953 resultados para História da Literatura
Resumo:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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Pós-graduação em Letras - IBILCE
Resumo:
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
Resumo:
A motivação inicial desta pesquisa é a fértil discussão acerca da Identidade e das diferenças culturais entabulada especialmente pelos Estudos Culturais e Literários, especificamente a partir da categoria conceitual da nacionalidade. Norteada pelo conceito de Alegoria proposto por Fredric Jameson, para quem tal conceito se aplica principalmente à análise dos textos literários do capitalismo tardio, tentou-se desnudar as estratégias usadas na composição de Belém do Grão-Pará1 para narrar a complexidade da identidade nacional inscrita no Inconsciente Político. Admitindo que a Alegoria, para Jameson, é o próprio objeto cultural e estético cuja constituição e disposição dos elementos estruturais narra, às vezes em foro íntimo ou privado das personagens, a História das sociedades, segundo a experiência político-ideológica de suas classes. Tomados estes pressupostos, fez-se a análise do romance dalcidiano considerando-se a migração do protagonista como alegoria do cruzamento entre diferentes culturas, fato social gerador de uma hipotética diluição da identidade. Contudo, apoiado num paralelo traçado entre o contato do ribeirinho com o modus vivendi da cidade e a reação antropofágica do modernismo brasileiro frente ao modus vivendi civilizado da Europa, este trabalho nega a idéia de que o cruzamento de fronteiras culturais implique no fim da nacionalidade. Em linhas gerais tratamos de um conceito de Identidade fundado na experiência coletiva de indivíduos que, apesar de grandes diferenças de classe social, gênero ou etnia, construíram-se sob ideologias comuns. Nesta análise de Belém do Grão-Pará, cenas urbanas como ir ao cinema ou ver passar o trem são resignificadas pelo protagonista com base nas referências que trouxe de Cachoeira do Arari, seu lugar de origem, enquanto este também passa por uma revisão segundo o novo paradigma urbano que o protagonista vive em Belém.
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Esta dissertação discute a presença da literatura contemporânea dos anos 40, principalmente a influência da filosofia existencialista, na literatura dos jovens poetas que publicaram no suplemento literário Arte-Literatura, que circulou com o jornal Folha do Norte entre os anos de 1946 e 1951. Este trabalho de história social da literatura procura visualizar na literatura dos jovens da Turma do Central um desencanto em relação ao seu passado recente, tanto no âmbito político-social quanto no literário. O trabalho também analisa o papel do suplemento Arte-Literatura na atualização e formação da identidade intelectual desses jovens que mudaram os rumos da literatura local.
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Este trabalho parte de pesquisas realizadas no periódico Diário de Notícias, de Belém, Pará, no período que vai de 1881 a 1893, com o objetivo de recuperar textos ficcionais em prosa, em especial, o romance-folhetim, gênero que surge da relação próxima entre literatura e jornal, muito intensa no decorrer do século XIX. Nesse período, o jornal aparece como importante meio de divulgação política e cultural nas várias regiões do país, considerando que seu custo era bem mais acessível que o do livro. O romance-folhetim alcança, nesse veículo, uma grande popularidade entre os leitores. Dentre os romances-folhetins catalogados, optamos por analisar o Negro e cor de rosa: o canto do cysne, do francês Georges Ohnet, publicado no período de julho a agosto de 1887, na coluna Folhetim do já citado periódico. A análise foi baseada nos estudos de Jésus Martín-Barbero sobre os dispositivos de enunciação do gênero folhetim. A partir de nossa pesquisa, procuramos investigar como se caracterizava o circuito editorial da Belém oitocentista, averiguando a relação entre o gosto do público e a presença ostensiva de narrativas francesas, bem como, a relação mercadológica entre editores e livreiros. Assim, ressalta-se a relevância dos estudos da História do Livro e da Leitura no Brasil por permitir-nos a recuperação de informações que contribuirão para o registro da História da Literatura Brasileira.
Resumo:
O presente trabalho busca compreender a recepção crítica da poética de Max Martins no decorrer de 50 anos de atividade artística. A partir de uma abordagem estético recepcional, averiguaremos como as sucessivas leituras por parte de jornalistas e críticos determinaram a aceitação de sua produção e sua respectiva inserção dentro do cenário literário local e nacional. Baseando-se na perspectiva teórica da Estética da Recepção pretenderemos assim compreender diacronicamente o efeito causado pela obra de Max Martins junto aos seus leitores imediatos, e consequentemente perfazer uma história de sua recepção. A abordagem realizada por meio dos pressupostos apresentados por H. R. Jauss (em A História da Literatura como Provocação à Teoria Literária) - como o termo "horizonte de expectativa" - nos orientará quanto à historicidade da produção poética de Max Martins, esclarecendo o motivo que levou algumas leituras equivocadas de sua obra a se perpetuarem até o presente. Desse modo, por meio da reconstrução do “horizonte de expectativa” poderemos compreender a que demanda ou pergunta à obra de Max Martins atendeu no momento de sua publicação, além de averiguarmos como o trabalho de editoração da sua obra (G.Genette, 2009) influenciou sua leitura no decorrer do tempo, atualizando assim sua compreensão crítica e revelando algumas incongruências persistentes em estudos acadêmicos contemporâneos.
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A presente dissertação analisa a atuação da editora Guajarina na divulgação da literatura de cordel no Pará a partir de uma história do livro e da leitura, tendo como recorte o período de 1922 a 1949. Nesse sentido, procuramos explorar algumas questões relacionadas ao cordel que não se reduzem aos textos, tais como: a problematização da associação entre cordel, cultura popular e folclore; a produção e circulação dos folhetos; e as representações e estratégias dos poetas nas histórias de crimes. Desse modo, a análise da Guajarina e de seus folhetos nos permite entender alguns significados das múltiplas práticas de leitura da sociedade no contexto da primeira metade do século XX. Além dos folhetos, também são utilizadas fontes como jornais, revistas e coleções encadernadas de modinhas.
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Partindo-se do pressuposto de que existe uma interligação, por meio da presença da literatura/cultura portuguesa, entre Portugal e a cidade de São Paulo – no período de 1900-1922, caracterizado ainda como pré-modernista brasileiro –, a proposta deste texto dirige-se ao comentário de alguns periódicos (O Estado de S. Paulo; A Vida Moderna; O Pirralho), visto que “[...] há uma história da literatura que se projeta na cidade de S. Paulo; e há uma história da cidade de S. Paulo que se projeta na literatura.” (CANDIDO, 1975). Assim, pretende-se verificar como a presença da literatura/cultura portuguesa (principalmente autores canônicos do século XIX) repercutiu na vida social e intelectual da cidade de São Paulo, para melhor compreensão das formas de sociabilidade, bem como a caracterização das diferentes etapas percorridas pela literatura brasileira em São Paulo.
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Pós-graduação em Educação - FFC
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O presente trabalho constitui uma tentativa de traçar os caminhos do magistério no plano real/histórico através do resgate da imagem dos docentes retratados na literatura brasileira, além de auxiliar alunos e professores de cursos de licenciatura a entender melhor os processos históricos. Ao longo de nossa história diversos escritores se propuseram a retratar o professor em suas obras, tais como: Machado de Assis (1840), com Conto de Escola, Raul Dávila Pompéia (1888) em O Ateneu, Oswald de Andrade (1926) em Memórias Sentimentais de João Miramar, Sylvia Orthof (1980) com a crônica Bicho Carpinteiro, Ziraldo (1995) em Uma professora muito Maluquinha e Thalita Rebouças (2006), em Fala sério, Professor! E é a partir dessas obras que ocorre uma reflexão sobre a imagem que os profissionais da educação transmitem/transmitiram para a sociedade, através do olhar dos artistas literários. Além de influenciar a visão daqueles que lêem suas obras, os escritores transpõem em seus textos elementos que nos permitem reviver o paradigma por eles vivenciado, fazendo da literatura um instrumento para o resgate da história.
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Pós-graduação em Letras - IBILCE
Resumo:
This article brings to light the latest research on the activities of Baptiste-Louis Garnier, French bookseller and publisher established in Rio de Janeiro, in his relations with the French publishing world: methods, procedures, books, authors and publishers. Cultural exchanges between these two systems helped to consolidate the canon of authors and works of Brazilian Literature in the nineteenth century. The study of these relationships can give full account of some information scholars have provided us and contributes to a better understanding of the process of production and circulation of literary works in Brazil.
Resumo:
Apesar do reconhecimento da importância da atividade crítica do escritor austro-brasileiro Otto Maria Carpeaux (1900-1978) na literatura brasileira, sua obra permanece ainda pouco estudada em muitos aspectos. Reconhece-se a sua dívida para com a crítica alemã e italiana, mas quanto a esta última não se passou muito além da mera menção ao fato. Através da leitura da sua obra, vê-se o quanto são profundas estas relações: suas principais influências na crítica literária são os críticos italianos Francesco De Sanctis e Benedetto Croce, entre outros. Também à literatura de criação o crítico austro-brasileiro foi bastante atento, e podem-se notar alguns “topos” constantes nas suas análises, principalmente a caracterização da literatura italiana como literatura de resistência, e a sua importância no conceito de “literatura européia”, que parece essencial para se compreender a obra de Carpeaux. As inúmeras epopéias (obras pouco comuns na literatura moderna) na literatura italiana servem a Carpeaux de indícios para conclusões acerca do caráter do povo italiano, e vários autores, como Dante, Maquiavel e Manzoni retornam constantemente no interesse do crítico. Considerando que Carpeaux escreveu uma História da literaturaocidental, poder-se-ia estudar, comparativamente, sua visão histórica da literatura italiana com aquela apresentada em outras obras do gênero. Um estudo de literatura comparada poderia esclarecer aspectos importantes na obra crítica e historiográfica do escritor austro-brasleiro, e a compilação deste material seria útil do ponto de vista didático, colocando à disposição do público brasileiro um “desentranhamento” de uma história da literatura italiana de dentro da sua História da literatura ocidental e uma coletânea dos principais ensaios de Carpeaux a respeito de escritores italianos.