997 resultados para ATP III
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FUNDAMENTO: Ao migrarem para as Américas, os japoneses submeteram-se a processo de ocidentalização, com estilo de vida, especialmente dieta, muito diferente, podendo explicar o aumento de diabete melito (DM), síndrome metabólica (SM) e doenças cardiovasculares. OBJETIVO: Analisar a presença de necrose miocárdica e hipertrofia ventricular esquerda (HVE) pelo ECG e sua relação com DM e SM em população de nipo-brasileiros. MÉTODOS: Estudo transversal que avaliou 1.042 nipo-brasileiros acima de 30 anos, 202 nascidos no Japão (isseis) e 840 nascidos no Brasil (nisseis), provenientes da segunda fase do estudo Japanese-Brazilian Diabetes Study Group iniciado em 2000. A SM foi definida pelos critérios da NCEP-ATP III modificados para os japoneses. A presença de DM e SM se associou ao encontro de necrose miocárdica pelo critério de Minnesota e de HVE pelo critério de Perugia no ECG. Utilizou-se o método estatístico do qui-quadrado para rejeição da hipótese de nulidade. RESULTADOS: Dos 1.042 participantes 35,3% tinham DM (38,6% entre os isseis e 34,5% nos nisseis); 51,8% tinham SM (59,4% nos isseis e 50,0% nos nisseis). A presença de zona inativa nos isseis diabéticos não foi estatisticamente significante quando comparada com os não-diabéticos, porém entre os nisseis diabéticos a zona inativa estava presente em 7,5%. Houve correlação estatisticamente significante entre a SM e HVE nos isseis e nisseis. CONCLUSÃO: Distúrbios metabólicos tiveram alta prevalência em nipo-brasileiros com correlações significantes com necrose e hipertrofia pelo ECG.
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FUNDAMENTO: A síndrome metabólica (SM) é um agregado de fatores predisponentes para doenças cardiovasculares e diabete melito, cujas características epidemiológicas são insuficientemente conhecidas nos níveis regional e nacional. OBJETIVO: Estimar a prevalência de SM e fatores associados em uma amostra de hipertensos da área urbana de Cuiabá - MT. MÉTODOS: Estudo de corte transversal (maio a novembro de 2007) em amostra de 120 hipertensos (com 20 anos ou mais), pareados por gênero e selecionados por amostragem sistemática de uma população fonte de 567 hipertensos de Cuiabá. Todos os selecionados responderam a um inquérito em domicílio para obtenção de dados sócio-demográficos e hábitos de vida. Foram medidos: pressão arterial; índice de massa corpórea (IMC); circunferências da cintura e quadril; glicemia; insulinemia; lípides séricos; cálculo do índice de homeostase da resistência insulínica (HOMA); proteína C-reativa; ácido úrico e fibrinogênio. O critério para hipertensão adotado foi: média da PAS > 140mmHg e/ou PAD > 90mmHg, para síndrome metabólica segundo a I Diretriz Brasileira de Síndrome Metabólica e NCEP-ATP III. RESULTADOS: Foram analisados 120 hipertensos (60 mulheres), com média de idade de 58,3 ± 12,6 anos. Observou-se prevalência de SM de 70,8% (IC95% 61,8-78,8), com predomínio entre as mulheres (81,7% vs. 60,0%; p=0,009), sem diferenças entre adultos (71,4%) e idosos (70,2%). A análise de regressão múltipla revelou uma associação positiva entre a SM e o IMC > 25 kg/m², a resistência insulínica e algum antecedente familiar de hipertensão. CONCLUSÃO: Observou-se uma elevada prevalência de SM entre hipertensos de Cuiabá, associada significativamente ao IMC >25 kg/m², à resistência insulínica (Índice HOMA) e, em especial, a uma história familiar de hipertensão. Estes resultados sugerem o aprofundamento deste assunto através de novos estudos.
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FUNDAMENTO: A prevalência de síndrome metabólica (SM), encontrada em diferentes estudos, tem apresentado ampla variação dependendo da população e do critério diagnóstico utilizado, havendo uma tendência de maior prevalência da SM com o critério diagnóstico da International Diabetes Federation (IDF). OBJETIVO: Comparar a prevalência da SM com diferentes critérios em idosos de uma comunidade. MÉTODOS: Este é um estudo transversal, de base populacional, realizado na cidade de Novo Hamburgo - RS, Brasil -, do qual participaram 378 idosos com 60 anos ou mais (252 mulheres e 126 homens). A prevalência da SM foi estimada aplicando os critérios diagnósticos do National Cholesterol Education Program - Adult Treatment Panel III (NCEP ATPIII) (2001), do NCEP ATPIII revisado (2005) e da IDF. RESULTADOS: A prevalência de SM aumentou progressivamente com a utilização dos critérios do NCEP ATP III, NCEP ATP III revisado e da IDF, apresentando valores de 50,3%, 53,4% e 56,9%, respectivamente. O aumento progressivo da prevalência de SM com a utilização dos três critérios ocorreu em ambos os sexos, com maior prevalência entre as mulheres, com percentuais de 57,1%, 59,9% e 63,5% com os critérios do NCEP ATP III, NCEP ATP III revisado e da IDF, respectivamente. CONCLUSÃO: Utilizando o critério da IDF, encontrou-se uma maior prevalência de SM em relação à prevalência encontrada com o critério do NCEP ATP III e NCEP ATP III revisado. A prevalência da SM foi maior entre as mulheres, independente do critério utilizado.
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FUNDAMENTO: O agrupamento de fatores de risco cardiovasculares, chamado de síndrome metabólica, ocorre em crianças e adultos. A resistência à insulina e a obesidade são partes usuais do quadro, mas seu efeito conjunto no aparecimento da síndrome permanece algo controverso. OBJETIVO: O objetivo do presente estudo foi examinar a relação do índice de massa corporal (IMC) e resistência à insulina com a síndrome metabólica (SM) em crianças. MÉTODOS: Estudamos 109 crianças, 55 meninos e 54 meninas, entre 7 e 11 anos de idade (55 obesos, 23 com sobrepeso e 31 controles). A classificação do peso de cada criança foi baseada na razão IMC/idade. Glicose, HDL, triglicérides e insulina foram medidos em amostras de jejum. A pressão arterial foi medida duas vezes. A síndrome metabólica foi definida conforme os critérios do NCEP ATP III. RESULTADOS: O diagnóstico de SM foi encontrado somente em crianças obesas. A maior frequência de SM e de muitos de seus componentes foi encontrada em crianças classificadas acima do terceiro quartil do índice HOMA-IR, que é consistente com uma associação entre resistência à insulina e fatores de risco cardiovascular em crianças brasileiras. CONCLUSÃO: O presente estudo mostra que a obesidade e a resistência à insulina provavelmente têm um papel no desenvolvimento de fatores de risco cardiovascular em crianças, considerando que a prevalência dos fatores de risco clássicos era maior nos percentis mais altos de IMC e HOMA-IR.
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FUNDAMENTO: A síndrome metabólica (SM) é considerada um fator muito importante no desenvolvimento de doenças cardiovasculares (DCV). OBJETIVO: Avaliar a prevalência de síndrome metabólica (SM) nos pacientes atendidos no ambulatório para a prevenção secundária de doença arterial coronariana do IC-FUC, bem como verificar o excesso de peso por meio do índice de massa corporal (IMC) e a prevalência de obesidade abdominal na doença cardiovascular (DCV). MÉTODOS: A amostra final foi composta por 151 indivíduos (de 26 a 84 anos), cujos dados foram retirados da primeira consulta que apresentou exames sanguíneos de jejum, medidas da pressão arterial (PA), circunferência abdominal (CA) em centímetros, peso e estatura, associando sexo e idade. Para A avaliação de SM, foi utilizado o conceito do NCEP-ATP III. RESULTADOS: O sexo masculino representou 64,9% da amostra. Foram encontrados índices de sobrepeso de 50% e obesidade de 21,3%, estando a CA aumentada presente em 30,8% dos indivíduos, 20 homens e 25 mulheres. Atendendo aos critérios do NCEP-ATP III para o diagnóstico de SM, a prevalência dessa síndrome foi de 61,5%, incluindo 54 homens e 39 mulheres. CONCLUSÃO: Verifica-se que a prevalência de SM em pacientes portadores de DCV no ambulatório para a prevenção secundária de DAC do IC-FUC é elevada, tendo também como característica a alta prevalência de sobrepeso, obesidade e CA aumentada.
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FUNDAMENTO: A síndrome metabólica tem uma elevada prevalência em diferentes partes do mundo, com variações entre diferentes grupos étnicos. OBJETIVO: Este estudo pretende explorar a influência da cor de pele auto-referida sobre a prevalência da SM. MÉTODOS: Estudo transversal, realizado em subgrupo populacional em Salvador, Brasil. Utilizou-se auto-definição de cor de pele (branca, parda e negra) e o critério de SM do ATP-III. Foi usado o quiquadrado para tendência a fim de analisar gradiente das prevalências entre os grupos e a regressão logística para análises de associações. RESULTADOS: A prevalência geral da SM, ajustada por variáveis potencialmente confundidoras, não diferiu entre brancos (23,3%), pardos (23,3%) e negros (23,4%,). A análise por sexo mostrou entre os homens redução da prevalência da SM dos brancos, 26,2% IC95%(20,7-31,7), em comparação aos negros, 17,5% IC95% (12,3-22,8), e uma prevalência intermediária entre os pardos, 21,9% IC95% (18,6 - 25,1), p tend= 0,002. Entre as mulheres, a tendência foi inversa, maior nas negras, 27,0% IC95% (22,2-31,8), e menor nas brancas, 20,5% IC95%(15,6-25,4), p tend= 0,02. Na análise multivariada da associação entre cor de pele e SM (branco=grupo de referência), a cor negra entre os homens foi fator de proteção, razão de prevalência (RP)= 0,60 (0,36 - 0,97), enquanto que nas mulheres tendeu a ser fator de risco, RP= 1,33 (0,94 - 1,78). CONCLUSÃO: A prevalência da SM variou em função da cor de pele de modo inverso entre homens e mulheres. Ser negro foi fator de proteção entre homens e de risco nas mulheres.
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Atualmente, a síndrome metabólica (SM) se mostra altamente prevalente, sendo associada a fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis, tais como diabetes mellitus tipo 2, doenças ateroscleróticas e coronarianas. O objetivo desta revisão sistemática foi descrever os resultados de estudos que investigaram a associação da SM com a doença arterial coronariana e doenças vasculares oclusivas. Foi realizada a revisão sistemática com dados de estudos originais publicados entre 1999 e 2008, escritos em inglês ou português, utilizando-se as bases de dados Medline, Pubmed, Highwire Press e Science Direct. Foram incluídos artigos que fizeram o diagnóstico da SM através do critério do National Cholesterol Education Program - Adult Treatment Panel III (NCEP ATP III, 2001). Foram excluídos estudos realizados com animais, de suplementação e que realizaram administração oral ou endovenosa de qualquer substância, assim como aqueles de baixa qualidade metodológica e com amostra inicialmente heterogênea. Apesar da heterogeneidade entre os estudos, observou-se que indivíduos com SM apresentam maior probabilidade (risco = 2,13) de desenvolverem as doenças vasculares oclusivas, doença coronariana, diabetes mellitus e acidente vascular encefálico. Mudanças no estilo de vida, como práticas alimentares saudáveis, atividade física regular e a cessação do tabagismo devem ser incentivadas pelos profissionais da saúde a fim de minimizar as complicações e a morbimortalidade associada à SM.
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FUNDAMENTO: Hipertensão e síndrome metabólica são fatores de risco cardiovascular associados com o aumento da adiposidade. Em um estudo anterior, a razão cintura-estatura (RCE) foi identificada como o melhor índice de obesidade associado com hipertrofia do ventrículo esquerdo. OBJETIVO: Comparar a capacidade desse índice na identificação da hipertensão e síndrome metabólica com outros índices de obesidade (índice de massa corporal - IMC; circunferência da cintura - CC e razão cintura-quadril - RCQ) através da análise de curvas ROC (receiver operator characteristics). MÉTODOS: 1.655 (45,8% homens) participantes do Projeto MONICA-WHO/Vitória, com idade média de 45 ± 11 anos foram investigados. A prevalência de síndrome metabólica (critérios ATP-III) foi de 32,9%, hipertensão de 42,4% e obesidade de 19,2%. RESULTADOS: Em relação à capacidade de identificar a hipertensão, houve uma superioridade significante da RCE em relação ao IMC e CC (p < 0,05), independentemente do sexo, mas não em relação à RCQ (p > 0,05). Em relação à capacidade de identificar a síndrome metabólica, houve uma superioridade significante da RCE em relação à RCQ em homens (p < 0,001), mas não em relação ao IMC e à CC (p = 0,16 e p = 0,9 respectivamente). Entretanto, em mulheres, a RCE foi significativamente superior em relação à RCQ (p < 0,001) e IMC (p = 0,025), mas não em relação à CC (p = 0,8). Os pontos de corte são 0,52 e 0,53 para hipertensão e 0,53 e 0,54 para síndrome metabólica, para homens e mulheres, respectivamente. CONCLUSÃO: A obesidade abdominal identificada pela RCE, ao invés da obesidade geral identificada pelo IMC, é o índice mais simples e melhor aplicável, associado à hipertensão e síndrome metabólica, em nossa população.
Distribuição por gênero de ácido úrico sérico e fatores de risco cardiovascular: estudo populacional
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FUNDAMENTO: Não há dados relativos à epidemiologia da hiperuricemia em estudos brasileiros de base populacional. OBJETIVO: Investigar a distribuição de ácido úrico sérico e sua relação com variáveis demográficas e cardiovasculares. MÉTODOS: Estudamos 1.346 indivíduos. A hiperuricemia foi definida como > 6,8 e > 5,4 mg/dL para homens e mulheres, respectivamente. A síndrome metabólica (SM) foi definida utilizando-se os critérios NCEP ATP III. RESULTADOS: A prevalência de hiperuricemia foi de 13,2%. A associação de ácido úrico sérico (AUS) com fatores de risco cardiovasculares foi específica para o gênero: em mulheres, maiores níveis de AUS estiveram associados com IMC elevado, mesmo após ajustes da pressão arterial sistólica para idade (PAS). Em homens, a relação do AUS com o colesterol HDL esteve mediada pelo IMC, enquanto em mulheres, o AUS mostrou-se semelhante e dependente do IMC, independentemente dos níveis glicose e presença de hipertensão. Nos homens, os triglicerídeos, a circunferência abdominal (CA) e a PAS explicaram 11%, 4% e 1% da variabilidade do AUS, respectivamente. Nas mulheres, a circunferência abdominal e os triglicerídeos explicaram 9% e 1% da variabilidade de AUS, respectivamente. Em comparação com o primeiro quartil, homens e mulheres no quarto quartil apresentavam 3,29 e 4,18 vezes mais de aumento de risco de SM, respectivamente. As mulheres apresentaram uma prevalência quase três vezes maior de diabetes melito. Homens normotensos com MS apresentaram maiores níveis de AUS, independente do IMC. CONCLUSÃO: Nossos resultados parecem justificar a necessidade de uma avaliação baseada no gênero em relação à associação do AUS com fatores de risco cardiovasculares, que se mostraram mais acentuados em mulheres. A SM esteve positivamente associada com AUS elevado, independentemente do gênero. A obesidade abdominal e a hipertrigliceridemia foram os principais fatores associados com a hiperuricemia mesmo em indivíduos normotensos, o que pode adicionar maior risco para a hipertensão.
Education to a Healthy Lifestyle Improves Symptoms and Cardiovascular Risk Factors – AsuRiesgo Study
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Background: Cardiovascular diseases are the current leading causes of death and disability globally. Objective: To assess the effects of a basic educational program for cardiovascular prevention in an unselected outpatient population. Methods: All participants received an educational program to change to a healthy lifestyle. Assessments were conducted at study enrollment and during follow-up. Symptoms, habits, ATP III parameters for metabolic syndrome, and American Heart Association’s 2020 parameters of cardiovascular health were assessed. Results: A total of 15,073 participants aged ≥ 18 years entered the study. Data analysis was conducted in 3,009 patients who completed a second assessment. An improvement in weight (from 76.6 ± 15.3 to 76.4 ± 15.3 kg, p = 0.002), dyspnea on exertion NYHA grade II (from 23.4% to 21.0%) and grade III (from 15.8% to 14.0%) and a decrease in the proportion of current active smokers (from 3.6% to 2.9%, p = 0.002) could be documented. The proportion of patients with levels of triglycerides > 150 mg/dL (from 46.3% to 42.4%, p < 0.001) and LDL cholesterol > 100 mg/dL (from 69.3% to 65.5%, p < 0.001) improved. A ≥ 20% improvement of AHA 2020 metrics at the level graded as poor was found for smoking (-21.1%), diet (-29.8%), and cholesterol level (-23.6%). A large dropout as a surrogate indicator for low patient adherence was documented throughout the first 5 visits, 80% between the first and second assessments, 55.6% between the second and third assessments, 43.6% between the third and fourth assessments, and 38% between the fourth and fifth assessments. Conclusion: A simple, basic educational program may improve symptoms and modifiable cardiovascular risk factors, but shows low patient adherence.
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BACKGROUND: Lipid-lowering therapy is costly but effective at reducing coronary heart disease (CHD) risk. OBJECTIVE: To assess the cost-effectiveness and public health impact of Adult Treatment Panel III (ATP III) guidelines and compare with a range of risk- and age-based alternative strategies. DESIGN: The CHD Policy Model, a Markov-type cost-effectiveness model. DATA SOURCES: National surveys (1999 to 2004), vital statistics (2000), the Framingham Heart Study (1948 to 2000), other published data, and a direct survey of statin costs (2008). TARGET POPULATION: U.S. population age 35 to 85 years. Time Horizon: 2010 to 2040. PERSPECTIVE: Health care system. INTERVENTION: Lowering of low-density lipoprotein cholesterol with HMG-CoA reductase inhibitors (statins). OUTCOME MEASURE: Incremental cost-effectiveness. RESULTS OF BASE-CASE ANALYSIS: Full adherence to ATP III primary prevention guidelines would require starting (9.7 million) or intensifying (1.4 million) statin therapy for 11.1 million adults and would prevent 20,000 myocardial infarctions and 10,000 CHD deaths per year at an annual net cost of $3.6 billion ($42,000/QALY) if low-intensity statins cost $2.11 per pill. The ATP III guidelines would be preferred over alternative strategies if society is willing to pay $50,000/QALY and statins cost $1.54 to $2.21 per pill. At higher statin costs, ATP III is not cost-effective; at lower costs, more liberal statin-prescribing strategies would be preferred; and at costs less than $0.10 per pill, treating all persons with low-density lipoprotein cholesterol levels greater than 3.4 mmol/L (>130 mg/dL) would yield net cost savings. RESULTS OF SENSITIVITY ANALYSIS: Results are sensitive to the assumptions that LDL cholesterol becomes less important as a risk factor with increasing age and that little disutility results from taking a pill every day. LIMITATION: Randomized trial evidence for statin effectiveness is not available for all subgroups. CONCLUSION: The ATP III guidelines are relatively cost-effective and would have a large public health impact if implemented fully in the United States. Alternate strategies may be preferred, however, depending on the cost of statins and how much society is willing to pay for better health outcomes. FUNDING: Flight Attendants' Medical Research Institute and the Swanson Family Fund. The Framingham Heart Study and Framingham Offspring Study are conducted and supported by the National Heart, Lung, and Blood Institute.
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BACKGROUND: Recommendations for statin use for primary prevention of coronary heart disease (CHD) are based on estimation of the 10- year CHD risk. We compared the 10-year CHD risk assessments and eligibility percentages for statin therapy using three scoring algorithms currently used in Europe. METHODS: We studied 5683 women and men, aged 35-75, without overt cardiovascular disease (CVD), in a population-based study in Switzerland. We compared the 10-year CHD risk using three scoring schemes, i.e., the Framingham risk score (FRS) from the U.S. National Cholesterol Education Program's Adult Treatment Panel III (ATP III), the PROCAM scoring scheme from the International Atherosclerosis Society (IAS), and the European risk SCORE for low-risk countries, without and with extrapolation to 60 years as recommended by the European Society of Cardiology guidelines (ESC). With FRS and PROCAM, high-risk was defined as a 10- year risk of fatal or non-fatal CHD>20% and a 10-year risk of fatal CVD≥5% with SCORE. We compared the proportions of high-risk participants and eligibility for statin use according to these three schemes. For each guideline, we estimated the impact of increased statin use from current partial compliance to full compliance on potential CHD deaths averted over 10 years, using a success proportion of 27% for statins. RESULTS: Participants classified at high-risk (both genders) were 5.8% according to FRS and 3.0% to the PROCAM, whereas the European risk SCORE classified 12.5% at high-risk (15.4% with extrapolation to 60 years). For the primary prevention of CHD, 18.5% of participants were eligible for statin therapy using ATP III, 16.6% using IAS, and 10.3% using ESC (13.0% with extrapolation) because ESC guidelines recommend statin therapy only in high-risk subjects. In comparison with IAS, agreement to identify eligible adults for statins was good with ATP III, but moderate with ESC. Using a population perspective, a full compliance with ATP III guidelines would reduce up to 17.9% of the 24′ 310 CHD deaths expected over 10 years in Switzerland, 17.3% with IAS and 10.8% with ESC (11.5% with extrapolation). CONCLUSIONS: Full compliance with guidelines for statin therapy would result in substantial health benefits, but proportions of high-risk adults and eligible adults for statin use varied substantially depending on the scoring systems and corresponding guidelines used for estimating CHD risk in Europe.
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Introduction: Recommendations for statin use for primary prevention of coronary heart disease (CHD) are based on estimation of the 10-year CHD risk. We compared the 10-year CHD risk assessments and eligibility percentages for statin therapy using three scoring algorithms currently used in Switzerland. Methods: We studied 5683 women and men, aged 35-75, without overt cardiovascular disease (CVD), in a population-based study in Lausanne, Switzerland. We compared the 10-year CHD risk using three scoring schemes, i.e., the Framingham risk score (FRS) from the U.S. National Cholesterol Education Program's Adult Treatment Panel III (ATP III), the PROCAM scoring scheme from the International Atherosclerosis Society (IAS), and the European risk SCORE for low-risk countries, without and with extrapolation to 60 years as recommended by the European Society of Cardiology guidelines (ESC). With FRS and PROCAM, high-risk was defined as a 10-year risk of fatal or non-fatal CHD >20% and a 10-year risk of fatal CVD >= 5% with SCORE. We compared the proportions of high-risk participants and eligibility for statin use according to these three schemes. For each guideline, we estimated the impact of increased statin use from current partial compliance to full compliance on potential CHD deaths averted over 10 years, using a success proportion of 27% for statins. Results: Participants classified at high-risk (both genders) were 5.8% according to FRS and 3.0% to the PROCAM, whereas the European risk SCORE classified 12.5% at high-risk (15.4% with extrapolation to 60 years). For the primary prevention of CHD, 18.5% of participants were eligible for statin therapy using ATP III, 16.6% using IAS, and 10.3% using ESC (13.0% with extrapolation) because ESC guidelines recommend statin therapy only in high-risk subjects. In comparison with IAS, agreement to identify eligible adults for statins was good with ATP III, but moderate with ESC (Figure). Using a population perspective, a full compliance with ATP III guidelines would reduce up to 17.9% of the 24'310 CHD deaths expected over 10 years in Switzerland, 17.3% with IAS and 10.8% with ESC (11.5% with extrapolation). Conclusion: Full compliance with guidelines for statin therapy would result in substantial health benefits, but proportions of high-risk adults and eligible adults for statin use varied substantially depending on the scoring systems and corresponding guidelines used for estimating CHD risk in Switzerland.
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Rapport de synthèseLe syndrome métabolique (défini par les critères ATP III par la présence au minimum de 3 des facteurs suivants : taux plasmatiques d'HDL-cholestérol < 1,04 mmol/1 chez l'homme et < 1.29 mmol/1 chez la femme, taux plasmatiques de triglycérides > 1,69 mmol/1, tension artérielle > 130/85 mmHg, glycémie >6,1 mmol/1, tour de taille > 108 cm chez l'homme et > 88 cm chez la femme) représente une constellation de facteurs de risque majeurs pour le développement de maladies cardiovascu-laires. Il n'est pas encore établi actuellement quelle composante de ce syndrome contribue de manière plus marquée au risque de développer une athérosclérose. Dans le but d'éclaircir la pathogenèse de ce syndrome, une étude multicentrique intitulée GEMS (« Genetic Epidemiology of Metabolic Syndrome ») a été initiée afin de déterminer si la constellation d'une dyslipidémie avec HDL-C bas et TG élevé est un marqueur sensible de l'homogénéité génétique chez les individus atteints de syndrome métabolique.Dans l'étude menée à Lausanne (multicentrique), la contribution de la dyslipidémie avec HDL-C bas et TG élevé dans la pathogenèse de l'athérosclérose a été évaluée par 2 examens, reconnus comme marqueurs fiables de la vasculopathie : la mesure de l'épaisseur intima média carotidienne par ultrasonographic et l'évaluation de la dysfonction endothéliale de la microcirculation cutanée. Deux groupes de sujets comparables en terme d'âge et de sexe et souffrant d'un excès pondéral (BMI > 25 kg/m2) mais normoglycémiques ont été comparés. Ces deux groupes (étude cas-témoins) étaient uniquement discordants quant à leurs profils lipidiques. Ainsi, 120 cas, définis comme ayant un HDL-cholestérol bas (< 25 percentile pour l'âge et le sexe dans la population générale) et des TG élevés (> 75 percentile) ont été comparés à 120 contrôles avec un HDL-cholestérol haut (> 50 percentile) et des TG bas (< 50 percentile). Un doppler des artères carotides et fémorales a été effectué pour déterminer l'épaisseur de l'intima média et la présence ou non de plaques d'athérome. La fonction endothéliale a été évaluée par un laser doppler sur la micro-circulation cutanée (réponse hyperémique à une occlusion transitoire de la circulation de l'avant-bras par une manchette à pression et mesure de la vasodilatation induite par un échauffement local de la peau avec de l'eau). Un enregistrement de la pression artérielle ambulatoire sur la journée (Remler) a été pratiqué chez tous les sujets.Les résultats obtenus montrent que les cas ont une prévalence plus élevée de plaques d'athérome (médiane 1,5 ± 0,15 vs 0,8 > 0,15, p<.001), une épaisseur intima média plus importante (médiane 0,66 ± 0,15 vs 0,61 ± 0,15, p<.01), ainsi qu'une réduction significative de la vasodilatation endothéliale induite par la chaleur et post-ischémique comparativement aux contrôles.En conclusion, le profil lipidique associant un HDL-cholestérol bas et des triglycérides élevés représente un risque majeur de développer une maladie athéromateuse périphérique et est associée à une augmentation de l'épaisseur intima média et une altération de la fonction endothéliale chez les individus en surcharge pondérale. Bien qu'un HDL-cholestérol bas soit fréquemment associé à une hypertriglycéridémie, les résultats de notre étude peuvent suggérer un rôle potentiel de la fraction HDL-cholestérol comme un puissant agent anti-athérogénique.
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OBJECTIVE: Both subclinical hypothyroidism and the metabolic syndrome have been associated with increased risk of coronary heart disease events. It is unknown whether the prevalence and incidence of metabolic syndrome is higher as TSH levels increase, or in individuals with subclinical hypothyroidism. We sought to determine the association between thyroid function and the prevalence and incidence of the metabolic syndrome in a cohort of older adults. DESIGN: Data were analysed from the Health, Ageing and Body Composition Study, a prospective cohort of 3075 community-dwelling US adults. PARTICIPANTS: Two thousand one hundred and nineteen participants with measured TSH and data on metabolic syndrome components were included in the analysis. MEASUREMENTS: TSH was measured by immunoassay. Metabolic syndrome was defined per revised ATP III criteria. RESULTS: At baseline, 684 participants met criteria for metabolic syndrome. At 6-year follow-up, incident metabolic syndrome developed in 239 individuals. In fully adjusted models, each unit increase in TSH was associated with a 3% increase in the odds of prevalent metabolic syndrome (OR, 1.03; 95% CI, 1.01-1.06; P = 0.02), and the association was stronger for TSH within the normal range (OR, 1.16; 95% CI, 1.03-1.30; P = 0.02). Subclinical hypothyroidism with a TSH > 10 mIU/l was significantly associated with increased odds of prevalent metabolic syndrome (OR, 2.3; 95% CI, 1.0-5.0; P = 0.04); the odds of incident MetS was similar (OR 2.2), but the confidence interval was wide (0.6-7.5). CONCLUSIONS: Higher TSH levels and subclinical hypothyroidism with a TSH > 10 mIU/l are associated with increased odds of prevalent but not incident metabolic syndrome.