997 resultados para Rio Macaé (RJ) Estuários
Resumo:
Esse artigo apresenta os resultados de uma pesquisa realizada na regio amaznica, a qual tem por objetivo estudar a valorizao de frutas tropicais pela agricultura familiar, e dentre estes apresenta o aa (Euterpea oleracea mart.), um fruto de alto consumo na regio norte do pas, principalmente no Estado do Par, que o maior produtor e consumidor dessa fruta no Brasil. Indica formas de melhor apropriao por parte dos agricultores na venda de sua produo. Sugere a agregao de valor a esse fruto, atravs de um processo de beneficiamento a ser desenvolvido a partir de uma cooperativa de agricultores organizados. Desenvolve a anlise a partir da expanso do uso do suco desse fruto em outras regies do Brasil, especificamente na cidade do Rio de Janeiro, a qual j vem apresentando aumento significativo de consumo nos ltimos seis anos.
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No esturio de Marapanim-PA, pouco conhecimento existe sobre larvas de camaro, organismos de elevada importncia ecolgica e alguns de grande valor econmico. Com o objetivo de estudar a composio especfica, a densidade e a distribuio espao-temporal destas larvas no esturio em relao aos perodos do ano (seco, transio e chuvoso), zonas do esturio (1, 2 e 3), locais de coleta (A1, A2, A3, B1, B2 e B3) e perfis (A e B), foram realizadas coletas mensais de agosto/06 a julho/07. As amostras biolgicas foram obtidas atravs de arrastos horizontais em cada local de coleta aproximadamente 0,5 m da superfcie da coluna dgua, com auxlio de uma rede de plncton cnica (abertura de 0,5 m e malha de 200 m). Tambm foram colhidos dados abiticos como, temperatura, salinidade e pH da gua. No esturio de Marapanim-PA foram encontradas 4.644 larvas de camaro, compreendendo as infra-ordens Penaeidea e Caridea. Dentre as espcies e/ou famlias encontradas, as mais abundantes foram Alpheus estuariensis (302,59 larvas/m3), Palaemonidae (97,05 larvas/m3) e Sergestidae no estdio de elaphocaris (90,47 larvas/m3) , sendo A. estuariensis a mais frequente (76,39%). O perodo seco apresentou maior densidade, diversidade e riqueza de larvas de camaro. Na anlise de agrupamento da densidade mensal das larvas houve a formao de trs grupos, ao nvel de similaridade de 65%, nos quais A. estuariensis foi dominante, alm de ser a espcie que mais contribuiu para a similaridade dentro destes. A diferena entre agrupamentos se deu principalmente devido densidade das larvas de Sergestidae, Palaemonidae e Xiphopenaeus kroyeri. Entre os fatores abiticos estudados, a salinidade foi o fator que mais influenciou a distribuio espao-temporal das larvas de camaro no esturio de Marapanim-PA, regio importante para o recrutamento dos estdios iniciais do ciclo de vida de algumas espcies.
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A dissertao foi elaborada no formato de artigo, intitulado de Immunohistochemical and structural biomarkers in two fish species exposed to the industrial area in Amazon Estuary, submetido revista Environmental Monitoring and Assessment, formatado segundo os padres da revista, no contendo resumo em portugus.
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Estuários so ambientes ricos em nutrientes, favorecendo a reproduo e desenvolvimento de diversas espcies. Nestes, o fitoplncton representa uma considervel parcela da produo primria e, em conjunto com outros fatores, regula os nveis de produtividade biolgica. Este estudo teve o objetivo de conhecer a dinmica do microfitoplncton e sua correlao com os fatores ambientais no esturio do rio Guajar-mirim, na cidade de Vigia- PA, que um importante plo pesqueiro do estado do Par. Foram realizadas coletas bimestrais de fitoplncton e parmetros fsico-qumicos em quatro estaes de coleta ao longo do esturio, durante os perodos de mar vazante e enchente. Foram determinadas a composio especfica e densidade do microfitoplncton (org.L-1) e realizadas anlises de frequncia de ocorrncia, diversidade e equitabilidade, agrupamento e componentes principais (ACP). Sazonalmente, nota-se, principalmente durante a mar vazante, uma considervel variao dos parmetros fsico-qumicos que est fortemente relacionada ao ciclo hidrolgico da regio. Foram registrados 78 txons pertencentes s Divises Bacillariophyta (65), Chlorophyta (6), Cyanophyta (3), Dinophyta (3), e Ochrophyta (1). A diviso Bacillariophyta foi predominante em numero de espcies, frequncia de ocorrncia e densidade (99,89%). A densidade mdia mensal do microfitoplncton variou de 9.999 (julho) a 535.411 org. L-1 (janeiro). Durante o ms de janeiro ocorreu uma florao de Skeletonema costatum (mx = 1.996.613 org. L-1). A comunidade microfitoplanctnica caracterizou-se como de diversidade mdia (mdia geral anual = 2,40). A variao sazonal dos parmetros fsico-qumicos e da densidade das espcies foi o fator preponderante no agrupamento de amostras, tendo se formado dois grandes grupos, o primeiro composto por amostras do perodo chuvoso e o segundo grupo composto por amostras do perodo de estiagem. A anlise de componentes principais mostrou que, apesar de os parmetros fsico-qumicos apresentarem baixa variabilidade espacial e sazonal, a variao do ndice de pluviosidade, do teor de slidos totais dissolvidos e da salinidade foi determinante na variao da densidade de grande parte das espcies e tambm favoreceu um leve aumento da diversidade no perodo de estiagem.
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Os sistemas estuarinos funcionam como importante habitat para vrias especies de peixes, atraves das redes de canais de mare. Sob o ponto de vista ecologico, a comunidade ictiofaunstica desempenham importante funcao no balanco energetico dos varios niveis trficos dos ecossistemas estuarinos. Neste contexto, o presente estudo objetivou: determinar as distribuies espaco-temporais da ictiofauna; explicar suas caractersticas comportamentais e ecologicas; comparar a composicao da biomassa relativa, guildas ecologicas e funcionais em diferentes sistemas estuarinos da costa Norte; investigar a influencia das variaveis bioticas e abioticas e sua correlacao com os padroes biologicos da ictiofauna e identificar alteracoes na integridade biotica dos canais de mare estudados, utilizando a ictiofauna. Os dados foram obtidos a partir de amostragens bimestrais nos canais de mare Iguaiba, Grande e Cristovao, no periodo de janeiro/2006 a setembro/2007, utilizando redes de emalhar e tapagem. Paralelamente, foram tomadas amostras na camada superficial da agua para determinacao das variaveis fisico-quimicos e dos nutrientes inorganicos dissolvidos. Na caracterizacao ecologica das especies, foram empregados indices que estimam a diversidade, equitabilidade e riqueza. O Indice de Integridade Biotica foi aplicado para avaliar os efeitos das possiveis alteracoes ambientais na ictiofauna. Tecnicas univariadas (ANOVA, Kruskall-Wallis) e multivariadas (Cluster, nMDS, SIMPER, COIA e curvas ABC) foram usadas para comparar as especies e os locais de capturas. No total foram capturados 12.219 peixes distribudos em 55 especies e 27 familias. As familias Sciaenidae, Ariidae, Carangidae, Engraulidae e Mugilidae apresentaram maior riqueza de especies. Ariopsis bonillai e Cetengraulis edentulus, apresentaram maior contribuicao para a formacao de grupos mais similares; Stellifer naso e Cynoscion acoupa foram responsaveis pela dissimilaridade entre os grupos formados. Cerca de 66% dos peixes capturados foram representados por individuos jovens, confirmando a condicao de bercario dos sistemas estuarinos. Os registros ictiofaunisticos entre o Golfao Marajoara e Maranhense apontam a ocorrncia de 140 especies. Especies marinhas visitantes ocasionais e de agua doce ocorreram ocasionalmente. Marinhas estuarino-oportunistas e estuarino dependentes apresentaram maior contribuicao no Golfao Maranhense, ja as estuarino residentes apresentaram biomassa elevada em todos os sistemas estuarinos investigados. Detritivoros ocorreram principalmente no Par e zoobentivoros no Maranhao. A ocorrencia de piscivoros foi inversamente proporcional a abundancia de juvenis. A co-estrutura formada entre variaveis ambientais-peixes foi significativa. As variaveis salinidade, pH, silicato, amonio, fosfato e nitrato influenciaram na estrutura da ictiofauna. Nenhuma especie se associou a ambientes com elevadas concentracoes de nutrientes inorganicos. As curvas ABC demonstraram que o ambiente estuarino encontra-se moderadamente perturbado, enquanto o indice de integridade caracterizou a qualidade ambiental dos canais de mare entre muito pobre a regular. O estudo mostrou que os canais de mare so importantes areas de criacao devido a dominancia de juvenis; a ictiofauna apresenta sazonalidade em relacao aos periodos hidrologicos; a comunidade peixes presente nos canais de mare pode atuar como indicadora da qualidade de ecossistemas submetidos a pulsos de mares. Considera-se, portanto, a protecao dos canais entre-mares dos manguezais uma ao essencial para o manejo dos recursos pesqueiros, uma vez que existe uma forte relacao entre abundancia da ictiofauna e a composio estrutural do habitat.
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Poucos so os estudos realizados sobre zooplncton em estuários na regio Bragantina do Estado do Par. Este trabalho foi realizado em um canal de mar, denominado de Furo do Chato, prximo a localidade de Ajuruteua. Municpio de Bragana, no litoral do Estado do Par, e teve por objetivo estudar a composio qualitativa e quantitativa do zooplncton, bem como as variaes sazonais em funo das variveis ambientais, Durante o perodo de agosto/96 a janeiro/97 foram feitas oito campanhas a cada trs semanas, com obteno de amostras a cada duas horas, durante 24 horas. O Furo do Chato um canal de mar com forte influncia costeira. Assim, a maior parte dos representantes do zooplncton encontrados so de origem costeira. Alm de componentes holoplanctnicos e meroplanctnicos, as amostras de zooplncton no Furo do Chato apresentaram representantes da fauna bentnica. Dez filos foram identificados: Protozoa, Mollusca, Chordata, Annelida, Cnidaria, Arthropoda, Urochordata, Chaetognatha, Nematoda e Bryozoa. A classe Copepoda teve maior representatividade, tanto pela densidade, pela biomassa como Oela freqncia de ocorrncia nas amostras. As categorias mais abundantes e frequentes (>40%) foram Pseudodiaptomus marshi, Acartia iilljeborgi, A. tonsa, Harpacticoida, Sagitta sp., Oiko pleura dioica, Cnidaria, lsopoda, zoeas de caranguejo, ps-larvas de camaro e alevinos de peixes. A abundncias mdias foram baixas (1,07 indiv./me 16,43 mg/m). A comunidade do zooplncton mais abundante nos meses de transio do que no perodo seco A maiores abundncias ocorreram em geral noite e durante as mars de sizgia. Contudo, o ciclo dirio de mars, a salinidade e as fases lunares no influenciaram a variabilidade do zooplncton como um todo, mas apenas em algumas categorias isoladamente.
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O presente estudo estima a biomassa mdia e caracteriza a distribuio espao-temporal dos peixes da familia Sciaenidae no esturio do rio Caet, no litoral norte do Brasil com nfase nas espcies Stellifer rastrifer, Stellifer naso, Macrodon ancytodon e Cynoscion rnicrolepidotus. Estimam-se parmetros biolgicos como a idade da primeira maturao sexual (L<sub>50 </sub>), os perodos de desova, a relao peso-comprimento, hbitos alimentares, a sobreposio das dietas, o consumo mdio de alimento por unidade de peso (Q/B), bem como a estrutura e dinmica populacional. Para tal durante o perodo outubro de 1996 a agosto de 1997, foram feitas 6 coletas bimensais, no esturio do rio Caet. Onze espcies de peixes da famlia Sciaenidae foram coletadas. A biomassa mdia da famlia Sciaenidae foi de 0,840g/m. A distribuio espacial da biomassa no sistema foi relacionada com a dinmica de recrutamento e reproduo das espcies. Assim, os juvenis das espcies S. rastrifer, S. naso e M. ancylodon distriburam-se nas reas mais internas do esturio e os adultos nas reas externas, com maiores teores de salinidade. Os valores de L<sub>50 </sub> foram estimados em 10cm, 10,7cm e 21,5cm, respectivamente. Foram determinados para essas trs espcies dois perodos anuais de reproduo, que definiram dois perodos de recrutamento, cada coorte apresentando diferentes parmetros de crescimento. As relaes peso-comprimento foram do tipo alomtrico positivas, sem mostrar diferenas significativas entre sexos. Foi achada uma mudana na composio da dieta relacionada com o tamanho da espcie. Assim o zooplncton foi comum nos indivduos jovens, para ser substitudo por juvenis de crustceos decpodos, poliquetas e juvenis de peixes nos indivduos maiores. O grau de sobreposio das dietas variou durante o desenvolvimento ontognico das espcies. A relao Q/B mostrou que as espcies menores como S. rastrifer e S. naso consumem anualmente maior proporo de alimento em relao ao seu peso corporal, ao ser comparado com as espcies maiores M. ancylodon e C. rnicrolepidotus. Os resultados demostraram maiores taxas de crescimento, menores comprimentos para cada idade e menor longevidade para os peixes do esturio do Caet, quando comparados com as mesmas espcies em latitudes maiores.
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O estudo de comunidades de peixes estuarinos tem recebido a ateno de pesquisadores, pelo fato destes ecossistemas apresentarem uma grande variedade e abundncia de peixes. Muitas destas espcies possuem interesse comercial, constituido-se numa ferramenta fundamental para a avaliao dos estoques pesqueiros, contribuindo tambm para a conservao dos ambientes estuarinos e costeiros. O esturio do rio Curu localiza-se na costa norte, regio do salgado paraense, apesar da pesca ser a principal atividade econmica das cidades da regio, existem poucos estudos a respeito da ictiofauna local. O objetivo principal deste trabalho foi de caracterizar a ictiofauna demersal dos canais principais do esturio do rio Curu, identificando as variaes anuais e espaciais na composio, densidade e biomassa, bem como os fatores abiticos que influenciam nestas variaes. Para isto, foram realizadas coletas bimestrais, utilizando uma rede de arrasto de fundo, nos dois canais principais do esturio. Ao final do estudo foram capturados 18.989 indivduos, pertecentes a 73 espcies, destas Ophichthus cylindroideus, Hippocampus reidi, Sygnathus pelagicus e Butis koilomatodon ainda no haviam sido registradas para a costa norte. As famlias Sciaenidae, Engraulidae e Ariidae, foram as mais representativas em nmero de espcies, densidade e biomassa, dominando as capturas. As 20 espcies classificadas como estuarinas foram a maioria, e apresentaram as maiores densidades e biomassa em todos os meses e estaes de coleta. A densidade mdia (0,12 ind/m) foi significativamente maior na estao chuvosa, j para a biomassa (1,11 g/m) no houve diferenas significativas entre os meses de coleta. Entre os perfis, Curu apresentou uma maior riqueza de espcies, densidade e biomassa. Esta diferena est relacionada principalmente a uma maior heterogenidade de substratos deste perfil, fazendo com que este possua uma maior disponibilidade de microhabitat. Os parmetros fsicos-qumicos da gua se apresentaram homogneos ao longo dos pontos de coletas tendo pouca influncia sobre a distribuio espacial da ictiofauna. O fato de encontrarmos novos registros de espcies para a regio, refora a importncia de novos estudos para uma maior compreenso da ictiofauna local, que um importante recurso econmico para as populaes locais.
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O Esturio do rio Maracan localizado na mesoregio Nordeste do Par, esta situado na Reserva Extrativista Marinha de Maracan (Lei 9.985/00), ao qual tem como principal objetivo garantir o uso sustentvel e conservao dos recursos renovveis, protegendo as condies de vida e cultura da populao que, em geral, so pescadores, pequenos comerciantes e a prpria comunidade local. Devido as suas caractersticas geoambientais, representar um importante plo de desenvolvimento regional, buscou-se nesta dissertao, o formalismo geoqumico para a interpretao de resultados analticos relacionados com a geoqumica dos sedimentos superficiais de fundo do esturio do rio Maracan para a determinao de metais pesados (MP) (Cd, Co, Cr, Cu, Fe, Mn, Ni, Pb, Zn), nas fraes granulomtricas menores que 0,64 11m, por espectrometria de absoro atmica de maneira a conhecer os nveis de background atualmente inexistentes para realizao de futuros trabalhos de monitoramento ambiental na regio nordeste do estado do Par. Neste esturio, registrou-se a predominncia das fraes silte-argila em relao a frao areia, alm de identificar semelhana mineralgica, indicando a presena de caulinita, ilita e esmectita. De um modo geral o teor de matria orgnica (MO) (5,4:t0,70%) nos sedimentos foi distribudo de forma homognia, e o pH no sofreu grandes variaes, oscilando entre fracamente cidos (6,48) e fracamente alcalinos (7,13). Com relao aos MP, verificou-se que: 1) no esturio do rio Maracan as concentraes de cdmio ficar~m abaixo do limite de deteco do aparelho (0,009 ppm); 2) o cobalto variou de 46 a 55 ppm (50,97:t2,31 ppm) na frao total, e de de 5 a 7 ppm (6:tO,37 ppm) na frao biodisponvel; 3) o cromo variou de 126 a 152 ppm (140,33:t6,56 ppm) na frao total, e de 17 a 24 ppm (20,73:t1, 7 ppm) na frao biodisponvel; 4) o cobre variou de 17 a 21 ppm (18,97:t1, 19 ppm) na frao total, e de 6 a 9 ppm (7,0 :t 0,69 ppm) na frao biodisponivel; 5) o Ferro variou de 3,4 a 4,6% (4,14:t 0,24 %) na frao total, e de 1,5 a 1,9 % (1,66:t 0,1 %) na frao biodisponvel; 6) o mangans variou de 293 a 545 ppm (423,53:t74,63 ppm) na frao total, e de 168 a 499 ppm (335,1 :t91,3 ppm) na frao biodisponvel; 7) o nquel variou de 44 a 53 ppm (48,77 :t: 2,27 ppm) na frao total, e de 7 a 9 ppm (8,03:t:O,56 ppm) na frao biodisponvel; 8) o chumbo variou de 42 a 48 ppm (45,63:t:1,69 ppm) na frao total, e de 14 a 17 ppm (15,13:t:O,78 ppm) na frao biodisponvel; 9) o zinco variou de 72 a 85 ppm (78,83:t:3,44 ppm) na frao total, e de 26 a 32 ppm (29,43:t:1,65 ppm) na frao biodisponvel. A concentrao dos MP biodisponveis analisados para o Esturio do rio Maracan encontram-se abaixo dos VGQS (valores guias de qualidade de sedimentos) estabelecidos pela Agncia Ambiental do Canad (AAC) , pela National Oceanic and Atmospheric Administraton (NOM) indicando que raramente devem ocorrer algum efeito adverso para biota da regio. Considerando que a regio uma Reserva Extrativista e que no foram encontradas evidncias de contaminao antrpica associadas aos MP selecionados nas suas fraes total e biodisponvel no esturio do rio Maracan, possvel considerar que os dados obtidos para as concentraes de MP selecionada nas duas fraes geoqumicas analisadas, representam o valor prximo ao "background" caracterstico desta regio. Desta forma o esturio do rio Maracan torna-se um stio de referncia para estudos biogeoqumicos e de ecotoxicologia de sedimentos de ambientes similares na costa paraense, alm do mais, os dados obtidos nesta dissertao podero servir como subsdio para futuras investigaes geoqumicas e ambientais na regio, uma vez que se estabeleceram faixas de concentrao e relaes de referncias para vrios MP presentes nos sedimentos de fundo deste esturio.
Resumo:
A Costa Norte Brasileira uma das regies mais produtivas do Brasil, tendo o rio Amazonas como a principal fonte de nutrientes, o que explica o grande potencial de produo primria na regio. O objetivo principal deste trabalho foi determinar a composio e variao nictimeral do ictioplncton no esturio do rio Amazonas - Porto de Santana Amap - Brasil. As amostras de gua subsuperficiais foram coletadas para aferir seguintes parmetros: condutividade eltrica, pH, salinidade, turbidez, oxignio dissolvido e temperatura .As amostragens foram realizadas em dois ciclos de 24 horas em uma estao fixa, em lua quarto crescente (Quadratura) e em lua cheia (sizgia). A coleta das amostras foi realizada com uma rede de plncton, tipo Bongo com 0,60 m de abertura de boca, 1,50 m de comprimento e abertura de malha de 500 m. Para determinar o volume de gua filtrado foi acoplado entrada da rede um fluxmetro mecnico, a amostra foi coletada acondicionada em potes e fixada com formol a 4%. Transportada para o Laboratrio de Ecologia Aqutica e Aqicultura Tropical LECAT, da Universidade Federal Rural da Amaznia UFRA onde o ictioplncton foi quantificado e identificado em nvel de famlia. Foram quantificadas 2.776 larvas, destas, 842 foram amostradas na coleta realizada na mar de quadratura (lua crescente) e 1.924 larvas na mar de sizgia (Cheia). As larvas de peixes identificadas nas mars pertencem a sete famlias (Engraulidae, Gobiidae, Sciaenidae, Tetraodontidae, Eleotridae, Clupeidae Pristigasteridae). As famlias Clupeidae e Gobiidae ocorreram somente na mar de quadratura, enquanto que as famlias Pristigasteridae e Tetraodontidae ocorreram somente na mar de sizgia. Durante a mar de quadratura (Lua Crescente) a famlia mais abundante foi Engraulidae seguida por Sciaenidae e Pristigasteridae. Nas estaes, a densidade variou de 137 larvas/ 100 m3 s 15h30min at 2.859 larvas/ 100 m3 na coleta das 12h30min. Para a poca das amostragens h um padro temporal de distribuio das larvas de peixe influenciado pelo perodo de coleta (noturno e diurno), sendo que os maiores valores ocorrem durante o dia. O elevado nmero de larvas registrado revelou que a rea do esturio do rio Amazonas utilizada como rea de reproduo e berrio. No h diferenas significativas na composio do ictioplncton com a mudana da fase lunar.
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A partir da hiptese de que a salinidade influencia fortemente a comunidade zooplanctnica, o objetivo deste trabalho analisar a influncia deste fator sobre essa comunidade no esturio do rio Quatipuru, Estado do Par. Foram realizadas amostragens zooplanctnicas e de variveis fsicas e qumicas da gua ao longo do esturio, contemplando diferentes faixas de salinidade. As coletas foram realizadas em mars vazantes e enchentes. Os resultados mostraram que este esturio possui uma variao temporal de caractersticas fsica, qumica e biolgica. A salinidade, em especial, sofreu variaes decorrentes das mudanas de mars, bem como da variao sazonal da pluviosidade. A salinidade variou de 1,4 a 33,5 ups no perodo seco e de 0 a 17,9 ups no perodo chuvoso. Esta amplitude de salinidade possibilitou determinar para rea diferentes condies hidrolgicas (limntica, oligohalina, meso-polihalina e euhalina). Foram identificados 48 taxa, destacando os Copepoda como o grupo mais importante em termos quali-quantitativos, sendo adultos de Parvocalanus crassirostris, Pseudodiaptomus richardi, Acartia tonsa, Acartia lilljeborgi, Paracalanus quasimodo, Euterpina acutifrons e copepoditos os principais responsveis pela sua dominncia. Mollusca foi o segundo grupo dominante, onde vligeres de gastrpodes representaram 95% do total. A densidade total do zooplancton variou entre 993, 9 e 13254,7 Ind. m<sup>-3</sup> no vero e entre 944, 3 e 35908,8 Ind. m<sup>-3</sup> no inverno. As maiores abundncia em maio e novembro foram em ocasio de mar vazante e enchente, respectivamente. Os baixos valores de diversidade e equitabilidade encontrados na faixa zero na condio de enchente mostram o predomnio de determinado grupo sobre os demais (larvas de Gastropoda). A maior diversidade e uniformidade da comunidade zooplanctnica ocorreram no vero. A comunidade zooplanctnica respondeu as variaes de salinidade com espcies adaptadas aos maiores valores de salinidade na poro inferior do esturio, no vero, assim como espcies adaptadas as condies de mixohalinizao na poro mais a montante, em maio. A maior abundncia de copepoditos esteve associada negativamente com a salinidade, demonstrando que as espcies que esto recrutando os copepoditos so mais estuarinas verdadeiras do que costeiras. As anlises de agrupamento e de componentes principais revelou grupos definidos, distribudos em diferentes faixas de salinidade, este parmetro sozinho explicou 56% (p=0,028) da variao da fauna no esturio do rio Quatipuru. A distribuio dos organismos, de uma maneira geral, esteve de acordo com a hiptese de que a salinidade influencia fortemente a comunidade zooplanctnica no sistema estuarino de Quatipuru - Par.
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O sistema hidrogrfico de Belm constitudo por dois grandes corpos hdricos: a baa do Guajar e o rio Guam, cujo divisor de guas quase imperceptvel. A importncia do rio Guam para a cidade de Belm deve-se ao fato de que esse juntamente com os lagos gua Preta e Bolonha, faz parte do Complexo Hdrico do Utinga, manancial que abastece a cidade. O estudo visou caracterizar a variao espao-temporal da comunidade microfitoplanctnica nessa regio, durante um ciclo anual, em perodo de maior e menor precipitao pluviomtrica, em cinco estaes de coleta. As amostras qualitativas foram coletadas com rede de plncton de 20 m. Para o estudo quantitativo, foram coletadas diretamente na sub-superfcie da gua com frascos de polietileno de 250 ml. O material biolgico foi fixado com soluo Transeau. Simultaneamente, foram registrados os parmetros abiticos na superfcie da gua. Os fatores hidrolgicos no apresentaram variaes relevantes entre as estaes e os perodos sazonais. Foram identificadas 173 espcies, destacando-se as diatomceas como grupo de maior densidade e que caracteriza o ambiente. No foram observadas espcies dominantes durante o perodo estudado. Atravs da abundncia relativa, constatou-se que a maioria dos organismos foi considerada rara. A diversidade especfica variou de muito baixa a alta, sendo observados baixos ndices de diversidade no perodo menos chuvoso, destacando-se a ocorrncia das espcies Aulacoseira granulata (Ehrenb.) Ralfs, Actinoptychus sp. e Cyclotella sp. J a densidade fitoplanctnica apresentou variao temporal definida, sendo registrados os maiores florescimentos durante o perodo mais chuvoso. Quanto variao espacial, no houve um padro em relao aos perodos sazonais. As euglenofceas foram pouco freqentes ou espordicas e se restringiram ao perodo menos chuvoso, j os dinoflagelados estiveram presentes nos dois perodos, embora considerados organismos marinhos, foram registradas duas espcies do gnero Peridinium. A comunidade fitoplanctnica no apresentou diferenas significativas entre as estaes de coleta, provavelmente devido hidrodinmica e forte drenagem fluvial do rio Guam.
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Este trabalho teve como objetivo descrever a composio, abundncia relativa e frequncia de ocorrncia do microfitoplncton do rio Arienga, determinadas a partir da anlise qualitativa de 10 amostras coletadas no perodo chuvoso e seco (respectivamente maio e setembro de 2009), em cinco estaes georreferenciadas, utilizando-se uma rede cnico-cilndrica de plncton com abertura de malha de 20m. No perodo estudado a precipitao pluviomtrica apresentou um comportamento atpico, comparado mdia dos ltimos 10 anos para a regio de Barcarena, e o pH e a temperatura no sofreram grande variaes. Foram identificadas 128 espcies pertencentes s divises: Dinophyta (0,78%), Chrysophyta (0,78%), Cyanobactria (12,50%), Chlorophyta (26,56%) e Bacillariophyta (59,38%). Os gneros Microcystis Ktzing ex Lemmermann, Staurastrum Meyen ex Ralfs, Ulothrix Ktzing, Eudorina Ehrenberg ex Ralfs, Volvox Linnaeus, Hydrodictyon Roth, Pediastrum Meyen, Aulacoseira Thwaites, Coscinodiscus Ktzing, Pinnularia Ehrenberg, Polymyxus Bailey, Rhizosolenia Brightwell, Actinoptychus Ehrenberg, Thalassiosira Ehrenberg, Tabellaria Ehrenberg ex Ktzing, Fragilaria Lyngbye e Navicula Bory de St. Vincent apresentaram 100% de representatividade, nos dois perodos de coleta. Foi possvel constatar dois grandes grupos, sugerindo que o regime pluviomtrico foi o principal fator controlador da composio fitoplanctnica e da variao espacial de espcies do rio Arienga. A diversidade fitoplanctnica foi considerada caracterstica para a regio amaznica.
Resumo:
A grande importncia dos recursos pesqueiros para a Amaznia, aliada necessidade de ampliar os conhecimentos bsicos sobre identificao das larvas de peixes (coletadas em ambiente natural), justifica o desenvolvimento deste trabalho, que tem como objetivo expandir as informaes sobre o ictioplncton, relacionando as com as tendncias de variao diria e entre mars, do complexo estuarino do rio Amazonas PA. As coletas foram realizadas durante o perodo diurno e noturno, no segundo semestre de 2007, pelo Projeto PIATAM mar II, sob ponto fixo na subrea 1 (esturio do rio Paracauari) e na subrea 2 (baa do Guajar) nas mars de sizgia e quadratura, em arrastos horizontais na sub-superfcie da coluna dgua com rede de plncton cnico-cilndrica e malha de 300m. As amostras foram acondicionadas em recipientes contendo formalina a 4%. Os fatores hidrolgicos foram obtidos in situ pelo Grupo de Oceanografia Qumica do Museu Paraense Emilio Goeldi. As amostras foram triadas e identificadas por meio de caractersticas morfolgicas, morfomtricas e mersticas, baseando-se na tcnica de sequncia regressiva de desenvolvimento e em bibliografias especializadas. As principais estruturas e caractersticas das fases iniciais dos peixes foram descritas e ilustradas, facilitando assim futuros estudos ictioplanctnicos para regio. A temperatura superficial da gua, potencial hidrogeninico e oxignio dissolvido no apresentaram diferenas significativas nas reas estudadas. Os valores de salinidade no apresentaram diferena significativa entre as estaes de coleta e mars, registrando apenas variao horizontal com aumento gradativo em direo foz com valores mximos (12) e mnimos (0) para as subrea 1 e subrea 2, respectivamente. As maiores densidades de ovos foram registradas na subrea 1, em relao subrea 2, com as maiores densidades para o perodo diurno (163,29 ovos/100m) na subrea 1 e noturno (19,70 ovos/100m) na subrea 2. As larvas foram distribudas em 22 taxa representados por 13 famlias e 21 espcies, sendo os taxa dominantes: P. flavipinnis (46,29%), R. amazonica (19,75%), Engraulidae (10,70%), P. squamosissimus (7,55%), A. lineatus (5,19%), O. saurus (3,30%) e Gobiosoma sp. (2,15%), com elevada participao relativa dos Clupeiformes (76,75%). Quanto aos estgios de desenvolvimento, foi observada maior abundncia de larvas em pr-flexo nas subreas 1 e 2, sendo o estgio larval vitelino e ps-flexo os menos representativos. O perodo noturno apresentou as maiores densidade de larvas e nmero de taxa, evidenciando uma possvel migrao nictemeral do ictioplncton. Apenas M. furnieri apresentou abundncia significativamente maior nas amostras diurnas. A grande maioria dos taxa no apresentaram diferenas significativas entre as abundncias diurnas e noturnas. Logo, a densidade de larvas e o nmero de taxa diferem entre o perodo diurno e noturno e entre mar. Portanto, as caractersticas morfolgicas descritas no presente trabalho permitem uma adequada identificao das larvas, ampliando o conhecimento biolgico das espcies estuarinas do litoral paraense, uma vez que as informaes sobre larvas de peixes ainda so escassas, fazendo-se necessria uma intensificao nas pesquisas. Alm disso, a compreenso da ecologia dos organismos, sobre tudo daqueles que apresentam seu ciclo de vida associado aos estuários, e as variaes no transporte das larvas entre os perodos do dia e da noite e entre as mars so questes fundamentais para aprimorar o manejo e a conservao destes recursos renovveis.
Resumo:
O uso de novas tcnicas para estudar a evoluo e preenchimento de vales incisos tem fornecido, ao longo dos anos, importantes resultados para entendermos como foi a evoluo costeira brasileira. Neste contexto, esta tese teve como objetivo estudar a evoluo do esturio do rio Corea, localizado no estado do Cear, em diferentes escalas temporais, seja Eventual (meses, anos), Engenharia anos, decdas) e Geolgica (centenas, sculos, milnios), proposta por Cowell et al. (2003), com intuto de avaliar se as transformaes/alteraes ao longo dos anos foram significativas ou no. Como resultados, obteve-se no primeiro objetivo, utilizando tcnicas de sensoriamento remoto, a partir de imagens dos sensores TM, ETM<sup>+</sup> e OLI do satlite Landsat 5,7 e 8 e LISS-3 do satlite ResourceSat-1 de 1985 a 2013, uma alterao mnima em relao a transformaes morfolgicas ao longo do esturio nos ltimos 28 anos (entre as escalas Eventual e de Engenharia), houve neste perodo um acrscimo de 0,236 km<sup>2</sup> (3%) de rea, no trazendo sigificativas mudanas para o esturio. Em relao a taxa de sedimentao, correspondente ao segundo bjetivo, a partir da coleta de 9 testemunhos, de at 1 m de profundidade e utilizando o radionucldeo <sup>210</sup>Pb, ao longo do esturio, obteve-se uma taxa que variou de 0,33 cm/ano a 1 cm/ano (escalas entre Engenharia e Geolgica) prximo a foz do esturio, e com uma rpida sedimentao percebida na margem leste do rio, onde encontram-se sedimentos mais recentes em relao a margem oeste. Em relao ao preenchimento, terceiro e ltimo objetivo, a partir da amostragem de testemunhos de at 18 m de profundidade, utilzando o amostrador Rammkernsonden (RKS), foram gerados perfis e sees estratigrficas que ajudaram a entender o preenchimento do vale inciso do esturio do rio Corea e entender que trata-se de um esturio fluvio-marinho, preenchendo os vales formados no Grupo Barreiras nos ltimos 10.000 anos antes do presente. Estas anlises e resultados serviro como base para comparao com outros estuários, sejam fluviais, fluvio-marinhos ou marinhos, para entendermos melhor quais os possveis eventos que dominaram a sedimentao ao longo da costa brasileira em diferentes escalas.