162 resultados para CONVOLVULACEAE
Resumo:
Em casa de vegetação, cinco experimentos foram desenvolvidos com o objetivo de avaliar a influência da profundidade de semeadura e da condição de cobertura do solo na emergência de plântulas de cinco espécies da família Convolvulaceae (Ipomoea hederifolia, I. nil, I. quamoclit, I. triloba e Merremia cissoides). Foi utilizada combinação fatorial entre quatro profundidades de semeadura (0, 20, 40 e 80 mm) e duas condições de solo (exposto ou coberto com palha de cana-de-açúcar em quantidade proporcional a 10 t ha-1), com delineamento experimental de blocos ao acaso e quatro repetições. Foi realizada contagem diária do número de plântulas emersas e, ao final dos experimentos, calculou-se o índice de velocidade de emergência. Quanto à profundidade de semeadura no solo, maior emergência foi observada para as sementes que foram dispostas na superfície, tanto na presença quanto na ausência de palha. Considerando-se I. hederifolia e I. nil, não foi observado efeito da cobertura do solo, nem mesmo interação de profundidade e cobertura, sobre a emergência das espécies. Para I. quamoclit, observaram-se efeitos isolados da cobertura do solo e da profundidade de alocação das sementes, que indicaram maior adaptação da espécie para emergir em solo sem palhada superficial. Também para as espécies I. triloba e M. cissoides, a emergência foi inferior nas parcelas com palha distribuída na superfície do solo, quando comparadas àquelas sem palha, e, ainda, a presença de palha reduziu a velocidade de emergência e estabelecimento das plântulas.
Resumo:
As espécies Ipomoea grandifolia, I. nil e Merremia aegyptia tornaram-se importantes infestantes em diferentes sistemas de cultivo, causando problemas principalmente na colheita. O objetivo deste trabalho foi determinar o comportamento germinativo dessas espécies em diferentes condições de temperatura (15, 20, 25, 30 e 35 ºC), luz (presença e ausência) e profundidade de semeadura (0; 0,5; 1; 5; 10; 12; 15; e 20 cm) em solos com diferentes texturas. Os resultados evidenciaram que as espécies apresentaram maior germinação na faixa de temperatura entre 20 e 25 ºC. Houve maior capacidade de germinação quando elas foram submetidas à ausência de luz. Entre as espécies estudadas, I. grandifolia apresentou maior capacidade de germinar em maiores profundidades no solo arenoso. No solo argiloso, as espécies de Ipomoea spp. avaliadas apresentaram maior germinação na superfície. M. aegyptia germinou melhor na superfície do solo arenoso comparado ao argiloso, porém apresentou melhor capacidade de germinação em maiores profundidades no solo argiloso em relação às demais espécies avaliadas.
Resumo:
Aspectos da fenologia, biologia da polinização e reprodução de Jacquemontia multiflora foram estudados na Fazenda Catalunha, Santa Maria da Boa Vista-PE. J. multiflora é uma liana anual, que apresenta floração do tipo cornucópia, com pico desta fenofase no bimestre março/abril, que corresponde ao final da estação chuvosa. As flores estão reunidas em cimeiras que apresentam eixo principal desenvolvido, expondo as flores acima da folhagem. As flores são raso-campanuladas, azuis, inodoras e secretam pequenas quantidades de néctar. A antese é diurna, ocorrendo por volta da 5:30h., e a duração das flores é de aproximadamente nove horas, podendo ser consideradas como efêmeras. Abelhas Apidae e Halictidae são os visitantes mais frequentes. Apis mellifera e Trigona spinipes são consideradas como principais polinizadores desta espécie. Quanto ao sistema de reprodução J. multiflora é autógama facultativa, produzindo frutos e sementes por autopolinização manual (30%) e também por polinização cruzada (60%).
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Ipomoea imperati (Convolvulaceae) lives on the sandy shores of the Brazilian coast and in other areas of the world. The anti-inflammatory activity of a methanol-water extract of the leaves of I. imperati was investigated in experimental models of acute and subchronic inflammation. Topical application of the extract (10 mg/ear) inhibited mouse ear edema induced by croton oil (89.0 ± 1.3% by the lipid fraction with an IC50 of 3.97 mg/ear and 57.0 ± 1.3% by the aqueous fraction with an IC50 of 3.5 mg/ear) and arachidonic acid (42.0 ± 2.0% with an IC50 of 4.98 mg/ear and 31.0 ± 2.0% with an IC50 of 4.72 mg/ear). Phospholipase A2, purified from Apis mellifera bee venom, was also inhibited by the extract (5.0 mg/ml lipid and aqueous fraction) in vitro in a dose-dependent manner (85% by the lipid fraction with an IC50 of 3.22 mg/ml and 25% by the aqueous fraction with an IC50 of 3.43 mg/ml). The methanol-water extract of I. imperati (1000 mg/kg) administered by the oral route also inhibited the formation of cotton pellet-induced granulomas (73.2 ± 1.2% by the lipid fraction and 56.14 ± 2.7% by the aqueous fraction) and did not cause gastric mucosal lesions. I. imperati extracts (10 mg/ml) also inhibited in a dose-dependent manner the muscle contractions of guinea pig ileum induced by acetylcholine and histamine (IC50 of 1.60 mg/ml for the lipid fraction and 4.12 mg/ml for the aqueous fraction). These results suggest the use of I. imperati as an anti-inflammatory and antispasmodic agent in traditional medicine.
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Tribe Merremieae, as currently circumscribed, comprise c. 120 species classified in seven genera, the largest of which (Merremia) is morphologically heterogeneous. Previous studies, with limited sampling, have suggested that neither Merremieae nor Merremia are monophyletic. In the present study, the monophyly of Merremia and its allied genera was re-assessed, sampling 57 species of Merremieae for the plastid matK, trnL–trnF and rps16 regions and the nuclear internal transcribed spacer (ITS) region. All genera of Merremieae and all major morphotypes in Merremia were represented. Phylogenetic analyses resolve Merremieae in a clade with Ipomoeae, Convolvuleae and Daustinia montana. Merremia is confirmed as polyphyletic and a number of well-supported and morphologically distinct clades in Merremieae are recognized which accommodate most of the species in the tribe. These provide a framework for a generic revision of the assemblage.
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Laboratory colonies of the leaf-cutting ants Atta sexdens feed daily with leaves of Ipomoea batatas showed ant mortality and a significant decrease in the size of the fungal garden after the second week, with complete depletion of nests after 5 weeks of treatment. The mean oxygen consumption rate of these ants was higher than the control (ants collected from nests feed with leaves of Eucalyptus alba), suggesting a physiological action of the leaves of I. batatas on the ants in addition to the effect of inhibiting the growth of the fungal garden.
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Este trabalho foi conduzido na Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal-UNESP, com o objetivo de estudar o efeito de diferentes quantidades de palha de cana-de-açúcar deixadas na superfície do solo sobre a emergência de algumas espécies de plantas daninhas pertencentes à família Convolvulaceae. Os tratamentos foram distribuídos no esquema de parcelas subsubdivididas, com a quantidade de palha nas parcelas de 0, 5, 10, 15 e 20 t ha-1, as variedades SP 79 2233 e RB 83 5486 nas subparcelas e as espécies de plantas daninhas nas subsubparcelas. Aos 45 dias após semeadura (DAS), a presença de 15 t ha-1 de palha reduziu em 46 e 62% o número de plantas de I. quamoclit e M. cissoides, respectivamente. Entretanto, a presença de 20 t ha-1 reduziu em 82, 65, 62, 70, 60 e 88% o número de plantas de I. quamoclit, I. purpurea, I. grandifolia, I. hederifolia, I. nil e M. cissoides, respectivamente, quando comparadas à ausência de palha.
Resumo:
As famílias Convolvulaceae e Euphorbiaceae possuem diferentes espécies que infestam os canaviais de forma rápida e agressiva, especialmente em áreas cobertas pela palha remanescente da colheita que não foram queimadas. Essa infestação, associada às extensas áreas de cultivo, tem dificultado a operacionalidade do manejo químico exclusivamente durante a estação chuvosa do ano, levando aos produtores a necessidade de aplicar os herbicidas também no período de estiagem. Nesse contexto, o presente trabalho objetivou estudar a persistência dos herbicidas aplicados durante o período de estiagem em resistir às intempéries climáticas até o início da estação chuvosa, avaliando-se o controle sobre as espécies dos gêneros de Ipomoea, Merremia e Euphorbia. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com 42 tratamentos, distribuídos em esquema de parcelas subdivididas com seis repetições. Os herbicidas amicarbazone (1.050 g ha-1), imazapic (1.22,5 g ha-1), sulfentrazone (600 g ha-1) e as associações clomazone (1.000 g ha-1) + hexazinone (250 g ha-1), sulfentrazone (600 g ha-1) + diurom (936 g ha-1) + hexazinone (264 g ha-1), sulfentrazone (500 g ha-1) + amicarbazone (700 g ha-1) e testemunha foram alocados nas parcelas. As espécies Ipomoea nil, I. hederifolia, I. quamoclit, I. grandifolia, Merremia aegyptia e Euphorbia heterophylla foram semeadas diretamente no solo, cobertas com o equivalente a 15 t ha-1 de palha de cana-de-açúcar e alocadas nas subparcelas. Após a aplicação dos herbicidas, registraram-se 70 dias de ausência de chuvas e o estresse hídrico impossibilitou a avaliação de controle, devido à não emergência das plantas daninhas em todos os tratamentos. Entretanto, com o início da estação chuvosa aos 90 dias após o tratamento, iniciaram-se as avaliações de eficácia devido à emergência das plantas daninhas. Aos 150 DAT (dias após os tratamentos) os herbicidas sulfentrazone e sulfentrazone associado a amicarbazone foram os mais persistentes e apresentaram média de eficácia de controle superior a 85%, considerando todas as espécies, quando comparada à da testemunha.
Resumo:
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
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V. S. PATIL (Department of Botany, Faculty of Science, The Maharaja Sayajirao University of Baroda, Vadodara-390002 India), K. S. RAO (BRD School of Bioscieces, S. P. University, Vallabh Vidyanagar, India), and K. S. RAJPUT (Department of Botany, Faculty of Science, The Maharaja Sayajirao University of Baroda, Vadodara-390002 India). Development of intraxylary phloem and internal cambium in Ipomoea hederifolia (Convolvulaceae). J. Torrey Bot. Soc. 136: 423-432. 2009-In Ipomoea hederifolia L. (Convolvulaceae), internal/intraxylary phloem originated as isolated strands from the procambially derived cells after the formation of protoxylem and protophloem. Bands of internal phloem were apparent in the sixth internode after the development of metacambium. In the relatively thick stems several small arcs/segments of internal cambium ensues from the parenchyma cells between the protoxylem and internal protophloem. Though all the segments were active, some of them (two of them located opposite to each other) were relatively more active. Bidirectional differentiation of these segments gave rise to secondary xylem centrifugally and secondary phloem centripetally, resulting inverted vascular bundles. Rest of the internal cambium segments were unidirectional and formed only secondary phloem centripetally. Like external vascular cambium, the internal cambium was non-storied. Structurally, secondary xylem and phloem was composed of axial and radial system in which rays were mostly uni- to biseriate. Secondary xylem produced by the internal cambium was more or less similar to the xylem formed by the external successive cambia. Secondary phloem produced by the internal cambium was composed of sieve tubes, companion cells, axial and ray parenchyma cells. Simple sieve plates of internal phloem were mostly arranged on transverse end walls in contrast to compound and obliquely placed sieve plates of external phloem formed by the successive cambia.
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Considering the quality of the phytotherapic agents, it is important to point out that it includes rigorous attendance of the different steps of the development and production of these products, from the collection of the vegetable to the availability of the final product. In this work the quality control of the Operculina macrocarpa (Linn) Urb. roots, popularly known as 'batata-de-purga', was carried out. Pharmacopoeic and no pharmacopoeic methodologies were employed to physico-chemical and microbiological quality control. The obtained results showed that the roots presents a content of resin of 9,85%, The microbiological analysis did not present pathogenic growth among the other accomplished tests. The work stands out the importance of the establishment of norms for the quality control for the plants, so that they are found able to be used for phytotherapic reasons.
Resumo:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Resumo:
Através de experimentos por via oral, verificou-se que o búfalo é tão sensível quanto o bovino à intoxicação por Ipomoea asarifolia R. et Schult., planta responsável por ocasionais surtos de intoxicação em bovinos, ovinos e caprinos. Uma a quatro doses diárias de 10-20g/kg provocaram o aparecimento de sintomas acentuados e bastante semelhantes em ambas as espécies, consistindo principalmente em incoordenação, tremores musculares e balanço da cabeça, inclusive da parte anterior do corpo (movimento pendular). Em búfalos, os sintomas de incoordenação eram um pouco menos acentuados, com tendência de os animais permanecerem em decúbito esternal. Embora não haja nenhum relato de intoxicação natural por I. asarifolia em búfalos, é possível que casos de intoxicação nessa espécie estejam passando despercebidos.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi acompanhar a evolução clínica, o desempenho produtivo e reprodutivo e descrever as lesões de caprinos intoxicados por Ipomoea carnea subsp. fistulosa após a retirada dos locais onde ocorre a planta. Para isso foram utilizados 37 caprinos, divididos em 4 grupos. O Grupo 1 era composto por 14 caprinos adquiridos em uma propriedade onde ocorria a planta e que apresentavam condição corporal ruim e sinais clínicos nervosos da intoxicação, que variavam de discretos a acentuados. O Grupo 2 era composto por 10 cabras adquiridas em uma propriedade onde não ocorria a planta e também apresentavam condição corporal ruim. O Grupo 3 era composto por dois caprinos com sinais clínicos da intoxicação, que foram abatidos na fazendo onde tinham se intoxicado. O Grupo 4 era composto por 11 caprinos que serviram como controle para o estudo das lesões macroscópicas e histológicas. Os animais dos Grupos 1 e 2 foram avaliados por um período de 12 meses em uma propriedade localizada no município de Castanhal, onde não ocorre a planta. Durante esse período os animais recebiam o mesmo manejo. Seis meses após, os animais do Grupo 1 continuavam com condição corporal ruim, pelo áspero, maior susceptibilidade à infestações por parasitas gastrintestinais e permaneciam com sinais nervosos. Nos animais que apresentavam sinais nervosos discretos houve diminuição desses sinais, principalmente do tremor de intenção, que passou a ser menos perceptível. Nesse mesmo período os caprinos do Grupo 2 ganharam, em média, 13 kg. Das 8 cabras do Grupo 1 que permaneceram na propriedade experimental somente 4 emprenharam e pariram, sendo que 3 cabritos morreram logo após o nascimento, enquanto que todas as cabras do Grupo 2 emprenharam e pariram cabritos sadios. Nos encéfalos dos caprinos do Grupo 1, 3 e 4 foram realizados estudos histológico, morfológico e morfométrico. Macroscopicamente dois animais apresentaram atrofia cerebelar. No estudo morfométrico, as principais alterações histológicas observadas nos animais dos Grupos 1 e 3 foram diminuição dos neurônios de Purkinje do cerebelo. Conclui-se que caprinos cronicamente intoxicados por I. carnea que deixam de ingerir a planta apresentam sinais permanentes, mesmo que diminuídos de intensidade, fraco desempenho produtivo e reprodutivo e alta susceptibilidade aos parasitas gastrintestinais. Sugere-se que os produtores ao iniciar um plano de controle da intoxicação eliminem todos os animais que em um prazo de até 15 dias não apresentam regressão total dos sinais. O sinal permanente mais frequente é o tremor de intenção, associado à perda de neurônios de Purkinje, que poderia ser o principal responsável pela desnutrição dos animais e as conseqüentes falhas reprodutivas e maior susceptibilidade às parasitoses gastrintestinais.