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Resumo:
Os efeitos das temperaturas elevadas na sade humana representam um problema de grande magnitude na sade pblica. A temperatura atmosfrica e a poluio do ar so fatores de risco para as doenas crnicas no transmissveis, em particular as doenas isqumicas do corao. O estudo teve como objetivo analisar a associao entre a temperatura atmosfrica e internaes hospitalares por doenas cardacas isqumicas no municpio do Rio de Janeiro entre os anos de 2009 e 2013. Utilizaram-se modelos de sries temporais, via modelos aditivos generalizados, em regresso de Poisson, para testar a hiptese de associao. Como variveis de controle de confuso foram utilizadas as concentraes de poluentes atmosfricos (oznio e material particulado) e umidade relativa o ar; utilizou-se mtodo de defasagem simples e distribuda para avaliar o impacto da variao de 1oC nas internaes hospitalares dirias. No modelo de defasagem simples foram encontradas associaes estatisticamente significativas para as internaes por DIC no dia concorrente a exposio ao calor, tanto para a temperatura mdia quanto para a mxima. No modelo de defasagem distribuda polinomial, essa associao foi observada com 1 e 2 dias de defasagem e no efeito acumulado tanto para a temperatura mdia quanto para a mxima. Ao estratificarmos por faixa etria, as associaes para as internaes por DIC e exposio ao calor no foram estatisticamente significativas no modelo de defasagem simples para as temperaturas mdia e mxima. Em contrapartida, no modelo de defasagem distribuda polinomial, a correlao entre internaes por DIC e exposio ao calor foi observada na faixa de 30 a 60 anos no efeito acumulado para a temperatura mdia; e com defasagem de 1 e 2 dias para 60 anos ou mais de idade para a temperatura mdia. Estes resultados sugerem associao positiva entre as internaes hospitalares por doena cardaca isqumica e temperatura na cidade do Rio de Janeiro. Os resultados do presente estudo fornecem informaes para o planejamento de investimentos de reas urbanas climatizadas e para a preparao dos hospitais para receber emergncias relacionadas aos efeitos de calor que uma das consequncias mais importantes das mudanas climticas.
Resumo:
Diversos estudos em epidemiologia tm investigado a influncia do ambiente urbano na sade da populao. Os benefcios dos espaos verdes tm sido um dos aspectos estudados recentemente. Uma das principais vias apontadas atravs da promoo da prtica de atividades fsicas. Outros benefcios incluem a melhoria das condies psicossociais e da qualidade do ar. Esses fatores, por sua vez, tm comprovada associao com a sade cardiovascular. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho investigar a associao entre espaos verdes e mortalidade por doenas isqumicas do corao (DIC) e doenas cerebrovasculares (DCBV) no municpio do Rio de Janeiro, entre os anos de 2010 e 2012. Foi realizado um estudo do tipo ecolgico, tendo os setores censitrios como unidade de anlise. Como varivel desfecho foi calculada a razo de mortalidade padronizada (RMP) por sexo e idade, pelo mtodo indireto. Como medidas de exposio s reas verdes foram utilizadas a mdia e a variabilidade do ndice de Vegetao por Diferena Normalizada ou NDVI (sigla em ingls) mdio referente ao perodo de estudo, em buffers de 100 metros das bordas dos setores censitrios. Os dados foram analisados por um modelo linear condicional autorregressivo, que considera tambm a estrutura de dependncia espacial. Foram includas no modelo as covariveis ndice de Desenvolvimento Social (IDS); densidade de vias de trfego veicular, divididas entre vias coletoras e locais e vias estruturais primrias e secundrias, utilizadas como proxy de poluio em buffers de 100 metros dos setores; e o indicador de setores censitrios litorneos. Aps o ajuste do modelo controlando os possveis fatores de confuso, foi verificada a reduo de 4,5% (CI95%: 7,3%, 1,6%) da mortalidade nas reas com exposio referente ao intervalo interquartlico mais alto da mdia do NDVI; e de 3,4% (IC95%: 6,2%; 0,7%) nas reas referentes ao intervalo interquartlico mais alto da variabilidade, ambos em comparao com o intervalo mais baixo. Esse resultado indica a associao inversa entre a exposio aos espaos verdes e a mortalidade por DIC e DCBV no municpio do Rio de Janeiro. Alm disso, o aumento da mortalidade est associado a piores condies de vida e poluio do ar.
Resumo:
Nesta tese foram analisadas iniciativas e aes individuais e coletivas de gestores e profissionais de dois Hospitais Pblico-Universitrios de Sade, que mantm servios de referncia no atendimento s infertilidades, no Estado do Rio de Janeiro. visada a implementao de tecnologias de reproduo assistida (RA) pelo SUS, no Estado. O estudo constou de entrevistas com profissionais de sade destes servios e especialistas na rea que ali atuam, leitura de pronturios e pesquisa documental no Departamento de Servio Social de um dos servios, alm de atualizao bibliogrfica no campo estudado. Os resultados obtidos de material primrio e documental evidenciam a no priorizao da reproduo assistida em polticas pblicas de sade no Brasil. No entanto, foi possvel encontrar importantes iniciativas dos prprios profissionais de sade para a ampliao da ateno em infertilidade e do acesso s tecnologias reprodutivas no Rio de Janeiro. Em geral, foram mobilizaes individuais, que dependeram do empenho direto dos mdicos responsveis dos servios. As motivaes para estas aes incluam aspectos acadmicos, assistenciais, de direitos reprodutivos, alm de interesses pblico-privados. A nica mobilizao interinstitucional, organizada inicialmente pelo Servio Social, no conseguiu garantir o acesso assistncia integral em reproduo assistida no Rio de Janeiro. No caso da reproduo assistida, h uma forte desigualdade de base socioeconmica, j que mulheres e casais pobres so excludos, ou quase, do acesso IIU, Fiv e ICSI, pois no tm condies econmicas para tentar um tratamento particular, onde se encontram concentradas mais de 90% da assistncia no pas. Este segmento populacional no encontra recursos, nem tecnolgicos, nem humanos, nos servios pblicos de sade. Este quadro aumenta sua vulnerabilidade e reduz sua autonomia reprodutiva pela falta de acesso.
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Com base no crescimento exponencial das populaes urbanas, a demanda por espao para habitao tem crescido vertiginosamente. Para atender a estas necessidades, edificaes cada vez mais altas e mais esbeltas so projetadas e vos cada vez maiores so utilizados. Novos materiais so criados e aprimorados para que seja extrado o mximo de desempenho com o menor custo. Deste modo, esta dissertao tem como objetivo o estudo do comportamento e otimizao do projeto estrutural de edifcios. Para tal, considera-se ao longo do estudo o projeto de uma edificao de concreto armado com 47 metros de altura e 15 pavimentos, submetida s aes das cargas usuais de projeto atuantes sobre edifcios residenciais, alm das cargas de vento. No que tange ao desenvolvimento do modelo computacional so empregadas tcnicas usuais de discretizao, via mtodo dos elementos finitos, por meio do programa ANSYS. Inicialmente, a resposta esttica e dinmica do modelo estrutural obtida e comparada com base nos valores limites propostos por normas de projeto. A partir de anlises qualitativas e quantitativas desenvolvidas sobre a resposta estrutural do modelo em estudo so utilizadas tcnicas de otimizao com o objetivo de modificar e aprimorar o desempenho estrutural do edifcio analisado.
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A Administrao Pblica brasileira vive uma significativa crise de eficincia, enquanto a reforma gradual da legislao facilitou o acesso ao Poder Judicirio. No lugar de pleitear direitos perante o Poder Executivo e, na eventual hiptese de indeferimento, buscar a correo pontual de abusos ou ilegalidades na via judicial, cada vez mais pessoas tm procurado de imediato a tutela jurisdicional, como se o juiz pudesse ou devesse substituir o papel do administrador. Isto sobrecarrega os tribunais, desvirtua o seu papel e contribui para que eles passem a padecer dos mesmos problemas que a Administrao. luz da garantia de inafastabilidade da apreciao das leses a direito pelo Judicirio, a jurisprudncia j condicionou o interesse de agir ao exaurimento da via administrativa, j dispensou totalmente o prvio requerimento administrativo, e, em movimento pendular, recentemente iniciou esforo para, entre os dois extremos, delinear as hipteses em que a existncia de interesse processual de agir depende de um ato de indeferimento administrativo que caracterize a resistncia do ru pretenso do autor para que, sem criar bices intransponveis concretizao dos direitos, o acesso desmedido aos juzes no se converta em novo obstculo ao acesso Justia efetiva.
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O termo limitao ao fluxo expiratrio (LFE) refere-se a uma condio na qual o fluxo expiratrio mximo obtido durante um ciclo da respirao espontnea menor que o previsto e permanece constante apesar do aumento do gradiente pressrico. A LFE pode estar presente durante o envelhecimento pulmonar fisiolgico, e em afeces pulmonares obstrutivas, como na doena pulmonar obstrutiva crnica (DPOC). A aferio direta para determinar a LFE requer a mensurao do volume pela relao entre o fluxo e a presso transpulmonar, porm um mtodo invasivo. Os testes usualmente empregados esto baseados na comparao da curva fluxo-volume expiratrio mximo e corrente, porm estas tcnicas requerem alto grau de colaborao do indivduo e podem gerar alterao do tnus muscular brnquico. Estudos sugerem que a Tcnica de Presso Expiratria Negativa (NEP) pode ser aplicada para deteco da LFE, sendo um mtodo simples, no invasivo e que no requer esforo dos voluntrios. Contudo, ndices quantitativos para a avaliao deste fenmeno ainda no foram definidos, assim como tambm no foram estudadas a LFE no processo de envelhecimento e nos diversos estgios de obstruo das vias areas na DPOC. Neste contexto, os objetivos deste estudo foram: (1) avaliar o comportamento da LFE durante o processo de envelhecimento e (2) estudar a LFE presente nos portadores de DPOC. Trata-se de um estudo transversal controlado com avaliao de casos prevalentes, tendo como unidade de avaliao o indivduo. Os exames realizados incluram medidas de espirometria e NEP. Foram selecionados indivduos saudveis para o grupo envelhecimento separados em trs grupos: grupo jovem (GJ), n=17; grupo meia idade (GMI), n=17 e grupo idoso (GI), n=17. No grupo DPOC foram selecionados indivduos tabagistas e com doena obstrutiva, sendo classificados de acordo com o nvel de obstruo sugerido pela espirometria. Essa classificao resultou em cinco categorias: indivduos normais ao exame espiromtrico (NE, n= 18); com distrbio ventilatrio obstrutivo leve (DVOL, n=15); distrbio ventilatrio obstrutivo moderado (DVOM, n= 18); distrbio ventilatrio obstrutivo acentuado (DVOA, n= 18) e distrbio ventilatrio obstrutivo muito acentuado (DVOMA, n= 18). Todos os indivduos realizaram os exames de NEP e posteriormente foram submetidos espirometria. No estudo sobre envelhecimento o parmetro LFE% foi o que melhor caracterizou a LFE, apresentando uma correlao moderada com a idade. Os parmetros ∆EF0-50% e ∆EF25-75% apresentaram uma correlao razovel com o progredir da idade, possivelmente devido a LFE no idoso apresentar componentes relacionadas s vias areas superiores. No grupo DPOC a NEP caracterizou adequadamente a LFE, sendo o melhor parmetro a LFE%. Alteraes significativas tambm foram encontradas com os parmetros ∆EF0-50% e ∆EF25-75%. Avaliando-se a influncia da idade neste grupo, pode-se observar que a idade um fator de contribui para a LFE, no entanto, o efeito preponderante foi a gravidade da doena. Pode-se concluir que: (1) a NEP til no estudo da LFE em idosos saudveis; (2) nestes indivduos a LFE ocorre principalmente nas vias areas extratorcicas; (3) que a NEP til na avaliao de pacientes com DPOC, e: (4) que os efeitos da DPOC se sobrepe ao efeito do envelhecimento.
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O escritor, jornalista e literato Afonso Henriques de Lima Barreto deixou registrados, em praticamente todos os seus escritos, suas impresses sobre as mudanas sociais, polticas e urbanas, sofridas pela cidade do Rio, na Primeira Repblica. A partir de trechos de sua obra e de sua biografia, vo ser analisadas tais transformaes luz da prpria avaliao do autor. Sero abordadas as marcas deixadas por modificaes urbanas e topogrficas ocorridas na ento cidade-capital Rio de Janeiro, que se calcaram sobre o velho cenrio da cidade, afundando-o, a fim de apag-lo da memria dos habitantes, ao mesmo tempo em que se erigiam como metforas de suposto progresso e de modernidade. Metforas formam em ns, engramas, isto , marcas que podem ficar retidas em nossa memria pela ao da literariedade que possuem. Literariedade que tem sempre algum espao nos mais diversos tipos e gneros de narrativa. Estas marcas de transformaes urbanas atingiram de algum modo a rotina diria de parte considervel dos atores que viveram naquele perodo, entre eles o prprio Lima Barreto. Este trabalho se sustenta, ento, no trip biografia-literatura-metfora, alinhavado pelas marcas de remodelao da cidade do Rio. Cidade contada por Lima Barreto, durante a Primeira Repblica, numa narrativa que flerta com a etnografia.
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A asma um distrbio crnico pulmonar caracterizado por inflamao, obstruo e remodelamento brnquico, levando a sintomas como sibilo, tosse e falta de ar. A terapia antiasmtica consiste em corticosteroides inalados e agonistas β2 de curta ou longa durao. O tratamento limitado por efeitos colaterais e refratariedade de alguns pacientes, justificando a necessidade de novas terapias. Estudos demonstram que a 15-deoxy-delta- 12,14-prostaglandina J2 (15d-PGJ2), um ligante endgeno de receptores ativados por proliferadores de peroxissomos do tipo gama (PPAR-γ), capaz de reduzir a expresso de citocinas pr-inflamatrias, o que pode resultar em benefcios no tratamento de doenas com esse perfil. O objetivo deste estudo foi avaliar o potencial anti-inflamatrio e antiasmtico da 15d-PGJ2 em modelos experimentais de asma. Camundongos A/J machos foram sensibilizados nos dias 0 e 7 atravs de injeo subcutnea (s.c.), contendo ovoalbumina (OVA) e Al(OH)3, e desafiados com 4 instilaes intranasais (i.n.) de OVA em intervalos semanais. O tratamento com 15d-PGJ2 (30 e 100 g/Kg, s.c.) foi realizado 30 min antes dos desafios a partir da terceira provocao antignica. Em outro modelo, camundongos A/J foram desafiados intranasalmente com extrato de caro 3 vezes por semana durante 3 semanas. As administraes de 15d-PGJ2 (30, 70 e 100 g/Kg, s.c. e 0,65; 1,5 e 2,3 g/animal, i.n.) foram realizadas a partir da 3 semana, 30 min antes dos desafios. As anlises ocorreram 24 h aps o ltimo desafio. Nossos resultados mostraram que, em camundongos previamente sensibilizados e desafiados com OVA, a administrao de 15d-PGJ2 limitou significativamente o influxo peribrnquico de eosinfilos e neutrfilos, bem como a produo de muco por clulas caliciformes e fibrose sub-epitelial, alm da hiperreatividade das vias areas e produo de IL-5. A reduo do epitlio brnquico e das citocinas IL-13 e TNF-α foram observadas somente na maior dose administrada. No modelo HDM a inflamao e o remodelamento foram atenuados em todas as doses administradas do composto, enquanto que a hiperresponssividade brnquica foi inibida apenas nas doses de 70 e 100 μg/Kg (via sistmica) e na dose intermediria dada topicamente (1,5 μg/animal, i.n.). Os nveis de citocinas foram atenuados pelo tratamento subcutneo, porm somente os nveis de IL-17, eotaxina-1 e TNF-α foram inibidos com a dose intranasal de 0,65 g/animal. O aumento da expresso de NF-κB, induzido por provocao com HDM tambm foi reduzido significativamente pela administrao de 15d-PGJ2. Em conjunto, nossos dados indicam que o tratamento com 15d-PGJ2 inibe alteraes cruciais associadas patognese da asma, em modelos experimentais distintos da doena, demonstrando possuir grande potencial para controlar e reverter inflamao, hiperreatividade e remodelamento pulmonar desencadeados por provocao alrgica.
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O oxignio importante no s por sua participao no metabolismo energtico, mas tambm por sua converso em derivados parcialmente reduzidos, as espcies reativas de oxignio (ERO). ERO participam de funes importantes em diversas vias do metabolismo, entretanto, em concentraes desequilibradamente elevadas deflagram a peroxidao lipdica, processo deletrio que forma aldedos txicos, como o 4-hidroxi-2-nonenal (4-HNE). A manuteno de concentraes no deletrias das ERO realizada por molculas componentes do sistema antioxidante. Peixes podem ser expostos a grandes variaes das concentraes de oxignio, o que provoca ciclos oxidantes. A maioria dos estudos usa fgado e rim para avaliar estresse oxidante por meio de ensaios das atividades antioxidantes, o que requer o sacrifcio dos animais. Contudo, o sangue sofre efeitos das ERO e avaliaes no sangue podem permitir o estudo de antioxidantes no mesmo animal, sem a necessidade de sacrifcio. Em consequncia, foram nossos objetivos estabelecer uma tcnica de cateterismo branquial em peixes, a padronizao dos ensaios e a avaliao em sangue de componentes do sistema antioxidante de duas espcies de telesteos em diferentes tenses de oxignio. Pacus e tilpias foram avaliados em 6,0 mg de O2.L-1 e em hipoxia a 0,5 mg de O2.L-1 por 42 horas . Para os ensaios de hiperoxia os animais foram avaliados em 6,0 mg de O2.L-1, depois de 6 horas em 9,5 mg de O2.L-1 e depois de 30 horas de recuperao a 6,0 mg de O2.L-1. A utilizao de materiais para o cateterismo de humanos permitiu a implantao de um acesso branquial. Infelizmente, houve formao de trombo aps 24 horas. Mesmo assim, a observao de fluxo sanguneo no interior da cnula e a sobrevida dos animais testados, confirmam a viabilidade da tcnica. Verificamos em sangue uma maior atividade da enzima glutationa S-transferase (GST) sobre o 4-HNE em relao ao 1-cloro-2-dinitrobenzeno (CDNB). Isto reflete a importncia de avaliaes de atividade de enzimas, como a GST, sobre substratos endgenos. As respostas enzimticas de tilpias mostraram-se mais sensveis que as dos pacus quando comparadas em diferentes tenses de oxignio.
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O presente estudo parte da tese de que as danas urbanas comeam a se constituir como uma das formas de ser homem e profissional na contemporaneidade, na qual as interdies sociais j no so to limitantes como foram outrora. Desta forma, apresentamos como objetivo geral investigar como tal processo se d na cidade do Rio de Janeiro, estudando as artes de fazer destes atores, os danarinos urbanos. Mais especificamente, desdobramos este objetivo em trs aspectos diferentes: investigar suas tticas para organizar o acontecimento de sua dana na cidade, descrever suas formas de narrar suas prprias histrias de vida e perspectivas e, finalmente, analisar suas formas de recriar a dana de rua original do movimento hip hop em novas linguagens. Os temas so apresentados em trs diferentes artigos. O primeiro, Do racha na rua batalha nos palcos: o acontecimento da dana de rua no Rio de Janeiro, de carter mais etnogrfico, faz uma anlise dos eventos de danas urbanas que foram destacados como os mais importantes da cidade pelos danarinos de break cariocas. O segundo artigo, Retricas da caminhada: narrativas dos jovens danarinos urbanos na cidade do rio de janeiro, tem como matria prima as entrevistas realizadas com os danarinos urbanos, nas quais contam suas histrias de vida, as suas construes enquanto artistas e suas perspectivas em relao dana e ao futuro. O terceiro trabalho A dana do passinho: uma criao carioca fala sobre uma manifestao de dana urbana criada nas favelas do Rio de Janeiro, a partir de uma linguagem que deriva do hip hop, que o funk. Tivemos nos estudos de Vianna (1997) e Herschmann (2000) o ponto de partida para entendermos este processo, difuso e disperso em funo de seu desdobramento na forma da cultura funk carioca. A metfora do liso e do estriado, proposta por Deleuze e Guatarri (2012) foi acionada como ferramenta para refletir sobre a vida dos jovens danarinos urbanos e seus trnsitos. Buscamos tambm estabelecer um dilogo entre esta proposta e as ideias de Certeau (2008), baseados no aspecto da criatividade cotidiana diante das estratgias dos sujeitos de poder. Ao final, apresentamos algumas consideraes a respeito dos achados das pesquisas de campo realizadas, em perspectivas com os conceitos de alisamento e estriagem do espao e das relaes entre tticas e estratgias neste contexto.
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A obesidade um dos maiores problemas de sade pblica que cresce em todo o mundo, resultante de um desequilbrio entre ingesto alimentar e gasto energtico. Pode-se dizer que a obesidade o principal fator de risco para o desenvolvimento de doenas crnicas de maior prevalncia como dislipidemias, doenas cardiovasculares, diabetes do tipo 2 e esteatose heptica no alcolica, acarretando na reduo da qualidade e expectativa de vida. A Grelina um hormnio sintetizado pelo estmago, que atua em diferentes tecidos atravs de um receptor especfico (GHS-R1a), incluindo hipotlamo e tecidos perifricos, como o fgado. Esse hormnio est envolvido no comportamento alimentar e adiposidade, modulando o armazenamento ou utilizao dos substratos energticos no corao, msculo esqueltico, adipcitos e fgado, alm disso, revela-se de grande importncia na manuteno do metabolismo energtico heptico. Estes dados suportam a hiptese de que as vias de sinalizao responsivas grelina so um importante componente da regulao do metabolismo energtico heptico e da homeostase glicmica. O objetivo deste trabalho, foi estudar o metabolismo energtico heptico e a sinalizao da grelina em camundongos Swiss adultos obesos submetidos a dieta ocidental rica em gordura saturada e carboidratos simples. Avaliamos o efeito desta dieta a partir do 21 dia de idade (desmame) at o 133 dia destes animais, atravs de parmetros biomtricos e bioqumicos, avaliao histomorfolgica, respirometria de alta resoluo, contedo de glicognio heptico e contedo de algumas protenas envolvidas na sinalizao de insulina e grelina, alm do metabolismo energtico heptico. Baseado em nossos resultados observamos que o consumo de dieta ocidental rica em gordura saturada e carboidrato simples durante 16 semanas causa hiperfagia, levando ao quadro de obesidade na idade adulta e prejuzo nas vias de sinalizao dos hormnios insulina e grelina, que so importantes moduladores do metabolismo energtico heptico, favorecendo o desenvolvimento de esteatose heptica no alcolica.
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O presente estudo teve como objetivo verificar, a partir das relaes de poder dentro do CRIAAD de Duque de Caxias e das possveis influncias que os jovens recebem por sua relao com o do trfico de drogas, quais so as categorias de identificao presentes na formao identitria dos adolescentes que cumprem medidas socioeducativas no DEGASE. A gerao de dados se fez por ocasio de grupos focais com dois segmentos de adolescentes, o primeiro com idade de 17 a 19 anos; o segundo com adolescentes de 14 a 16 anos. Foram realizados dois grupos focais, alm de entrevistas com tcnicos do CRIAAD. Todo o processo de coleta de dados foi devidamente autorizado pelo Juizado da Infncia e do Idoso de Duque de Caxias e pela Escola de Gesto Socioeducativa Paulo Freire. Este estudo apoiou-se principalmente na Anlise do Discurso da Linha Francesa, proposta por Michel Pcheux, alm dos estudos sobre as instituies de atendimento ao adolescente em conflito com a lei, conforme Alto, o estudo sobre as prises e as relaes de poder, conforme Foucault e uma parte histrica sobre o surgimento do Comando Vermelho, de acordo com Carlos Amorim e o estudo sobre o slogan, de acordo com Olivier Reboul. A pesquisa constatou que h um discurso de resistncia por parte dos adolescentes, utilizando-se a categoria de silncio, e o discurso de silenciamento por parte dos profissionais que atuam com as medidas scio-educativas, de acordo com Orlandi . Tais aspectos conferem as instncias scio-educativas uma relao de poder que no se apagou, mesmo com as mudanas no sistema de atendimento criana e ao adolescente.
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A mobilidade urbana um problema em diversos centros urbanos e agravada pelo nmero crescente de automveis e seu uso indiscriminado. Este estudo exploratrio-descritivo abordar revises conceituais e levantamento extenso de dados sobre a funo de transporte; o automvel, quanto a sua origem e simbolismos; o contexto do Brasil e da cidade do Rio de Janeiro; a dependncia dos veculos e os impactos do trnsito na sociedade, a fim de explicar a insustentabilidade desse meio de transporte, da forma como tem sido utilizado nas cidades. Dentre os principais impactos causados pela dependncia do automvel, destacam-se os relativos a sade, com problemas que vo desde complicaes no sistema respiratrio e circulatrio at o comprometimento da sade mental; qualidade de vida e a relao entre tempo e custos de locomoo; segurana e todo aparato tecnolgico de automveis que protege o usurio em detrimento do pblico mais vulnervel, como pedestres e ciclistas; morfologia da cidade, que acaba por privilegiar um modal individual e cria novas formas urbanas que demandam mais espaos para automveis; mudanas climticas devido poluio desproporcional, que influencia os padres bioqumicos de vrios ecossistemas, gerando mudanas climticas; e prejuzos econmicos, estimados por trs diferentes metodologias de estudo, que procuraram monetizar o custo dos congestionamentos. A pesquisa prope diversas atitudes para reverter ou mitigar o uso excessivo do Transporte em Automveis. Esta contribuio para os estudos da geografia de transportes vislumbra deixar subsdios para que se avance no debate sobre a dependncia do automvel, especialmente em grandes cidades
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A superativao do eixo ECA/AT1r est intimamente relacionada sndrome metablica e no organismo tem grande relao com o quadro de inflamao. A administrao de frutose, seja por dieta ou pela gua, tem sido usada como um modelo para a induo da superatividade desse eixo e para o estudo das vias inflamatrias relacionadas ao AT1r. Com isso, o objetivo deste trabalho foi avaliar se a administrao de GW510156 poderia diminuir a superativao do eixo ECA/AT1r e consequentemente diminuir os danos causados pela dieta rica em frutose. Para isso foram utilizados camundongos machos C57Bl/6 que receberam uma dieta contendo 47% de frutose durante oito semanas ou uma dieta controle. Aps oito semanas, os grupos foram redivididos aleatoriamente para o incio da administrao do GW501516 durante trs semanas, totalizando quatro grupos experimentais. Os animais tratados apresentaram uma melhora da presso arterial sistlica e tambm dos parmetros urinrios como proteinria e cido rico. Houve ainda uma melhora dos triglicerdeo e cido rico plasmticos. No tecido adiposo branco, o GW501516 foi capaz de diminuir a expresso dos componentes do eixo ECA/AT1r e tambm amenizou a inflamao causada pela dieta rica em frutose. No fgado, no houve alteraes significativa do eixo, porm a fosforilao de JAK2 dependente de AT1r foi diminuda e consequentemente houve uma menor ativao das clulas estreladas no grupo que recebeu o GW501516. Alm disso, as protenas e genes relacionados β-oxidao foram aumentados com o tratamento e aqueles relacionados lipognese de novo, diminudos o que resultou em menor esteatose no parnquima heptico. Os rins apresentaram uma melhora da inflamao induzida pelo eixo, apesar de o eixo tambm no ter apresentado diferenas significativas com o tratamento. Tambm no foram encontradas diferenas significativas na expresso proteica e gnica das protenas antioxidantes. Com esses resultados podemos concluir que a curta administrao do GW501516 pde aliviar os efeitos inflamatrios e a esteatose heptica causada pela dieta rica em frutose, podendo ser pensado como uma nova ferramenta teraputica no tratamento da superativao do eixo ECA/AT1r.
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O presente trabalho aborda duas sub-bacias hidrogrficas do municpio do Rio de Janeiro atravs da apresentao de indicadores ambientais e da percepo de seus moradores. Destaca-se que a interao/utilizao dos recursos no meio urbano em um municpio de alta densidade demogrfica sofre reflexos principalmente do padro de ocupao do territrio. As duas sub-bacias aqui analisadas, do rio Morto e do rio Maracan, representam, respectivamente, bacias periurbanas e urbanas. Como indicadores ambientais so apresentados dados secundrios, majoritariamente de rgos pblicos, como IBGE e INEA. A percepo dos moradores representada pelas respostas a 210 questionrios aplicados nas reas das sub-bacias. Os principais resultados so apresentados ao longo do texto em mapas temticos. Tanto entre os indicadores, quanto em relao percepo, os servios de saneamento demonstraram ter papel fundamental nas condies dos rios. Pequenos trechos mais carentes de cobertura de esgoto nas sub-bacias resultam em deteriorao da qualidade da gua, embora a cobertura de coleta geral apresente altos percentuais. Um ponto de destaque entre os problemas levantados atravs dos questionrios a ocorrncia de enchentes. Dentre resultados positivos cita-se a cobertura de coleta de lixo, prxima a 100% nas sub-bacias. Uma matriz PEIR (presso-estado-impacto-resposta) condensou as informaes obtidas pelos indicadores e sinalizou os fatores associados. A matriz destacou para a sub-bacia do rio Morto o menor acesso ao abastecimento de gua e rede de esgoto, e para sub-bacia do rio Maracan a degradao da qualidade da gua, representada pelas baixas concentraes de oxignio. reas com mais alta densidade populacional representaram a principal presso exercida nas sub-bacias.