17 resultados para Hesitações


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Partindo de questionamentos ao modo como a literatura trata o fenômeno hesitativo, defendemos, neste trabalho, a hipótese de que as hesitações funcionariam como marcas de momentos de tensão entre elementos lingüístico-discursivos. Buscando confirmá-la, analisamos material extraído de sessões de conversação de um sujeito com doença de Parkinson e de um sujeito sem patologia neurológica. Verificamos, nos vínculos entre as marcas de hesitação e os trechos de fala que a elas se relacionavam: (a) se ocorria contenção da ou abertura para a deriva; (b) se as ações sujeito-língua ocorriam antecipadamente ou reparando a deriva; e (c) se as tensões predominavam no eixo sintagmático e/ou paradigmático da linguagem. Essa observação permitiu-nos conjecturar: (I) que, no processo hesitativo, podem figurar uma contenção da deriva e/ou uma abertura para a deriva; (II) que as hesitações se constituem em pontos de deriva/ancoragem de ações sujeito-linguagem de reparação e/ou antecipatórias; (II) que subsistemas lingüístico-discursivos funcionam sob diferentes relações de predominância no acontecimento do fenômeno hesitativo.

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Numa gramática contrastiva do espanhol e do português, línguas irmãs, cabe indubitavelmente — em especial no capítulo reservado ao verbo — um lugar importante ao estudo do chamado gerúndio. Isto porque se trata de um derivado verbal de grande interesse, dadas a sua variada utilização em ambas as línguas, as ambiguidades a que se presta — quando não adequadamente empregado — e as lacunas, hesitações e interpretações diferentes e até contraditórias a que dá lugar o seu estudo por parte dos diferentes gramáticos de uma e outra língua que se ocuparam e ocupam do assunto.