997 resultados para Genotoxic assessment


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No contexto dos contaminantes aquáticos, os herbicidas são considerados como um dos grupos mais perigosos. Uma vez aplicados, estes são facilmente transportados para cursos de água, quer devido a uma pulverização pouco cuidada ou devido a fenómenos de escorrência superficial e/ou subterrânea. A presença destes agroquímicos no ambiente tem vindo a ser associada a efeitos nefastos em organismos não-alvo, como é o caso dos peixes. Contudo, existe ainda uma grande lacuna no que diz respeito à informação científica relacionada com o seu impacto genotóxico. Deste modo, a presente tese foi delineada com o intuito de avaliar o risco genotóxico em peixes de duas formulações de herbicidas: o Roundup®, que tem como princípio activo o glifosato, e o Garlon®, que apresenta o triclopir na base da sua constituição, produtos estes largamente utilizados na limpeza de campos agrícolas, assim como em florestas. Foi ainda planeado desenvolver uma base de conhecimento no que diz respeito aos mecanismos de dano do ADN. Como último objectivo, pretendeu-se contribuir para a mitigação dos efeitos dos agroquímicos no biota aquático, nomeadamente em peixes, fornecendo dados científicos no sentido de melhorar as práticas agrícolas e florestais. Este estudo foi realizado adoptando a enguia europeia (Anguilla anguilla L.) como organismo-teste, e submetendo-a a exposições de curta duração (1 e 3 dias) dos produtos comerciais mencionados, em concentrações consideradas ambientalmente realistas. Para a avaliação da genotoxicidade foram aplicadas duas metodologias: o ensaio do cometa e o teste das anomalias nucleares eritrocíticas (ANE). Enquanto o ensaio do cometa detecta quebras na cadeia do ADN, um dano passível de ser reparado, o aparecimento das ANE revela lesões cromossomais, sinalizando um tipo de dano de difícil reparação. O ensaio do cometa foi ainda melhorado com uma nova etapa que incluiu a incubação com enzimas de reparação (FPG e EndoIII), permitindo perceber a ocorrência de dano oxidativo no ADN. No que diz respeito ao Roundup®, o envolvimento do sistema antioxidante como indicador de um estado próoxidante foi também alvo de estudo. Uma vez que as referidas formulações se apresentam sob a forma de misturas, o potencial genotóxico dos seus princípios activos foi também avaliado individualmente. No caso particular do Roundup®, também foram estudados o seu surfactante (amina polietoxilada; POEA) e o principal metabolito ambiental (ácido aminometilfosfórico; AMPA). Os resultados obtidos mostraram a capacidade do Roundup® em induzir tanto dano no ADN (em células de sangue, guelras e fígado) como dano cromossómico (em células de sangue). A investigação sobre o possível envolvimento do stresse oxidativo demonstrou que o tipo de dano no ADN varia com as concentrações testadas e com a duração da exposição. Deste modo, com o aumento do tempo de exposição, os processos relacionados com o envolvimento de espécies reactivas de oxigénio (ERO) ganharam preponderância como mecanismo de dano no ADN, facto que é corroborado pela activação do sistema antioxidante observado nas guelras, assim como pelo aumento dos sítios sensíveis a FPG em hepatócitos. O glifosato e o POEA foram também considerados genotóxicos. O POEA mostrou induzir uma maior extensão de dano no ADN, tanto comparado com o glifosato como com a mistura comercial. Apesar de ambos os componentes contribuirem para a genotoxicidade da formulação, a soma dos seus efeitos individuais nunca foi observada, apontando para um antagonismo entre eles e indicando que o POEA não aumenta o risco associado ao princípio activo. Deste modo, realça-se a necessidade de regulamentar limiares de segurança para todos os componentes da formulação, recomendando, em particular, a revisão da classificação do risco do POEA (actualmente classificado com “inerte”). Uma vez confirmada a capacidade do principal metabolito do glifosato – AMPA – em exercer dano no ADN assim como dano cromossómico, os produtos da degradação ambiental dos princípios activos assumem-se como um problema silencioso, realçando assim a importância de incluir o AMPA na avaliação do risco relacionado com herbicidas com base no glifosato. A formulação Garlon® e o seu princípio activo triclopir mostraram um claro potencial genotóxico. Adicionalmente, o Garlon® mostrou possuir um potencial genotóxico mais elevado do que o seu princípio activo. No entanto, a capacidade de infligir dano oxidativo no ADN não foi demonstrada para nenhum dos agentes. No que concerne à avaliação da progressão do dano após a remoção da fonte de contaminação, nem os peixes expostos a Roundup® nem os expostos a Garlon® conseguiram restaurar completamente a integridade do seu ADN ao fim de 14 dias. No que concerne ao Roundup®, o uso de enzimas de reparação de lesões específicas do ADN associado ao teste do cometa permitiu detectar um aparecimento tardio de dano oxidativo, indicando deste modo um decaimento progressivo da protecção antioxidante e ainda uma incapacidade de reparar este tipo de dano. O período de pós-exposição correspondente ao Garlon® revelou uma tendência de diminuição dos níveis de dano, apesar de nunca se observar uma completa recuperação. Ainda assim, foi evidente uma intervenção eficiente das enzimas de reparação do ADN, mais concretamente as direccionadas às purinas oxidadas. A avaliação das metodologias adoptadas tornou evidente que o procedimento base do ensaio do cometa, que detecta apenas o dano nãoespecífico no ADN, possui algumas limitações quando comparado com a metodologia que incluiu a incubação com as enzimas de reparação, uma vez que a última mostrou reduzir a possibilidade de ocorrência de resultados falsos negativos. Os dois parâmetros adoptados (ensaio do cometa e teste das ANE) demonstraram possuir aptidões complementares, sendo assim recomendado a sua utilização conjunta com vista a efectuar uma avaliação mais adequada do risco genotóxico. Globalmente, os resultados obtidos forneceram indicações de grande utilidade para as entidades reguladoras, contribuindo ainda para a (re)formulação de medidas de conservação do ambiente aquático. Neste sentido, os dados obtidos apontam para a importância da avaliação de risco dos herbicidas incluir testes de genotoxicidade. A magnitude de risco detectada para ambas as formulações adverte para a necessidade de adopção de medidas restritivas em relação à sua aplicação na proximidade de cursos de água. Como medidas mitigadoras de impactos ambientais, aponta-se o desenvolvimento de formulações que incorporem adjuvantes selecionados com base na sua baixa toxicidade.

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ABSTRACT – Background: According to the Report on Carcinogens, formaldehyde ranks 25th in the overall U.S. chemical production, with more than 5 million tons produced each year. Given its economic importance and widespread use, many people are exposed to formaldehyde environmentally and/or occupationally. Presently, the International Agency for Research on Cancer classifies formaldehyde as carcinogenic to humans (Group 1), based on sufficient evidence in humans and in experimental animals. Manyfold in vitro studies clearly indicated that formaldehyde can induce genotoxic effects in proliferating cultured mammalian cells. Furthermore, some in vivo studies have found changes in epithelial cells and in peripheral blood lymphocytes related to formaldehyde exposure. Methods: A study was carried out in Portugal, using 80 workers occupationally exposed to formaldehyde vapours: 30 workers from formaldehyde and formaldehyde-based resins production factory and 50 from 10 pathology and anatomy laboratories. A control group of 85 non-exposed subjects was considered. Exposure assessment was performed by applying simultaneously two techniques of air monitoring: NIOSH Method 2541 and Photo Ionization Detection equipment with simultaneously video recording. Evaluation of genotoxic effects was performed by application of micronucleus test in exfoliated epithelial cells from buccal mucosa and peripheral blood lymphocytes. Results: Time-weighted average concentrations not exceeded the reference value (0.75 ppm) in the two occupational settings studied. Ceiling concentrations, on the other hand, were higher than reference value (0.3 ppm) in both. The frequency of micronucleus in peripheral blood lymphocytes and in epithelial cells was significantly higher in both exposed groups than in the control group (p < 0.001). Moreover, the frequency of micronucleus in peripheral blood lymphocytes was significantly higher in the laboratories group than in the factory workers (p < 0.05). A moderate positive correlation was found between duration of occupational exposure to formaldehyde (years of exposure) and micronucleus frequency in peripheral blood lymphocytes (r = 0.401; p < 0.001) and in epithelial cells (r = 0.209; p < 0.01). Conclusions: The population studied is exposed to high peak concentrations of formaldehyde with a long-term exposure. These two aspects, cumulatively, can be the cause of the observed genotoxic endpoint effects. The association of these cytogenetic effects with formaldehyde exposure gives important information to risk assessment process and may also be used to assess health risks for exposed worker

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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

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Dental bleaching is a simple and conservative procedure for aesthetic restoration of vital discoloured teeth. However, dental bleaching agents may represent a hazard to human health, especially by causing DNA strand breaks. Genotoxicity tests form an important part of cancer research and risk assessment of potential carcinogens. In the current study, the genotoxic potential associated with exposure to dental bleaching agents was assessed by the single cell gel (comet) assay in vitro. Six commercial dental bleaching agents (Clarigel Gold - Dentsply; Whitespeed - Discus Dental; Nite White - Discus Dental; Magic Bleaching - Vigodent; Whiteness HP - FGM and Lase Peroxide - DMC) were exposed to mouse lymphoma cells in vitro. The results pointed out that all dental bleaching agents tested contributed to the DNA damage as depicted by the mean tail moment. Clear concentration-related effects were obtained for DNA damaging, being the strongest effect observed at the highest dose of the hydrogen peroxide (Whiteness HP and Lase Peroxide, at 35% concentration). on the contrary, Whitespeed (Discus Dental) induced the lowest level of DNA breakage. Taken together, these results suggest that dental bleaching agents may be a factor that increases the level of DNA damage as detected by the single cell gel (comet) assay.

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Strychnos pseudoquina St. Hil. is a native plant of the Brazilian Savannah, used in popular medicine to treat a number of conditions. Since it contains large quantities of alkaloids with proven antiulcer activity, we tested the genotoxic potential of crude extracts and fractions containing alkaloids and flavonoids from the leaves of this plant, on Salmonella typhimurium and performed the micronucleus test on peripheral blood cells of mice treated in vivo. The results showed that the methanol extract of the leaves of S. pseudoquina is mutagenic to the TA98 (-S9) and TA100 (+S9, -S9) strains of Salmonella. The dichloromethane extract was not mutagenic to any of the tested strains. Fractions enriched with alkaloids or flavonoids were not mutagenic. In vivo tests were done on the crude methanol extract in albino Swiss mice, which were treated, by gavage, with three different doses of the extract. The highest dose tested (1800 mg/kg b.w.) induced micronuclei after acute treatment, confirming the mutagenic potential of the methanol extract of the leaves of S. pseudoquina. In high doses, constituents of S. pseudoquina compounds act on DNA, causing breaks and giving rise to micronuclei in the blood cells of treated animals. © 2006 Elsevier Ltd. All rights reserved.

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Studies have shown that Casearia sylvestris compounds protect DNA from damage both in vitro and in vivo. Complementarily, the aim of the present study was to assess the chemopreventive effect of casearin B (CASB) against DNA damage using the Ames test, the comet assay and the DCFDA antioxidant assay. The genotoxicity was assessed by the comet assay in HepG2 cells. CASB was genotoxic at concentrations higher than 0.30μM when incubated with the FPG (formamidopyrimidine-DNA glycosylase) enzyme. For the antigenotoxicity comet assay, CASB protected the DNA from damage caused by H2O2 in the HepG2 cell line in concentrations above 0.04μM with post-treatment, and above 0.08μM with pre-treatment. CASB was not mutagenic (Ames test) in TA 98 and TA 102. In the antimutagenicity assays, the compound was a strong inhibitor against aflatoxin B1 (AFB) in TA 98 (>88.8%), whereas it was moderate (42.7-59.4%) inhibitor against mytomicin C (MMC) in TA 102. Additionally, in the antioxidant assay using DCFDA, CASB reduced reactive oxygen species (ROS) generated by H2O2. In conclusion, CASB was genotoxic to HepG2 cells at high concentrations; was protective of DNA at low concentrations, as shown by the Ames test and comet assay; and was also antioxidant. © 2012 Elsevier Ltd.

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Agroindustrial by-products and residues from treatment of sewage sludge have been recently recycled as soil amendments. This study was aimed at assessing toxic potential of biosolid, obtained from a sewage treatment plant (STP), vinasse, a by-product of the sugar cane industry, and a combination of both residues using Allium cepa assay. Bioprocessing of these samples by a terrestrial invertebrate (diplopod Rhinocricus padbergi) was also examined. Bioassay assembly followed standards of the Brazilian legislation for disposal of these residues. After adding residues, 20 diplopods were placed in each terrarium, where they remained for 30 days. Chemical analysis and the A. cepa assay were conducted before and after bioprocessing by diplopods. At the end of the bioassay, there was a decrease in arsenic and mercury. For the remaining metals, accumulation and/or bioavailability varied in all samples but suggested bioprocessing by animals. The A. cepa test revealed genotoxic effects characterized by different chromosome aberrations. Micronuclei and chromosome breaks on meristematic cells and F1 cells with micronuclei were examined to assess mutagenicity of samples. After 30 days, the genotoxic effects were significantly reduced in the soil + biosolid and soil + biosolid + vinasse groups as well as the mutagenic effects in the soil + biosolid + vinasse group. Similar to vermicomposting, bioprocessing of residues by diplopods can be a feasible alternative and used prior to application in crops to improve degraded soils and/or city dumps. Based on our findings, further studies are needed to adequately dispose of these residues in the environment. © 2013 Springer Science+Business Media Dordrecht.

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Ethnopharmacological relevance Dragon's blood is a dark-red sap produced by species from the genus Croton (Euphorbiaceae), which has been used as a famous traditional medicine since ancient times in many countries, with scarce data about its safe use in humans. In this research, we studied genotoxicity and clastogenicity of Croton palanostigma sap using the comet assay and micronucleus test in cells of mice submitted to acute treatment. Material and methods HPLC analysis was performed to identify the main components of the sap. The sap was administered by oral gavage at doses of 300 mg/kg, 1000 mg/kg and 2000 mg/kg. For the analysis, the comet assay was performed on the leukocytes and liver cells collected 24 h after treatment, and the micronucleus test (MN) on bone marrow cells. Cytotoxicity was assessed by scoring 200 consecutive polychromatic (PCE) and normochromatic (NCE) erythrocytes (PCE/NCE ratio). Results and conclusion The alkaloid taspine was the main compound indentified in the crude sap of Croton palanostigma. The results of the genotoxicity assessment show that all sap doses tested produced genotoxic effects in leukocytes and liver cells and also produced clastogenic/aneugenic effects in bone marrow cells of mice at the two higher doses tested. The PCE/NCE ratio indicated no cytotoxicity. The data obtained suggest caution in the use of Croton palanostigma sap by humans considering its risk of carcinogenesis. © 2013 Elsevier B.V. All rights reserved.