994 resultados para HTLV-2 subtype
Resumo:
A prevalência da infecção por agentes virais, como o HTLV, o VHB e o CMV ainda é pouco conhecida na população de mulheres grávidas portadoras do HIV-1 na Região Norte do Brasil. Este trabalho teve como objetivo descrever a soroprevalência das infecções pelo HTLV, CMV e VHB em grávidas portadoras do HIV-1 atendidas em um centro de referência do Pará e de Tocantins. Foram coletas amostras de sangue de 47 mulheres grávidas portadoras do HIV-1, procedentes de várias localidades do estado do Pará, no período de agosto de 2005 a janeiro de 2008 e de 18 mulheres grávidas portadoras do HIV-1 oriundas de várias localidades do estado de Tocantins no período de maio a outubro de 2007. As amostras foram submetidas a um ensaio enzimático do tipo ELISA para a detecção de anticorpos anti-HTLV, anti-VHB (anti-HBc total, anti-HBc IgM, anti-HBs, HBsAg) e anti-CMV IgM/IgG. A análise sorológica revelou que nenhuma das amostras de soro de ambos os estados foi positiva para o anti-HTLV e anti-CMV IgM. Entretanto, todas as amostras de ambos os estados apresentaram anticorpos anti-CMV IgG. A prevalência da infecção pelo VHB em grávidas portadoras do HIV-1 do estado do Pará foi de 19,1% e em Tocantins essa prevalência foi de 27,8%. Apenas no Estado de Tocantins verificamos que houve apenas uma grávida (5,6%) co-infectada HIV-1/VHB. A prevalência da co-infecção HIV/HTLV é baixa nas populações examinadas, assim como a ocorrência da infecção aguda pelo CMV. Entretanto, verificou-se um grande número de mulheres de ambos os estados ainda suscetíveis à infecção pelo VHB, o que sugere que estas populações devam ser vacinadas contra o VHB.
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Human immunodeficiency virus type 1 (HIV-1) and human T cell leukemia virus type II (HTLV-2) use a similar mechanism for –1 translational frameshifting to overcome the termination codon in viral RNA at the end of the gag gene. Previous studies have identified two important RNA signals for frameshifting, the slippery sequence and a downstream stem–loop structure. However, there have been somewhat conflicting reports concerning the individual contributions of these sequences. In this study we have performed a comprehensive mutational analysis of the cis-acting RNA sequences involved in HIV-1 gag–pol and HTLV-2 gag–pro frameshifting. Using an in vitro translation system we determined frameshifting efficiencies for shuffled HIV-1/HTLV-2 RNA elements in a background of HIV-1 or HTLV-2 sequences. We show that the ability of the slippery sequence and stem–loop to promote ribosomal frameshifting is influenced by the flanking upstream sequence and the nucleotides in the spacer element. A wide range of frameshift efficiency rates was observed for both viruses when shuffling single sequence elements. The results for HIV-1/HTLV-2 chimeric constructs represent strong evidence supporting the notion that the viral wild-type sequences are not designed for maximal frameshifting activity but are optimized to a level suited to efficient viral replication.
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Human T-cell lymphotropic virus (HTLV) may impact the clinical course of tuberculosis (TB). Both infections are highly endemic in Brazil. The aim of this study was to assess the prevalence of HTLV-1/2 in TB patients in Central-West Brazil and to perform a genetic characterisation of the respective isolates. Of the 402 patients, six (1.49%) were positive for anti-HTLV and five (1.24%; 95% confidence interval: 0.46-3.05) were infected with HTLV-1/2. Genetic characterisation demonstrated that the four HTLV-1 isolates belonged to the Transcontinental subgroup A of the Cosmopolitan subtype a and that the HTLV-2 isolate belonged to subtype a (HTLV-2a/c). The prevalence of HTLV infection observed in this study is higher than that observed in local blood donors and the HTLV-1 and 2 subtypes identified are consistent with those circulating in Brazil.
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Este trabalho objetivou a caracterização molecular do vírus linfotrópico de células T humanas infectando doadores de sangue atendidos na Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará. Amostras de DNA de 79 indivíduos soropositivos para o vírus linfotrópico de células T humanas foram analisadas por meio da reação em cadeia da polimerase para as regiões genômicas pX, env e 5'LTR, de polimorfismos de comprimento de fragmentos de restrição e do seqüenciamento da região 5LTR, com posterior análise filogenética, definindo o tipo e o subtipo do HTLV circulante na população estudada. Observou-se uma maior prevalência de HTLV-1 (71%) em relação ao HTLV-2 (29%). As amostras de HTLV-1 sequenciadas foram classificadas como pertencentes ao subtipo Cosmopolita, subgrupo Transcontinental, sendo as de HTLV-2 identificadas como HTLV-2c. A análise de polimorfismos de comprimento de fragmentos de restrição da região env e do sequenciamento da região 5'LTR, identificou, pela primeira vez na Amazônia Brasileira, uma amostra de HTLV-2b, enfatizando a necessidade de estudos moleculares contínuos na região para melhor entendimento da epidemiologia de transmissão do HTLV na população e permitir a vigilância epidemiológica da emergência de novos tipos e subtipos.
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A infecção pelo HTLV-1/2 já foi investigada em diversas populações, mostrando prevalência variável conforme a área geográfica, grupos étnicos e subpopulações analisadas. Em estudos brasileiros foi observada uma maior prevalência nos Estados da Bahia e do Pará. O presente estudo teve como objetivo avaliar a prevalência do HTLV em mulheres grávidas na cidade de Belém, Pará, por meio de técnicas sorológicas e moleculares. Foram coletadas 1.027 amostras de sangue e alíquotas de plasmas foram testadas para a presença de anticorpos anti-HTLV-1/2, utilizando o método imunoenzimático do tipo ELISA. A confirmação da infecção e diferenciação dos tipos e subtipos virais foi realizada por meio da Reação em Cadeia mediada pela Polimerase em duas etapas (Nested PCR) através da amplificação gênica das regiões pX, env e 5’LTR seguido da análise de RFLP e seqüenciamento. Foram detectados seis (0,58%) casos de sororreatividade para o HTLV que posteriormente foram confirmados pela amplificação de um fragmento de 159 pb da região pX. A análise de RFLP com a enzima TaqI mostrou que quatro (66,7%) amostras eram positivas para HTLV-1 e duas (33,3%) para HTLV-2. Uma das amostras HTLV-2 teve o fragmento de 630 pb do gene env amplificado. A análise com a endonuclease XhoI mostrou a presença de um perfil de RFLP característico dos subtipos HTLV-2a/2c. Duas amostras HTLV-1 e uma HTLV-2 tiveram a região 5’LTR amplificada e seqüenciada. Por meio da análise filogenética foi possível classificar as amostras HTLV-1 como Cosmopolita Transcontinental e a HTLV-2 como pertencente ao subtipo HTLV-2c. Esse estudo mostra a relevância de se introduzir o teste para HTLV na triagem pré-natal, a fim de reduzir transmissão vertical e horizontal em nosso estado.
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The prevalence of human T-cell lymphotropic viruses types 1 and 2 (HTLV-1/2) in Mozambique is not known. The present study examined blood samples from 208, 226, and 318 individuals from Northern, Central, and Southern Mozambique, respectively, of all socioeconomic and demographic strata attending public health centers in Mozambique for HTLV-1/2-specific antibodies. Serum samples were assessed for HIV- and HTLV-1/2-specific antibodies by using enzyme immunoassays, and infections with HTLV-1 and -2 were confirmed by using Western blot. An overall HTLV-1/2 prevalence of 2.3% (2.9% in female and 1.1% in male subjects) was observed, and the prevalence of infection increased with age. Regional variation in the prevalence of HIV and HTLV-1/2 was observed; 32.2%, 65.5%, and 44% of individuals tested HIV positive in Northern, Central, and Southern Mozambique, respectively, and 2.4%, 3.9%, and 0.9% tested HTLV-1/2 positive in the same regions. HTLV-1 infection was confirmed in these individuals. No association between HTLV-1 infection and socio-demographic variables or HIV status was detected, although the low number of HTLV-1-positive cases did not allow robust statistical analyses. The results obtained suggest different risk factors and epidemiologic correlates of HIV and HTLV-1 transmission in Mozambique. Furthermore, our results suggested that North and Central Mozambique should be considered endemic regions for HTLV-1 infection. As no cases of HTLV-2 were detected, HTLV-2 appears to have not been introduced into Mozambique.
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Background: HTLV-1/2 diagnosis in high-risk populations from Sao Paulo, Brazil has been problematic due a high proportion of seroindeterminate results. Objectives: To confirm and extend previous findings regarding HTLV-1/2 diagnosis in this geographic area. Study design: Sera from 2312 patients were tested for HTLV-1/2 antibodies using enzyme immunoassay (EIA) and Western blot (WB) analysis. Patients were from AIDS Reference Centers (Group 1; 1393 patients) and HTLV out-patient clinics (Group 11; 919 patients). Results were analyzed according to patients` age, gender, and clinic type. Results: HTLV-1 and HTLV-2 were detected in both groups. Among seropositive females, HTLV-2 was slightly more common in Group 1 (54.5%), while HTLV-1 prevailed in Group II (73.9%). Males from Group II had a higher percentage of HTLV-seroindeterminate results. No correlation between HTLV serological results and age was detected. Temporal analyses disclosed a high number of HTLV-seroindeterminate samples, and a large spectrum of indeterminate WB profiles. GD21 and/or rgp46-II bands were detected in 34.6% of sera from Group 1, and a p24 or p19 band was detected in 35.3% of sera from Group II. Conclusions: High rates of HTLV-indeterminate serological patterns during temporal analyses were confirmed in high-risk populations from Sao Paulo, Brazil. (c) 2008 Elsevier B.V. All rights reserved.
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The seroprevalence and geographic distribution of HTLV-1/2 among blood donors are extremely important to transfusion services. We evaluated the seroprevalence of HTLV-1/2 infection among first-time blood donor candidates in Ribeirão Preto city and region. From January 2000 to December 2010, 1,038,489 blood donations were obtained and 301,470 were first-time blood donations. All samples were screened with serological tests for HTLV-1/2 using enzyme immunoassay (EIA). In addition, the frequency of coinfection with hepatitis B virus (HBV), hepatitis C virus (HCV), human immunodeficiency virus (HIV), Chagas disease (CD) and syphilis was also determined. In-house PCR was used as confirmatory test for HTLV-1/2. A total of 296 (0.1%) first-time donors were serologically reactive for HTLV-1/2. Confirmatory PCR of 63 samples showed that 28 were HTLV-1 positive, 13 HTLV-2 positive, 19 negative and three indeterminate. Regarding HTLV coinfection rates, the most prevalent was with HBV (51.3%) and HCV (35.9%), but coinfection with HIV, CD and syphilis was also detected. The real number of HTLV-infected individual and coinfection rate in the population is underestimated and epidemiological studies like ours are very informative.
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Este trabalho objetivou a caracterização molecular do vírus linfotrópico de células T humanas infectando doadores de sangue atendidos na Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará. Amostras de DNA de 79 indivíduos soropositivos para o vírus linfotrópico de células T humanas foram analisadas por meio da reação em cadeia da polimerase para as regiões genômicas pX, env e 5'LTR, de polimorfismos de comprimento de fragmentos de restrição e do seqüenciamento da região 5LTR, com posterior análise filogenética, definindo o tipo e o subtipo do HTLV circulante na população estudada. Observou-se uma maior prevalência de HTLV-1 (71%) em relação ao HTLV-2 (29%). As amostras de HTLV-1 sequenciadas foram classificadas como pertencentes ao subtipo Cosmopolita, subgrupo Transcontinental, sendo as de HTLV-2 identificadas como HTLV-2c. A análise de polimorfismos de comprimento de fragmentos de restrição da região env e do sequenciamento da região 5'LTR, identificou, pela primeira vez na Amazônia Brasileira, uma amostra de HTLV-2b, enfatizando a necessidade de estudos moleculares contínuos na região para melhor entendimento da epidemiologia de transmissão do HTLV na população e permitir a vigilância epidemiológica da emergência de novos tipos e subtipos.
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INTRODUCTION: Human T cell lymphotropic virus type 1 (HTLV-1) is endemic in the Caribbean, Japan, South America and regions of Africa. HTLV-2 is present in Native American populations and associated with IV drug use in Europe and North America. In Brazil, it is estimated that 1.5 million people are infected with HTLV-1/2. The study objective was to determine HTLV-1/2 prevalence in pregnant women in the prenatal care from three public services in São Luis, State of Maranhão, Brazil, and to counsel seropositive women to reduce viral transmission. METHODS: A cross-sectional study was conducted from February to December 2008; women with age of 18 to 45 years, with low risk for sexually transmitted disease (STD) were invited to participate. Blood samples were collected in filter paper, and HTLV-1/2 immunoenzymatic test (ELISA) was performed as a screening test. Women with reactive results were submitted to peripheral venous blood collection for ELISA repetition, followed by Western blot (WB) and real-time PCR to confirm and discriminate the infection between virus types 1 and 2. RESULTS: Of the 2,044 women tested, seven (0.3%) were ELISA reactive and confirmed positive (four were HTLV-1, and three were HTLV-2). All positive women were oriented not to breastfeed their newborns. CONCLUSIONS: This study showed that the virus is present in high prevalence in that population. Further studies covering other segments of the population are necessary to better characterize the presence of HTLV-1/2 in Maranhão and to elicit measures to prevent its spread.
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IntroductionThis study investigated the occurrence of Strongyloides stercoralis infestation and coinfection with HTLV-1/2 in Belém, Brazil.MethodsS. stercoralis was investigated in stool samples obtained from individuals infected with HTLV-1/2 and their uninfected relatives.ResultsThe frequency of S. stercoralis was 9% (9/100), including six patients infected with HTLV-1 (14.3%), two patients infected with HTLV-2 (11.1%), and one uninfected relative. Two cases of hyperinfestation by S. stercoralis were characterized as HTLV-1.ConclusionsThese results support the need for the routine investigation of S. stercoralis in patients with HTLV-1, in an attempt to prevent the development of severe forms of strongyloidiasis.
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Data obtained during routine diagnosis of human T-cell lymphotropic virus type 1 (HTLV-1) and 2 (HTLV-2) in ""at-risk"" individuals from Sao Paulo, Brazil using signal-to-cutoff (S/C) values obtained by first, second, and third generation enzyme immunoassay (EIA) kits, were compared. The highest S/C values were obtained with third generation EIA kits, but no correlation was detected between these values and specific antibody reactivity to HTLV-1, HTLV-2, or untyped HTLV (p = 0.302). In addition, use of these third generation kits resulted in HTLV-1/2 false-positive samples. In contrast, first and second generation EIA kits showed high specificity, and the second generation EIA kits showed the highest efficiency, despite lower S/C values. Using first and second generation EIA kits, significant differences in specific antibody detection of HTLV-1, relative to HTLV-2 (p = 0.019 for first generation and p < 0.001 for second generation EIA kits) and relative to untyped HTLV (p = 0.025 for first generation EIA kits), were observed. These results were explained by the composition and format of the assays. In addition, using receiver operating characteristics (ROC) analysis, a slight adjustment in cutoff values for third generation EIA kits improved their specificities and should be used when HTLV ""at-risk"" populations from this geographic area are to be evaluated. (C) 2009 Elsevier B.V. All rights reserved.
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Amostras de sangue de índios nativos na aldeia Kararao (Kayapó) foram analisadas, usando-se métodos sorológico e molecular, para caracterizar a infecção e analisar a transmissão do HTLV-II. Observou-se reatividade específica em 3/26 indivíduos, dos quais duas amostras eram de uma mãe e de seu filho. A análise pela RFLP de regiões pX e env confirmou a infecção pelo HTLV-II. A seqüência de nucleotídios do segmento 5'LTR e a análise filogenética mostraram alta similaridade (98%) entre as três amostras e o protótipo HTLV-IIa (mot) e confirmaram a ocorrência do subtipo HTLV-IIc. Houve uma alta similaridade genética (99,9%) entre as amostras da mãe e do filho e a única diferença foi uma deleção de dois nucleotídios (TC) na seqüência materna. Estudos epidemiológicos anteriores entre índios nativos do Brasil forneceram prova da transmissão intrafamilial e vertical do HTLV-IIc. O presente estudo fornece evidência molecular da transmissão do HTLV-IIc de mãe para filho, um mecanismo que em grande parte é responsável pela endemicidade do HTLV nessas populações epidemiologicamente fechadas. Embora a verdadeira via de transmissão seja desconhecida, a amamentação materna poderia ser a mais provável.
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A prevalência da infecção por agentes virais como o HIV-1, HTLV1/2, VHB e CMV, ainda é pouco conhecida na população de adolescentes grávidas na região norte do Brasil. Este trabalho teve como um dos objetivos descrever esta prevalência das infecções HIV-1, HTLV1/2, VHB e CMV em adolescentes grávidas atendidas em um centro de referência do estado do Pará. Foram coletadas amostras de sangue de 324 gestantes procedentes de vários municípios do estado no período de novembro de 2009 a fevereiro de 2010. As amostras foram submetidas a um ensaio imunoenzimático do tipo ELISA, para a detecção de anticorpos anti-HIV, anti HTLV-1/2, anti-VHB e anti-CMV IgM/IgG. A análise sorológica revelou uma amostra soropositiva para o HIV-1, duas amostras positivas para HTLV1/2, enquanto a maioria das amostras apresentaram anticorpos anti-CMV IgG, embora a ocorrência da infecção aguda tenha sido baixa (2,2%). A prevalência da infecção para VHB em adolescentes gestantes foi de 0,62%, porém numero expressivo (83,3%) de adolescentes estão suscetíveis a infecção pelo VHB, o que sugere que não foram imunizadas. A maioria (63,4%) das adolescentes continuaram estudando mesmo sabendo da gravidez e 34,6% buscaram o pré-natal tardiamente possibilitando um numero mínimo de quatro consultas de pre natal O resultado reforça a hipótese que estas adolescentes grávidas possuem uma prevalência de infecções desses tipos virais, semelhante a taxas nacionais das gestantes de modo geral. A prevalência dos subtipos virais (HTLV-2 e HIV-1 subtipo B) obtidas através da caracterização molecular das amostras soropositivas das gestantes foi concordante com a prevalência dos subtipos da região norte.
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A distribuição geográfica da infecção pelo Vírus Linfotrópico de Células T HTLV 1/2 humanas 1 e 2 é ampla, porém existem áreas de maior endemicidade e também particularidades de acordo com o tipo de HTLV. O HTLV-1 apresenta maior soroprevalência no sudoeste do Japão, no Caribe, na América Central, nas diferentes regiões da América do Sul e nas porções centrais e ocidentais da África e Melanésia. Enquanto o HTLV-2 parece acometer grupos populacionais distintos, como as populações nativas de indígenas das Américas do Norte, Central e Sul, pigmeus da África Central, mongóis na Ásia e também usuários de drogas injetáveis. O trabalho realizado teve como objetivo descrever a epidemiologia molecular do HTLV em três populações distintas do estado do Amapá, que foram: pacientes HIV/AIDS infectado, população afro-descendente e finalmente indivíduos atendidos no Laboratório Central de Saúde Pública do Amapá (LACEN-AP), encaminhados para diagnóstico de HTLV. As amostras foram avaliadas para a presença do vírus por métodos sorológicos (ELISA e Western blot) e moleculares (amplificação gênica e caracterização de segmentos das regiões pX e env pela análise de polimorfismo de fragmentos de restrição por ação de endonuclease. Os resultados obtidos nas diferentes populações foram na população de indivíduos infectados pelo HIV/AIDS, todas as amostras foram negativas, na população afro-descendente, apenas uma amostra apresentou positividade na sorologia pelo método de ELISA, porém foi negativa no Western blot e quando submetida ao método molecular, não houve amplificação. No entanto, entre os indivíduos encaminhados para diagnóstico de HTLV, 06 (seis) amostras foram positivas, e dessas, 05 (cinco) foram confirmadas por Western blot e pelo método molecular. O resultado molecular demonstrou a presença de HTLV-1.