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Comunicação apresentada no 3º Encontro Conhecimento e Cooperação, INA, Lisboa, 17 de setembro de 2015
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RESUMO: Introdução As normas de orientação clínica são ferramentas úteis na translação de conhecimentos desde a investigação para a prática clínica diária. Estratégias ativas de implementação de normas de orientação clínica requerem elevado esforço organizacional e financeiro. Quando os recursos são escassos, as estratégias passivas podem ser a única opção de disseminação. Desde 2011 a Direção Geral da Saúde publicou cento e cinquenta e nove normas de orientação clínica. Nesta Tese é feita uma avaliação do impacto que estratégias de disseminação de normas de orientação clínica têm no padrão de prescrição dos médicos e uma avaliação qualitativa do processo das normas de orientação clínica em Portugal. Métodos: O primeiro artigo é um estudo quasi experimental usando uma série de análises temporais interrompida para comparar os níveis observados e esperados de prescrição de inibidores da ciclooxigenasa-2, antes e depois da publicação da norma de orientação clínica sobre a utilização de anti-inflamatórios não esteroides. O segundo estudo é um artigo de opinião e debate no qual numa primeira parte contextualiza o processo das normas da Direcção Geral da Saúde, na segunda parte aponta virtudes e defeitos no processo e a terceira parte constitui uma contribuição com vista à melhoria do processo. Discussão A produção de normas de orientação clínica requer metodologia rigorosa e complexa. A literatura médica revela que a translação de conhecimento é uma tarefa árdua. Estratégias de implementação ativas requerem recursos financeiros e organizacionais sólidos. Estratégias de implementação passivas podem representar uma solução aceitável se os recursos financeiros e organizacionais escasseiam. Pouco é conhecido sobre a eficácia destas estratégias fora do contexto de investigação. Com esta Tese pretendo contribuir para a clarificação desta resposta, outros países e instituições podem ver utilidade nesta informação, bem como pretendo contribuir para a discussão e melhoria do processo das normas de orientação clínica em Portugal. ------------------ ABSTRACT: Introduction Clinical practice guidelines can help address the failure to translate research findings into clinical practice. Active clinical practice guidelines implementation strategies require active efforts from organizations and are resource and financially demanding. Passive implementation strategies may represent the only option if resources are scarce. Out of research environment, real world efficacy of passive implementation strategies is still undetermined. Since 2011 the Portuguese General Health Directorate published one hundred and fifty nine guidelines. In this Thesis I evaluate the impact of passive dissemination of clinical practice guideline in clinician’s prescription behavior and review, from a qualitative point of view, the Portuguese clinical practice guideline process. Methods The first study is a quasi-experimental study using a retrospective interrupted time-series analysis design to compare the observed and expected prescription of cyclooxygenase-2 before and after the non steroidal antiinflammatory guideline publication. The second study is an opinion and debate article in which I firstly review the General Health Directorate guideline process. The second part states positive and negative aspects in the process and the third part is a contribution aimed at improving the process in the future. Discussion Clinical practice guidelines production demands a rigorous and complex methodology. medical iterature reveals that knowledge translation is a difficult task. Active implementation strategies demand solid financial and organizational resources. Passive implementation strategies may represent an acceptable solution if financial and organizational resources are scarce. Little is known about the efficacy of these strategies out of the research context. With this Thesis I intend to contribute to clarify this question, other countries and institutions with similar conditions may find this information useful, and also to contribute for the discussion and general improvement of national clinical practice guidelines process.
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RESUMO: Em 2011, a Associação Psiquiátrica Mundial lançou um programa de bolsas de investigação para psiquiatras em início de carreira a partir de países de renda baixa ou média-baixa, no âmbito deste programa, o autor foi selecionado para uma bolsa de pesquisa no Centre for Youth Mental Health/Orygen Youth Health Research Centre da Universidade de Melbourne. Orygen, é a principal organização de pesquisa e tradução do conhecimento do mundo com foco em problemas de saúde mental em pessoas jovens. O estágio foi baseado em Prevenção e Intervenção Precoce Psychosis Centre (EPPIC), que faz parte do Orygen. EPPIC fornece programa de tratamento abrangente e integrada, baseada na comunidade para o primeiro episódio de psicose. Esta dissertação descreve o modelo EPPIC, e seus componentes essenciais e fatores que são necessários para uma implementação de serviço direito. Além disso, uma proposta de criação de um programa-piloto de intervenção psicose precoce é discutido. Este programa inclui um programa de extensão inovadora que combina princípios comerciais sólidos, com metas sociais, a fim de combater especificamente a maior barreira para o tratamento da psicose precoce na Bolívia: o estigma da doença mental. Ao utilizar uma equipe de tratamento móvel, multidisciplinar, que enfatiza os papéis dos gerentes do caso treinados focada em fornecer indivíduo intensiva e apoio familiar no lar, este programa irá prestar cuidados culturalmente apropriados que irá alavancar contribuições de um suprimento limitado de psiquiatras e mudar longe da dependência um sistema médico fragmentado. ---------------------------- ABSTRACT: In 2011, the World Psychiatric Association launched a programme of research fellowships for early-career psychiatrists from low- or lower-middle income countries, within this programme, the author was selected to a research fellowship at the Centre for Youth Mental Health/Orygen Youth Health Research Centre at University of Melbourne. Orygen, is the world’s leading research and knowledge translation organization focusing on mental ill-health in young people. The traineeship was based on Early Psychosis Prevention and Intervention Centre (EPPIC), which is part of Orygen. EPPIC provides comprehensive, integrated, community-based treatment program for first-episode psychosis. This dissertation describes the EPPIC model, and its core components and factors which are necessary to a right service implementation. Additionally, a proposal to establish a pilot early psychosis intervention programme is discussed. This programme includes an innovative outreach programme that combines sound business principals with social goals in order to specifically target the largest barrier to early psychosis treatment in Bolivia: the stigma of mental illness. By utilizing a mobile, multidisciplinary treatment team that emphasizes the roles of trained case managers focused on providing intensive individual and family support in the home, this programme will provide culturally appropriate care that will leverage contributions from a limited supply of psychiatrists and shift dependence away from a fragmented medical system.
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BACKGROUND: There is an emerging knowledge base on the effectiveness of strategies to close the knowledge-practice gap. However, less is known about how attributes of an innovation and other contextual and situational factors facilitate and impede an innovation's adoption. The Healthy Heart Kit (HHK) is a risk management and patient education resource for the prevention of cardiovascular disease (CVD) and promotion of cardiovascular health. Although previous studies have demonstrated the HHK's content validity and practical utility, no published study has examined physicians' uptake of the HHK and factors that shape its adoption. OBJECTIVES: Conceptually informed by Rogers' Diffusion of Innovation theory, and Theory of Planned Behaviour, this study had two objectives: (1) to determine if specific attributes of the HHK as well as contextual and situational factors are associated with physicians' intention and actual usage of the HHK kit; and (2), to determine if any contextual and situational factors are associated with individual or environmental barriers that prevent the uptake of the HHK among those physicians who do not plan to use the kit. METHODS: A sample of 153 physicians who responded to an invitation letter sent to all family physicians in the province of Alberta, Canada were recruited for the study. Participating physicians were sent a HHK, and two months later a study questionnaire assessed primary factors on the physicians' clinical practice, attributes of the HHK (relative advantage, compatibility, complexity, trialability, observability), confidence and control using the HHK, barriers to use, and individual attributes. All measures were used in path analysis, employing a causal model based on Rogers' Diffusion of Innovations Theory and Theory of Planned Behaviour. RESULTS: 115 physicians (follow up rate of 75%) completed the questionnaire. Use of the HHK was associated with intention to use the HHK, relative advantage, and years of experience. Relative advantage and the observability of the HHK benefits were also significantly associated with physicians' intention to use the HHK. Physicians working in solo medical practices reported experiencing more individual and environmental barriers to using the HHK. CONCLUSION: The results of this study suggest that future information innovations must demonstrate an advantage over current resources and the research evidence supporting the innovation must be clearly visible. Findings also suggest that the innovation adoption process has a social element, and collegial interactions and discussions may facilitate that process. These results could be valuable for knowledge translation researchers and health promotion developers in future innovation adoption planning.
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BACKGROUND: Synthesizing research evidence using systematic and rigorous methods has become a key feature of evidence-based medicine and knowledge translation. Systematic reviews (SRs) may or may not include a meta-analysis depending on the suitability of available data. They are often being criticised as 'secondary research' and denied the status of original research. Scientific journals play an important role in the publication process. How they appraise a given type of research influences the status of that research in the scientific community. We investigated the attitudes of editors of core clinical journals towards SRs and their value for publication.¦METHODS: We identified the 118 journals labelled as "core clinical journals" by the National Library of Medicine, USA in April 2009. The journals' editors were surveyed by email in 2009 and asked whether they considered SRs as original research projects; whether they published SRs; and for which section of the journal they would consider a SR manuscript.¦RESULTS: The editors of 65 journals (55%) responded. Most respondents considered SRs to be original research (71%) and almost all journals (93%) published SRs. Several editors regarded the use of Cochrane methodology or a meta-analysis as quality criteria; for some respondents these criteria were premises for the consideration of SRs as original research. Journals placed SRs in various sections such as "Review" or "Feature article". Characterization of non-responding journals showed that about two thirds do publish systematic reviews.¦DISCUSSION: Currently, the editors of most core clinical journals consider SRs original research. Our findings are limited by a non-responder rate of 45%. Individual comments suggest that this is a grey area and attitudes differ widely. A debate about the definition of 'original research' in the context of SRs is warranted.
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ABSTRACT: BACKGROUND: Fractures associated with bone fragility in older adults signal the potential for secondary fracture. Fragility fractures often precipitate further decline in health and loss of mobility, with high associated costs for patients, families, society and the healthcare system. Promptly initiating a coordinated, comprehensive pharmacological bone health and falls prevention program post-fracture may improve osteoporosis treatment compliance; and reduce rates of falls and secondary fractures, and associated morbidity, mortality and costs.Methods/design: This pragmatic, controlled trial at 11 hospital sites in eight regions in Quebec, Canada, will recruit community-dwelling patients over age 50 who have sustained a fragility fracture to an intervention coordinated program or to standard care, according to the site. Site study coordinators will identify and recruit 1,596 participants for each study arm. Coordinators at intervention sites will facilitate continuity of care for bone health, and arrange fall prevention programs including physical exercise. The intervention teams include medical bone specialists, primary care physicians, pharmacists, nurses, rehabilitation clinicians, and community program organizers.The primary outcome of this study is the incidence of secondary fragility fractures within an 18-month follow-up period. Secondary outcomes include initiation and compliance with bone health medication; time to first fall and number of clinically significant falls; fall-related hospitalization and mortality; physical activity; quality of life; fragility fracture-related costs; admission to a long term care facility; participants' perceptions of care integration, expectations and satisfaction with the program; and participants' compliance with the fall prevention program. Finally, professionals at intervention sites will participate in focus groups to identify barriers and facilitating factors for the integrated fragility fracture prevention program.This integrated program will facilitate knowledge translation and dissemination via the following: involvement of various collaborators during the development and set-up of the integrated program; distribution of pamphlets about osteoporosis and fall prevention strategies to primary care physicians in the intervention group and patients in the control group; participation in evaluation activities; and eventual dissemination of study results.Study/trial registration: Clinical Trial.Gov NCT01745068Study ID number: CIHR grant # 267395.
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PURPOSE: Unlike in the outpatient setting, delivery of aerosols to critically ill patients may be considered complex, particularly in ventilated patients, and benefits remain to be proven. Many factors influence aerosol delivery and recommendations exist, but little is known about knowledge translation into clinical practice. METHODS: Two-week cross-sectional study to assess the prevalence of aerosol therapy in 81 intensive and intermediate care units in 22 countries. All aerosols delivered to patients breathing spontaneously, ventilated invasively or noninvasively (NIV) were recorded, and drugs, devices, ventilator settings, circuit set-up, humidification and side effects were noted. RESULTS: A total of 9714 aerosols were administered to 678 of the 2808 admitted patients (24 %, CI95 22-26 %), whereas only 271 patients (10 %) were taking inhaled medication before admission. There were large variations among centers, from 0 to 57 %. Among intubated patients 22 % (n = 262) received aerosols, and 50 % (n = 149) of patients undergoing NIV, predominantly (75 %) inbetween NIV sessions. Bronchodilators (n = 7960) and corticosteroids (n = 1233) were the most frequently delivered drugs (88 % overall), predominantly but not exclusively (49 %) administered to patients with chronic airway disease. An anti-infectious drug was aerosolized 509 times (5 % of all aerosols) for nosocomial infections. Jet-nebulizers were the most frequently used device (56 %), followed by metered dose inhalers (23 %). Only 106 (<1 %) mild side effects were observed, despite frequent suboptimal set-ups such as an external gas supply of jet nebulizers for intubated patients. CONCLUSIONS: Aerosol therapy concerns every fourth critically ill patient and one-fifth of ventilated patients.
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Affiliation: Hélène Delisle: Département de nutrition, Faculté de médecine, Université de Montréal
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La formation des sociétés fondées sur la connaissance, le progrès de la technologie de communications et un meilleur échange d'informations au niveau mondial permet une meilleure utilisation des connaissances produites lors des décisions prises dans le système de santé. Dans des pays en voie de développement, quelques études sont menées sur des obstacles qui empêchent la prise des décisions fondées sur des preuves (PDFDP) alors que des études similaires dans le monde développé sont vraiment rares. L'Iran est le pays qui a connu la plus forte croissance dans les publications scientifiques au cours de ces dernières années, mais la question qui se pose est la suivante : quels sont les obstacles qui empêchent l'utilisation de ces connaissances de même que celle des données mondiales? Cette étude embrasse trois articles consécutifs. Le but du premier article a été de trouver un modèle pour évaluer l'état de l'utilisation des connaissances dans ces circonstances en Iran à l’aide d'un examen vaste et systématique des sources suivie par une étude qualitative basée sur la méthode de la Grounded Theory. Ensuite au cours du deuxième et troisième article, les obstacles aux décisions fondées sur des preuves en Iran, sont étudiés en interrogeant les directeurs, les décideurs du secteur de la santé et les chercheurs qui travaillent à produire des preuves scientifiques pour la PDFDP en Iran. Après avoir examiné les modèles disponibles existants et la réalisation d'une étude qualitative, le premier article est sorti sous le titre de «Conception d'un modèle d'application des connaissances». Ce premier article sert de cadre pour les deux autres articles qui évaluent les obstacles à «pull» et «push» pour des PDFDP dans le pays. En Iran, en tant que pays en développement, les problèmes se situent dans toutes les étapes du processus de production, de partage et d’utilisation de la preuve dans la prise de décision du système de santé. Les obstacles qui existent à la prise de décision fondée sur des preuves sont divers et cela aux différents niveaux; les solutions multi-dimensionnelles sont nécessaires pour renforcer l'impact de preuves scientifiques sur les prises de décision. Ces solutions devraient entraîner des changements dans la culture et le milieu de la prise de décision afin de valoriser la prise de décisions fondées sur des preuves. Les critères de sélection des gestionnaires et leur nomination inappropriée ainsi que leurs remplaçants rapides et les différences de paiement dans les secteurs public et privé peuvent affaiblir la PDFDP de deux façons : d’une part en influant sur la motivation des décideurs et d'autre part en détruisant la continuité du programme. De même, tandis que la sélection et le remplacement des chercheurs n'est pas comme ceux des gestionnaires, il n'y a aucun critère pour encourager ces deux groupes à soutenir le processus décisionnel fondés sur des preuves dans le secteur de la santé et les changements ultérieurs. La sélection et la promotion des décideurs politiques devraient être basées sur leur performance en matière de la PDFDP et les efforts des universitaires doivent être comptés lors de leurs promotions personnelles et celles du rang de leur institution. Les attitudes et les capacités des décideurs et des chercheurs devraient être encouragés en leur donnant assez de pouvoir et d’habiliter dans les différentes étapes du cycle de décision. Cette étude a révélé que les gestionnaires n'ont pas suffisamment accès à la fois aux preuves nationales et internationales. Réduire l’écart qui sépare les chercheurs des décideurs est une étape cruciale qui doit être réalisée en favorisant la communication réciproque. Cette question est très importante étant donné que l'utilisation des connaissances ne peut être renforcée que par l'étroite collaboration entre les décideurs politiques et le secteur de la recherche. Dans ce but des programmes à long terme doivent être conçus ; la création des réseaux de chercheurs et de décideurs pour le choix du sujet de recherche, le classement des priorités, et le fait de renforcer la confiance réciproque entre les chercheurs et les décideurs politiques semblent être efficace.
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L’évaluation économique en santé consiste en l’analyse comparative d’alternatives de services en regard à la fois de leurs coûts et de leurs conséquences. Elle est un outil d’aide à la décision. La grande majorité des décisions concernant l’allocation des ressources sont prises en clinique; particulièrement au niveau des soins primaires. Puisque chaque décision est associée à un coût d’opportunité, la non-prise en compte des considérations économiques dans les pratiques des médecins de famille peut avoir un impact important sur l’efficience du système de santé. Il existe peu de connaissances quant à l’influence des évaluations économiques sur la pratique clinique. L’objet de la thèse est de comprendre le rôle de l’évaluation économique dans la pratique des médecins de famille. Ses contributions font l’objet de quatre articles originaux (philosophique, théorique, méthodologique et empirique). L’article philosophique suggère l’importance des questions de complexité et de réflexivité en évaluation économique. La complexité est la perspective philosophique, (approche générale épistémologique) qui sous-tend la thèse. Cette vision du monde met l’attention sur l’explication et la compréhension et sur les relations et les interactions (causalité interactive). Cet accent sur le contexte et le processus de production des données souligne l’importance de la réflexivité dans le processus de recherche. L’article théorique développe une conception nouvelle et différente du problème de recherche. L’originalité de la thèse réside également dans son approche qui s’appuie sur la perspective de la théorie sociologique de Pierre Bourdieu; une approche théorique cohérente avec la complexité. Opposé aux modèles individualistes de l’action rationnelle, Bourdieu préconise une approche sociologique qui s’inscrit dans la recherche d’une compréhension plus complète et plus complexe des phénomènes sociaux en mettant en lumière les influences souvent implicites qui viennent chaque jour exercer des pressions sur les individus et leurs pratiques. L’article méthodologique présente le protocole d’une étude qualitative de cas multiples avec niveaux d’analyse imbriqués : les médecins de famille (niveau micro-individuel) et le champ de la médecine familiale (niveau macro-structurel). Huit études de cas furent réalisées avec le médecin de famille comme unité principale d’analyse. Pour le niveau micro, la collecte des informations fut réalisée à l’aide d’entrevues de type histoire de vie, de documents et d’observation. Pour le niveau macro, la collecte des informations fut réalisée à l’aide de documents, et d’entrevues de type semi-structuré auprès de huit informateurs clés, de neuf organisations médicales. L’induction analytique fut utilisée. L’article empirique présente l’ensemble des résultats empiriques de la thèse. Les résultats montrent une intégration croissante de concepts en économie dans le discours officiel des organisations de médecine familiale. Cependant, au niveau de la pratique, l'économisation de ce discours ne semble pas être une représentation fidèle de la réalité puisque la très grande majorité des participants n'incarnent pas ce discours. Les contributions incluent une compréhension approfondie des processus sociaux qui influencent les schèmes de perception, de pensée, d’appréciation et d’action des médecins de famille quant au rôle de l’évaluation économique dans la pratique clinique et la volonté des médecins de famille à contribuer à une allocation efficiente, équitable et légitime des ressources.
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Mémoire numérisé par la Division de la gestion de documents et des archives de l'Université de Montréal.
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Introduction: Coordination through CVHL/BVCS gives Canadian health libraries access to information technology they could not offer individually, thereby enhancing the library services offered to Canadian health professionals. An example is the portal being developed. Portal best practices are of increasing interest (usability.gov; Wikipedia portals; JISC subject portal project; Stanford clinical portals) but conclusive research is not yet available. This paper will identify best practices for a portal bringing together knowledge for Canadian health professionals supported through a network of libraries. Description: The portal for Canadian health professionals will include capabilities such as: • Authentication • Question referral • Specialist “branch libraries” • Integration of commercial resources, web resources and health systems data • Cross-resource search engine • Infrastructure to enable links from EHR and decision support systems • Knowledge translation tools, such as highlighting of best evidence Best practices will be determined by studying the capabilities of existing portals, including consortia/networks and individual institutions, and through a literature review. Outcomes: Best practices in portals will be reviewed. The collaboratively developed Virtual Library, currently the heart of cvhl.ca, is a unique database collecting high quality, free web documents and sites relevant to Canadian health care. The evident strengths of the Virtual Library will be discussed in light of best practices. Discussion: Identification of best practices will support cost-benefit analysis of options and provide direction for CVHL/BVCS. Open discussion with stakeholders (libraries and professionals) informed by this review will lead to adoption of the best technical solutions supporting Canadian health libraries and their users.
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Introduction: Les professionnels de la réadaptation de l’accident vasculaire cérébral (AVC) ont la responsabilité d’offrir des services de qualité ancrés dans les données probantes. Cette responsabilité relève du rôle d’érudit selon le cadre de compétences CanMEDS. Quelle place occupe par ce rôle en clinique? Objectifs : 1) Documenter les perceptions, expériences et vécus en lien avec le rôle d’érudit chez les professionnels de la réadaptation de l’AVC. 2) Identifier les facteurs perçus comme facilitant ou entravant ce rôle clinique. Méthodologie : Étude qualitative exploratoire d’orientation phénoménologique par entrevue individuelle de professionnels travaillant en réadaptation de l’AVC depuis au moins deux ans. Codification des verbatim avec le logiciel QDA-Miner. Résultats : Les participants (âge moyen 40,7 ans ± 11,2) sont majoritairement des femmes (9/11) et leur expérience de travail en AVC varie de 3 à 23 ans. Les principaux thèmes identifiés sont: 1) Les savoirs tacites sont perçus comme synonyme du rôle d’érudit; 2) L’expérience de travail et l’intuition clinique amènent confiance et confort dans les pratiques; 3) L’insatisfaction quant au manque de partage des connaissances; 4) L’importance de la diversification dans les tâches cliniques et 5) La pratique réflexive est peu développée. Les quatre facteurs influençant le rôle d’érudit sont: la motivation; l’incident critique, les stagiaires et le manque de temps. Conclusion : Le rôle d’érudit apparaît peu valorisé par les participants. Il existe un écart entre le rôle d’érudit tel que décrit dans les cadres de compétences et la façon dont il est actualisé en pratique clinique.
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Article
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Étude de cas / Case study