141 resultados para MISOPROSTOL
Resumo:
OBJETIVOS: a tentativa de aborto mal sucedida com o uso do misoprostol (Cytotec®) sem indicação médica tem sido associada a malformações congênitas. Este estudo teve por objetivo identificar, em recém-nascidos malformados e controles normais, a frequência de exposição ao misoprostol e o espectro de malformações associadas. MÉTODOS: estudo de caso-controle desenvolvido em 2005 nas quatro principais maternidades públicas de Fortaleza (CE). Através de busca ativa diária, foram identificados recém-nascidos com diagnóstico de malformação fetal (caso) e controles saudáveis de mesmo sexo nascidos em seguida na mesma maternidade (pareamento 1:1). A amostra foi de 252 parturientes entrevistadas por equipe treinada utilizando questionário estruturado com base no Estudo Colaborativo Latino-Americano de Malformações Congênitas (ECLAMC). Além de abordar questões sociodemográficas e histórico familiar de malformação, o questionário objetivou identificar exposições diversas durante a gestação, incluindo o misoprostol. A análise bivariada com teste do χ2 comparou os grupos quanto às características e fatores associados à malformação e foi calculada a Odds Ratio para verificar a razão de chances de o Grupo Caso apresentar malformação em relação ao Grupo Controle com relação à exposição ao misoprostol. RESULTADOS: não houve diferenças significativas entre os grupos caso e controle quanto à maioria dos fatores de riscos investigados para malformações. O relato de tentativa de aborto foi de 6,8%, havendo uma maior exposição ao misoprostol durante a gestação em neonatos malformados comparados a saudáveis, Odds Ratio (OR)=3,65 (IC95%=0,74-17,91). O espectro de malformações encontradas entre os recém-nascidos expostos ao misoprostol foi compatível com a literatura, como os decorrentes de defeitos do tubo neural e disrupção vascular. CONCLUSÕES: os achados deste estudo, apesar de não apresentarem significância estatística, sugerem que os fetos expostos ao misoprostol apresentam uma tendência a maior risco de defeitos congênitos comparados aos não-expostos. Outras investigações devem ser incentivadas para que se identifique melhor o dano causado pela utilização indevida do misoprostol, principalmente em países onde o controle de medicamentos é ineficaz.
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OBJETIVO: avaliar a efetividade e a segurança da administração de uma nova formulação de misoprostol em solução por via oral, com doses escalonadas, para indução do parto de feto vivo a termo. MÉTODOS: realizou-se um estudo multicêntrico, do tipo ensaio clínico, aberto, não-randomizado, no período de Julho a Dezembro de 2008. Foram incluídas 30 pacientes com indicação de indução do trabalho de parto, a termo, com feto vivo, índice de Bishop <6, apresentação cefálica, peso fetal estimado pela ultrassonografia <4.000g e índice de líquido amniótico >5. Foram excluídas mulheres com cicatriz uterina, cardiotocografia alterada, gestação múltipla, restrição de crescimento fetal, hemorragia genital e presença de tumores, ulcerações ou malformações genitais. A dose inicial da solução oral foi de 20µg/h de misoprostol, nas primeiras 6 horas, aumentando em 20µg/h de misoprostol a cada 6 horas, se o trabalho de parto não fosse deflagrado, até uma dose máxima de 80µg/h, nas primeiras 24 horas, mantendo a dose máxima (80µg/h) por mais 24 horas, se necessário. RESULTADOS: o trabalho de parto foi induzido satisfatoriamente em 96,7% das gestantes. O intervalo entre a primeira dose e o início das contrações uterinas foi de 3,8±1,8 horas, enquanto o intervalo entre a dose inicial e o parto variou entre 6 e 24 horas. A frequência de parto vaginal foi de 80% (n=24). A maioria das gestantes iniciou o trabalho de parto com a dose de 20µg/h (60%; n=18). A taquissistolia ocorreu em 13,3% das gestações e líquido meconial foi detectado em 20% dos casos. Houve dois casos de escore de Apgar <7 no primeiro minuto e nenhum no quinto minuto. CONCLUSÕES: a solução oral de misoprostol administrada de forma escalonada foi efetiva e segura para indução do trabalho de parto. No entanto, são necessários estudos controlados para comparação com a via vaginal.
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OBJETIVO: comparar a efetividade da sonda e Foley com o uso de misoprostol vaginal para o preparo cervical e indução do parto. MÉTODOS: ensaio clínico randomizado, não cego, realizado entre Janeiro de 2006 a Janeiro de 2008. Foram incluídas 160 gestantes com indicação de indução do parto, divididas em dois grupos: 80 para uso da sonda de Foley e 80 para misoprostol vaginal. Os critérios de inclusão foram: idade gestacional a partir de 37 semanas, feto único, vivo, cefálico e índice de Bishop igual ou menor que 4. Foram excluídas pacientes com cicatriz uterina, ruptura das membranas, peso fetal estimado maior que 4000 g, placenta prévia, corioamnionite e condições que impunham o término imediato da gestação. Os testes estatísticos utilizados foram Mann-Whitney, χ2 de Pearson ou exato de Fischer, sendo considerado significativo se menor que 0,005. RESULTADOS: o misoprostol desencadeou mais vezes o parto de forma espontânea (50,0 versus 15,0% para Foley p<0,001) e menor uso de ocitocina (41,2 versus 76,2%), sendo que esse grupo apresentou mais taquissistolia (21,2 versus 5,0%). A sonda de Foley causou mais desconforto à paciente (28,7 versus 1,2%). Não houve diferenças em relação ao tempo necessário para evolução do índice de Bishop (20,69 versus 21,36 horas), para o desencadeamento do parto (36,42 versus 29,57 horas) e nas taxas de cesáreas (51,2 versus 42,5%). Não houve diferenças significativas no desempenho perinatal, com frequências semelhantes de cardiotocografia anormal (20,0 versus 21,2%), presença de mecônio (13,7 versus 17,5%) e necessidade de UTI neonatal (3,7 versus 6,2%). CONCLUSÕES: o uso da sonda de Foley apresentou efetividade semelhante ao misoprostol para o preparo cervical, porém foi menos efetivo para o desencadeamento espontâneo do parto. Nossos resultados apoiam a recomendação de seu uso para o preparo cervical, sobretudo em pacientes portadoras de uma cicatriz de cesárea.
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OBJETIVO: verificar a eficácia e a segurança de dinoprostone e misoprostol para indução do parto vaginal, com ou sem o uso de ocitocina em nulíparas. MÉTODOS: realizou-se estudo retrospectivo, observacional, envolvendo 238 pacientes que foram submetidas à indução do parto de janeiro de 2008 a fevereiro de 2010 com uso de misoprostol 25 mcg via vaginal ou pessário contendo 10 mg de dinoprostone. Desse grupo, foram selecionadas 184 pacientes, que apresentavam as seguintes características: nulíparas, gestação entre 37 e 42 semanas, feto único, apresentação cefálica, membranas íntegras e índice de Bishop < 3. Os resultados obstétricos e neonatais foram analisados e comparados entre ambos os grupos. A análise estatística foi realizada com o teste t, Chi quadrado e exato de Fisher, adotando-se como nível de significância valores p<0,05. RESULTADOS: a taxa de parto vaginal não foi estatisticamente diferente em pacientes que utilizaram misoprostol e dinoprostone (43,2 versus 50%, p=0,35), respectivamente. O amadurecimento do colo foi superior no grupo com misoprostol (87,3 versus 75,6%, p=0,04). Foi necessária a utilização da ocitocina em 58,8% no grupo com misoprostol e 57,3% no grupo com dinoprostone após o amadurecimento do colo. Falha de indução foi a principal indicação do parto cesárea em ambos os grupos, sem diferença estatística significante. Eventos adversos maternos e fetais, como taquissistolia e índices de Apgar foram similares. CONCLUSÃO: dinoprostone e misoprostol são eficazes para indução do parto vaginal, embora seja necessária a associação com ocitocina, apresentando perfil de segurança semelhante, sendo misoprostol mais eficiente no amadurecimento do colo uterino.
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OBJETIVOS: Avaliar a eficácia do misoprostol administrado via vaginal para esvaziamento uterino em gestações interrompidas precocemente, bem como o tempo entre a administração e o esvaziamento, correlacionando-os com a idade gestacional. MÉTODOS: Ensaio clínico com 41 pacientes com gestações interrompidas entre a 7ª e a 12ª semanas gestacionais, com média de idade de 27,3 (±6,1) anos. A paridade média foi de 2,2 (±1,2) partos; o número médio de abortamentos prévios foi 0,2 (±0,5). Foram administrados 800 µg de misoprostol via vaginal, em dose única; após 24 horas, foi realizado ultrassom transvaginal. Considerou-se abortamento completo quando o diâmetro anteroposterior da cavidade endometrial media <15 mm. Pacientes que permaneceram com diâmetro maior que 15 mm foram submetidas à curetagem uterina. Foram comparados, por meio dos testes binomial e t de Student, dois grupos (<8 semanas e >8 semanas de idade gestacional) em relação aos desfechos: frequência de abortamento completo e intervalo entre administração de misoprostol e o abortamento (em minutos). O nível de significância utilizado foi de 5%. RESULTADOS: A idade gestacional, no momento do diagnóstico, foi de 8,5 semanas em média (DP=1,5). Os intervalos entre a administração de misoprostol e as contrações uterinas, e entre a administração e o abortamento, foram de 322,5±97,0 min e 772,5±201,0 min, respectivamente. Houve abortamento completo em 80,3%. No primeiro grupo, a taxa de sucesso foi de 96,2% e no segundo, de 53,3% (p<0,01). Observou-se diferença estatisticamente significante para o tempo entre a administração e o esvaziamento uterino (676,2±178,9 versus 939,5±105,7 minutos, p<0,01). Os efeitos colaterais observados foram hipertermia (12,1%), náuseas (7,3%), diarreia ou mastalgia (2,4%). Não se observou nenhum caso de infecção genital. CONCLUSÕES: O uso do misoprostol vaginal é uma segura e eficaz alternativa à curetagem uterina para gestações interrompidas no primeiro trimestre, sendo melhor em gestações até 8ª semana. O intervalo de tempo até o esvaziamento foi menor em gestações que foram interrompidas mais precocemente.
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OBJETIVO: Descrever os resultados maternos e perinatais utilizando 12,5 µg de misoprostol sublingual para indução do parto em gestantes com feto vivo a termo. MÉTODOS: Realizou-se um estudo multicêntrico, tipo ensaio clínico, aberto e não randomizado, no período de julho a dezembro de 2009. Foram incluídas 30 gestantes com indicação de indução do parto, a termo, feto vivo, escore de Bishop menor ou igual a seis, apresentação cefálica, peso fetal estimado menor que 4.000 g e índice de líquido amniótico maior que cinco. Foram excluídas mulheres com cicatriz uterina, alteração da vitalidade fetal, anomalias congênitas, gestação múltipla, restrição de crescimento intrauterino, hemorragia genital e contraindicações ao parto vaginal. O comprimido de misoprostol sublingual 12,5 µg foi administrado a cada seis horas, até o início do trabalho de parto, máximo de oito doses. RESULTADOS: O trabalho de parto foi induzido satisfatoriamente em 90% das gestantes. As médias dos intervalos entre a primeira dose e o início das contrações uterinas e o parto foram de 14,3±11,7 horas e 25,4±13 horas, respectivamente. A frequência de parto vaginal foi de 60%. A taquissistolia ocorreu em duas gestantes, sendo revertida em ambos os casos sem necessitar de cesariana. A eliminação de mecônio foi observada em quatro pacientes e o escore de Apgar foi menor que sete no quinto minuto em um recém-nascido. CONCLUSÃO: Os desfechos maternos e perinatais foram favoráveis depois da indução do parto com misoprostol sublingual na dose de 12,5 µg a cada seis horas. No entanto, são necessários ensaios clínicos controlados comparando esse esquema posológico com outras doses e vias de administração
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PURPOSE: To evaluate the effectiveness and the safety of orally administered misoprostol in comparison to intravenously infused oxytocin for labor induction in term pregnant women. METHODS: Between 2008 and 2010, a total of 285 term pregnant women whom were candidate for vaginal delivery were assessed for eligibility to enter the study. Twenty five patients were excluded for different reasons; and 260 included women were randomly assigned to one of the two groups according to the method of treatment, misoprostol or oxytocin. The misoprostol group received 25 µg every 2 hours for up to 24 hours for induction. The oxytocin group received an infusion of 10 IU which was gradually increased. The time from induction to delivery and induction to the beginning of the active phase and successful inductions within 12, 18, and 24 hours were recorded. The trial is registered at irct.ir, number IRCT2012061910068N1. RESULTS: Failure of induction, leading to caesarean section was around 38.3% in the oxytocin group and significantly higher than that of the misoprostol group (20.3%) (p<0.001). Despite the more prevalent failure in the oxytocin group, the mean time intervals from induction to active phase and labor of this group were both significantly less than the misoprostol group (10.1±6.1 and 13.2±7.7 versus 12.9±5.4 and 15.6±5.1 hours respectively, both p-values were <0.05). Maternal and fetal complications were comparable between groups except gastrointestinal symptoms which were encountered more frequently in the misoprostol (10.9 versus 3.9%, p=0.03). CONCLUSIONS: Misoprostol is a safe and effective drug with low complications for the induction of labor. Failure is seen less with misoprostol and caesarean sections are less frequently indicated as compared to oxytocin.
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BACKGROUND: Misoprostol is established for the treatment of incomplete abortion but has not been systematically assessed when provided by midwives at district level in a low-resource setting. We investigated the effectiveness and safety of midwives diagnosing and treating incomplete abortion with misoprostol, compared with physicians. METHODS: We did a multicentre randomised controlled equivalence trial at district level at six facilities in Uganda. Eligibility criteria were women with signs of incomplete abortion. We randomly allocated women with first-trimester incomplete abortion to clinical assessment and treatment with misoprostol either by a physician or a midwife. The randomisation (1:1) was done in blocks of 12 and was stratified for study site. Primary outcome was complete abortion not needing surgical intervention within 14-28 days after initial treatment. The study was not masked. Analysis of the primary outcome was done on the per-protocol population with a generalised linear-mixed effects model. The predefined equivalence range was -4% to 4%. The trial was registered at ClinicalTrials.gov, number NCT01844024. FINDINGS: From April 30, 2013, to July 21, 2014, 1108 women were assessed for eligibility. 1010 women were randomly assigned to each group (506 to midwife group and 504 to physician group). 955 women (472 in the midwife group and 483 in the physician group) were included in the per-protocol analysis. 452 (95·8%) of women in the midwife group had complete abortion and 467 (96·7%) in the physician group. The model-based risk difference for midwife versus physician group was -0·8% (95% CI -2·9 to 1·4), falling within the predefined equivalence range (-4% to 4%). The overall proportion of women with incomplete abortion was 3·8% (36/955), similarly distributed between the two groups (4·2% [20/472] in the midwife group, 3·3% [16/483] in the physician group). No serious adverse events were recorded. INTERPRETATION: Diagnosis and treatment of incomplete abortion with misoprostol by midwives is equally safe and effective as when provided by physicians, in a low-resource setting. Scaling up midwives' involvement in treatment of incomplete abortion with misoprostol at district level would increase access to safe post-abortion care. FUNDING: The Swedish Research Council, Karolinska Institutet, and Dalarna University.
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OBJECTIVE: This study aimed to assess women´s acceptability of diagnosis and treatment of incomplete abortion with misoprostol by midwives, compared with physicians. METHODS: This was an analysis of secondary outcomes from a multi-centre randomized controlled equivalence trial at district level in Uganda. Women with first trimester incomplete abortion were randomly allocated to clinical assessment and treatment with misoprostol by a physician or a midwife. The randomisation (1:1) was done in blocks of 12 and stratified for health care facility. Acceptability was measured in expectations and satisfaction at a follow up visit 14-28 days following treatment. Analysis of women's overall acceptability was done using a generalized linear mixed-effects model with an equivalence range of -4% to 4%. The study was not masked. The trial is registered at ClinicalTrials.org, NCT 01844024. RESULTS: From April 2013 to June 2014, 1108 women were assessed for eligibility of which 1010 were randomized (506 to midwife and 504 to physician). 953 women were successfully followed up and included in the acceptability analysis. 95% (904) of the participants found the treatment satisfactory and overall acceptability was found to be equivalent between the two study groups. Treatment failure, not feeling calm and safe following treatment, experiencing severe abdominal pain or heavy bleeding following treatment, were significantly associated with non-satisfaction. No serious adverse events were recorded. CONCLUSIONS: Treatment of incomplete abortion with misoprostol by midwives and physician was highly, and equally, acceptable to women. TRIAL REGISTRATION: ClinicalTrials.gov NCT01844024.
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Foi investigada a associação entre a utilização pré-natal de medicamentos com finalidade profilática, terapêutica e não-terapêutica e desfechos adversos da gravidez. Foram analisadas as evidências sobre o potencial teratogênico do misoprostol, por meio de revisão sistemática e metanálise de estudos de caso-controle. A partir da base de dados do Estudo Brasileiro de Diabetes Gestacional (EBDG), uma coorte multicêntrica de gestantes atendidas pelo Sistema Único de Saúde em seis capitais brasileiras, foi analisada a associação entre o uso referido de medicamentos para induzir a menstruação e desfechos adversos perinatais, incluindo anomalias congênitas, morte intra-uterina e nascimento pré-termo. O uso referido e prescrito de sais de ferro, isolado ou associado a vitaminas, foi analisado quanto aos riscos e benefícios da utilização profilática ou terapêutica em relação a nascimento pré-termo e baixo peso ao nascer. Quatro estudos envolvendo 4899 casos de anomalias congênitas e 5742 controles foram incluídos na revisão sistemática de acordo com os critérios de seleção. Nenhum estudo analisou outros efeitos adversos do misoprostol no resultado da gestação. Foi estimado um risco aumentado de anomalia congênita associada ao uso de misoprostol para qualquer defeito congênito (RC= 3,56; IC 95% 0,98 – 12,98), seqüência de Moebius (RC= 25,31; IC 95%11,11 – 57,66) e redução transversa de membros (RC=11,86; IC 95% 4,86 – 28,90). Entre as 4856 gestantes estudadas a partir da base de dados do EBDG, 707 (14,6%) relataram o uso de substâncias para induzir a menstruação, das quais as mais citadas foram chás, hormônios sexuais e misoprostol. Foi verificada associação positiva entre misoprostol e anomalias congênitas ajustado para centro de realização da pesquisa (RC 2,64: IC 95% 1,03 – 6,75). Foi detectada associação positiva entre o uso de hormônios sexuais e anomalias congênitas (RC 2,24; IC 95% 1,06 – 4,74), independente do centro de realização da pesquisa. Para os desfechos morte intra-uterina e nascimento pré-termo, não foi verificada qualquer associação com o uso de misoprostol, hormônios sexuais ou chás. Entre as 3865 gestantes estudadas quanto ao uso de sais de ferro durante a gestação, 805 (20,8%) referiram o uso de sais de ferro isolado e 1136 (29,4%) ferro associado a vitaminas. O uso prescrito de sais de ferro isolado foi verificado para 1973 gestantes (51,0%) e de ferro vi associado a vitaminas prescrito para 890 (23%). A prevalência de anemia foi de 31,3%. Entre as gestantes anêmicas, 70,9% utilizavam sais de ferro e entre as não-anêmicas, o percentual foi de 51,5%. Após ajustamento para potenciais confundidores, o uso prescrito de sais de ferro isolado apresentou associação negativa para nascimento pré-termo em gestantes anêmicas (RC 0,57 IC 95% 0,40 – 0,80) mas não em gestantes não-anêmicas. Para as demais exposições analisadas, não foi verificado qualquer associação. Não foi detectada associação entre o uso de sais de ferro e/ou vitaminas e baixo peso ao nascer. Os resultados apresentados indicam que o uso de misoprostol em gestações que não se perdem está associado a um maior risco de anomalias congênitas, em geral, e de Seqüência de Moebius e redução transversa de membros, em particular. O uso terapêutico de sais de ferro em gestantes anêmicas mostrou associação negativa para nascimento pré-termo. Entretanto, o uso de sais de ferro em gestantes não anêmicas não mostrou relação com os desfechos analisados.
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Objective. The purpose of this study was to evaluate the effectiveness and safety of misoprostol in two different formulations: vaginal tablets of 25 mu g and one-eighth of a 200-mu g oral tablet, also administered intravaginally, for cervical ripening and labor induction of term pregnancies with an indication for that. Methods. A single-blind, randomized, controlled clinical trial was carried out in 120 pregnant women who randomly received one of the two formulations. The main dependent variables were mode of delivery, need for additional oxytocin, time between beginning of induction and delivery, perinatal results, complications, and maternal side effects. Student's t, Mann-Whitney, chi(2), Fisher's Exact, Wilcoxon and Kolmogorov-Smirnoff tests, as well as survival analysis, were used in the data analysis. Results. There were no significant differences between the groups in terms of general characteristics, uterine contractility, and fetal well-being during labor, cesarean section rates, perinatal outcomes, or maternal adverse events. The mean time between the beginning of cervical ripening and delivery was 31.3 h in the vaginal tablet group and 30.1 h in the oral tablet group, a difference that was not statistically significant. Conclusion. The results showed that the 25-mu g vaginal tablets of misoprostol were as effective and safe for cervical ripening and labor induction as the dose-equivalent fraction of 200-mu g oral tablets.