540 resultados para Abdominal obesity
Resumo:
Esta dissertação buscou uma apreciação crítica e pragmática da relação entre desigualdade socioeconômica e obesidade abdominal, em resposta a proposição internacional de monitoramento das desigualdades em saúde e a escassez de estudos desta natureza relativos à obesidade abdominal. Dois artigos foram elaborados a fim de estimar o grau de desigualdade educacional na ocorrência de obesidade abdominal e revisar os estudos de associação entre posição socioeconômica e obesidade abdominal. O primeiro artigo utilizou o índice angular de desigualdade e o índice relativo de desigualdade em dados seccionais de 3.117 participantes da linha de base do Estudo Pró-Saúde, 1999-2001, e o segundo artigo abarcou os resultados de estudos conduzidos em população adulta no Brasil. Os índices de desigualdade resumiram a tendência monotônica e inversa observada entre escolaridade e obesidade abdominal na população feminina, proporcionando estimativas quantitativas desta desigualdade (artigo 1). Em concordância, observou-se que a associação entre indicadores de posição socioeconômica e obesidade abdominal foi majoritariamente inversa entre as mulheres, principalmente com relação à escolaridade, e estatisticamente não significativa entre os homens (artigo 2). Tal cenário epidemiológico evidencia que a obesidade abdominal tem afetado desproporcionalmente as mulheres de posição socioeconômica mais baixa e que a desigualdade de gênero na prevalência de obesidade abdominal tende a aumentar com menor posição socioeconômica. Em suma, a presente dissertação visou à produção de conhecimento epidemiológico relevante ao enfrentamento das desigualdades em saúde, com o objetivo premente de subsidiar políticas públicas de fato realizáveis e individualmente aceitáveis.
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Objective: The incidence of oesophageal adenocarcinoma (EAC) has increased rapidly over the past 40 years and accumulating evidence suggests that obesity, as measured by body mass index (BMI), is a major risk factor. It remains unclear whether abdominal obesity is associated with EAC and gastric adenocarcinoma.
Design: Cox proportional hazards regression was used to examine associations between overall and abdominal obesity with EAC and gastric adenocarcinoma among 218 854 participants in the prospective NIHeAARP cohort.
Results: 253 incident EAC, 191 gastric cardia adenocarcinomas and 125 gastric non-cardia adenocarcinomas accrued to the cohort. Overall obesity (BMI) was positively associated with EAC and gastric
cardia adenocarcinoma risk (highest ($35 kg/m2) vs referent (18.5e<25 kg/m2); HR 2.11, 95% CI 1.09 to 4.09 and HR 3.67, 95% CI 2.00 to 6.71, respectively). Waist circumference was also positively associated with EAC and gastric cardia adenocarcinoma risk (highest vs referent; HR 2.01, 95% CI 1.35 to 3.00 and HR 2.22, 95% CI 1.43 to 3.47, respectively), whereas waist-to-hip ratio (WHR) was positively associated with EAC risk only (highest vs referent; HR 1.81, 95% CI 1.24 to 2.64) and persisted in patients with normal BMI (18.5e<25 kg/m2). Mutual adjustment of WHR and BMI attenuated
both, but did not eliminate the positive associations for either with risk of EAC. In contrast, the majority of the anthropometric variables were not associated with adenocarcinomas of the gastric non-cardia.
Conclusion Overall obesity was associated with a higher risk of EAC and gastric cardia adenocarcinoma, whereas abdominal obesity was found to be associated with increased EAC risk; even in people with normal BMI
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To estimate the prevalence of metabolically healthy obesity (MHO) according to different definitions. Population-based sample of 2803 women and 2557 men participated in the study. Metabolic abnormalities were defined using six sets of criteria, which included different combinations of the following: waist; blood pressure; total, high-density lipoprotein or low-density lipoprotein-cholesterol; triglycerides; fasting glucose; homeostasis model assessment; high-sensitivity C-reactive protein; personal history of cardiovascular, respiratory or metabolic diseases. For each set, prevalence of MHO was assessed for body mass index (BMI); waist or percent body fat. Among obese (BMI 30 kg/m(2)) participants, prevalence of MHO ranged between 3.3 and 32.1% in men and between 11.4 and 43.3% in women according to the criteria used. Using abdominal obesity, prevalence of MHO ranged between 5.7 and 36.7% (men) and 12.2 and 57.5% (women). Using percent body fat led to a prevalence of MHO ranging between 6.4 and 43.1% (men) and 12.0 and 55.5% (women). MHO participants had a lower odd of presenting a family history of type 2 diabetes. After multivariate adjustment, the odds of presenting with MHO decreased with increasing age, whereas no relationship was found with gender, alcohol consumption or tobacco smoking using most sets of criteria. Physical activity was positively related, whereas increased waist was negatively related with BMI-defined MHO. MHO prevalence varies considerably according to the criteria used, underscoring the need for a standard definition of this metabolic entity. Physical activity increases the likelihood of presenting with MHO, and MHO is associated with a lower prevalence of family history of type 2 diabetes.
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The association between adiposity measures and dyslipidemia has seldom been assessed in a multipopulational setting. 27 populations from Europe, Australia, New Zealand and Canada (WHO MONICA project) using health surveys conducted between 1990 and 1997 in adults aged 35-64 years (n = 40,480). Dyslipidemia was defined as the total/HDL cholesterol ratio >6 (men) and >5 (women). Overall prevalence of dyslipidemia was 25% in men and 23% in women. Logistic regression showed that dyslipidemia was strongly associated with body mass index (BMI) in men and with waist circumference (WC) in women, after adjusting for region, age and smoking. Among normal-weight men and women (BMI<25 kg/m(2)), an increase in the odds for being dyslipidemic was observed between lowest and highest WC quartiles (OR = 3.6, p < 0.001). Among obese men (BMI ≥ 30), the corresponding increase was smaller (OR = 1.2, p = 0.036). A similar weakening was observed among women. Classification tree analysis was performed to assign subjects into classes of risk for dyslipidemia. BMI thresholds (25.4 and 29.2 kg/m(2)) in men and WC thresholds (81.7 and 92.6 cm) in women came out at first stages. High WC (>84.8 cm) in normal-weight men, menopause in women and regular smoking further defined subgroups at increased risk. standard categories of BMI and WC, or their combinations, do not lead to optimal risk stratification for dyslipidemia in middle-age adults. Sex-specific adaptations are necessary, in particular by taking into account abdominal obesity in normal-weight men, post-menopausal age in women and regular smoking in both sexes.
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Introdução: A incidência da doença arterial coronária é uma das principais causas de morbidade e motalidade em diversos países e o estudo dos fatores de risco têm grande importância na prevenção e no tratamento dessa enfermidade. Entre outros fatores, a obesidade e a obesidade abdominal têm sido associadas com a maior incidência de DAC. A ingestão diária de nutrientes também pode estar relacionada com essa doença, porém, uma vez que a alimentação é complexa e contém diversos nutrientes, ainda não foi possível elucidar o impacto da alimentação no risco de desenvolver a doença arterial coronária. Objetivo: Avaliar a relação entre o consumo alimentar diário, a presença de obesidade abdominal e achados angiográficos de obstrução arterial em pacientes portadores de cardiopatia isquêmica, submetidos a cateterismo cardíaco. Métodos: Foi realizado um estudo transversal, com 284 pacientes submetidos a cateterismo cardíaco, da unidade de hemodinâmica de um hospital universitário. Foi avaliada a RCQ, o IMC, a ingestão alimentar diária através de um inquérito nutricional, a análise bioquímica do sangue e a avaliação do laudo do cateterismo cardíaco. Resultados: Dos pacientes avaliados, 172 indivíduos (60,6%) apresentavam alterações em uma ou mais artérias coronárias. A ingestão média diária de calorias foi de 2450,56 Kcal/dia. O consumo de proteínas foi em média 1,66 g/Kg/dia, de carboidratos foi de 3,83 g/Kg/dia e de lipídeos foi de 1,21 g/Kg/dia. A idade, o sexo masculino, os níveis séricos de triglicerídeos, o consumo de álcool e a glicemia em jejum foram estatisticamente significativos na análise multivariada. Conclusão: Nos pacientes avaliados, o consumo diário de calorias encontra-se adequado, porém a ingestão de proteínas, carboidratos e lipídeos estão inadequados. Em relação aos fatores de risco para DAC, as mulheres apresentaram maior associação para desenvolver a síndrome metabólica do que os homens.
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FUNDAMENTO: A ausência de valores críticos para a identificação de risco cardiovascular entre adolescentes brasileiros representa uma importante limitação. OBJETIVOS: Elaborar valores críticos para circunferência de cintura e analisar sua eficiência na indicação de valores elevados de pressão arterial. MÉTODOS: Estudo transversal que avaliou 1.145 adolescentes de 11 a 17 anos (536 do sexo masculino e 609 do feminino), dos quais foram coletados valores de peso corporal, estatura, resistência, reatância, dobra cutânea tricepital, circunferência de cintura e pressão arterial (n= 334). A obesidade abdominal foi indicada por meio de valores de circunferência de cintura. RESULTADOS: Os adolescentes obesos apresentaram valores mais altos de circunferência de cintura e, independentemente de gênero e grupo etário, houve relação significativa entre os valores de circunferência de cintura e todos os indicadores de adiposidade adotados no estudo. Os valores críticos propostos apresentaram maior sensibilidade na indicação de valores elevados de pressão arterial. CONCLUSÕES: Os valores críticos propostos para circunferência de cintura foram mais sensíveis na indicação de valores elevados de pressão arterial. Entretanto, ainda são necessários estudos para averiguar a eficiência dos mesmos na indicação de outros parâmetros clínicos e laboratoriais.
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FUNDAMENTO: A obesidade está ligada à hipertensão arterial (HA) na infância. Entretanto, o papel da gordura como preditor de HA em adolescentes permanece desconhecido. OBJETIVO: Investigar a associação entre obesidade geral e abdominal com HA e identificar a sensibilidade e especificidade desses indicadores para detectar HA em adolescentes. MÉTODOS: A amostra consistiu em 1.021 adolescentes com idade de 10-17 anos. Os indivíduos foram classificados como normal, sobrepeso/obesidade, de acordo com as medidas do IMC, e como não-obeso com obesidade abdominal, de acordo com as medidas da circunferência da cintura (CC). A pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) foi avaliada através de um dispositivo oscilométrico. Regressão logística e curvas ROC foram usadas na análise estatística. RESULTADOS: A prevalência geral de HA foi 11,8% (13,4% em meninos e 10,2% em meninas). A prevalência de HA em meninos e meninas com sobrepeso/obesidade foi 10% e 11,1%, respectivamente. A prevalência de HA em meninos com obesidade abdominal foi 28,6%. Para ambos os sexos, o odds ratio (OR) para HA foi mais alto na obesidade abdominal do que no sobrepeso/obesidade geral (4,09 [OR IC95% = 2,57-6,51]) versus 1,83 [OR IC95% = 1,83-4,30]). O OR para HA foi mais alto quando sobrepeso/obesidade geral e obesidade abdominal estavam agrupados (OR = 4,35 [OR IC95% = 2,68 -7,05]), do que quando identificados como sobrepeso/obesidade geral ou obesidade abdominal apenas (OR = 1,32 [OR IC95% = 0,65- 2,68]). Entretanto, ambos os tipos de obesidade apresentavam baixo poder preditivo na detecção de HA. CONCLUSÃO: Obesidade geral e obesidade abdominal foram associadas com HA; entretanto, a sensibilidade e especificidade dessas variáveis na detecção de HA são baixas em adolescentes brasileiros.
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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OBJETIVO: Analisar a associação entre obesidade abdominal e pressão arterial elevada em adolescentes da rede pública de ensino da região metropolitana da cidade de Londrina (PR). MÉTODOS: Constituiu-se uma amostra de 656 adolescentes com idades entre dez e 13 anos. Foram realizadas análises antropométricas de massa corporal, estatura e circunferência de cintura, além da aferição da pressão arterial de repouso. Para análise e comparação dos dados, foram aplicados Mann-Whitney e o teste t de Student. Também foram analisadas as possíveis associações entre pressão arterial e circunferência de cintura por meio do teste do qui-quadrado. RESULTADOS: Foram identificadas associações entre obesidade abdominal e pressão arterial elevada em ambos os sexos (RP 2,7; IC95% 1,8-4,2). Além disso, verificou-se que, independentemente do grupo etário, a obesidade abdominal associa-se com valores mais elevados de pressão arterial. CONCLUSÕES: A obesidade abdominal está associada à ocorrência de aumento da pressão arterial em adolescentes.
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OBJETIVO: Analisar a concordância e eficiência de três valores críticos para índice de massa corporal (IMC) na indicação da obesidade abdominal e do excesso de gordura corporal em adolescentes. MÉTODOS: Análise transversal, em que participaram do estudo 807 jovens, de ambos os sexos (entre 11 e 17 anos), e foram aferidos valores de massa corporal, estatura, circunferência de cintura e gordura corporal relativa. A curva ROC analisou a eficiência dos pontos de corte para índice de massa corporal. RESULTADOS: Os três valores críticos analisados apresentaram moderada concordância na indicação da obesidade abdominal (0,54 a 0,66) e elevados valores de sensibilidade (77,4% a 92,8%) e especificidade (75,6% a 91,6%) para a indicação do estado nutricional. A proposta nacional foi mais sensível na indicação de concomitante excesso de gordura corporal e obesidade abdominal (97,8%). CONCLUSÃO: Todos os valores críticos analisados apresentaram desempenho similar na indicação do estado nutricional e da obesidade abdominal, no entanto a proposta nacional foi mais sensível na indicação de indivíduos obesos com elevado risco cardiovascular.
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Background and objective: Central or abdominal obesity (AA) is a highly prevalent determinant of the metabolic syndrome and its control requires intervention strategies. This study investigated the risk factors associated with the presence of AA in hospitalized individuals. Patients and methods: A total of 1626patients were studied. The investigated risk factors possibly associated with AA were gender, age, body mass index (BMI), habitual energy intake (HEI) and fat intake (FI). AA was determined by waist circumference (WC) and waist-to-hip ratio (WHR). The chi2, Mann-Whitney and Kruskal-Wallis tests were used to compare the data and univariate and multiple logistic regressions were used to identify the predictive factors of AA. Results: Women were at higher risk of developing AA than men (P. <. 0.0001). The HEI and FI of individuals with and without AA and of women and men were not significantly different. According to multivariate analysis, HEI was not a predictive factor of AA, contrary to gender and age. The risk factors for AA, determined by WC, were gender (OR. = 6.8; CI. = 5.3-8.7) and age (OR. = 1.0; CI. = 1.0-1.0). Women were six times more likely to develop AA than men. Conclusions: Evidence of an association between AA and HEI or FI was not found, but gender and age were associated with AA. © 2013 Elsevier Masson SAS.
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Cardiovascular diseases are a growing public health problem that affects most people over the age of 65 years and abdominal obesity is one of the risk factors for the development of these diseases. There are several methods that can be used to measure body fat, but their accuracy needs to be evaluated, especially in specific populations such as the elderly. The aim of this study was to assess the accuracy of anthropometric indicators to estimate the percentage of abdominal fat in subjects aged 80 years or older. A total of 125 subjects ranging in age from 80 to 95 years (83.5 ± 3), including 79 women (82.4 ± 3 years) and 46 men (83.6 ± 3 years), were studied. The following anthropometric indicators were used: body mass index (BMI), waist circumference (WC), waist-hip ratio (WHR), and waist-to-height ratio (WHtR). The percentage of abdominal fat was measured by DEXA. Sensitivity and specificity were analyzed using an ROC curve. The sensitivity, specificity and AUC were 0. 578, 0. 934 and 0. 756 for BMI, respectively; 0.703, 0.820 and 0.761 for WC; 0.938, 0.213 and 0.575 for WHR, and 0.984, 0.344 and 0.664 for WHtR. BMI and WC were the anthropometric indicators with the largest area under the curve and were therefore more adequate to identify the presence or absence of abdominal obesity.
Impacto de diferentes métodos de avaliação da obesidade abdominal após síndromes coronarianas agudas
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Background: Abdominal obesity is an important cardiovascular risk factor. Therefore, identifying the best method for measuring waist circumference (WC) is a priority. Objective: To evaluate the eight methods of measuring WC in patients with acute coronary syndrome (ACS) as a predictor of cardiovascular complications during hospitalization. Methods: Prospective study of patients with ACS. The measurement of WC was performed by eight known methods: midpoint between the last rib and the iliac crest (1), point of minimum circumference (2); immediately above the iliac crest (3), umbilicus (4), one inch above the umbilicus (5), one centimeter above the umbilicus (6), smallest rib and (7) the point of greatest circumference around the waist (8). Complications included: angina, arrhythmia, heart failure, cardiogenic shock, hypotension, pericarditis and death. Logistic regression tests were used for predictive factors. Results: A total of 55 patients were evaluated. During the hospitalization period, which corresponded on average to seven days, 37 (67%) patients had complications, with the exception of death, which was not observed in any of the cases. Of these complications, the only one that was associated with WC was angina, and with every cm of WC increase, the risk for angina increased from 7.5 to 9.9%, depending on the measurement site. It is noteworthy the fact that there was no difference between the different methods of measuring WC as a predictor of angina. Conclusion: The eight methods of measuring WC are also predictors of recurrent angina after acute coronary syndromes. Key words: Evaluation; Acute Coronary Syndrome; Abdominal Circumference
Resumo:
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)