996 resultados para Epidemiologia da doença de Chagas


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Quatro casos de doença de Chagas são registrados numa família em Belém, Pará, Brasil. Acredita-se que a infecção foi adquirida em Belém. Como não foram encontrados triatomíneos na casa dos doentes, nem nas residências vizinhas, sugere-se que outros meios de transmissão devem ser considerados, por exemplo a transmissão "per os".

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Os autores apresentam os resultados do estudo epidemiológico de um caso autóctone da fase aguda da doença de Chagas na ilha do Mosqueiro, Estado do Pará, aproximadamente 75km da capital, Belém. 0 caso já havia sido objeto de uma publicação anterior. Agora são apresentadas informações epidemiológicas. Nas proximidades da casa do paciente foram capturados em duas palmeiras de Inajá ('Maximilian regi ay e em uma de Mucajá (Acrocomia sclerocarpia) 114 triatomíneos: Rhodnius pictipes, R. robustus, Panstrongylus lignarius, P. geniculatus e Microtriatoma trinidadensis, com tripanossomas em 31 deles. Na casa do paciente foram encontrados exemplares de Rhodnius pictipes, infectados com formas metacíclicas do Trypanosoma cruzi. Em 14 marsupiais, capturados na localidade, haviam 3 infectados com organismos semelhantes ao T. cruzi. A eletroforese dos isoenzimas nos tripanossomas isolados do paciente, de R. pictipes e de Didelphis marsupialis os classificou como zimodema 1. Os autores concluem que a doença de Chagas do paciente teve origem silvestre.

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Alguns testes sorológicos têm sido utilizados para detectar, indiretamente, a presença de possíveis agentes etiológicos infecciosos durante a gestação, que sendo transmitidos ao feto, por via placentária, causam infecções congênitas com seqüelas leves ou graves e até morte fetal. Foram estudadas 481 gestantes, com idade média de 24,5 anos (de 14 a 46 anos), atendidas em primeira consulta nos Centros de Saúde, na Cidade de São Paulo, SP (Brasil) no período de abril a outubro de 1988. Segundo o trimestre gestacional, 230 pacientes (47,8%) estavam no primeiro trimestre; 203 (42,2%) no 2º e 48 (10,0%) no 3º. Das 474 pacientes que declararam algum tipo de renda mensal, 309 (65,2%) pertenciam a familias com renda até 1 SMPC (salário mínimo per capita) e somente 15 (3,2%) pertenciam a famílias com renda superior a 3 SMPC, caracterizando o baixo nível econômico das gestantes. Das 481 pacientes 159 (33,1%) eram nascidas no Estado de São Paulo e as 322 (66,9%) restantes eram imigrantes procedentes de outros Estados, destacando-se Bahia (23,1%); Minas Gerais (11,4%); Paraná (7,5%); Paraíba (5,4%) e Pernambuco(5,4%). Foram realizados testes imunodiagnósticos para sífilis, toxoplasmose e doença de Chagas. Foram observados resultados positivos para sífilis em 25 gestantes (5,2%). Para toxoplasmose, 157 (32,4%) não tinham anticorpos em nível detectável e 67 (13,9%) apresentaram títulos elevados, indicativos de infecção ativa, das quais em 6 (10,3%) foram detectados anticorpos da classe IgM. Para doença de Chagas foram encontrados anticorpos específicos em 14 (2,9%) gestantes, sendo que destas, 10 (71,4%) eram procedentes da Bahia e Minas Gerais.

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A doença de Chagas se tornou conhecida do mundo científico a partir de 1909. Dadas suas características clínicas, evidências de sua ocorrência até 1909 são fragmentárias. No entanto, uma análise cuidadosa de escritos médicos e leigos, particularmente do século 19, permitiu tirar algumas conclusões acerca da epidemiologia da doença no Brasil, particularmente no Estado de São Paulo. Possivelmente o acesso a obras raras nos permitirá lançar novas luzes sobre o assunto.

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Os autores apresentam os primeiros casos autóctones da forma aguda da doença de Chagas no Estado do Maranhão. Três casos originários da Ilha de São Luís e o outro procedente da localidade de Bacurituba, município de Cajapió na região da Baixada Maranhense. O resultado do inquérito sorológico, utilizando-se a reação de imunofluorescência indireta em 213 habitantes das localidades de Rio Grande e Caúra, onde foram diagnosticados os casos autóctones na Ilha de São Luís, revelou 3 (1,4%) positivos.

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Analisa-se a trajetória da doença de Chagas em Lassance (município da descoberta de Carlos Chagas) entre 1.908 a 2.001, através de registros históricos e pesquisas atuais. O município foi importante foco da tripanossomíase entre Chagas e os anos 1.980, mercê de infestação significativa das casas por Panstrongylus megistus e, mais tarde, Triatoma infestans, espécies que foram eficazmente controladas, nos últimos 20 anos. Importante no passado, a infecção chagásica é hoje residual, com uma prevalência geral de 5,03% e afetando basicamente os grupos etários elevados, não se encontrando soropositivos abaixo dos 20 anos de idade. O perfil clínico-epidemiológico dos chagásicos detectados é o habitual de áreas com transmissão interrompida, com a maioria dos casos em formas cardíacas benignas ou na forma crônica indeterminada, havendo ainda indicativos de formas digestivas, sendo a mortalidade ainda significativa, em grupos etários elevados. O município apresenta-se infestado por T. sordida, em baixas densidades e grande dispersão, não infectado por T. cruzi e restrito ao peridomicílio. Conclui-se que Lassance está hoje livre da transmissão da doença, devendo manter-se sob vigilância epidemiológica frente aos triatomíneos nativos no município e garantir-se a atenção médica às pessoas infectadas no passado.

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Apresenta-se a avaliação clinicoepidemiológica de 95 crianças chagásicas crônicas em idades entre 1 e 14 anos moradoras de Santa Fé, Argentina, não tratadas e tratadas com nifurtimox ou benznidazol, com acompanhamento de até 24 anos. Todas tinham vários antecedentes de risco para transmissão do Trypanosoma cruzi: vetorial, congênito e/ou transfusão sangüínea. O diagnóstico da infecção foi feito através de sorologia convencional. O exame clínico foi complementado por eletrocardiograma, radiografias de tórax e, análise de sangue e urina para avaliação das funções hepáticas. No pós-tratamento, utilizaram-se técnicas idênticas às do diagnóstico, sendo que 33 crianças tiveram, também, avaliação parasitológica. Dentre 24 crianças não tratadas, 14 foram controlados por 8 a 24 anos e mantiveram sorologia positiva e o estado clínico inicial. Das 71 crianças tratadas, 49 tiveram acompanhamento de 4 a 24 anos: 14 mantiveram anticorpos anti-Trypanosoma cruzi; 6 resultados discordantes e 29 negativaram a sorologia. Destas, 9 apresentaram oscilações sorológicas, antes da negativação definitiva. A mediana do tempo de negativação pós-tratamento foi, respectivamente, de 3,5 e 8 anos para crianças de 1 a 6 e 7 a 14 anos. A percentagem de soronegativos diminuiu com a idade em que se medicou, desde 75% em <4 anos até 43% em > 9 anos. A intolerância ao tratamento foi de 3,8%. Nenhuma criança modificou seu estado clínico nesta observação.

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Comemora-se em 2008 o centenário de nascimento do Dr. Emmanuel Dias, cuja vida foi intensamente dedicada ao estudo, reconhecimento e controle da doença de Chagas. Esta súmula se incorpora às diversas homenagens feitas no Brasil e no Exterior, resgatando alguns elementos históricos na trajetória do cientista e o enorme impacto social resultante direta e indiretamente de seu trabalho. Afilhado e assistente de Carlos Chagas, Emmanuel foi considerado por Chagas Filho como o mais profícuo dos seguidores de seu pai. Em trinta anos de atividades, Dias iniciou-se como brilhante protozoologista depois passando ao enfrentamento da doença humana. Trabalhou intensivamente em diagnóstico, epidemiologia, clinica e controle. Idealizou estratégias de prospecção, mapeou a doença nas Américas, participou diretamente da sistematização da cardiopatia crônica e descreveu o primeiro inseticida eficaz contra os triatomíneos, também formatando a estratégia de seu controle. Mais ainda, estendeu suas atividades para toda a área endêmica, divulgando a doença e seu controle, de um lado, e impulsionando autoridades sanitárias e centros de decisão com vistas a implantação de ações, de outro. De seu trabalho resultaram programas nacionais e regionais que reduziram significativamente a transmissão da doença humana em todo o Continente. Foi recentemente considerado como o cientista que teve o maior impacto no enfrentamento desta tripanossomíase, em todos os tempos.

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A Doença de Chagas é causada pelo protozoário Tripanosoma cruzi e pode ser transmitida aos humanos através do insecto vector triatomíneo (apenas na América latina), de mãe para filho, por transfusão ou por transplante. Após uma fase aguda de algumas semanas de duração, a doença evolui durante décadas de forma assimptomática. Cerca de 40% dos indivíduos nesta fase progridem para a fase crónica, caracterizada por insuficiência cardíaca progressiva e/ou dilatações do trato digestivo. O deslocamento de um número cada vez mais elevado de migrantes da América Latina para a Europa faz com que a Doença de Chagas seja actualmente um problema de saúde pública nesta região. Importa conhecer a sua epidemiologia através de inquéritos serológicos de forma a permitir uma adequada e atempada actuação das autoridades de saúde. Em Portugal o número de imigrantes latino-americanas tem aumentado ano após ano, destacando-se o Brasil como país de origem. No entanto, o número de migrantes infectados por T. cruzi no nosso país não é conhecido, apontando as estimativas para a existência de cerca de 500 a 1000 indivíduos chagásicos. Neste estudo multicêntrico foi avaliada a prevalência da infecção por T. cruzi em grávidas latino-americanas em três serviços hospitalares de Lisboa, onde a percentagem de imigrantes latino-americanos é a mais elevada do país. Mais de 95% da amostra estudada é originária do Brasil. Não foram encontrados neste estudo casos positivos para Doença da Chagas. No entanto, foi possível elucidar os profissionais de saúde sobre o impacto da Doença de Chagas, avaliando a necessidade de implementação de programas de rastreio continuado. A comparação entre testes laboratoriais corresponde a um dos métodos utilizados na validação de técnicas, sendo que em Portugal esse tipo de estudo nunca antes havia sido efectuado para a Doença de Chagas. Foi realizada uma comparação entre dois testes serológicos de rastreio (ELISA) para Doença de Chagas das empresas REM e OrthoClinicalDiagnostics. Concluiu-se que as diferenças entre os sinais obtidos não diferem significativamente.

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INTRODUÇÃO: A transfusão sanguínea é uma fonte potencial importante para transmissão da doença de Chagas. MÉTODOS: Foi verificado, nos arquivos do Hemonúcleo Regional de Araraquara, o resultado dos exames para doença de Chagas entre janeiro de 2004 e dezembro de 2008. RESULTADOS: Foram diagnosticadas com sorologia positiva 0,04% das 49541 doações de sangue realizadas. A idade dos soropositivos situou-se entre 51 e 60 anos. CONCLUSÕES: O baixo índice de doadores soropositivos pode reduzir o risco de transmissão via transfusional da doença de Chagas. A alta ocorrência de resultados inconclusivos indicam que os métodos diagnósticos devem ser melhorados.

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Em 1943, a partir da criação do "Centro de Estudos e Profilaxia da Moléstia de Chagas" da Fundação Oswaldo Cruz de Bambuí em Minas Gerais, são concebidas as bases tecnológicas e metodológicas para o controle extensivo da enfermidade. Para isso foi decisivo o advento de um novo inseticida (o gammexane, P 530) e a demonstração de sua eficácia no controle dos vetores da doença de Chagas. Como resultado prático desses acontecimentos em "maio de 1950 foi oficialmente inaugurada, em Uberaba, a primeira campanha de profilaxia da doença de Chagas, no Brasil". Mesmo que se dispusesse desde então de meios para fazer o controle da transmissão vetorial da endemia chagásica, não se dispunha dos recursos financeiros exigidos para fazê-lo de forma abrangente e regular. O baixo nível de prioridade conferida a essa atividade se expressava em sua inserção institucional. Em 1941, foram criados os Serviços Nacionais, de malária, peste, varíola, entre outros, enquanto a doença de Chagas fazia parte da Divisão de Organização Sanitária (DOS), que reunia enfermidades consideradas de menor importância. Em 1956 o Departamento Nacional de Endemias Rurais (DNERu) incorporou todas as chamadas grandes endemias em uma única instituição, mas na prática isso não significou a implementação das ações de controle da doença de Chagas. Com a reestruturação do Ministério da Saúde em 1970, a Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (SUCAM) abarcou todas as endemias rurais, e a doença de Chagas passou a ter o status de Divisão Nacional, na mesma posição hierárquica daquelas outras doenças transmitidas por vetores antes consideradas prioritárias. Essa condição determinou a possibilidade de uma repartição de recursos mais equilibrada, o que efetivamente ocorreu, com a realocação de pessoal e insumos do programa de malária para o controle vetorial da doença de Chagas. Em 1991, a Fundação Nacional de Saúde sucedeu a SUCAM no controle das doenças endêmicas, congregando ademais todas as unidades e serviços do Ministério da Saúde relacionados à epidemiologia e ao controle de doenças. Já então a tendência era a descentralização operativa destes programas, o que no caso das doenças transmitidas por vetores representava uma drástica mudança no modelo campanhista até então vigente. À época, coincidentemente, foi formada a Iniciativa dos Países do Cone Sul para o controle da doença de Chagas, com o trabalho tecnicamente compartido entre os países da região, com metas e objetivos comuns, o que de algum modo contribuiu para que fosse preservada a doença de Chagas como prioridade entre os problemas de saúde. Desde 2003 as atividades de controle da doença no nível central nacional estão sob responsabilidade da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.