985 resultados para Citologia vaginal
Resumo:
O carcinossarcoma uterino, ou tumor mülleriano misto maligno, é um tumor raro, que compreende 2-5% dos tumores malignos do útero, com origem nos canais embrionários denominados canais müllerianos, que dão origem aos componentes epitelial e mesenquimatoso do órgão. O carcinossarcoma tem mau prognóstico e a taxa de sobrevida aos 5 anos é de 33-39%. Desenvolve-se geralmente em mulheres pós-menopausa, com idade superior a 60 anos, sem antecedentes ginecológicos, com maior incidência em mulheres obesas, hipertensas, nulíparas e/ou diabéticas. A sintomatologia inclui piometra, hemorragia vaginal, dor abdominal e massa abdominal.
Resumo:
Este estudo objetivou avaliar a associação entre fatores de risco para câncer de colo do útero e lesões cervicais por HPV comparando-se os resultados da inspeção visual com o ácido acético (IVA), a citologia e a cervicografia. Realizou-se pesquisa de prevalência com 157 mulheres de um centro de saúde de Fortaleza, no período de junho a setembro de 2006. Utilizou-se o SPSS para codificar os dados. Realizaram-se inferências por meio de testes estatísticos (χ2= quiquadrado e RV= razão de verossimilhança). IVA, cervicografia e citologia obtiveram 43,3%, 10,19% e 3,2% de resultados alterados, respectivamente. As variáveis com importante associação às lesões cervicais na IVA foram: idade menor de 20 anos (p= 0,0001); um ou mais parceiros nos últimos três meses (p= 0,015); uso de contraceptivos (p= 0,0008); presença de corrimento vaginal (p= 0,0001); e processo inflamatório moderado ou acentuado (p= 0,0001). Na citologia: baixa escolaridade (p= 0,0001) e elevado pH (p= 0,001). Não se encontrou associação significante na cervicografia.
Resumo:
OBJETIVO: avaliar a concordância da citologia convencional por Papanicolaou repetida no momento da colposcopia com os achados colposcópicos e a histopatologia. MÉTODOS: o estudo foi realizado no Laboratório Central de Saúde Pública do Estado de Pernambuco (LACEN), de janeiro a julho de 2008, em 397 mulheres com exame citopatológico alterado encaminhadas para avaliação colposcópica. No momento da colposcopia, repetiu-se a citologia em meio convencional, pesquisando-se os achados colposcópicos anormais. A nomenclatura citológica utilizada foi a de Bethesda e a histopatológica, da Organização Mundial de Saúde. A citologia no momento da colposcopia e a colposcopia foram comparadas entre si e com o resultado do histopatológico obtido por biópsia dirigida. A concordância entre os métodos foi avaliada pelo coeficiente Kappa (K), além do teste χ2 a um nível de significância de 5%. RESULTADOS: foi encontrada uma concordância fraca entre a citologia realizada no momento da colposcopia e a colposcopia, K=0,33 (IC95%=0,21-0,45) e entre a colposcopia e a histopatologia, K=0,35 (IC95%=0,39-0,51). Para a concordância entre citologia no momento da colposcopia e histopatologia, o Kappa foi de 0,41 (IC95%=0,29-0,530), considerado moderado. CONCLUSÕES: houve melhor concordância entre citologia e histopatologia do que entre colposcopia e citologia ou colposcopia e histopatologia.
Resumo:
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
Resumo:
O câncer de colo de útero é o segundo tumor mais freqüente na população feminina, atrás somente do câncer de mama e a quarta causa de óbito no Brasil anualmente. Essa neoplasia pode ser detectada precocemente pelo exame de Papanicolaou em mulheres, prioritariamente, na idade de 25 aos 64 anos. Há vários motivos detectados para as mulheres não realizarem o exame preventivo. Estes motivos estão relacionados, na maioria das vezes, a fatores extrínsecos, ao ambiente e a hábitos de vida. Assim, o diagnóstico tardio de lesões precursoras de câncer cérvico-uterino aumenta a prevalência dessa neoplasia na população, a incidência de casos graves de câncer de colo uterino e faz com que essa doença se torne um problema de saúde pública. Nesse contexto, o Programa de Saúde da Família tem um importante papel na população feminina quanto à informação, orientação sobre a necessidade do exame de Papanicolaou e a prevenção da doença, através de campanhas, ações educativas sobre o assunto e capacitação dos profissionais de saúde.
Resumo:
To detect the presence of male DNA in vaginal samples collected from survivors of sexual violence and stored on filter paper. A pilot study was conducted to evaluate 10 vaginal samples spotted on sterile filter paper: 6 collected at random in April 2009 and 4 in October 2010. Time between sexual assault and sample collection was 4-48hours. After drying at room temperature, the samples were placed in a sterile envelope and stored for 2-3years until processing. DNA extraction was confirmed by polymerase chain reaction for human β-globin, and the presence of prostate-specific antigen (PSA) was quantified. The presence of the Y chromosome was detected using primers for sequences in the TSPY (Y7/Y8 and DYS14) and SRY genes. β-Globin was detected in all 10 samples, while 2 samples were positive for PSA. Half of the samples amplified the Y7/Y8 and DYS14 sequences of the TSPY gene and 30% amplified the SRY gene sequence of the Y chromosome. Four male samples and 1 female sample served as controls. Filter-paper spots stored for periods of up to 3years proved adequate for preserving genetic material from vaginal samples collected following sexual violence.
Resumo:
To evaluate vaginal microbiological and functional aspects in women with and without premature ovarian failure (POF) and the relationship with sexual function. A cross-sectional study of 36 women with POF under hormonal therapy who were age-matched with 36 women with normal gonadal function. The vaginal tropism was assessed through hormonal vaginal cytology, vaginal pH and vaginal health index (VHI). Vaginal flora were assessed by the amine test, bacterioscopy and culture for fungi. Sexual function was evaluated through the questionnaire Female Sexual Function Index (FSFI). Women in both groups were of similar age and showed similar marital status. The two groups presented vaginal tropic scores according to the VHI but the tropism was worse among women in the POF group. No difference was observed with respect to hormonal cytology and pH. Vaginal flora was similar in both groups. Women with POF showed worse sexual performance with more pain and poorer lubrication than women in the control group. The VHI, the only parameter evaluated showing statistical difference between the groups, did not correlate with the domains of pain and lubrication in the FSFI questionnaire. These findings suggest that the use of systemic estrogen among women with POF is not enough to improve complaints of lubrication and pain despite conferring similar tropism and vaginal flora. Other therapeutic options need to be evaluated.
Resumo:
To evaluate some microbiological aspects of the vaginal flora and the vaginal trophism of women with premature ovarian failure (POF) in use of oral hormone therapy. A cross-sectional study with 36 women with POF under the age of 40 years using oral hormonal therapy. They were age matched with 36 women with normal gonadal function (control group). The characteristics of the vaginal epithelium were assessed through the hormonal vaginal cytology, vaginal pH measurement and vaginal health index to identify vaginal disturbances. Vaginal microflora was evaluated by the amine test, bacterioscopy (Nugent score) and culture for fungi to identify vaginal abnormal microflora and fungi infections. Despite the fact that there were no statistical significant differences related to the cytological aspects and pH measurements, it was found that the vaginal health index was highly superior in the control group than in the POF group (23.4 ± 1.8 vs 20.8 ± 3.5), p < 0.0001 despite both groups had trophic scores. There were no statistical significance differences regarding to vaginal microflora types and fungi infection. Oral hormone therapy for young women with POF seems to be good enough to reestablish the epithelium cells, vaginal pH and microflora.
Resumo:
To assess the value of vaginal screening cytology after hysterectomy for benign disease. This cross-sectional study used cytology audit data from 2,512,039 screening tests in the metropolitan region of Campinas from 2000 to 2012; the object was to compare the prevalence of abnormal tests in women who had undergone a hysterectomy for benign diseases (n=53,891) to that of women who had had no hysterectomy. Prevalence ratios (95% confidence intervals, 95% CI) were determined, and chi-square analysis, modified by the Cochrane-Armitage test for trend, was used to investigate the effects of age. The prevalence of atypical squamous cells (ASC), low-grade squamous intraepithelial lesion (LSIL), and high-grade squamous intraepithelial lesion or squamous-cell carcinoma (HSIL/SCC) was 0.13%, 0.04% and 0.03%, respectively, in women who had undergone hysterectomy, and 0.93%, 0.51% and 0.26% in women who had not undergone hysterectomy. The prevalence ratios for ASC, LSIL and HSIL/SCC were 0.14 (0.11-0.17), 0.08 (0.06-0.13) and 0.13 (0.08-0.20), respectively, in women with a hysterectomy versus those without. For HSIL/SCC, the prevalence ratios were 0.09 and 0.29, respectively, for women <50 or ≥50years. The prevalence rates in women with a previous hysterectomy showed no significant variation with age. The prevalence rates of ASC, LSIL and HSIL/SCC were significantly lower in women with a previous hysterectomy for benign disease compared with those observed in women with an intact uterine cervix. This study reinforces the view that there is no evidence that cytological screening is beneficial for women who have had a hysterectomy for benign disease.
Resumo:
A citologia anal vem sendo usada para rastreamento do carcinoma anal e suas lesões precursoras nas populações de risco. Quando o raspado do canal anal mostra alterações citológicas está indicada o exame com colposcópio e ácido acético para identificar e realizar biópsia para confirmar o achado. Poucos estudos mostram o seguimento dos doentes tratados de condilomas acuminados perianais. Temos usado os métodos em associação e encontrado lesões subclínicas em metade dos doentes, cujo exame proctológico não revelava doença HPV induzida. Essas lesões são tratadas com tópicos. Entretanto, algumas citologias estavam alteradas e a colposcopia anal não revelou doença HPV induzida. O objetivo deste estudo foi observar o comportamento dessas lesões no seguimento semestral, durante 12 meses, e avaliar se a periodicidade da reavaliação foi suficiente para evitar o aparecimento das lesões de alto grau ou superior. Encontramos 58 (21%) entre 273 doentes nessas condições. As reavaliações de 22 deles após um ano mostraram que as colposcopias permaneceram normais em 17 (74%), sendo que em cinco (22%) a citologia voltou aos padrões normais e 12 (52%) persistiram com alterações. Os outros seis (26%) desenvolveram lesões clínicas ou subclínicas provocadas pelo HPV. As contagens de linfócitos T CD4 dos doentes HIV-positivos foram inferiores nos doentes cujas lesões progrediram. Os resultados permitiram concluir que as alterações podem progredir ou regredir neste grupo distinto de doentes, sendo relacionada à imunidade, e que o intervalo de seis meses é suficiente para cada reavaliação.
Resumo:
OBJETIVO: Analisar a história de rastreamento citológico anterior em mulheres que apresentaram alterações citológicas e confirmação histológica para câncer cervical. MÉTODOS: Estudo transversal com 5.485 mulheres (15-65 anos) que se submeteram a rastreamento para o câncer cervical entre fevereiro de 2002 a março de 2003, em São Paulo e Campinas, SP. Aplicou-se questionário comportamental e foi feita a coleta da citologia oncológica convencional ou em base líquida. Para as participantes com alterações citológicas indicou-se colposcopia e, nos casos anormais, procedeu-se à biópsia cervical. Para investigar a associação entre as variáveis qualitativas e o resultado da citologia, utilizou-se o teste de qui-quadrado de Pearson com nível de significância de 5%. RESULTADOS: Dentre os resultados citológicos, 354 (6,4%) foram anormais, detectando-se 41 lesões intra-epitelial escamosa de alto grau e três carcinomas; em 92,6% revelaram-se normais. De 289 colposcopias realizadas, 145 (50,2%) apresentaram alterações. Dentre as biópsias cervicais foram encontrados 14 casos de neoplasia intra-epitelial cervical grau 3 e quatro carcinomas. Referiram ter realizado exame citológico prévio: 100% das mulheres com citologia compatível com carcinoma, 97,6% das que apresentaram lesões intra-epiteliais de alto grau, 100% daquelas com confirmação histológica de carcinoma cervical, e 92,9% das mulheres com neoplasia intra-epitelial cervical grau 3. A realização de citologia anterior em período inferior a três anos foi referida, respectivamente, por 86,5% e 92,8% dessas participantes com alterações citológicas e histológicas. CONCLUSÕES: Entre as mulheres que apresentaram confirmação histológica de neoplasia intra-epitelial cervical grau 3 ou carcinoma e aquelas que não apresentaram alterações histológicas não houve diferença estatisticamente significante do número de exames citológicos realizados, bem como o tempo do último exame citológico anterior.
Resumo:
Purpose: The objective of this Pilot Study was to determine pain characteristics of pregnant women immediately before and after childbirth by vaginal delivery and to compare them with the pain intensity reported by physicians. Methods: We evaluated 20 Brazilian women between September and December 2007 with the WHOQOL-Bref instrument, VAS, McGill Pain Questionnaire, and Anxiety Adapted Scale. We interviewed the obstetrician with the VAS about the patient`s pain, Data were analyzed with the chi-square test. Results: Mean age was 22.35 years (SD = 6.24, range 15-39 years). It was necessary to use oxytocin in 15 (75%) patients, which had no correlation with anxiety degree. Higher intensity of pain (p < 0.05) and higher anxiety index (p < 0.05) were more common in women in the first pregnancy. Conclusions: Higher pain intensity was associated with higher anxiety levels (p < 0.05). Around half of the obstetricians` VAS scores were lower than the VAS scores of women, and probably pain at labor was underestimated and not controlled. Higher indices of anxiety and pain were associated, and were more frequent in women in the first pregnancy.
Resumo:
Methods: We conducted a randomized controlled trial at the Amparo Maternal Birth Center in Sao Paulo, Brazil. Study participants included 114 nulliparous women divided into 3 groups (n = 38 per group): experimental (ice packs on the perineum), placebo (water packs at set temperature), and control (no treatment). Results: A numerical scale (0 to 10) was used for pain assessment. A comparison of the average pain at the beginning and after 20 minutes showed a significant reduction of pain (P < .001) in the 3 groups, and the experimental group had a lower average score for pain compared with the control group (1.6 versus 3.3, P = .032). Discussion: The use of ice packs for 20 minutes was effective for perineal pain relief after vaginal birth.
Resumo:
Culture-dependent PCR-amplified rRNA gene restriction analysis and culture-independent (PCR-denaturing gradient gel electrophoresis) methodologies were used to examine vaginal lactobacilli from Brazilian women who were healthy or had been diagnosed with vulvovaginal candidiasis (VVC) or bacterial vaginosis. Only Lactobacillus crispatus was detected accordingly by both methods, and H2O2-producing lactobacilli were not associated with protection against VVC.
Resumo:
Background: Reports on microbiologic cure rates following syndromic management (SM) of women with nonulcerative sexually transmitted infections (STIs) are limited. Goal. The goal of the study was to determine the effectiveness of the drugs used in SM of nonulcerative STIs and bacterial vaginosis in women and to compare the response among those with and without HIV-1 coinfection. Study Design: This was a cohort study of women with nonulcerative STIs who were treated according to local SM protocols. Results: Of 692 women recruited, 415 (80%) returned 8 to 10 days later, and 290 (70%) consented to a second examination, in which specimens were obtained. Clinical cure was reported by 67%, and microbiologic cure ranged from 80% to 89% for the three discharge-causing STIs and was independent of HIV-1 status. Only 38% of those with bacterial vaginosis were cured, and HIV-1-infected women were less likely to be cured (28% versus 52%; P < 0.001). Conclusions: Clinical and microbiologic response to SM of the nonulcerative STIs was not affected by HIV-1 coinfection, but cure rates for bacterial vaginosis were reduced.