994 resultados para APACHE II
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Objectivo: estudar determinantes cardiovasculares condicionantes do tempo de ventilação, mortalidade e gravidade de doença em doentes admitidos numa unidade de cuidados intensivos para ventilação mecânica por exacerbação de insuficiência respiratória crónica. Desenho e local: Estudo prospectivo, com duração de 30 meses numa unidade de cuidados intensivos médico-cirúrgica com 14 camas.Material e métodos: Estudados 59 doentes com idade média de 74,7 +/- 9,7 anos, tempo médio de ventilação de 10,8 +/- 12,6 dias, APACHE II médio de 23 +/- 8,3. Avaliaram-se parâmetros ecocardiográficos (dimensões das cavidades, débito cardíaco, estudo Doppler do fluxo transvalvular mitral, estudo da veia cava inferior) e electrocardiográficos(presença de ritmo sinusal ou fibrilhação auricular) nas primeiras 24 horas de internamento na Unidade e parâmetros gasimétricos à saída. Resultados: Um tempo de ventilação mais prolongado associou-se à presença de fibrilhação auricular (p=0,027), à presença conjunta de fibrilhação auricular e uma veia cava inferior dilatada (> 20mm p=0,004) e com níveis séricos de bicarbonato> 35mEq/l na gasimetria obtida à saída (p=0,04). Verificaram-se 12 óbitos. A mortalidade associou-se à presença de dilatação do ventrículo direito (p=0,03) e a uma relação entre o ventrículo direito e o esquerdo> 0,6 (p=0,04). Conclusão: Nos doentes submetidos a ventilação mecânica por exacerbação de insuficiência respiratória crónica, a presença de fibrilhação auricular indica a possibilidade de um período de ventilação mais prolongado, em especial se houver concomitantemente uma veia cava inferior com diâmetro> 20mm. Nestes doentes, a presença de dilatação das cavidades direitas pode indicar uma probabilidade mais elevada de mortalidade.
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Objectivo: avaliar e caracterizar a linfopenia em doentes admitidos numa unidade de cuidados intensivos para suporte ventilatório por exacerbação de insuficiência respiratória crónica e eventual relação com a gravidade da doença. Material e métodos: estudo prospectivo com 6 meses de duração e mais 6 meses de seguimento após alta da unidade. Incluídos 24 doentes, 22 homens, com APACHE II médio de 19,7, 3 dos quais com possibilidade de seguimento após a alta. Foram colhidas análises para determinação das subpopulações linfocitárias na admissão e a cada 7 dias de ventilação mecânica. Excluídos doentes com sinais de infecção ou imunossupressão prévia, à excepção dos corticóides. Resultados: a linfopenia foi encontrada em 79,2 % dos doentes com depleção de todas as subpopulações linfocitárias sendo mais expressiva a depleção de linfócitos B CD19+. Esta linfopenia não se relacionou com os níveis séricos de cortisol, e apesar de se relacionar com uma maior gravidade clínica não esteve associada a uma maior mortalidade. O registo evolutivo no internamento mostrou tendencialmente uma recuperação da linfopenia. Conclusões: a linfopenia é frequente em doentes ventilados por exacerbação de doença respiratória crónica. Trata-se de uma linfopenia não selectiva, que recupera ao longo do internamento, mais acentuada ao nível dos linfócitos B CD19+. Estes doentes apresentam índices de gravidade maior mas sem diferenças na mortalidade. O seguimento ambulatório destes doentes mostrou-se difícil e foi inconclusivo.
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Objectivos: Determinar a possibilidade de avaliação não invasiva da pressão venosa central (PVC) através da análise da veia cava inferior (VCI), obtida por ecocardiografia transtorácica (ETT). Desenho: Estudo prospectivo com 3 anos de duração. Local: Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente(UCIP) de 16 camas. Métodos: Estudados doentes admitidos numa UCIP nos quais se avaliou a PVC em simultâneo com exame ETT que, para além da visualização da VCI, consistiu na obtenção da dimensão das cavidades cardíacas e função sistólica do ventrículo esquerdo. Para a correlação foram utilizados testes estatísticos paramétricos e não paramétricos. Resultados: Admitidos 560 doentes com registo simultâneo de PVC e ETT e incluídos 477 doentes em que foi possível visualizar a VCI, com idade média de 62,6 ±17,3 anos, média de internamento de 11,9 ± 18,7 dias, um índice APACHE II médio de 23,9 ± 8,9 e SAPS II médio de 55,7 ± 20,4. Por análise de regressão linear verificou-se uma relação entre a PVC e a dimensão máxima da VCI (p=0,013), o índice da VCI (p=0,001) e a presença de ventilação mecânica (p=0,002). A correlação linear entre a PVC e a dimensão máxima da VCI e respectivo índice foi de 0,34 e 0,44. Por teste de qui-quadrado, verificou-se uma relação estatisticamente significativa entre os seguintes intervalos de valores: índice da VCI <25% e PVC> 13mmHg; índice da VCI entre 26 e 50% e PVC entre 8 e 12mmHg; índice da VCI> 51% e PVC> 7mmHg; dimensão máxima da VCI> 20mmHg e PVC> 13 mmHg; dimensão máxima da VCI> 10mm e PVC> 7mmHg. Nos doentes com dilatação do ventrículo direito (VD) observou-se uma relação mais fraca entre a PVC <7mmHg e a dimensão máxima da VCI <10mm; nos doentes admitidos por exacerbação de doença pulmonar crónica verificou-se uma correlação fraca entre a PVC <7mmHg e o índice da VCI> 50%. A dimensão máxima da VCI, mas não o seu índice, correlacionou-se com a dilatação do VD e AD. Conclusões: A análise da VCI por ETT revelou-se útil na avaliação qualitativa da PVC em doentes admitidos numa UCIP. Em doentes com dilatação do VD e admitidos por exacerbação de doença pulmonar crónica, os métodos avaliados não foram fidedignos para valores baixos de PVC. A dilatação da VCI traduz melhor a cronicidade da doença, enquanto o índice da VCI reflecte melhor o estado de volemia.
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Objectivo e desenho: estudo prospectivo de avaliação da possibilidade de aplicação e utilidade clínica da ecocardiografia transtorácica (ETT) na avaliação da hpotensão numa Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente (UCIP). Local: UCIP de 16 camas. Material e métodos: Incluídos doentes com hipotensão (pressão arterial sistólica 90 mmHg ou média (PAM) < 60 mmHg, que não respondeu à administração de soros no espaço de 30 minutos). Os objectivos do ETT foram: excluir cardiopatia estrutural grave, avaliação de outras alterações cardíacas (alterações das dimensões das cavidades e função ventricular esquerda), análise da veia cava inferior (VCI) e determinação do índex cardíaco (IC). Resultados: de um total de 208 doentes foram incluídos 198 (4,5% de exames impossíveis), com média etária de 63,4 +/- 16,2 anos, 129 do sexo masculino, APACHE II 30,1 +/- 9,9, SAPS II 68,8 +/- 20,5, SOFA 11,6 +/- 3,8 MODS 10,9 +/- 3,9. Observou-se uma mortalidade de 51% (n=101), e 168 (85,2%) doentes estavam ventilados. Oitenta e oito (44,4%) doentes apresentaram alterações cardíacas, dos quais 28 (14%) classificadas como graves: três valvulopatias aórticas graves, quatro endocardites, nove miocardiopatias dilatadas, dois tamponamentos (18 doentes com alterações graves insuspeitas, 9%), seis enfartes agudos do miocárdio, quatro alterações da cinética segmentar. Estes doentes apresentaram uma mortalidade e índices de gravidade mais elevados (p <0,001). Em relação ao IC, 157 doentes apresentaram um valor normal ou elevado, os quais apresentaram todos um valor de resistências ventriculares periféricas baixo. Por análise de regressão logística, verificou-se uma relação entre o índex da VCI e os dias de internamento (p = 0,05) e entre o IC, índex da VCI e a mortalidade (p =0,008 e 0,041 respectivamente). Conclusões: Observou-se uma elevada prevalência de patologia cardíaca entre os doentes admitidos numa UCIP com hipotensão (n =88, 44,4%), dos quais 14% consideradas graves. Estes doentes tiveram maior mortalidade e índices de gravidade mais elevados. A análise conjunta do IC e da VCI pode ser útil na definição do padrão hemodinâmico do doente hipotenso e certos parâmetros ecocardiográficos, em especial o índex da VCI, podem ser úteis no prognóstico destes doentes.
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Objectivo: estudo comparativo de dois grupos de doentes de Cuidados Intensivos, tratados com técnicas dialíticas híbridas (TDH) ou hemodiafiltração, avaliando o seu impacto na estabilidade hemodnâmica, no controlo urémico e mortalidade. Local: Unidade de Cuidados Intensivos médico cirúrgica de 14 camas Material e Métodos: foram comparados dois grupos de doentes com insuficiência renal aguda de forma retrospectiva, um submetido a técnica dialítica contínua (TDC, hemodiafiltração veno-venosa contínua, n = 26, admitidos durante o ano de 2003) e outro submetido a TDH (n = 27, admitidos durante o ano de 2004). Ambos os grupos apresentaram índices de gravidade (APACHE II, SAPS II, SOFA e MODS) semelhantes e encontravam-se em instabilidade hemodinâmica. Foi avaliada a taxa de remoção de ureia e de creatinina em ambos os grupos e por cada procedimento dialítico. A análise descritiva consistiu nas médias e desvio padrão das variáveis estudadas, o estudo comparativo foi realizado através da análise de comparação de médias e feita análise de regressão linear para obtenção do risco relativo de mortalidade em ambos os grupos, considerando um intervalo de confiança (IC) de 95%. Resultados: observou-se uma mortalidade inferior nos doentes submetidos a TDH (62% vs 84%), uma menor utilização de heparina e uma maior taxa de remoção de ureia e creatinina. O índice APACHE II relacionou-se com a mortalidade e o risco relativo de mortalidade no grupo de doentes submetidos a TDC foi três vezes superior (IC 95%, 0.86 - 12.11), mas sem atingir significado estatístico (p = 0,074). Conclusões: as TDC mostraram ser uma alternativa válida à hemodiafiltração nos doentes estudados. No grupo tratado com TDH obteve-se um melhor controlo urémico. São necessários mais estudos de forma a avaliar a sua influência na mortalidade.
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INTRODUÇÃO: O comprometimento respiratório da leptospirose humana pode ser sua principal manifestação clínica e comumente está associado a maior morbimortalidade. MÉTODOS: Objetivando descrever aspectos funcionais respiratórios nessa doença, foram analisados 21 pacientes com oximetrias de pulso e espirometrias em dois momentos: em avaliação inicial e após cerca de 28 dias. RESULTADOS: Dois (9,5%) doentes tinham saturação periférica de oxigênio menor que 95%. Padrões espirométricos normais foram observados em 8 (38,1%) casos; distúrbios ventilatórios restritivos foram inferidos em 7 (33,3%), obstrutivos com capacidade vital forçada reduzida em 4 (19%), e inespecíficos em 2 (9,5%). Espirometrias anormais se associaram a pior escore APACHE II (p=0,02) e anormalidades na radiografia de tórax (p=0,05). Após resolução clínica, verificou-se ganho funcional significativo (p<0,05) no grupo de pacientes com espirometria alterada. CONCLUSÕES: Alterações espirométricas foram detectadas no curso da enfermidade e estiveram associadas a pior gravidade clínica e maior freqüência de anormalidades radiológicas torácicas.
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Introduction: Acute kidney injury (AKI) is a frequent and potentially fatal complication in infectious diseases. The aim of this study was to investigate the clinical aspects of AKI associated with infectious diseases and the factors associated with mortality. Methods: This retrospective study was conducted in patients with AKI who were admitted to the intensive care unit (ICU) of a tertiary infectious diseases hospital from January 2003 to January 2012. The major underlying diseases and clinical and laboratory findings were evaluated. Results: A total of 253 cases were included. The mean age was 46±16 years, and 72% of the patients were male. The main diseases were human immunodeficiency virus (HIV) infection, HIV/acquired immunodeficiency syndrome (AIDS) (30%), tuberculosis (12%), leptospirosis (11%) and dengue (4%). Dialysis was performed in 70 cases (27.6%). The patients were classified as risk (4.4%), injury (63.6%) or failure (32%). The time between AKI diagnosis and dialysis was 3.6±4.7 days. Oliguria was observed in 112 cases (45.7%). The Acute Physiology and Chronic Health Evaluation (APACHE) II scores were higher in patients with HIV/AIDS (57±20, p-value=0.01) and dengue (68±11, p-value=0.01). Death occurred in 159 cases (62.8%). Mortality was higher in patients with HIV/AIDS (76.6%, p-value=0.02). A multivariate analysis identified the following independent risk factors for death: oliguria, metabolic acidosis, sepsis, hypovolemia, the need for vasoactive drugs, the need for mechanical ventilation and the APACHE II score. Conclusions: AKI is a common complication in infectious diseases, with high mortality. Mortality was higher in patients with HIV/AIDS, most likely due to the severity of immunosuppression and opportunistic diseases.
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INTRODUCTION: To evaluate predictive indices for candidemia in an adult intensive care unit (ICU) and to propose a new index. METHODS: A prospective cohort study was conducted between January 2011 and December 2012. This study was performed in an ICU in a tertiary care hospital at a public university and included 114 patients staying in the adult ICU for at least 48 hours. The association of patient variables with candidemia was analyzed. RESULTS: There were 18 (15.8%) proven cases of candidemia and 96 (84.2%) cases without candidemia. Univariate analysis revealed the following risk factors: parenteral nutrition, severe sepsis, surgical procedure, dialysis, pancreatitis, acute renal failure, and an APACHE II score higher than 20. For the Candida score index, the odds ratio was 8.50 (95% CI, 2.57 to 28.09); the sensitivity, specificity, positive predictive value, and negative predictive value were 0.78, 0.71, 0.33, and 0.94, respectively. With respect to the clinical predictor index, the odds ratio was 9.45 (95%CI, 2.06 to 43.39); the sensitivity, specificity, positive predictive value, and negative predictive value were 0.89, 0.54, 0.27, and 0.96, respectively. The proposed candidemia index cutoff was 8.5; the sensitivity, specificity, positive predictive value, and negative predictive value were 0.77, 0.70, 0.33, and 0.94, respectively. CONCLUSIONS: The Candida score and clinical predictor index excluded candidemia satisfactorily. The effectiveness of the candidemia index was comparable to that of the Candida score.
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PURPOSE: Enteral alimentation is the preferred modality of support in critical patients who have acceptable digestive function and are unable to eat orally, but the advantages of continuous versus intermittent administration are surrounded by controversy. With the purpose of identifying the benefits and complications of each technique, a prospective controlled study with matched subjects was conducted. PATIENTS AND METHODS: Twenty-eight consecutive candidates for enteral feeding were divided into 2 groups (n = 14 each) that were matched for diagnosis and APACHE II score. A commercial immune-stimulating polymeric diet was administered via nasogastric tube by electronic pump in the proportion of 25 kcal/kg/day, either as a 1-hour bolus every 3 hours (Group I), or continuously for 24 hours (Group II), over a 3-day period. Anthropometrics, biochemical measurements, recording of administered drugs and other therapies, thorax X-ray, measurement of abdominal circumference, monitoring of gastric residue, and clinical and nutritional assessments were performed at least once daily. The principal measured outcomes of this protocol were frequency of abdominal distention and pulmonary aspiration, and efficacy in supplying the desired amount of nutrients. RESULTS: Nearly half of the total population (46.4%) exhibited high gastric residues on at least 1 occasion, but only 1 confirmed episode of pulmonary aspiration occurred (3.6%). Both groups displayed a moderate number of complications, without differences. Food input during the first day was greater in Group II (approximately 20% difference), but by the third day, both groups displayed similarly small deficits in total furnished volume of about 10%, when compared with the prescribed diet. CONCLUSIONS: Both administration modalities permitted practical and effective administration of the diet with frequent registered abnormalities but few clinically significant problems. The two groups were similar in this regard, without statistical differences, probably because of meticulous technique, careful monitoring, strict patient matching, and conservative amounts of diet employed in both situations. Further studies with additional populations, diagnostic groups, and dietetic prescriptions should be performed in order to elucidate the differences between these commonly used feeding modalities.
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OBJETIVO: Correlacionar o índice de consumo de oxigênio medido através da calorimetria indireta (VO2I DELTA) às medidas calculadas pela equação reversa de Fick (VO2I FICK) em pacientes graves, vítimas de trauma ou sepse. MÉTODOS: Analisados 14 pacientes vítimas de trauma (n=5) ou sepse (n=9), com média de idade de 39,4 ± 5,4 anos, sendo 10 homens e 4 mulheres, APACHE II de 21,3±1,8, ISS de 24,8±6, Sepsis Score de 19,6±2,3, com risco de óbito calculado pelo APACHE II de 41,9±7,1%, submetidos à ventilação mecânica e monitorização hemodinâmica invasiva com cateter de Swan-Ganz e realizadas, pelos dois métodos, 4 séries de medidas do VO2I (T1 a T4). RESULTADOS: Houve uma boa correlação entre os dois métodos (r = 0,77), para a média das quatro medidas seriadas. Não houve diferença estatisticamente significativa entre os dois métodos nos tempos T1 (VO2I DELTA = 138±28 e VO2I FICK = 159±38 mL.min-1.m-2, p = 0,10) e T3 (VO2I DELTA = 144±26 e VO2I FICK = 158±35 mL.min-1.m-2, p = 0,14). Houve diferença significativa nos tempos T2 (VO2I DELTA = 141±27 e VO2I FICK = 155±26 mL.min-1.m-2, p = 0,03) e T4 (VO2I DELTA = 145±24 e VO2I FICK = 162±26 mL.min-1.m-2, p = 0,01). CONCLUSÃO: A calorimetria indireta é um método não invasivo, isento de complicações, que pode ser usado para avaliação do consumo de oxigênio no paciente grave de forma tão eficaz quanto à equação reversa de Fick.
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OBJETIVO: Avaliar a aplicabilidade de três índices prognósticos - APACHE II, SAPS II e Unicamp II, em um subgrupo de pacientes críticos, portadores de insuficiência cardíaca (IC). MÉTODOS: Foram estudados 90 pacientes, sendo 12 do sexo feminino e 78, do sexo masculino, com idade média de 56 (18-83) anos. Os pacientes encontravam-se em classe funcional IV (NYHA) ou choque cardiogênico secundário às cardiomiopatias: dilatada (44%), chagásica (25,5%), isquêmica (18%), hipertensiva (1,1%), hipertrófica (1,1%), alcoólica (1,1%), e secundário às valvopatias já submetidas à correção cirúrgica (7,7%). Para descrever o perfil da amostra, segundo as diversas variáveis em estudo, foram feitas tabelas de freqüência das variáveis categóricas e estatísticas descritivas das variáveis contínuas. Para analisar a relação entre os valores dos índices prognósticos e a evolução para o óbito, foi realizada a análise da curva ROC, calculadas as estatísticas de bondade do ajuste de Hosmer e Lemeshow, assim como a SMR (Standardized Mortality Ratio). RESULTADOS: A análise estatística mostrou baixa sensibilidade, especificidade e acurácia dos três índices prognósticos para os pacientes com IC, tendo sido subestimada a mortalidade nesse grupo. Na IC refratária, a ocorrência de tromboembolismo pulmonar (TEP) foi um fator importante em relação à mortalidade. CONCLUSÃO: Os três índices prognósticos estudados não foram adequados para avaliação dos cardiopatas internados na Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Nos pacientes com IC, o fator TEP foi importante para a descompensação aguda da IC e para a alta mortalidade do grupo. Índices prognósticos para cardiopatas com IC refratária deverão ser propostos, e a discussão sobre anticoagulação nestes pacientes deve ser ampliada.
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Objectives Nosocomial Pseudomonas aeruginosa pneumonia remains a major concern in critically ill patients. We explored the potential impact of microorganism-targeted adjunctive immunotherapy in such patients. Patients and methods This multicentre, open pilot Phase 2a clinical trial (NCT00851435) prospectively evaluated the safety, pharmacokinetics and potential efficacy of three doses of 1.2 mg/kg panobacumab, a fully human monoclonal anti-lipopolysaccharide IgM, given every 72 h in 18 patients developing nosocomial P. aeruginosa (serotype O11) pneumonia. Results Seventeen out of 18 patients were included in the pharmacokinetic analysis. In 13 patients receiving three doses, the maximal concentration after the third infusion was 33.9 ± 8.0 μg/mL, total area under the serum concentration-time curve was 5397 ± 1993 μg h/mL and elimination half-life was 102.3 ± 47.8 h. Panobacumab was well tolerated, induced no immunogenicity and was detected in respiratory samples. In contrast to Acute Physiology and Chronic Health Evaluation II (APACHE II) prediction, all 13 patients receiving three doses survived, with a mean clinical resolution in 9.0 ± 2.7 days. Two patients suffered a recurrence at days 17 and 20. Conclusions These data suggest that panobacumab is safe, with a pharmacokinetic profile similar to that in healthy volunteers. It was associated with high clinical cure and survival rates in patients developing nosocomial P. aeruginosa O11 pneumonia. We concluded that these promising results warrant further trials.
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BACKGROUND: Prediction of clinical course and outcome after severe traumatic brain injury (TBI) is important. OBJECTIVE: To examine whether clinical scales (Glasgow Coma Scale [GCS], Injury Severity Score [ISS], and Acute Physiology and Chronic Health Evaluation II [APACHE II]) or radiographic scales based on admission computed tomography (Marshall and Rotterdam) were associated with intensive care unit (ICU) physiology (intracranial pressure [ICP], brain tissue oxygen tension [PbtO2]), and clinical outcome after severe TBI. METHODS: One hundred one patients (median age, 41.0 years; interquartile range [26-55]) with severe TBI who had ICP and PbtO2 monitoring were identified. The relationship between admission GCS, ISS, APACHE II, Marshall and Rotterdam scores and ICP, PbtO2, and outcome was examined by using mixed-effects models and logistic regression. RESULTS: Median (25%-75% interquartile range) admission GCS and APACHE II without GCS scores were 3.0 (3-7) and 11.0 (8-13), respectively. Marshall and Rotterdam scores were 3.0 (3-5) and 4.0 (4-5). Mean ICP and PbtO2 during the patients' ICU course were 15.5 ± 10.7 mm Hg and 29.9 ± 10.8 mm Hg, respectively. Three-month mortality was 37.6%. Admission GCS was not associated with mortality. APACHE II (P = .003), APACHE-non-GCS (P = .004), Marshall (P < .001), and Rotterdam scores (P < .001) were associated with mortality. No relationship between GCS, ISS, Marshall, or Rotterdam scores and subsequent ICP or PbtO2 was observed. The APACHE II score was inversely associated with median PbtO2 (P = .03) and minimum PbtO2 (P = .008) and had a stronger correlation with amount of time of reduced PbtO2. CONCLUSION: Following severe TBI, factors associated with outcome may not always predict a patient's ICU course and, in particular, intracranial physiology.
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Del 10 al 20% de les pancreatitis agudes(PA) són greus. L’objetiu del treball és la valoració dels marcadors precoços de gravetat. Es presenta un estudi prospectiu de 130 pacients amb PA analitzant les classificacions de Ranson, Apache II, Índex de Severitat del TAC(IST), hematòcrit i PCR en les primeres 24h comparant-los amb els criteris d’Atlanta. La proporció de necrosi, d’ingrés a UCI i de mortalitat obtingudes en la sèrie estudiada en el nostre entorn són similars als de la literatura. Segons els nostres resultats l’hematòcrit en les primeres 24hores és predictor de mortalitat i l’Apache II d’ingrés a UCI.
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El deliri és un trastorn neuropsiquiàtric que poden patir els pacients greus a les unitats de cures intensives. La seva aparició s’associa amb un augment de la morbimortalitat. La seva incidència varia entre el 20-80% segons els mètodes diagnòstics i la situació clínica del pacient. L’objectiu principal del estudi fou avaluar la incidència de delirium en la Unitat de Reanimació de l’Hospital Universitari Germans Trias i Pujol mitjançant el test ICDSC i associar el delirium amb la edat, severitat del pacient, urgència de la cirurgia, especialitat quirúrgica i opinió del equip d‘infermeria sobre el test. Durant 3 mesos es van incloure 50 pacients que van ser avaluats amb el ICDSC dues vegades al dia, durant 5 dies. La incidència de delirium a la unitat fou del 18%. Es va trobar una associació estadísticament significativa entre delirium i la edat i el APACHE II score al ingrés. És recomanable monitoritzar diàriament el delirium i tractar-lo com a un signe vital més. El test ICDSC és un test senzill i fàcil que ens ajuda a no infravalorar el delirium del pacient crític.