999 resultados para Serviço de saúde mental comunitário
Resumo:
O Centro de Atenção Psicossocial tem sido visto como uma nova estratégia de atendimento ao portador de transtorno mental por possuir particularidades no cotidiano de trabalho que influenciam diretamente as práticas desenvolvidas pelos profissionais de saúde que nele atuam. Por meio de um estudo de caso qualitativo, realizaram-se entrevistas gravadas com 13 profissionais de diferentes categorias, a fim de conhecer o significado do trabalho para os profissionais que atuam em um Centro de Atenção Psicossocial da cidade de Belo Horizonte. Para análise dos dados foi utilizada a técnica de análise de conteúdo, com os seguintes resultados: a satisfação dos profissionais que atuam no centro de atenção psicossocial devido ao novo modelo de atenção à saúde mental baseada na proposta antimanicomial; a realização no trabalho pelo fato de conseguirem a reinserção social dos indivíduos com transtorno mental e os meios para o alcance da sua autonomia.
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Através de uma revisão da literatura nacional e internacional sobre a formação em saúde mental dirigida para médicos que atuam na atenção primária, os autores procuram identificar referenciais pedagógicos que possam nortear metodologicamente a formação em saúde mental para essa categoria profissional no âmbito da atenção primária em saúde no Brasil.
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This thesis seeks to uphold the idea that the therapeutic residential service, as hybrid device and recent process of deinstitutionalization in mental health, works as a problem producer while it also indicates challenges and potentialities in this process, the attention on mental health and on its own care production. To that end, we work with the prospect map with which we approach reality as the subjectivities production field which transformations and intensities are the major thought propellants. From this perspective, it was possible to produce three "purpose maps" from meetings with actors and groups involved with the TRS and the theoretical study carried out. On the first map we mapped the conditions of possibility of this device and its design in the midst of the process of institutionalization and health policies. We indicate on it the TRS configuration as a hybrid and we hassled its proposition as a means of "social rehabilitation" that can work as a social homogeneity mechanism. On a second map, we cartographied mental captures through images and ways historically built from madness presented in the biopolitical contemporary game and we indicated that the resistance to such catches should be built on a politic daily basis as important vectors of the institutionalization process in mental health. Finally, on a third map we mapped the carefulness produced in the TRS, by analyzing the transition psychiatric hospital - TRS and the caregivers´ team work. On this mapping, the care, for the weakness in the coresponsibility field, is reveled crossed by mental, disciplinary and normality elements, but it is also built in resistance born from links in the intersubjective field of the caring work. We conclude, then, that the TRS power and the deinstitutionalization process itself were in building and strengthening affective labor micro political networks of life and liberty producers
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Brazilian Psychiatry Reform, through Psychosocial Care Strategy, has intended to build insane people care practices from community care services which contemplates the subjects complete lives. However, to change the traditional care ways demands the facing of a series of epistemological, political and cultural obstacles. One of the current challenges deals with patients aggravation processes, with management ways, with devices and with professionals, as well as with the assistance network. The purpose of this thesis was to investigate how these aggravation processes has been constituted in Natal mental healthcare network, understanding its effects in the work teams and patients. Theoretical and methodological perspective used was Institutional analysis was, subsidizing the usage of concept-tools as the implication analysis, selfmanagement and self-analysis, and restitution. The research was carried out at the Natal East Sanitary District Mental Healthcare Clinic, with the participation of technicians and patients. The research procedures were: literature and document research on the attendance and the analyzed theme; attendance registers analysis; participating observation of the institutional routine for three months and field log entries; talking groups, one with the team and one with the patients. Two main discussion points are shown: 1. The mental healthcare clinic organization logic and the intersector politics; 2. The work and management processes developed at the mental healthcare clinic. The analysis show diversity in the attended demands in the service, which has favored the patients aggravation, this device and the substitute network processes. The work processes are apart from the political sphere and from the managements processes. In this sense, we show the need to reevaluate the clinic device as well as the management models adopted in the Brazilian Psychiatry Reform context
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News of the fifth version of Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM-5) bringing an enlarged listing of diagnostic possibilities has fomented discussion concerning the tendency, recognizable in contemporary psychiatric practices, of including ordinary suffering of everyday life in psychiatric diagnosis and submit same to psychopharmacological treatment. The present paper brings to this discussion data obtained from field research about the prescription of psychopharmacs in the psychiatric care of a public mental health service. The results reveal that the psychiatry of the service keeps practically all of its users under prescription, and that medical discharge is extremely rare. The paper organizes elements critical to this practice and concludes that due to its inadequacy as to the objectives of promotion of personalized care concerned with autonomy and citizenship, present in the current national guidelines for public policies in mental health.
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Trabalho de projeto apresentado à Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti, para obtenção do grau de mestre em Intervenção Comunitária
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O presente relatório reflete o elenco das atividades desenvolvidas no âmbito do estágio profissionalizante, do Mestrado em Reabilitação Psicomotora, realizado no Serviço de Pedopsiquiatria do Hospital Dr. Nélio Mendonça, Funchal. A intervenção psicomotora no âmbito da saúde mental e infantil pretende compreender e resolver os conflitos internos da criança, recorrendo à mediação corporal para a construção e restruturação do psiquismo. No decorrer do estágio foram encaminhados para a Psicomotricidade 24 crianças entre os 5 e os 10 anos de idade, que foram acompanhas em regime de avaliação ou de intervenção. De entre os casos acompanhados em processo de intervenção, será apresentada a análise de dois estudos de caso acompanhados em contexto individual, que comprovam os efeitos benéficos desta intervenção, verificando-se melhorias ao nÃvel do perfil de desenvolvimento psicomotor, emocional e comportamental. O presente relatório de estágio é constituÃdo, ainda, por uma revisão da literatura acerca da saúde mental, da psicomotricidade e das psicopatologias mais prevalentes, bem como da caracterização da instituição acolhedora. Além disto, na parte final do relatório, é apresentada uma reflexão acerca dos problemas nas áreas de desempenho definidas e do percurso realizado ao longo deste ano letivo.
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Este artigo pretende colocar o Serviço Social no contexto em que atua, numa perspetiva holÃstica e sistémica, tanto da sociedade como da saúde mental, que exige uma intervenção diversificada e qualificada, numa visão multidimensional. Aborda a questão da identidade do Serviço Social na sociedade tecnológica, em que se defrontam duas tendências, uma racional e cientÃfica, e outra interacional e humanista, assim como a ambivalência entre uma visão individual e outra social, superada através do conceito de intervenção psicossocial. Finalmente debruça-se sobre as competências próprias dos assistentes sociais no campo da saúde mental, tendo em conta quatro quadros de referência: legal, polÃtico, institucional e conceptual.
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Fazer prevenção em Saúde Pública implica em conhecimento sistematizado para a proposição de programas e sua avaliação. Quanto à prevenção de Deficiência Mental, que atinge cerca de 10% da população, pouco se conhece no paÃs. Adotando uma metodologia para levantamento de ações preventivas de DM em hospitais e unidades de saúde, junto a gestantes e recém-nascidos, foi possÃvel descrever e analisar a atuação da rede pública de saúde da Grande Vitória/ES, indicando os nÃveis de prevenção mais atendidos. Foram levantadas as ações de prevenção (AP) de cinco hospitais públicos de grande porte, nove (31%) unidades de saúde e seis secretarias de saúde, entre 1996-97. Os dados de 25 entrevistas mostram que esses locais realizavam 51,5% das 433 AP possÃveis (57,4% da prevenção primária e 45,5% da secundária). Particularizando a atuação de cada municÃpio e local pesquisado, os dados fornecem subsÃdios para análises e possÃveis mudanças nos indicadores de saúde materno-infantil.
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RESUMO: Este trabalho é realizado com o objectivo de contribuir para uma melhor compreensão da Esquizofrenia e a sua relação com a criminalidade e a melhor forma de intervir psicológica e socialmente com o intuito de reabilitar o doente mental e reinseri-lo na sociedade, evitando fenómenos de estigma e exclusão social. Sendo este tema muito abrangente e complexo, o que se pretende, de forma descritiva, é abordar noções, segundo uma perspectiva psicológica forense, que permitam a reflexão sobre o estatuto de inimputável e a medida a aplicar a estes sujeitos (criminosos ou doentes mentais?) com caracterÃsticas muito peculiares. Torna-se evidente a necessidade de desenvolver esforços no sentido de prevenir e reabilitar clÃnica e socialmente os indivÃduos que sofrem de doença mental e que por razão desta cometeram um crime, nomeadamente através da criação de programas de intervenção adequados à casuÃstica. Nesse sentido, neste trabalho é proposto um modelo de intervenção psicossocial, aqui elaborado sob a forma de programa de intervenção comunitário, tendo como principais objectivos, a reabilitação clÃnica e a reinserção social do utente na comunidade local, a prevenção da recidiva da doença e a reincidência no crime, a redução do estigma e exclusão social associado à doença mental e a promoção do acesso aos direitos e à igualdade de oportunidades.
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OBJETIVO: Verificar as mudanças ocorridas em um serviço de emergências psiquiátricas de um hospital universitário de Ribeirão Preto-SP (EP-RP), em função de mudanças nas polÃticas de saúde mental da região. MÉTODOS: Os dados sobre os atendimentos foram colhidos em arquivos do EP-RP, perÃodo de 1988 a 1997. Foram estudadas as variáveis sexo, faixa etária, procedência e diagnóstico principal. Os dados sobre as mudanças nas polÃticas de saúde mental, na região, foram obtidos de documentos das secretarias de saúde do estado e do municÃpio. RESULTADOS: O aumento a cada ano do número de atendimentos realizados acompanhou o progressivo envolvimento do EP-RP na rede de serviços de saúde mental. Em 1995 a procura pelo serviço foi 2,3 vezes maior do que em 1988. Nesse perÃodo o atendimento no EP-RP deu apoio à s mudanças nas polÃticas de saúde mental na região, que resultaram na redução de 654 leitos psiquiátricos. Em 1996 e 1997 houve uma diminuição do total de atendimentos em cerca de 20% com relação a 1995, acompanhando o aumento do número e da capacidade de atendimento dos serviços extra-hospitalares. A partir de 1990 o serviço passou a atender uma maior proporção de pacientes mais velhos, do sexo masculino, com diagnóstico de dependência de substâncias e transtornos psicóticos e uma proporção menor de quadros não psicóticos. CONCLUSÕES: As mudanças observadas no EP-RP correlacionam-se com as das polÃticas de saúde mental na região de Ribeirão Preto, como a instalação da Central de Vagas Psiquiátricas, em 1990, a redução de leitos psiquiátricos a partir de 1993 e a criação e/ou ampliação de serviços extra-hospitalares a partir de 1995.
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A doença mental continua imbuÃda de mitos, preconceitos e estereótipos, apesar da crescente aposta na investigação e na melhoria de tratamento nesta área da saúde. Como consequência, as pessoas com doença mental são discriminadas e estigmatizadas quer pelo público geral e pelos meios de comunicação, quer pelas próprias famÃlias e pelos profissionais de saúde mental que lhes prestam cuidados. Uma vez que os profissionais de saúde mental estabelecem uma ponte entre a doença e a saúde, espera-se que as suas atitudes e práticas contribuam para o recovery da pessoa com doença mental. No entanto, se os profissionais também apresentarem atitudes e crenças estigmatizantes face à doença mental, este processo reabilitativo pode ficar comprometido. Nesse sentido, e perante as lacunas de investigação nesta área, este trabalho tem como objectivo explorar e clarificar a presença ou ausência de atitudes estigmatizantes dos profissionais de saúde mental e, quando presentes, como se caracterizam. Para tal realizaramse 24 entrevistas de carácter qualitativo a profissionais de saúde mental que trabalham em três instituições na região do Porto, nomeadamente num serviço de psiquiatria de um hospital geral, num hospital especializado e em estruturas comunitárias. A análise do material discursivo recolhido junto de Assistentes Sociais, Enfermeiros, Médicos Psiquiatras, Psicólogos e Terapeutas Ocupacionais evidencia a presença de crenças e atitudes de carácter estigmatizante face à doença mental, independentemente da idade, formação ou local onde exercem funções, salvo escassos aspectos onde parece haver influência da idade e da profissão. Significa isto que é provável que as variações de atitudes dos profissionais sejam fundamentalmente consequência das suas caracterÃsticas pessoais.
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OBJETIVO: Identificar os transtornos afetivos não psicóticos em gestantes, intervir com grupos psicoprofiláticos e avaliar as possÃveis alterações após intervenção. MÉTODOS: Foram atendidas 103 gestantes (71 adultas e 32 adolescentes) em programa comunitário no bairro Paraisópolis, na capital do Estado de São Paulo. Utilizaram-se os instrumentos: Self Reporting Questionnaire e Beck Depression Inventory. Foram realizados 10 encontros semanais, de duas horas de duração com abordagem no vÃnculo mãe/feto, em temas relacionados à gestante e ao bebê e esclarecimentos de dúvidas das gestantes. Para comparação da saúde mental antes e após intervenção, usou-se o teste do qui-quadrado (chi2), aceitando-se como significante p<0,05. RESULTADOS: Transtornos afetivos foram observados em 45 (43,7%) das gestantes antes da intervenção, e após, em 23 (22,3%). O impacto da intervenção sobre os transtornos afetivos foi estatisticamente significante (p=0,001). Já para a presença de depressão, antes da intervenção 21 (20,4%) gestantes apresentavam depressão, e após, 13 (12,6%), entretanto sem diferenças estatÃsticas significantes (p=0,133). CONCLUSÕES: A atuação multiprofissional no grupo de gestantes, tanto em adultas como em adolescentes, previne, detecta e trata transtornos afetivos presentes no perÃodo gravÃdico.
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OBJETIVO: Analisar os fatores associados à continuidade do cuidado em saúde mental de pacientes encaminhados a centros de saúde. MÉTODOS: Foi conduzido um estudo de seguimento de 98 pacientes encaminhados a oito centros de saúde com equipe de saúde mental da área de abrangência de um centro de referência à saúde mental, em Belo Horizonte, MG, atendidos entre 2003 e 2004. Variáveis sociodemográficas, clÃnicas e referentes à continuidade foram descritas e em seguida comparadas, utilizando o teste do qui-quadrado. RESULTADOS: Após o encaminhamento, 35 pacientes não compareceram para o primeiro atendimento nos centros de saúde. Dos que o fizeram, 38 continuaram em tratamento. Retornar ao centro de referência para nova consulta após o encaminhamento e ter tido mais de dois encaminhamentos foram fatores facilitadores da continuidade do cuidado. Nenhuma caracterÃstica individual esteve associada à continuidade. CONCLUSÕES: Os achados sugerem haver uma falha na proposta da linha de cuidado. A continuidade do tratamento parece estar mais relacionada a fatores referentes ao serviço do que a caracterÃsticas do paciente.