1000 resultados para Primeiro Trimestre da Gravidez
Resumo:
Objective:We aimed to identify the cut-off for risk of pre-eclampsia (PE) in Portuguese population by applying the first trimester prediction model from Fetal Medicine Foundation (FMF) in a prospective enrolled cohort of low risk pregnant women. Population and methods: A prospective cohort of low risk singleton pregnancies underwent routine first-trimester scree - ning from 2011 through 2013. Maternal characteristics, blood pressure, uterine artery Doppler, levels of pregnancy-associated plasma protein-A (PAPP-A) and free b-human chorionic gonadotropin were evaluated. The prediction of PE in first trimester was calculated through software Astraia, the outcome obtained from medical records and the cutoff value was subse quently calculated. Results:Of the 273 enrolled patients, 7 (2.6%) developed PE. In first trimester women who developed PE presented higher uterine arteries resistance, represented by higher values of lowest and mean uterine pulsatility index, p <0.005. There was no statistical significance among the remaining maternal characteristics, body mass index, blood pressure and PAPP-A. Using the FMF first trimester PE algorithm, an ideal cut-off of 0.045 (1/22) would correctly detect 71% women who developed PE for a 12% false positive rate and a likelihood ratio of 12.98 (area under the curve: 0.69; confidence interval 95%: 0.39-0.99). By applying the reported cutoff to our cohort, we would obtain 71.4% true positives, 88.3% true negatives, 11.4% false positives and 28.6% false negatives. Conclusion: By applying a first trimester PE prediction model to low risk pregnancies derived from a Portuguese population, a significant proportion of patients would have been predicted as high risk. New larger studies are required to confirm the present findings.
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OBJETIVO: Determinar valores de referência para o volume da placenta entre 7 e 10 semanas e 6 dias de gestação por meio da ultrassonografia tridimensional utilizando o método XI VOCAL (eXtended Imaging Virtual Organ Computer-aided Analysis). MATERIAIS E MÉTODOS: Realizou-se estudo de corte transversal com 70 gestantes normais entre 7 e 10 semanas e 6 dias. Para o cálculo de volume, utilizou-se o método XI VOCAL com delimitação de dez planos adjacentes. Foram determinadas médias, medianas, desvios-padrão, valores máximo e mínimo para o volume da placenta. Para avaliar a correlação do volume da placenta com a idade gestacional, foi criado gráfico de dispersão, sendo o ajuste realizado pelo coeficiente de determinação (R²). RESULTADOS: A média do volume da placenta variou de 4,6 cm³ (2,6-8,6 cm³) a 28,9 cm³ (11,4-66,9 cm³). O volume da placenta (VP) se mostrou altamente correlacionado com a idade gestacional (IG), sendo o melhor ajuste com a regressão exponencial [VP = exp(0,582 × IG + 0,063); R² = 0,82]. CONCLUSÃO: Valores de referência para o volume da placenta no primeiro trimestre de gestação utilizando o método XI VOCAL foram determinados.
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Objetivo: estudar o valor da dopplervelocimetria do duto venoso, da artéria e da veia umbilical no rastreamento de anomalias cromossômicas entre a 10ª e a 14ª semana de gestação. Pacientes e Métodos: foram estudados 314 fetos consecutivamente. Em 112 casos realizou-se estudo citogenético no material obtido por meio da biopsia de vilosidade coriônica, e em 202 casos o resultado teve como base o fenótipo do recém-nascido. Todos os fetos foram submetidos, além da ultra-sonografia de rotina, à medida da translucência nucal e à dopplervelocimetria do duto venoso, da artéria e da veia umbilical. Na análise estatística foram utilizados o teste exato de Fisher e o teste de Mann-Whitney. Resultados: ocorreram 25 casos de anomalias cromossômicas. Na totalidade desses casos anormais, o fluxo no duto venoso, durante a contração atrial, foi ausente (1 caso) e reverso (22 casos), sensibilidade de 92%. No grupo de fetos normais (289 casos), 6 avaliações apresentaram alterações do Doppler do duto venoso (especificidade de 97,6%, valor preditivo positivo e negativo de 76,5% e 93,3%, respectivamente), sendo que a taxa de falso-positivo foi de 2,4%. Atinente à artéria e à veia umbilical, não houve diferença estatística significativa entre os fetos normais e o grupo com cariótipo anormal. Conclusão: O único parâmetro do Doppler da artéria e da veia umbilical que contribuiu para a detecção de aneuploidias foi o achado eventual de fluxo reverso. Os bons resultados no que tange ao Doppler do duto venoso na detecção das aneuploidias são preliminares e necessitam de comprovação em estudos posteriores.
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OBJETIVO: identificar características comuns às portadoras de insuficiência istmocervical (IIC) que serviriam para reconhecê-las precocemente e auxiliariam no seguimento do ciclo gravídico-puerperal. PACIENTES E MÉTODOS: cinqüenta gestantes portadoras de IIC submetidas à circlagem uterina segundo a técnica de McDonald modificada foram analisadas em estudo descritivo observacional. Por meio dos dados dos prontuários, foram estudadas as seguintes variáveis: idade, antecedentes obstétricos, momento do diagnóstico de IIC, aspectos relativos à circlagem e incidência de prematuridade. RESULTADOS: em média, a idade materna foi de 29,2 anos e o número de gestações anteriores foi de 3,7. Quanto aos antecedentes obstétricos, tivemos 189 gestações anteriores; em 18 delas já se tinha o diagnóstico de IIC e a circlagem havia sido realizada, tendo resultado em 18 crianças vivas (8 nasceram prematuramente e 10 no termo). Das 171 prenhezes prévias em que o diagnóstico de IIC não estava firmado, 90 evoluíram para abortamentos, 68 foram partos pré-termos e 13 de termo. Em relação ao momento do diagnóstico de IIC, 30 (60%) pacientes tiveram-no firmado no intervalo entre os partos e 20 (40%) durante a gestação. A idade gestacional média em que as pacientes foram submetidas à circlagem foi de 18,2 semanas; 40% das circlagens foram de urgência e 60% eletivas. A incidência de prematuridade foi de 30% (15/50). CONCLUSÃO: a avaliação obstétrica cuidadosa de multigestas com perdas gestacionais recorrentes, no intervalo entre os partos e/ou no primeiro trimestre da gravidez, pode permitir o diagnóstico precoce e tratamento adequado da IIC, evitando a prematuridade.
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OBJETIVO: fazer um estudo comparativo entre a curetagem uterina e a aspiração manual a vácuo (AMV) no tratamento do abortamento do primeiro trimestre da gestação. MÉTODOS:foram incluídas 102 pacientes até a 12ª semana de gestação, com diagnóstico de abortamento, admitidas na Maternidade Escola Januário Cicco, entre janeiro de 1998 e julho de 2001, as quais foram aleatoriamente submetidas à curetagem uterina ou a AMV. As variáveis analisadas foram: controle da dor, necessidade de dilatação cervical mecânica, tempo de esvaziamento uterino, incidência de complicações e permanência hospitalar. As pacientes foram reavaliadas clínico-ecograficamente entre 7 e 10 dias após os procedimentos. Para a análise estatística foi utilizado o teste chi2. RESULTADOS: a anestesia geral foi empregada em todas as pacientes submetidas a curetagem uterina e em nenhuma daquelas que realizaram AMV, cuja dor foi controlada em 64% dos casos com anestesia local. As diferenças entre os dois métodos quanto à necessidade de dilatação cervical mecânica, tempo de esvaziamento e incidência de complicações não foram significativas. A permanência hospitalar foi significativamente menor nas pacientes submetidas a AMV. CONCLUSÕES: não foram observadas vantagens de um método sobre o outro, quanto à técnica e à incidência de complicações. O uso não necessário de anestesia geral e a permanência hospitalar significativamente menor indicam que a AMV deve ser recomendada para todos os serviços com assistência obstétrica, aumentando a resolutividade e diminuindo os riscos, melhorando a qualidade da assistência.
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OBJETIVO: estudar o uso de medicamentos por gestantes atendidas durante o pré-natal em unidades básicas do Sistema Único de Saúde (SUS) na cidade de Natal, rio Grande do Norte, Brasil. MÉTODOS: foram entrevistadas 610 grávidas, entre o primeiro e o terceiro trimestre de gestação, que compareceram para consulta pré-natal em unidades de saúde localizadas nos quatro distritos sanitários de Natal, entre maio e julho de 2006. Os dados foram coletados com entrevistas estruturadas, baseando-se em perguntas uso-orientadas e medicamento-orientadas. Os fármacos foram classificados de acordo com o Anatomical Therapeutic Chemical Classification System (ATC) e segundo critérios de risco para a gestação da Food and Drug Administration (FDA). Utilizou-se teste do chi2 para análise dos dados. RESULTADOS: eram utilizados 1.505 medicamentos, obtendo-se uma média de 2,4 drogas por mulher. O uso de pelo menos um fármaco na gravidez foi relatado por 86,6% das gestantes. As classes mais utilizadas foram os antianêmicos (35,6% dos medicamentos), analgésicos (24,9%), drogas para distúrbios gastrintestinais (9,1%) e vitaminas (7%). De acordo com a classificação do FDA, dos medicamentos empregados 42,7% pertencem a categoria A de risco; 27,1% à categoria B, 29,3% à categoria C; 0,3 à categoria D e nenhum à categoria X. Foram usados, no primeiro trimestre da gestação, 43,6% dos fármacos. Observou-se maior uso de medicamentos quanto maior a escolaridade e a renda familiar da mulher. A automedicação ocorreu em 12,2% dos medicamentos; esse índice foi maior no primeiro trimestre de gravidez e em gestantes de baixa escolaridade e multigestas. CONCLUSÕES: as gestantes de Natal estão sendo expostas a uma variedade de medicamentos, cuja segurança na gravidez ainda é incerta, o que exige prescrição criteriosa para evitar possíveis danos ao feto.