994 resultados para Eugenia lutescens
Resumo:
O araçá-boi (Eugenia stipitata McVaugh ssp. sororia McVaugh, Myrtaceae) é uma frutífera nativa da Amazônia Ocidental com potencial para a indústria de sucos e flavorizantes. Embora pouco plantada na Amazônia brasileira devido a sua acidez, é frequentemente cultivada na Amazônia peruana. O conhecimento de sua fenologia pode ajudar no planejamento do manejo do plantio e da comercialização dos frutos. A fenologia de dez plantas, crescendo num latossolo amarelo degradado, foi observada durante cinco anos. O araçá-boi geralmente floresceu e frutificou três vezes ao longo do ano e sempre teve pelo menos um pico de floração forte durante a estação seca (julho a setembro) e um pico de frutificação mais acentuado na estação chuvosa (janeiro a março). A floração é um evento complexo e demorado que pode durar de dois a três meses, embora o período entre o aparecimento do botão floral até a antese do flor é curto (~15 dias) e o período entre a antese e a maturação dos frutos dura 50 a 60 dias. As regressões múltiplas usadas para determinar o efeito das variáveis climáticas na floração e frutificação não apresentaram altos coeficientes de determinação, embora os modelos tenham sido significantes, provavelmente porque o araçá-boi floresce várias vezes durante o ano e ainda não se sabe qual o estímulo mais importante para iniciar o processo. O vingamento dos frutos variou de menos de 5% a aproximadamente 15%. O peso médio dos frutos avaliados em janeiro de 1988 foi 135 g, com 77% de polpa. Ao longo do período, estimou-se que as dez plantas produziram cm média 1000 frutos/ano, com uma mediana de 890 frutos/ano. Os insetos visitantes eram principalmente abelhas, especialmente Apis mellifera, Eulaema mocsaryi e Ptilotrigona lurida.
Resumo:
O araçá-boi (Eugenia stipitata McVaugh, Myrtaceae), espécie de origem amazônica, possui frutos de aroma e sabor agradáveis, com alto rendimento em polpa. O presente trabalho objetivou avaliar a qualidade física e fisiológica das sementes após extrações manual e mecânica, limpeza por fricção com diferentes materiais (areia, serragem, areia+serragem, cal hidratada, em peneira e sem fricção) e limpeza por fermentação natural (com e sem substituição diária da água, por 0, 1, 2, 3, 4 e 7 dias). Com o método mecânico obteve-se a maior quantidade de polpa (78% do peso e 81% do volume dos frutos). A fricção com cal hidratada proporcionou as maiores percentagem (98 %) e velocidade de emergência (0,989). Na fermentação natural, a manutenção da mesma água por mais de 1 dia afetou negativamente a qualidade fisiológica das sementes.
Resumo:
As folhas de Myrcia multiflora (Lam.) DC, Myrcia guianensis (Aubl.) Urb. e Eugenia punicifolia (H. B. K.) DC. são anatômica c morfologicamentc descritas. As espécies revelaram diversos elementos histológicos universais para a família, bem como peculiares das mesmas e importantes para orientar a diagnose desses vegetais e para o reconhecimento de fraudes, que ocorrem através de substituições intencionais ou não. Entre os elementos histológicos característicos, destacam-se: ornamentações de cutícula foliar, tipos de estômatos, tipos de contornos celulares das células epidérmicas em vista facial, tipo e abundância relativa de inclusões celulares inorgânicas.
Resumo:
Ensaiou-se a enxertia por garfagem da uvaieira (Eugenia uvalha Camb.) sobre seedlings de mesma espécie através dos processos em inglês-complicado, meia-fenda e fenda-inteira e constatou-se pegamentos da ordem de 56,6; 45,5 e 52,2%, respectivamente. Os processos não diferiram entre si e a média geral foi de 51,4% de sucesso. A retirada da cobertura piástica que recobria os garfos, foi realizada 90 dias após a operação e resultou em perda de cerca de 14,3% dos enxertos dados como pegos naquela data. Considerou-se, pois, prematura essa retirada.
Resumo:
Uvaieiras com quatro anos de idade foram submetidas a podas no mês de agosto de 1984, consistindo a observação em três tratamentos: a) Controle, sem podas, b) Corte de ramos finos, com até 5mm de diâmetro e c) Corte de ramos com até 10mm de diâmetro. A poda mostrou-se muito prejudicial à produção de frutos ocorrida no mesmo ano, apresentando médias de 4,118, 0,860 e 0,230 quilogramas por planta, para os tratamentos controle, poda leve e poda severa,respectivamente. Na safra seguinte, as produções dos diferentes tratamentos tenderam a equilíbrio ocorrendo médias de produção de 7,297, 5,111 e 4,531 quilogramas por planta para os tratamentos controle, poda leve e poda severa.
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Two new species and a new genus of gall midges (Diptera, Cecidomyiidae) are described and illustrated. Both species induce leaf galls on Myrtaceae, the former on Eugenia uniflora and the latter on Psidium cattleianum.
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Jorgenseniella eugeniae, gen. nov., sp. nov. and Dasineura marginalis, sp. nov. are described based on material obtained from leaf galls on Eugenia umbelliflora and E. rotundifolia (Myrtaceae). Illustrations of adults, immature stages and galls are given. Trotteria sp. (inquiline) and Lestodiplosis sp. (predator) are associated with the galling species. Ecological aspects of galls and gall midge species are also presented.
Resumo:
A domesticação e a utilização de espécies nativas em sistemas de produção muitas vezes são inviabilizadas pela falta de conhecimento prévio sobre a variabilidade genética. Uma vez quantificada, esta variabilidade pode ser útil tanto para o melhoramento genético da espécie quanto em programas de conservação. O objetivo deste trabalho foi avaliar a diferenciação, com base em caracteres genéticos e fenotípicos, entre dez subpopulações de Eugenia dysenterica DC. nativas da região sudeste do Estado de Goiás. Foram utilizados testes de Mantel a fim de comparar os padrões de variação genética, com base em oito locos isoenzimáticos, e caracteres fenotípicos (caracteres morfológicos e demográficos), entre as subpopulações, e estabelecer suas relações com as diferenças geográficas e edáficas entre as regiões. Os testes de Mantel sugeriram que o principal fator determinando a divergência genética é a distribuição geográfica das subpopulações, em um modelo no qual existe um balanço entre deriva genética atuando dentro das subpopulações e fluxo gênico em curtas distâncias ligando as subpopulações. A variação fenotípica, por sua vez, é melhor explicada pelos padrões edáficos e pela distribuição espacial. Esses resultados podem servir de guia para a coleta de germoplasma visando a sua utilização em programa de melhoramento genético desta espécie.
Resumo:
This study was carried out to assess the genetic variability of ten "cagaita" tree (Eugenia dysenterica) populations in Southeastern Goiás. Fifty-four randomly amplified polymorphic DNA (RAPD) loci were used to characterize the population genetic variability, using the analysis of molecular variance (AMOVA). A phiST value of 0.2703 was obtained, showing that 27.03% and 72.97% of the genetic variability is present among and within populations, respectively. The Pearson correlation coefficient (r) among the genetic distances matrix (1 - Jaccard similarity index) and the geographic distances were estimated, and a strong positive correlation was detected. Results suggest that these populations are differentiating through a stochastic process, with restricted and geographic distribution dependent gene flow.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar a tolerância à dessecação de sementes de seis espécies frutíferas nativas de Eugenia (E. brasiliensis Lam., E. cerasiflora Miq., E. involucrata DC., E. pyriformis Camb., E. umbelliflora Berg. e E. uniflora L.) e fornecer subsídios para a conservação do poder germinativo dessas sementes durante o armazenamento. As sementes foram submetidas a secagens progressivas, em estufa (40ºC) e em câmaras com sílica-gel (25ºC), até 10% de água. Após cada secagem, as sementes foram avaliadas quanto ao teor de água e germinação. Observou-se relação significativa entre a diminuição do teor de água e a redução do poder germinativo, independentemente do processo de secagem. Apesar de diferenças nos limites de tolerância à dessecação das sementes das diferentes espécies, a redução do teor de água para valores inferiores a 45% sempre prejudicou a germinação dessas sementes, que perderam a capacidade germinativa quando o teor de água foi inferior a 15%.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial de inibição da formação de raízes e plântulas, em sementes germinantes de uvaieira (Eugenia pyriformis), fragmentadas e fissuradas. As sementes foram separadas por tamanho em dois grupos. Cada grupo foi separado em dois subgrupos, um dos quais foi submetido a teste de germinação. As sementes de cada subgrupo foram submetidas a dois tipos de incisão (total ou parcial) e, em seguida, foram avaliadas quanto à produção de raízes e plântulas. Em sementes com incisão parcial, que apresentavam apenas uma plântula desenvolvida, completou-se a incisão até que as metades fossem separadas. A metade com a raiz foi descartada, e sua complementar foi colocada para germinar, para avaliação da produção de raízes e plântulas nessas frações sem raízes. Em todos os experimentos, utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado, em arranjo fatorial 2x2 (tamanho das sementes x germinação visível) e 2x4 (tamanho das sementes x tipo de incisão). As sementes fracionadas de uvaieira apresentam potencial para regeneração de raízes e plântulas, e podem produzir mais de uma muda por semente. A germinação inicia processos de inibição da regeneração de novas raízes e plântulas na semente, e a incisão dos cotilédones pode bloquear essa inibição.
Resumo:
Dentre as espécies frutíferas do bioma cerrado destaca-se a cagaiteira (Eugenia dysenterica DC., Myrtaceae), cujos frutos são consumidos in natura ou processados. Os frutos, folhas e casca apresentam propriedades medicinais, a madeira é utilizada em pequenas construções e carvão. Objetivou-se caracterizar frutos e árvores da espécie por amostragem de populações de plantas existentes no Sudeste de Goiás. Coletaram-se 1344 frutos de 112 plantas de 10 sub-populações para caracterização física dos mesmos e dados de 95 árvores, visando a sua descrição morfológica. Constatou-se variação significativa ao nível de 1% de probabilidade entre as 112 plantas para todos os caracteres de fruto, assim como entre plantas dentro de subpopulação e entre as médias de subpopulações. A média para a variável peso de fruto e número de sementes por fruto foi de 12,67g e 1,70, respectivamente. Os valores máximos e mínimos encontrados para a variável altura de planta foram, respectivamente, 11,0 m e 4,10 m e para diâmetro de copa foram de 10,30 m e 1,80m.