118 resultados para Caranguejo


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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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Pós-graduação em Biometria - IBB

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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

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O presente trabalho estudou o efeito da salinidade na sobrevivência e na duração do desenvolvimento larval do caranguejo-uçá, Ucides cordatus (do estuário do Rio Caeté, Norte do Brasil), até a fase de megalopa em sete tratamentos de salinidade (0, 5, 10, 15, 20, 25 e 30). A salinidade afetou significativamente a sobrevivência das larvas zoea, no entanto não afetou a duração do desenvolvimento larval (20,77 ± 1,56 dias). Nas salinidades 0, 5 e 10 houve total mortalidade das larvas zoea. Somente a partir da salinidade 15 observou-se um desenvolvimento completo até a fase de megalopa. A taxa de sobrevivência foi maior em salinidade 30 (72%) e menor em 15 (16%). A reduzida taxa de sobrevivência das larvas zoea de U. cordatus, em salinidades baixas, indica a necessidade de dispersão larval do estuário para as águas costeiras onde as condições de salinidade para o desenvolvimento larval são mais favoráveis. Caso contrário se não houvesse a dispersão, a reduzida salinidade das águas estuarinas no período chuvoso, causaria uma elevada mortalidade, afetando desta forma o recrutamento, a manutenção e o crescimento da população de U. cordatus nos manguezais.

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Entre os produtos de origem animal o caranguejo é tido como um dos alimentos mais susceptíveis ao processo de deterioração devido à sua composição química específica, atividades de enzimas autolíticas e ao pH próximo da neutralidade. Além destes fatores intrínsecos relacionados ao crustáceo, o processo de extração de suas carnes é realizado, na grande maioria das vezes, em condição higiênico-sanitária insatisfatória, ocasionando, assim um alto teor de contaminação destas. Com objetivo de analisar a qualidade microbiológica, microscópica e parasitológica da carne de caranguejo comercializada em dois municípios do Estado do Pará (São Caetano de Odivelas e Bragança), foram pesquisadas 30 amostras da carne adquiridas dos catadores, nos seus pontos de catação. Na análise microbiológica, observou-se presença, em níveis elevados, de coliformes fecais e Staphylococcus aureus, em ambos os municípios, entretanto a Salmonella sp (S. panama: sorogrupo D) foi detectada somente em Bragança/Vila de Caratateua. Ressalta-se que grande parte dos pontos de catação apresentou suas amostras fora dos padrões legais vigentes na atual legislação brasileira, seja em relação aos coliformes fecais, Staphylococcus aureus e/ou Salmonella sp. A análise microscópica revelou constante presença de sujidades (lasca de madeira, fibra e semente de origem vegetal, pêlo humano, larva e excremento de inseto). Contudo, a análise parasitológica foi negativa para a detecção de cistos de protozoários (E. histolytica/E. díspar e G. lamblia). Os resultados revelam a precariedade das condições higiênico-sanitárias das amostras pesquisadas, indicando desta forma a necessidade de ser criado, por parte das autoridades competentes, um registro do Ministério da Agricultura e Secretaria da Agricultura do estado, para que o beneficiamento e a comercialização deste produto sejam feitos de acordo com as normas sanitárias vigentes.

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No Estado do Pará, o beneficiamento do caranguejo-uçá ocorre de forma totalmente artesanal, sendo o seu produto frequentemente associado a eventos de intoxicação alimentar. Neste trabalho o autor tem por finalidade propor adequações tecnológicas no processamento deste crustáceo desenvolvido na comunidade de Caratateua, município de Bragança/Pará. Foram realizadas excursões mensais à comunidade de abril/2008 a maio/2009 com aplicação de 120 entrevistas direcionadas aos principais atores sociais envolvidos na atividade, constando de aspectos econômicos, sociais e tecnológicos, além de análises laboratoriais (composição química e microbiologia), observações de campo e revisão de literatura. Constatou-se que a quantidade de caranguejo desembarcada e o tamanho médio dos indivíduos vêm diminuindo nos últimos anos. A captura é realizada exclusivamente por indivíduos do sexo masculino, sendo o gancho o principal apetrecho utilizado. O beneficiamento é praticado principalmente por mulheres e crianças, porém homens eventualmente também o fazem. Não há uma padronização do processamento e as condições higiênico-sanitárias dos locais de beneficiamento são na grande maioria das vezes inadequadas, podendo este ser realizado no interior da residência, em “puxadinhas” ou nos quintais, geralmente na presença de animais domésticos, insetos e sem a adequada assepsia de manipuladores, equipamentos e superfícies de contato. Desta forma, conclui-se que tal realidade é ocasionada principalmente pelo desordenamento da pescaria e falta de preocupação dos catadores quanto à qualidade do produto, sendo de fundamental importância a criação de uma legislação específica para a carne de caranguejo e a adoção de boas práticas de fabricação levando em consideração a realidade local visando agregação de valor ao produto e maior segurança alimentar aos consumidores.

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Os manguezais possuem uma enorme importância sócio-econômica para as populações tradicionais que a habitam, nesses ambientes é comum encontramos o caranguejo-uçá (Ucides cordatus), representando para muitas comunidades a principal fonte de subsistência. O município de Quatipuru, localizado no nordeste paraense é um bom exemplo de demonstração da importância deste recurso para a sua comunidade, nos últimos anos o município vem apresentado os maiores valores de produção comercial do caranguejo-uçá no estado do Pará (CEPNOR/IBAMA, 2006), entretanto, trabalhos específicos como a bioecologia da espécie no município, são inexistentes. Neste sentido, este trabalho traz informações a respeito da biologia e ecologia da espécie, bem como, informações sobre a produção comercial no município. Na realização dos trabalhos bioecologicos, foram feitos monitoramentos de 02 (duas) áreas dos manguezais da região, no período de Setembro de 2006 a Julho de 2007, a fim de se obter dados sobre a densidade, proporção sexual, biometria e parâmetros ambientais. No estudo da produção comercial, foi estimada a produção anual do município, os métodos de captura e a biometria (largura da carapaça e peso total) dos caranguejos comercializados. Com relação aos animais provenientes das coletas de campo, os estudos demostraram não haver diferenças significativas entre as duas áreas, tanto pra densidade que foi de 1,36 tocas/m² na área 01 e 1,21 tocas/m² na área 02, com também para a proporção sexual que foi de 2,39M: 1F na área 01 e 1,43M: 1F, entretanto, foi encontrado no decorrer do ano, um número maior de fêmeas no mês de maio 2007 na região 02. Com relação às análises biométricas, a largura média da carapaça (LC) encontrada foi de 6.13 cm para os machos e 5,46 cm para as fêmeas na área 01 e 6,31 cm para os machos e 5,33 cm para fêmeas na área 02, com relação ao peso, a média registrada foi de 96,73g para os machos e 67,93g para as fêmeas na área 01 e 106,47g para os machos e 64,85 g para as fêmeas na área 02, sendo observada uma forte correlação entre essas variáveis tanto para os machos quanto para as fêmeas, nas duas áreas, verificando a influência de fatores biológicos ocorrentes no ano, com a ecdise, sobre essas variáveis. Com relação aos animais comercializados, foi verificado que todos os indivíduos foram machos possuindo uma média para a largura da carapaça (LC) de 7,26 cm a LC mínima e máxima encontradas foi de 5,2 cm em Março de 2007 e 8,5 cm encontrados nos meses de setembro de 2006 e janeiro de 2007. Com relação ao peso a média encontrada foi de 161,0g, sendo o valor máximo registrado de 300,0g no mês de setembro de 2006 e o valor mínimo de 80,0g ocorrido no mês de julho de 2007. A produção anual estimada para o município foi de 1.189,73 ton/ano, portanto, uma produção menor que as registradas nos últimos anos pelo CEPNOR/IBAMA, mas dentro da média histórica do município. As áreas estudadas demonstraram que apesar de já serem bastante exploradas possui uma densidade populacional semelhante à de outras regiões do Brasil, assim como a proporção sexual encontrada e os valores biométricos registrados. Com relação à produção comercial apesar de ter sido registrado uma produção anual menor que os últimos anos, Quatipuru continua sendo um dos maiores produtores comerciais deste recurso no Brasil, fator este possivelmente relacionado com a não comercialização de fêmeas, ao método de captura (braceamento) e o respeito ao tamanho do caranguejo comercializado.

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O presente trabalho evidencia as relações de gênero no que se refere ao homoerotismo masculino na comunidade de Bacuriteua, no interior de Bragança, Amazônia. Neste complexo universo, busca-se compreender as condições de produção do discurso de negação das práticas afetivo-sexuais entre pessoas do mesmo sexo, assim como, as práticas que problematizam esse discurso. A partir da observação participante realizada junto aos moradores, método da pesquisa de natureza etnográfica, foi possível apreender aspectos singulares do grupo que norteiam as interpretações, relativos ao imaginário mítico, ao trabalho na coleta de caranguejo e às formas de sociabilidade. Dessa forma, a abordagem da pesquisa desenvolve as noções de imaginário de Gilbert Durand (2010) e de socialidade de Michel Maffesoli (2001), destacando principalmente as construções das identidades de gênero a partir de Judith Butler (1990) e suas mobilidades. Os dados apontam para a existência de tensões sociais quanto às práticas homoeróticas por parte dos membros da comunidade, assim como, a não fixidez de uma “identidade gay” e a importância das narrativas ligadas ao ser mítico Ataíde, que operam de maneira ambígua, pois ao mesmo tempo em que as mascaram trazem à tona tais relações.

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A captura do caranguejo-uçá (U. cordatus) constitui uma das principais fontes de alimento e renda para muitas comunidades litorâneas, sendo considerada uma das atividades extrativistas estuarinas mais antigas no Brasil. O Município de Cananéia (SP) faz parte da Área de Proteção Ambiental de Cananéia-Iguape-Peruíbe (APA/CIP), possuindo 72 km² de manguezais, que a partir de 1990 passaram a receber uma maior pressão de explotação dessa espécie pela introdução da “redinha”, um petrecho de pesca proibido por lei nas regiões sudeste-sul brasileiras (Portaria IBAMA nº 52/2003). O presente estudo visa avaliar a produção do recurso caranguejo-uçá em Cananéia (SP), identificando seu padrão explotatório recente, com vistas à sustentabilidade futura das capturas. Na avaliação foram utilizadas planilhas de dados disponibilizadas pelo Instituto de Pesca (APTA/SAA-SP), referentes aos anos de 2009 e 2010, além do acompanhamento de uma das rotinas de coleta, com realização de biometria dos caranguejos capturados. Os dados evidenciam que o uso da “redinha” apresenta falha de recolhimento de 3,6%, num total de 86,4% de produtividade, que permanecem nos manguezais, podendo (ou não) ser recolhidas por outro catador. Os dados das planilhas do IP/APTA/SAA-SP foram avaliados segundo o modelo linear generalizado (GLM), com base em seis variáveis (unidade produtiva, mês de captura, ano, fase lunar, setor produtivo e período reprodutivo da espécie), das quais o conhecimento empírico dos catadores, ano da pescaria e o setor produtivo, foram as variáveis que mais influenciaram as mudanças observadas na captura por unidade de esforço (CPUE) da espécie. Além disso, foram verificadas produtividades diferenciadas na extração de caranguejos entre os cinco setores estabelecidos, que caracterizam o Estuário de Cananéia nos dois anos analisados. A experiência na condução... (Resumo completo clicar acesso eletrônico abaixo)

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O reconhecimento de braquiúros jovens, obtidos na natureza, é extremamente difícil, pois nesta fase os caranguejos não apresentam as mesmas características dos adultos. Além disso, há falta de estudos sobre o desenvolvimento pós-embrionário desses animais. Nada é conhecido sobre o desenvolvimento juvenil para os representantes da família Pseudorhombilidae. Este trabalho analisa o crescimento de Bathyrhombila sp., e apresenta detalhes morfológicos para identificação dos estágios de desenvolvimento. Os decapoditos de braquiúros foram coletados com redes de nêuston na região de Ubatuba, estado de São Paulo, Brasil. As larvas foram transportadas para o laboratório e cultivadas isoladamente em recipientes rotulados, contendo água do mar filtrada e aerada, além de alimentadas com nauplius de Artemia sp. Obteve-se 11 estágios juvenis para machos e 14 para fêmeas. A morfologia e o número de cerdas presentes nos apêndices são descritos, em especial, para o 1º estágio juvenil. Os caracteres sexuais secundários aparecem a partir do 4º estágio juvenil. Uma comparação com as demais espécies de caranguejos já estudadas evidenciou que Bathyrhombila sp. possui a forma da carapaça semelhante à de Eurytium limosum. Além disso, Bathyrhombila sp. possui cinco artículos no endopodito do segundo maxilípede, enquanto as outras espécies de Xanthoidea e Eriphioidea possuem quatro