1000 resultados para Doença de Bowen
Resumo:
A infecção chagásica foi averiguada entre moradores de duas microrregiões geográficas homogêneas do Estado de São Paulo, entre os anos de 1976 a 1980. Campos de Itapetininga, na região de Sorocaba e Encosta Ocidental da Mantiqueira Paulista, na região de Campinas, foram áreas de colonização de Triatoma infestans, no passado, tendo permanecido, na primeira, até o início da década de 70, como reduto da espécie no estado. Atualmente as duas áreas são colonizadas por triatomíneos da espécie Panstrongylus megistus. Perfis de títulos sorológicos caracterizaram ambas as microrregiões como áreas de baixa endemicidade; a interrupção da transmissão foi mais precoce na Encosta, com diferença de 17 anos, em média. Em Campos de Itapetininga, a intensa exposição ao vetor é traduzida pela sororreatividade observada nas idades superiores a 20 anos, correspondentes aos nascidos antes de 1956. Dentre os nascidos entre 1972 e 1977, nessa área, permanece uma baixa positividade, podendo, também, associar-se à transmissão congênita. Na Encosta, a média de idade dos sororreagentes corresponde a nascimentos na década de 1930; os níveis de positividade variaram nos municípios que a compõe segundo o desenvolvimento de capital. Após 1984, com a adoção de novos critérios para o uso da sorologia no Programa de Controle, o encontro de sororreagente não tem sido associado estatisticamente a moradores notificantes de domicílios com presença de triatomíneos.
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OBJETIVO: Determinar a prevalência, distribuição etária, sazonalidade, características clínicas da doença Lyme-símile em menores de 15 anos. MÉTODOS: De julho/1998 a dezembro/2000 foi conduzido um estudo transversal em 333 pacientes, com exantema e febre. Foram coletadas amostras pareadas de sangue para a identificação de patógenos. Somente em 193 amostras, negativas aos outros patógenos (Parvovirus B19, Herpesvírus 6 humano, Sarampo, Rubéola, Dengue, Escarlatina e Enterovírus), foram realizadas a pesquisa da borreliose pelos métodos de Enzyme-Linked Immunosorbent Assay e Western-blotting. Outras variáveis clínicas, socioeconômicas, demográficas e climáticas foram estudadas. RESULTADOS: A prevalência da doença foi de 6,2%(12/193). Das variáveis estudadas, houve predomínio em <6anos(83,2%); sexo feminino (66,7%); procedência da cidade de Franco da Rocha (58,3%); com sazonalidade no outono-verão. O intervalo de atendimento foi de quatro dias. Sinais e sintomas com significância estatística: prurido, ausência da fissura labial e bom estado clínico. Outros dados presentes foram: irritabilidade (80%); febre (?38ºC) (58,3%) com duração de um a três dias. O exantema foi do tipo máculo-papular (33,3%), urticariforme (25%) e escarlatiniforme (16,7%); predominando em tronco (60%). Não houve apresentação clínica característica para diagnóstico da doença de Lyme-símile nestes pacientes. A sensibilidade e especificidade para o diagnóstico clínico contraposta com o diagnóstico laboratorial foi zero. O acompanhamento de 10 casos durante dois anos não evidenciou complicações cardiológicas ou neurológicas. Este é o primeiro estudo desta doença em crianças brasileiras. CONCLUSÃO: A prevalência da doença Lyme-símile foi baixa, não tendo sido lembrada no diagnóstico inicial dos exantemas, mas seu conhecimento é necessário, necessitando maior atenção médica.
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OBJETIVO: Estimar a prevalência e fatores associados à doença pulmonar obstrutiva crônica. MÉTODOS: Estudo transversal, de base populacional com 1.441 indivíduos de ambos os sexos e com 40 anos de idade ou mais no município de São Paulo, SP, entre 2008 e 2009. As informações foram coletadas por meio de entrevistas domiciliares e os participantes foram selecionados a partir de amostragem probabilística, estratificada por sexo e idade, e por conglomerados em dois estágios (setores censitários e domicílios). Foi realizada regressão múltipla de Poisson na análise ajustada. RESULTADOS: Dos entrevistados, 4,2% (IC95% 3,1;5,4) referiram doença pulmonar obstrutiva crônica. Após análise ajustada, identificaram-se os seguintes fatores independentemente associados ao agravo: número de cigarros fumados na vida (> 1.500/nenhum) RP = 3,85 (IC95%: 1,87;7,94), cansar-se com facilidade (sim/não) RP = 2,61 (IC95% 1,39;4,90), idade (60 a 69 anos/50 a 59 anos) RP = 3,27 (IC95% 1,01;11,24), idade (70 anos e mais/50 a 59 anos) RP = 4,29 (IC95% 1,30;14,29), problemas de saúde nos últimos 15 dias (sim/não) RP = 1,31 (IC95% 1,02;1,77), e atividade física no tempo livre (sim/não) RP = 0,57 (IC95% 0,26;0,97). CONCLUSÕES: A prevalência da doença pulmonar obstrutiva crônica é elevada e está associada ao uso do tabaco e idade acima de 60 anos. Os problemas de saúde freqüentes e redução da atividade física no tempo livre podem ser considerados conseqüências dessa doença.
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OBJETIVO: Descrever o hábito alimentar de nipo-brasileiros com e sem doença macrovascular (DMV). MÉTODOS: Definiu-se DMV, para 1.165 nipo-brasileiros, a partir de escores atribuídos ao histórico de saúde, eletrocardiograma e valores do índice tornozelo-braquial. Determinou-se o consumo alimentar habitual por meio de Questionário de Frequência do Consumo de Alimentos. RESULTADOS: A porcentagem de casos confirmados com DMV foi de 3,2%, sendo semelhante entre os sexos. Observou-se, de forma estatisticamente significante, maior frequência de indivíduos com DMV (confirmados ou suspeitos) entre aqueles de primeira geração, com idade > 60 anos, tabagistas, com hipertensão arterial, hipertrigliceridemia e diabetes. Nipo-brasileiros com DMV (confirmados ou suspeitos) apresentaram menor perímetro do quadril e maior idade, pressão arterial sistólica, triglicérides, glicemia, consumo de alimentos fonte de ferro e menor fonte de fibras de grãos. Encontrou-se diferença estatisticamente significante apenas para o consumo de gordura saturada (análise bruta: segundo terço versus primeiro terço). CONCLUSÕES: programas de educação nutricional devem ser incentivados neste grupo com alta prevalência de doenças crônicas não transmissíveis.
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OBJECTIVES: to assess quality of the primary care using respiratory diseases as a tracer. METHODS: the evaluative approach is based on Donabedian's referencial connected to Kessner's tracers methodology. The sample is formed by 768 children from 0 to 5 years old, presenting respiratory symptoms, attended at seven basic health units from the Sanitary District of Brasilândia, in the city of São Paulo, State of São Paulo, Brazil. Medical registrations and interviews with mothers or responsibles were the information sources. RESULTS: more accurate child medical examination evidences significant association with favorable evolution, mainly on moderate clinical forms. Although aspects related to the accessibility demonstrated by the health team seem to influence decisively on care quality evaluated by users, mainly the medical doctor. Mothers education level appears to have no influence in the favorable evolution. CONCLUSIONS: the tracer methodology has the potentiality to facilitate the critical analysis of the health care. It is important to focus on the outcome of the health care. The children respiratory diseases are important tracer for the quality assessment on health services.
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Foi proposta uma revisão das terminologias empregadas para a descrição das alterações renais e também sugerida uma classificação em estágios para a doença renal crônica à semelhança da medicina humana pela IRIS (International Renal Interest Society). Essa classificação considera os estágios da doença de acordo com o tempo de evolução e a presença de marcadores de lesão renal. O objetivo principal é auxiliar no estabelecimento do diagnóstico, do prognóstico e da terapia adequada conforme cada estágio e, assim, retardar a perda da função dos rins e a evolução da doença renal e, dessa forma, propiciar melhor qualidade de vida ao paciente.
O uso da acupuntura no auxílio à terapia da doença idiopática do trato urinário inferior dos felinos
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Diferentes afecções podem acometer o trato urinário inferior dos felinos, acarretando sinais clínicos inespecíficos como: hematúria, disúria, polaquiúria, estrangúria, periúria ou obstrução, caracterizando a doença do trato urinário inferior dos felinos (DTUIF). Entretanto, em até 65% dos felinos acometidos, a etiologia é indeterminada, denominada de doença idiopática do trato urinário inferior dos felinos (DTUIF idiopática), que tem se mostrado como um desafio ao clínico veterinário, uma vez que não há diagnóstico específico ou terapia efetiva. Atualmente, tem sido estudado o papel da inflamação neurogênica da bexiga urinária secundária ao estresse, como etiologia da DTUIF idiopática. Há evidências científicas de que a acupuntura restaure a homeostase, reduza o estresse e, pela estimulação neural periférica, ative mecanismos endógenos de antinocicepção, regulando a liberação de mediadores dos mecanismos da dor e do processo inflamatório, como a substância P. O objetivo desta revisão bibliográfica foi descrever como a acupuntura pode ser um recurso na terapia da DTUIF idiopática, tendo como base a modulação da inflamação neurogênica da bexiga urinária e o controle do estresse desses gatos.
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OBJETIVO: Estudar a tendência da mortalidade relacionada à doença de Chagas informada em qualquer linha ou parte do atestado médico da declaração de óbito.MÉTODOS: Os dados provieram dos bancos de causas múltiplas de morte da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados de São Paulo (SEADE) entre 1985 e 2006. As causas de morte foram caracterizadas como básicas, associadas (não-básicas) e total de suas menções.RESULTADOS: No período de 22 anos, ocorreram 40 002 óbitos relacionados à doença de Chagas, dos quais 34 917 (87,29%) como causa básica e 5 085 (12,71%) como causa associada. Foi observado um declínio de 56,07% do coeficiente de mortalidade pela causa básica e estabilidade pela causa associada. O número de óbitos foi 44,5% maior entre os homens em relação às mulheres. O fato de 83,5% dos óbitos terem ocorrido a partir dos 45 anos de idade revela um efeito de coorte. As principais causas associadas da doença de Chagas como causa básica foram as complicações diretas do comprometimento cardíaco, como transtornos da condução, arritmias e insuficiência cardíaca. Para a doença de Chagas como causa associada, foram identificadas como causas básicas as doenças isquêmicas do coração, as doenças cerebrovasculares e as neoplasias.CONCLUSÕES: Para o total de suas menções, verificou-se uma queda do coeficiente de mortalidade de 51,34%, ao passo que a queda no número de óbitos foi de apenas 5,91%, tendo sido menor entre as mulheres, com um deslocamento das mortes para as idades mais avançadas. A metodologia das causas múltiplas de morte contribuiu para ampliar o conhecimento da história natural da doença de Chagas
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Open system pyrolysis (heating rate 10 degrees C/min) of coal maturity (vitrinite reflectance, VR) sequence (0.5%, 0.8% and 1.4% VR) demonstrates that there are two stages of thermogenic methane generation from Bowen Basin coals. The first and major stage shows a steady increase in methane generation maximising at 570 degrees C, corresponding to a VR of 2-2.5%. This is followed by a less intense methane generation which has not as yet maximised by 800 degrees C (equivalent to VR of 5%). Heavier (C2+) hydrocarbons are generated up to 570 degrees C after which only the C-1 (CH4, CO and CO2) gases are produced. The main phase of heavy hydrocarbon generation occurs between 420 and 510 degrees C. Over this temperature range,methane generation accounts for only a minor component, whereas the wet gases (C-2-C-5) are either in equal abundance or are more abundant by a factor of two than the liquid hydrocarbons. The yields of non-hydrocarbon gases CO2 and CO are greater then methane during the early stages of gas generation from an immature coal, subordinate to methane during the main phase of methane generation after which they are again dominant. Compositional data for desorbed and produced coal seam gases from the Bowen show that CO2 and wet gases are a minor component. This discrepancy between the proportion of wet gas components produced during open system pyrolysis and that observed in naturally matured coals may be the result of preferential migration of wet gas components, by dilution of methane generated during secondary cracking of bitumen, or kinetic effects associated with different activations for production of individual hydrocarbon gases. Extrapolation of results of artificial pyrolysis of the main organic components in coal to geological significant heating rates suggests that isotopically light methane to delta(13)C of -50 parts per thousand can be generated. Carbon isotope depletions in C-13 are further enhanced, however, as a result of trapping of gases over selected rank levels (instantaneous generation) which is a probable explanation for the range of delta(13)C values we have recorded in methane desorbed from Bowen Basin coals (-51 +/- 9 parts per thousand). Pervasive carbonate-rich veins in Bowen Basin coals are the product of magmatism-related hydrothermal activity. Furthermore, the pyrolysis results suggest an additional organic carbon source front CO2 released at any stage during the maturation history could mix in varying proportions with CO2 from the other sources. This interpretation is supported by C and O isotopic ratios, of carbonates that indicate mixing between magmatic and meteoric fluids. Also, the steep slope of the C and O isotope correlation trend suggests that the carbonates were deposited over a very narrow temperature interval basin-wide, or at relatively high temperatures (i.e., greater than 150 degrees C) where mineral-fluid oxygen isotope fractionations are small. These temperatures are high enough for catagenic production of methane and higher hydrocarbons from the coal and coal-derived bitumen. The results suggests that a combination of thermogenic generation of methane and thermodynamic processes associated with CH4/CO2 equilibria are the two most important factors that control the primary isotope and molecular composition of coal seam gases in the Bowen Basin. Biological process are regionally subordinate but may be locally significant. (C) 1998 Published by Elsevier Science Ltd. All rights reserved.
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Authigenic carbonate minerals are ubiquitous throughout the Late Permian coal measures of the Bowen Basin, Queensland, Australia. In the northern Bowen Basin, carbonates include the following assemblages: siderite I (delta O-18(SMOW) = +11.4 to + 17%, delta C-13(PDB) = - 5.3 to + 120), Fe-Mg calcite-ankerite-siderite II mineral association (delta O-18(SMOW) = +7.2 to + 10.20, delta C-13(PDB) = 10.9 to - 1.80 for ankerite) and a later calcite (delta O-18(SMOW) = +5.9 to + 14.60, delta C-13(PDB) = -11.4 to + 4.40). In the southern Bowen Basin, the carbonate phase consists only of calcite (delta O-18(SMOW) = +12.5 to + 14.80, delta C-13(PDB) = -19.4 to + 0.80), where it occurs extensively throughout all stratigraphic levels. Siderite I occurs in mudrocks and sandstones and predates all other carbonate minerals. This carbonate phase is interpreted to have formed as an early diagenetic mineral from meteoric waters under cold climate and reducing conditions. Fe-Mg calcite-ankerite-siderite Il occur in sandstones as replacement of volcanic rock fragments. Clay minerals (illite-smectite, chlorite and kaolinite) postdate Ca-Fe-Mg carbonates, and precipitation of the later calcite is associated with clay mineral formation. The Ca-Fe-Mg carbonates and later calcite of the northern Bowen Basin are regarded as having formed as a result of hydrothermal activity during the latest Triassic extensional tectonic event which affected this part of the basin, rather than deep burial diagenesis during the Middle to Late Triassic as previously reported. This hypothesis is based on the timing relationships of the authigenic mineral phases and the low delta O-18 values of ankerite and calcite, together with radiometric dating of illitic clays and recently published regional geological evidence. Following the precipitation of the Ca-Fe-Mg carbonates from strongly O-18-depleted meteoric-hydrothermal fluids, continuing fluid circulation and water-rock interaction resulted in dissolution of these carbonate phases as well as labile fragments of volcaniclastic rocks. Subsequently, the later calcite and day minerals precipitated from relatively evolved (O-18-enriched) fluids. The nearly uniform delta O-18 values of the southern Bowen Basin calcite have been attributed to very low water/rock ratio in the system, where the fluid isotropic composition was buffered by the delta O-18 values of rocks. (C) 2000 Elsevier Science B.V. All rights reserved.