontar a crtica ao papel dos discursos patriarcal e ps-colonial, prticas de poder que tornam o contexto social das mulheres representadas em seus romances propcio para o exerccio do jugo masculino, atravs da explorao do silncio de mulheres vtimas de abusos sexuais. O necessrio recorte do objeto restringiu a anlise s duas personagens centrais dos romances The Unbelonging (1985) e A Kindness to the Children (1992), mulheres cujas subjetividades foram anuladas pela objetificao de seus corpos e a desumanizao de suas identidades
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Considerado pela maioria da crtica como uma literatura ptrida (cf. ULBACH, 1868) ou torpe (cf. VERSSIMO, 1894), acusado de confundir ingenuamente cincia e literatura, bem como de cientizar a linguagem literria, e em particular no Brasil, alm disso, questionado por plgio ou importao de uma moda estrangeira, o naturalismo foi relegado s margens da historiografia literria. Assumindo como ponto de partida esse panorama crtico, a tese prope uma reavaliao crtica e historiogrfica da esttica naturalista, comeando por descrever e analisar sua origem no decurso da histria, a partir do advento do realismo moderno nas obras de Stendhal e de Balzac (cf. AUERBACH, 2004). Enfoca a lenta afirmao dos termos realismo e naturalismo, bem como a importncia da contribuio de diferentes romancistas franceses no processo de consolidao da esttica realista e de seu prolongamento no naturalismo. Discute-se tambm o projeto esttico proposto por Zola, assim como se desconstroem mitos corroborados pela historiografia literria a respeito da teoria e do movimento naturalistas. Por fim, correlacionando a esttica naturalista com o ideal republicano, aborda-se a aclimatao dos princpios naturalistas no Brasil, na obra daquele que foi seu principal representante, Alusio Azevedo. A partir de uma abordagem comparativa entre o naturalismo na Frana e no Brasil, busca-se, em sntese, contribuir para o processo de reviso crtica e historiogrfica de um perodo literrio muito produtivo nos dois pases, no obstante a tendncia para sua desvalorizao em geral observada nas manifestaes da crtica novecentista
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A partir da leitura do livro Mnimos, Mltiplos e Comuns de Joo Gilberto Noll, este trabalho busca empreender um estudo sobre as relaes entre a escrita do artista e tempo na figura dos instantes ficcionais, observando a questo do microrrelato e da exigncia fragmentria (cf.P. Lacoue-Labarthe e Jean-Luc Nancy), na perspectiva do inacabado/unidade, o que projeta uma hiptese de conjunto constelar para a escrita de Joo Gilberto Noll. Inicialmente realiza-se uma reflexo de alguns temas importantes na fortuna crtica sobre o escritor, com a inteno de saber como estes reverberam na sua escrita para, em seguida, tratar do fragmento e suas perspectivas estticas de inacabamento e de totalidade, com relao ao tempo e como dessas questes surge a metfora crtica do instante ficcional. As leituras crticas usadas como operadores nortearam-se a partir das noes de fragmento (romntico), e de Acontecimento, relacionadas ao par conceitual Cronos/Ain deleuziano
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O objetivo da presente pesquisa o de discutir a reescrita da histria da Irlanda, mais especificamente aspectos relacionados construo da identidade nacional e de marcas da tradio, a partir da leitura do romance Tipperary, de Frank Delaney. Publicada em 2007, essa obra aborda de forma singular as querelas sobre identidade nacional, nacionalismo, passado, memria, e seus personagens principais e a trama esto significativamente ligados ao contexto poltico-social da histria da Irlanda. Nessa reconstruo da histria, o passado revisitado atravs de diferentes pontos de vista. Nossa ateno estar voltada para a seleo de elementos/momentos da histria do pas que ganham foco na narrativa, e as possveis repercusses deste processo. Alm disso, nos concentraremos na questo das tnues fronteiras entre histria e fico, ou seja, as fronteiras pouco delimitadas entre o discurso histrico e o discurso ficcional. Na escrita da histria em Tipperary, Delaney aborda questes relativas a mitos, lendas e tradies como importantes fatores de identidade nacional em uma Irlanda que emerge como uma nao independente. No romance em questo, podemos observar como histria e memria se unem na jornada do protagonista, em sua empreitada de narrar a histria de sua vida e de seu pas
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O objetivo desta dissertao propor uma viso afirmativa dos narradores-protagonistas dos romances do escritor Joo Gilberto Noll, oferecendo um contraponto crtica que, ao inserir esses narradores-protagonistas na tendncia niilista contempornea de apagamento diante do outro e do mundo, os classifica como fracos. A partir da anlise dos romances Hotel Atlntico (1986), Harmada (1993), A cu aberto (1996), Berkeley em Bellagio (2002), Lorde (2004) e Acenos e afagos (2008), caracterizaremos o sujeito nolliano como um sujeito forte, que chamaremos aqui de sujeito dionisaco. Este sujeito prescinde de uma identidade fixa e bem delimitada e, portanto, dispensa quaisquer tipos de espelhos da conscincia, da identificao, da idealizao. Em vez de atribuir-se a si mesmo uma subjetividade ou um rosto, este sujeito se reconhece na sua existncia mais primordial: o seu corpo indomvel, que, diferente do corpo/imagem da lgica do esteticismo generalizado, refora o carter mltiplo e instvel do sujeito, lembrando que ele regido no pela sua vontade prpria, mas sim pela dinmica da vontade de potncia. Apesar de remeter sempre ao corpo, a literatura de Noll se revela um convite, tanto aos seus narradores-personagens quanto ao leitor, para uma experincia metafsica
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Essa dissertao visa estudar a formao do que veio a ser conhecido como o mito Shakespeariano e sua relao com a produo literria contempornea, exemplificada pelo romance Wise Children, da romancista inglesa Angela Carter. Tal objetivo pretende ser alcanado por meio uma reviso terica de elementos relacionados concepo de mito desenvolvida pelo filsofo francs Roland Barthes, tais quais a concepo tradicional de mito, o Estruturalismo, o Ps-estruturalismo, a crtica ideolgica marxista e os Estudos Culturais. Um estudo dos processos histricos que deram origem ao e ajudaram a propagar o mito Shakespeariano tambm levado a cabo nessa dissertao: a apropriao da figura e da obra de William Shakespeare feita pelos pr-romnticos e pelos romnticos em geral; a associao da figura de Shakespeare com a identidade nacional do Imprio Britnico; o advento da industria Shakespeariana e o papel das adaptaes das peas de Shakespeare na propagao do mito Shakespeariano
Resumo:
Este trabalho se prope a analisar duas obras do escritor portugus Antnio Lobo Antunes, tendo em vista algumas instncias narrativas, que, a nosso ver, sobressaem na obra do autor. As obras so Ontem no te vi em Babilnia, romance publicado em 2006, e O arquiplago da insnia, de 2008. Os dois romances compem o ciclo de produo mais recente do autor, no qual as experimentaes formais e estticas so mais intensas do que nos romances anteriores. Alm disso, as obras apresentam convergncias temticas j explicitadas por uma leitura atenta de seus ttulos. Ontem no te vi a representao de um tempo de espera, um tempo de frustrao; Babilnia Babel, smbolo maior da incomunicabilidade para o Ocidente. J arquiplago um conjunto de ilhas, reunio marcada pelo isolamento e pela incomunicabilidade; insnia , igualmente, uma espera frustrada por algo que no vem, no caso, o sono, que nos romances ser metfora para a morte. O trabalho privilegiar, portanto, a anlise do espao, a partir do smbolo da casa; do tempo, insone e de morte; e do texto, que se apresenta, essencialmente, por uma enxurrada discursiva. Assim, pretende-se entrar no universo antuniano e, como parece ser o desejo do autor, desvendar a ns mesmos e a nosso tempo
Resumo:
Durante a segunda metade do sculo XIX, a ateno dada cincia, que ganha ento maior espao na literatura, cresce muito. A Medicina estava em ascenso, e grande foi a sua importncia no controle de enfermidades e reduo do nmero de mortes prematuras. Alm disso, os mdicos ainda enfrentavam, apesar de tudo, dificuldades para se estabelecerem socialmente, uma vez que ainda existia o costume da busca de curandeiros, boticrios e benzedeiras. Ea de Queirs, que, neste particular, traa um panorama diversificado e valioso da situao portuguesa, aborda o cientificismo, colocando-o em xeque, juntamente com o discurso religioso, ambos ainda com tanto prestgio na esfera dos assuntos pblicos. Muitos estudiosos ainda veem na obra de Ea um carter exclusivamente doutrinador, e no discurso cientfico percebem apenas um contraponto ao discurso religioso. A anlise de trs obras que trazem mdicos como personagens secundrios ou como protagonistas na trama mostra que no era somente este o papel do cientificismo queirosiano em O Primo Baslio, O Crime do Padre Amaro e Os Maias. Atravs dos mdicos dos romances da fase mais marcadamente realista-naturalista de Ea (Julio, Dr. Gouveia e Carlos Eduardo) possvel perceber o quanto Ea avana de posies mais doutrinrias (da dcada de 70) para posies mais complexas e problematizadoras (da dcada de 80)