998 resultados para Arquitetura da cidade
Resumo:
Dissertação de Mestrado para obtenção do grau de Mestre em Arquitectura, apresentada na Universidade de Lisboa - Faculdade de Arquitectura.
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Este trabalho analisa a dinâmica geográfica e econômica instaurada no processo de apropriação de capital e domínio do espaço, efetivada por parte dos grandes empreendimentos turísticos de Florianópolis, utilizando o caso do Condomínio Residencial Costão Golf como objeto de estudo. Também é destacada a participação comunitária no caso Il Campanário Villaggio Resort e no caso Porto da Barra. São identificados os Princípios do Direito Ambiental, a Legislação Ambiental do Brasil, as fases de urbanização em Florianópolis, o surgimento dos grandes empreendimentos turísticos na capital catarinense, e suas relações com as comunidades locais onde atuam. Ao final, são analisadas as relações dos grandes empreendimentos turísticos de Florianópolis com o Poder Público, que afrontam os Princípios do Direito Ambiental e a Legislação Ambiental do Brasil, possibilitando impactos socioambientais como a contaminação do Aqüífero Ingleses com o manejo do gramado de um campo de golfe.
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O presente artigo aborda os métodos construtivos empregados pelos imigrantes japoneses que vieram, em 1918, para a cidade de Registro, na região do Vale do Ribeira do Iguape, no estado de São Paulo. A vinda dessa nova frente de imigração foi incentivada pelo Governo do Estado, com o propósito de promover o processo de colonização, bem como de estimular o desenvolvimento econômico do Vale do Ribeira do Iguape por meio da expansão da cultura do café para a região. As características dessa frente de imigração são muito diferenciadas em relação às demais, tendo em vista que os que dela faziam parte chegaram ao Brasil como proprietários de terras e com apoio financeiro e logístico oferecido por uma empresa particular japonesa, responsável por gerenciar o empreendimento. Esses imigrantes, portanto, contaram com auxílio de uma complexa infra-estrutura, cujo objetivo era viabilizar a sua missão de desenvolvimento da região. Mesmo tendo essa particularidade lhes proporcionado a liberdade de recriar sua cultura em solo brasileiro, a realidade do novo habitat forçou-os a reinterpretar seus hábitos culturais ante as novas circunstâncias físicas, econômicas e sociais encontradas. A fim de entender esse processo de adaptação, foi realizado um estudo dos métodos construtivos empregados em suas edificações, baseado nos conhecimentos desses imigrantes sobre sua arquitetura tradicional. Essa análise permitiu examinar o longo processo de sincretismo entre a cultura oriental e o conhecimento construtivo vernáculo dos habitantes do Vale do Ribeira do Iguape.
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A história de Cabo Verde começa com a chegada dos portugueses em 1460. O local selecionado para a primeira ocupação humana, num território anteriormente deserto, recai na zona denominada Ribeira Grande, ilha de Santiago, em consequência da sua ribeira, fonte de água e razão principal de escolha da fixação. É nesse espaço, limitado pelas montanhas acidentadas, pela ribeira e pela topografia irregular que uma pequena povoação nasceu. Nela foi implantada uma área urbana e arquitetónica, fruto de regras de construção do colonizador: Portugal. A génese urbana inicia-se ainda no século XVI, junto a uma baía, designada mais tarde por largo do Pelourinho, bastante orgânica e organizada a partir do porto, do Hospital e da Igreja da Misericórdia. Seguiu-se, ao longo de Quinhentos, o bairro de São Pedro, o maior de todos, também orgânico. O bairro de São Brás, espaço ocupado maioritariamente pelos jesuítas desenvolveu-se de forma paralela à costa. O último bairro intitulado São Sebastião, elevado a partir de meados do século XVI, já foi projetado respeitando os cânones do urbanismo moderno. A cidade conseguiu atrair, pressionada pelos religiosos, pelos monarcas e pelas populações locais, instituições religiosas, régias e privadas que apostaram em obras arquitetónicas marcantes na evolução da urbe, entre as quais a igreja de Nossa Senhora do Rosário, o convento e igreja de São Francisco, a Sé e o paço Episcopal, a fortaleza Real de São Filipe e o Pelourinho.
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As artes visuais, e especificamente a fotografia, possibilitam uma linguagem indireta e ao mesmo tempo subjetiva sobre as transformações do espaço. Isto nos faz pensar sobre o olhar singular do sujeito, que por sua vez também diz respeito ao contexto urbano como um todo. A fotografia ingressa neste trabalho como ferramenta comum de captação das imagens em três experiências por mim realizadas através de percursos. Ela não contribui apenas como um instrumento mecânico capaz de gerar imagens mas, principalmente, como um processo de reflexão sobre a arquitetura através da origem do processo fotográfico negativo-positivo e suas alternâncias (presença/ausência, mobilidade/imobilidade, luz/sombra, irreversível/inacabável) numa relação com a cidade. A primeira experiência, realizada junto ao viaduto Otávio Rocha, apresentada em pranchas de contato, tem o movimento futurista como referencial teórico, e relaciona o deslocamento do sujeito salientando questões referentes à simultaneidade, à velocidade, à mobilidade e à multiplicidade de imagens Na seqüência fotográfica, realizada na segunda experiência em Paris, a simultaneidade acontece através do acaso e da leitura das imagens que apresenta outros percursos realizados através do pensamento analógico, com referência no movimento surrealista. A terceira experiência se concentra especificamente no olhar, na atenção, no acúmulo de imagens e nas sombras projetadas, próprio do processo fotográfico, relacionado-os com o fenômeno urbano e o processo de tradução do fotográfico: o desenho panorâmico da avenida Borges de Medeiros. As características das imagens destas três experiências estão muito próximas das situações vividas na cidade. A fragmentação o acúmulo fotográficos gerados a partir dos percursos, constituem uma resposta simbólica à relação do sujeito na realidade urbana O processo de resgate do olhar do sujeito é análogo ao processo fotográfico pois, ao fotografarmos, iniciamos um processo de assimilação que se completa com o trabalho do negativo. O ato fotográfico, como tal, representa, enfim, a concretização da importância física do olhar de cada sujeito sobre a arquitetura e sobre a cidade.
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A presente dissertação trata de verificar as interfaces entre projetos políticos e a formação das cidades, com foco na cidade do Rio de Janeiro durante as gestões do prefeito Cesar Maia de 2001 a 2004 e de 2005 a 2008. A consolidação do planejamento estratégico como ferramenta de gestão urbana é analisada, com foco nos planos estratégicos da cidade do Rio de Janeiro desenvolvidos ao longo da Era Cesar Maia: Rio Sempre Rio (1995/96) e As Cidades da Cidade (2004). A cidade de Bilbao, cuja recuperação é identificada com a implantação de uma filial do Museu Guggenheim, é estudada, revelando caminhos que outras cidades ao redor do mundo buscaram seguir. Finalmente, são analisados o contexto político e as implicações dos projetos para o Museu Guggenheim, no Porto, e para a Cidade da Música, na Barra da Tijuca, ambos no Rio de Janeiro. Estes casos foram selecionados por tratarem-se de projetos icônicos, que viriam a ser a representação construída da figura política que os orquestrou e que, cada qual à sua maneira, não tiveram o desfecho planejado.
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O projeto busca intervir em uma região da cidade de Osasco (Região Metropolitana de Grande São Paulo), que é cortada pelo Rio Tietê, onde o rio acaba por criar uma grande barreira física. Esta barreira, apesar da existência de pontes no local, até hoje não conseguiu ser vencida urbanisticamente, ou seja, a cidade não conseguiu se integrar ao rio. O fato de essa região ser reduto de indústrias, em boa parte abandonadas, somados a poluição do rio, gera um cenário urbano degradado e faz com que a barreira que divide a cidade em duas partes seja maior. O Plano Diretor da cidade já aponta a necessidade de uma revitalização nessa área. A prefeitura da cidade vem desenvolvendo um projeto de revitalização de parte dessa área e ligando os dois lados. Porém essa ligação ainda dá traços de privilegiar mais o automóvel do que o pedestre, até mesmo pela largura considerável do rio nessa região. Nesse ponto, a proposta deste trabalho está em criar um elo de ligação entre as duas margens do rio, de maneira a integrá-lo a cidade e aos cidadãos. Essa integração deve ser segura, pois assaltos são freqüentes nas passarelas dessa região. Também deve apresentar um caráter estético satisfatório e que se encaixe na paisagem. Busca-se também a revitalização da área, com substituição das fábricas e galpões abandonados, por residências, serviços e comércio, assim criando uma nova dinâmica. Então, este trabalho aponta para a criação de um EDIFICIO-PONTE, como tentativa de solucionar o problema dessa ligação (ou falta dela), com segurança, qualidade urbanística, ampliação da dinâmica local, fluxo de pessoas, além de ser um desafio projetual de arquitetura, já que não são tão comuns os edifícios-ponte
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From the second half of the twentieth century, due to several factors that have attracted industries and public investments to the city, São José dos Campos has begun to stand out in the economic and industrial scenario. Consequently, the city received a big migratory flow of workers, families and those who seeked a better life, which caused the horizontal e vertical expansion of the city. With the high demand of urban spaces and increasing of property speculation, the verticalization process was necessary. Along with the constructions of new buildings, the first models of the modern architecture began to emerge
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From the second half of the twentieth century, due to several factors that have attracted industries and public investments to the city, São José dos Campos has begun to stand out in the economic and industrial scenario. Consequently, the city received a big migratory flow of workers, families and those who seeked a better life, which caused the horizontal e vertical expansion of the city. With the high demand of urban spaces and increasing of property speculation, the verticalization process was necessary. Along with the constructions of new buildings, the first models of the modern architecture began to emerge
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Natal has come through major changes in the last 150 years, since the actions of city beautification, in the 19th century, until the present day, when such transformations start to have the objective of including the city in the competition for the attraction of the capital flows and consumption, domestically and in a foreign sense. It is thought that the first initiatives aimed at increasing tourism in Natal occurred in the 1960s, however, it became apparent that only from the 1980s was there a significant increase in tourist activities in Natal and the Metropolitan Region, especially on the east coast of the state of Rio Grande do Norte, leading to an expansion of the labour market, the significant increase of foreign investment, territorial changes of great impact and the production of buildings primarily intended for the hotel industry and second residence for European tourists. Since then, the incentives for tourist activity in the state have been maintained and even increased, based on tourism aimed at natural beauties, local cuisine and events, which transformed the tourist activity in one of the main sources of foreign exchange for the city of Natal. In the early 21st century, the construction of high-rise condominiums, monuments (including the designer ones), such as the Parque da Cidade, designed by Oscar Niemeyer, were already established. Also, shopping centers and, in order to host the World Cup, the new football stadium, the Arena das Dunas, among others, which were aimed at local and foreign consumers, especially European, stood out in the city. It is understood that these new buildings, monuments and also renovations and restorations that were deployed in the city of Natal aimed at constructing a new identity for the city, within the process of capitalist development and urban spectacle. It is considered that the monuments and the iconic buildings are attributes of the cities aimed at selling locations as goods, establishing a new urban environment, a new role as cities, which aimed at seeking greater autonomy from the nation-state. In this research, it was sought to analyze the architectural object, that is, buildings and monuments built or restored in Natal and its relevance to the city marketing promoted by the city itself. It was found that, indeed, such buildings and monuments are inserted in contemporary architectural production as a basis for increasing the competitive nature of Natal. In addition, they reveal a capitalist mode of production, supported by public resources, operating in the production of urban space with a view to repeating the hegemonic model of a competitive city
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A hipótese defendida nesta pesquisa se baseia na possibilidade de a arquitetura jesuítica implantada em terras brasileiras (século XVI) dialogar e agenciar, num mesmo corpo edificado, e de modo inter-relacionado, aspectos relativos à morfologia urbana, tipologia e paisagem. Lama explica que, como disciplina, a morfologia urbana agrega para si não somente o ambiente construído, mas os meios pelos quais este foi construído em sua interação com a forma urbana, ou seja, os “fenômenos sociais, econômicos e outros motores da urbanização” (LAMAS, 1992). Entender a forma urbana é entender seus elementos constituintes, “quer em ordem à leitura ou análise do espaço, quer em ordem à sua concepção ou produção” (LAMAS, 1992). Estudar a forma urbana significa compreender o lugar onde se insere a cidade e seus elementos constituintes, seus espaços e a inter-relação entre eles e seu contexto, em um espectro abrangente do que se denomina cidade, e urbano. A tipologia arquitetônica e a morfologia urbana estão interligadas no cerne de suas análises, considerando que ambas, segundo Pereira, estudam “duas ordens de fatos homogêneos” (PEREIRA, 2012); estudam elementos constituintes da cidade – arquitetônicos e espaciais – que se sobrepõem ou se complementam de acordo com a escala de análise utilizada. A arquitetura jesuítica do Brasil colonial modela de modo determinante a construção de distintos núcleos urbanos originários na costa brasileira no século XVI. Isso, por meio da implantação de tipologia edilícia que acompanha a doutrina jesuítica de localização e escolha do sítio para suas construções, preconizando segurança, visibilidade do entorno e facilidade de acesso por rios ou pelo mar. Essas construções, realizadas em áreas elevadas, marcaram, por conseguinte, no tempo e no espaço, a paisagem dos primeiros núcleos urbanos brasileiros. A pesquisa analisou um dos exemplares históricos da arquitetura jesuítica no Estado do Espírito Santo, especificamente na cidade de Vitória, capital e núcleo urbano original da colonização portuguesa neste Estado. A instalação dos jesuítas na antiga Vila da Vitória, no séc. XVI, através de sua igreja dedicada a São Tiago e de seu colégio anexo, marca a presença tipológica de uma arquitetura religiosa que influencia a própria morfologia da cidade – caracterizando esta arquitetura como um tipomorfológico - e, por reflexo, participa da construção de sua paisagem urbana secular. Entende-se que o antigo complexo jesuítico de São Tiago e atual Palácio Anchieta, sede governamental e prédio cultural capixaba, é uma arquitetura que permeia estas três grandes narrativas arquitetônicas e urbanas: a tipologia, a morfologia e a paisagem.