1000 resultados para Campo rupestre vegetation
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Apomictic plants are less dependent on pollinator services and able to occupy more diverse habitats than sexual species. However, such assumptions are based on temperate species, and comparable evaluation for species-rich Neotropical taxa is lacking. In this context, the Melastomataceae is a predominantly Neotropical angiosperm family with many apomictic species, which is common in the Campos Rupestres, endemism-rich vegetation on rocky outcrops in central Brazil. In this study, the breeding system of some Campo Rupestre Melastomataceae was evaluated, and breeding system studies for New World species were surveyed to test the hypothesis that apomixis is associated with wide distributions, whilst sexual species have more restricted areas. The breeding systems of 20 Campo Rupestre Melastomataceae were studied using hand pollinations and pollen-tube growth analysis. In addition, breeding system information was compiled for 124 New World species of Melastomataceae with either wide (1000 km) or restricted distributions. Most (80 ) of the Campo Rupestre species studied were self-compatible. Self-incompatibility in Microlicia viminalis was associated with pollen-tube arrest in the style, as described for other Melastomataceae, but most self-incompatible species analysed showed pollen-tube growth to the ovary irrespective of pollination treatment. Apomictic species showed lower pollen viability and were less frequent among the Campo Rupestre plants. Among the New World species compiled, 43 were apomictic and 77 sexual (24 self-incompatible and 53 self-compatible). Most apomictic (86 ) and self-incompatible species (71 ) presented wide distributions, whilst restricted distributions predominate only among the self-compatible ones (53 ). Self-compatibility and dependence on biotic pollination were characteristic of Campo Rupestre and narrowly distributed New World Melastomataceae species, whilst apomictics are widely distributed. This is, to a certain extent, similar to the geographical parthenogenesis pattern of temperate apomictics.
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RESUMO A espécie Anacardium humile (St. Hilaire) é uma fruteira nativa do Cerrado, utilizada tradicionalmente, tanto no consumo in natura como na forma de sucos, doces e geleias, mas ainda pouco explorada economicamente. Em uma área de cerrado campo sujo, com transição para cerrado campo rupestre, localizada no município de Patrocínio, Minas Gerais, Brasil, 38 genótipos de uma população dessa espécie foram estudados; com o objetivo de avaliar a diversidade fenotípica, estimada por análise multivariada, bem como características morfológicas promissoras para programas de melhoramento e conservação. Assim, o estudo mostrou variabilidade genética satisfatória dentro da população estudada, destacando-se os genótipos 6, 10, 24, 36 e 38 por elevada produção de frutos e maiores pedúnculos e por se apresentarem distantes geneticamente, sendo indicados para futuros trabalhos de melhoramento genético, para serem multiplicados e utilizados em plantios comerciais e de conservação da espécie.
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O objetivo deste trabalho foi caracterizar a estrutura e composição de um campo rupestre sobre canga para servir de base a estudos sobre reabilitação de áreas degradadas pela mineração de ferro. Estudou-se uma canga no Parque Estadual da Serra do Rola-Moça, MG. Em 30 parcelas de 2 m², foram amostrados 2.151 indivíduos pertencentes a 32 espécies e 16 famílias, com diversidade de 2,45 nats/ind. A altura média foi de 15,8 ± 16,3 cm, com 80% dos indivíduos menores do que 25 cm. As famílias mais importantes foram Orchidaceae, Poaceae e Cyperaceae, e as espécies com maior valor de importância foram Andropogon ingratus (Poaceae), Lychnophora pinaster (Asteraceae), Bulbostylis fimbriata (Cyperaceae), Sophronitis caulescens (Orchidaceae) e Sebastiania glandulosa (Euphorbiaceae). Sugere-se que essas espécies mais importantes, aquelas com crescimento clonal como gramíneas, ciperáceas e orquídeas epilíticas, as facilitadoras como Stachytarpheta glabra e Mimosa calodendron e espécies tolerantes a metais pesados como Vellozia spp. sejam candidatas prioritárias em programas de recuperação de áreas degradadas por mineração de ferro.
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O Parque Nacional da Serra da Canastra localiza-se nos municípios de São Roque de Minas, Sacramento e Delfinópolis, sudoeste de Minas Gerais (20°00'-20°30' S e 46°15'-47°00' W), abrangendo uma área de 71.525 ha e com altitudes variando entre 800 e 1200 m, atingindo um máximo de 1496 m. Os tipos de vegetação são as florestas mesófilas de encosta, capões, cerradão, cerrado, campo cerrado, campo limpo e campo rupestre. As coletas foram realizadas ao longo da estrada principal que atravessa o Parque, bem como nas estradas abandonadas, de fevereiro de 1994 a dezembro de 1995, em intervalos de dois meses, totalizando 12 viagens. O levantamento florístico apresenta 101 famílias, das quais 73 foram identificadas, totalizando 768 espécies. Com base na distribuição de 45 espécies endêmicas, incluindo várias espécies novas, pertencentes a 11 famílias, foram delimitadas e descritas 17 áreas de endemismo, as quais são propostas como zonas de preservação permanente.
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O Parque Nacional da Serra da Canastra localiza-se no sudoeste do estado de Minas Gerais. O inventário florístico foi realizado de fevereiro de 1994 a janeiro 1998, totalizando 24 expedições, cobrindo todos os tipos fisionômicos de vegetação. As Melastomataceae são bastante representativas no Parque, com 95 espécies e 17 gêneros. Os gêneros mais numerosos são Miconia e Microlicia, com 21 e 19 espécies respectivamente, seguidos por Tibouchina, com 13, e Leandra, com 12 espécies. Cambessedesia e Trembleya apresentam quatro espécies, enquanto Siphanthera e Lavoisiera estão representados por três espécies cada, e Chaetostoma e Ossaea por duas. Os gêneros Clidemia, Macairea, Marcetia, Microlepis, Pterolepis e Rhynchanthera apresentam uma única espécie cada. Svitramia, com seis espécies no Parque, é o único gênero endêmico de Minas Gerais, ocorrendo exclusivamente na porção sudoeste do estado. A análise comparativa das espécies de Melastomataceae da Serra da Canastra foi feita com outras áreas de Minas Gerais, Goiás e Bahia.
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A seção Chaetostomoides (Naudin) Cogn. é constituída por uma única espécie, distribuída essencialmente nos campos rupestres de Minas Gerais, Bahia e Goiás. Nesta revisão é aceita apenas uma espécie, M. viminalis (DC.) Triana , e sinonimizadas sob esta, M. loricata Naudin e M. virgata Cogn., suas variedades angustifolia Pilger, glabrescens Pilger, gracilis Pilger e subpatens Pilger. São apresentadas descrição, comentários e ilustrações da espécie.
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Gesneriaceae é predominantemente tropical e compreende aproximadamente 3.000 espécies. A Cadeia do Espinhaço inclui parte dos Estados de Minas Gerais e Bahia e sua vegetação é dominada pelos campos rupestres. O Espinhaço de Minas Gerais tem seu limite norte no município de Espinosa e sul na Serra de Ouro Branco. O trabalho foi baseado no levantamento bibliográfico, consulta a herbários, coletas e observações de campo. O levantamento revelou a presença de 21 espécies, pertencentes a seis gêneros: Anetanthus, Codonanthe, Gloxinia, Nematanthus, Paliavana e Sinningia. São apresentados chaves de identificação, descrições e comentários dos táxons, mapas de distribuição das espécies na área de estudo e ilustrações.
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A Chapada Diamantina localiza-se na porção norte da Cadeia do Espinhaço, tendo como vegetação típica os campos rupestres, mas ocorrendo também em matas de galeria, cerrado e caatinga, possuindo elevado grau de endemismo. O gênero Bulbophyllum Thouars é um dos maiores da família Orchidaceae com aproximadamente 1.200 espécies. No Brasil são reconhecidas cerca de 58 espécies, mas apenas cinco têm sido documentadas para o Estado da Bahia. Neste trabalho foi realizado o levantamento das espécies de Bulbophyllum da Chapada Diamantina, através de coletas e coleções de herbário. Foram encontradas 12 espécies e um híbrido natural na Chapada Diamantina, sendo oito citações novas para o estado. Bulbophyllum epiphytum Barb. Rodr., B. laciniatum (Barb. Rodr.) Cogn. e B. napellii Lindl. possuem hábito epifítico; B. involutum Borba, Semir & F. Barros, B. mentosum Barb. Rodr., B. roraimense Rolfe, B. weddellii (Lindl.) Rchb. f. e B. ×cipoense Borba & Semir ocorrem exclusivamente como rupícolas; já B. chloropterum Rchb. f., B. cribbianum Toscano, B. ipanemense Hoehne, B. manarae Foldats e B. plumosum (Barb. Rodr.) Cogn. possuem hábito facultativo. Bulbophyllum ipanemense é a espécie mais abundante na Chapada Diamantina, e as populações da Bahia apresentam uma ampla variação morfológica em relação às populações da região Sudeste. Bulbophyllum manarae e B. roraimense consideradas endêmicas da Venezuela, são citadas pela primeira vez para o Brasil, fortalecendo a hipótese de uma estreita relação entre as formações deste país e da Chapada Diamantina.
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Bulbostylis Kunth (subfamília Cyperoideae) é um gênero neotropical, com centros de distribuição na América do Sul e África. Está representado por aproximadamente 150 espécies, das quais 44 ocorrem no Brasil, principalmente nas formações de cerrado e campo rupestre. São apresentados na chave de identificação, dados da anatomia do escapo com valor diagnóstico na delimitação específica para 40 espécies de Bulbostylis. Entre eles, destacam-se: formato do escapo em seção transversal, presença de costelas e sulcos, aspecto das células epidérmicas e estômatos, forma dos cordões esclerenquimáticos corticais, número de unidades vasculares, medula fistulosa e a ocorrência de parênquima radiado. Além disso, ressaltou-se que o escapo de Bulbostylis se trata de um monostelo, e o rizoma de um atactostelo.
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Nos campos rupestres da Serra do Cipó, MG, é possível distinguir morfotipos de M. taxifolia com intenso polimorfismo. Os objetivos deste estudo foram caracterizar e interpretar comparativamente a morfologia e a anatomia foliar de três morfotipos em condições de campo e cultivados, relacionando os fenótipos com variações ambientais. Os morfotipos foram denominados "Rosa", "Branco" e "Rosa Cristal" devido à cor das flores e ao aspecto do solo. Foram medidos no campo: altura da planta, área da copa, diâmetro da base caulinar e número de eixos caulinares. Em casa de vegetação, sementes de cada morfotipo germinaram em seu solo de origem e no dos outros dois morfotipos. Lâminas histológicas permanentes e temporárias de folha foram feitas para estudo anatômico. Os parâmetros mais significativos foram altura das plantas, número de caules e área foliar, que nas plantas do campo apresentaram-se maior no morfotipo "Branco" e menores no "Rosa Cristal". O número de eixos caulinares foi significativamente maior em "Rosa Cristal". Marcetia taxifolia apresenta grande plasticidade fenotípica, evidenciada pela heterogeneidade encontrada nos três morfotipos estudados, no campo e em casa de vegetação. A maior divergência ocorreu entre os morfotipos "Rosa Cristal" e "Branco". A plasticidade da espécie é pouco refletida em nível anatômico, sendo as variações encontradas, insuficientes para diferenciar os morfotipos. Fatores ambientais, como a composição química do solo, especialmente as concentrações de ferro e alumínio, e a disponibilidade hídrica foram os principais fatores que influenciaram as divergências relatadas.
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Species with mostly asexual reproduction are interesting subjects for germination studies since variation would be more easily linked to environmental factors. Miconia ferruginata DC. is an apomictic treelet in Brazilian cerrado areas on rocky outcrops. Germination of seeds collected from individuals occurring in the Serra de Caldas Novas State Park, Goiás, was studied in three experiments under controlled conditions. Germination characteristics differed among individuals and were correlated with altitude and soil Al content. Seeds from plants growing at lower altitudes, with lower soil aluminium content, presented malformed seeds with absence of embryo which rendered lower, but better synchronized germination. The nested analysis showed that from the total variance, 78.14% for germinability, 54.56% for uncertainty of the germination process, and 68.30% for the quantity of seeds without embryo was attributed to the altitudinal effect. Individuals nested within altitude contributed up to 16.93% for the total variance. It means that there is low variability among individuals of the same altitude and high variability among individuals from different points of the slope, making clear that for the studied population the environmental effect is stronger than the genetic component to determine the seed quality. The testa of the seeds provides a mechanical dormancy which seems to be associated also with phenolic compounds, which help to disperse germination through time. Photoblastism was also registered for seeds of this species.
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Paepalanthus subgenus Xeractis (Eriocaulaceae) comprises 28 recognized species endemic to the Espinhaco Range, in Minas Gerais state, Brazil. Most species of the subgenus are restricted to small localities and critically endangered, but still in need of systematic study. The monophyly of the subgenus has already been tested, but only with a few species. Our study presents the first phylogenetic hypothesis within the group, based on morphology. A maximum parsimony analysis was conducted on a matrix of 30 characters for 30 terminal taxa, including all species of the subgenus and two outgroups. The biogeographical hypotheses for the subgenus were inferred based on dispersal-vicariance analysis (DIVA). The analysis provided one most-parsimonious hypothesis that supports most of the latest published subdivisions (sections and series). However, some conflicts remain concerning the position of a few species and the relationships between sections. The distribution and origin(s) of microendemism are also discussed, providing the ground for conservation strategies to be developed in the region. (C) 2011 The Linnean Society of London, Botanical Journal of the Linnean Society, 2011, 167, 137-152.
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We describe and illustrate two new species, Actinocephalus delicatus and A. giuliettiae (Eriocaulaceae, Paepalanthoideae), from the Espinhaco Range in Minas Gerais, Brazil, and compare them with the morphologically most similar species. Diagnostic characters, morphological variation, geographic distribution, habitat and conservation status, as well as line drawings, photos and a distribution map are provided for both species.
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Apocynaceae sensun strictum from the Mucuge Municipal Park, Bahia, Brazil, including the valid publication of two names in Mandevilla Lindl. The flora of Rauvolfioideae and Apocynoideae, which together form Apocynaceae s.s., from the Mucuge Municipal Park, Chapada Diamantina, State of Bahia, Brazil, is presented. Eight species and five genera were recognized. Mandevilla is the most diverse genus, With four species: M. scabra (Hoffmans. ex Roem. & Schult.) K. Schum., M. tenuifolia (J.C. Mikan) Woodson, M. bahiensis (Woodson) M.F. Sales & Kinoshita-Gouvea, and M.microphylla (Stadelm.) M.F. Sales & Kinoshita-Gouvea, the last two are a new status and a new combination, respectively, whose names are being validly published here. The four remaining genera are each represented by one species: Couma rigida Mull. Arg., Stipecoma peltigera (Stadelm.) Mull Arg,, Temnadenia violacea (Veil.) Miers, and Himatanthus bracteatus (A. DC.) Woodson. Identification key, descriptions, comments and illustrations are presented for every species.
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A checklist of the 14 genera and 34 species of Bromeliaceae from the Parque Estadual do Rio Preto in Sao Goncalo do Rio Preto municipality, Minas Gerais state, southeastern Brazil, is presented. The Tillandsioideae was the most diverse subfamily and was found to be concentrated in rocky field areas. Bromelioideae is also a species rich subfamily, but its taxa have shown a preference to forested areas and savannas at lower altitudes. Pitcairnioideae is highlighted by its level of endemism, but has only four species. Cryptanthus micrus, a new species found in this area is described and illustrated. Our cluster analysis indicated that the Rio Preto State Park has a Bromeliaceae flora more similar to that from Pico do Itambe and Grao Mogol State Parks. Taxa like Dyckia glandulosa, Orthophytum itambense and Vriesea medusa, which were previously considered to be endemic to Pico do Itambe, now have their area of occurrence extended to Rio Preto. These new occurrences highlight the importance to create a corridor joining these neighboring reserves to connect populations of narrowly ranged or rare species. In this work we present pictures of 19 species in their habitats within the park, and we hope that these illustrations will help in the identification and conservation of these taxa.