717 resultados para Repouso hibernal
Resumo:
Este trabalho descreve a determinação do íon amônio em solos, pelo método colorimétrico baseado no reativo de Nessler. Foram estudados diversos aspectos, como o espectro de absorção do composto colorido e do reativo de Nessler, a influência do tempo de repouso e da temperatura sobre o desenvolvimento da côr e a interferência de alguns íons que normalmente se encontram nos extratos de solos. A determinação do íon amônio foi conduzida em extratos de solos obtidos com solução de KC1 1 N e destilados, para evitar a interferência do íon manganês-II, que forma um precipitado com o reativo de Nessler. Os resultados obtidos pelo método colorimétrico foram comparados com os determinados pelo método titrimétrico.
Resumo:
São apresentados os resultados obtidos sôbre o estudo da adsorção de molibdênio, na forma do iônio molibdato, por amostras dos horizontes Ap e A12 de solo Podzólico Vermelho -Amarelo var. Piracicaba e horizontes Ap e de solo Latosolico Vermelho Escuro-orto, do Estado de São Paulo. As mencionadas amostras foram tratadas com carbonato de cálcio, a fim de se obter uma variação mais ou menos ampla do pH. Procurou-se avaliar a capacidade de adsorção de molib dênio dessas amostras de solos, mediante a agitação de dois gramas de material com 5 ml de soluções padrão contendo quantidades crescentes de molibdênio. Após um repouso durante 16 horas, procedeu-se à determinação do teor de molibdênio de equilíbrio. Calculou-se a quantidade de molibdênio adsorvido por diferença entre a originalmente existente e a determinada na solução de equilíbrio, após a agitação e repouso. Os dados obtidos evidenciaram que a quantidade de molibdênio adsorvido pelas amostras de solos estudadas aumenta com a concentração de molibdênio da solução de equilíbrio e decresce à medida que se eleva o pH.
Resumo:
Amostras de solos procedentes dos horizontes B2 e B3 da Série Guamium (Latosólico Vermelho Escuro-orto) e do horizonte Ap da Série Godinhos (Podzólico Vermelho-Amarelo, var. Piracicaba) do Município de Piracicaba, foram tratadas com carbonato de cálcio a fim de se obter uma variação relativamente ampla do pH. Avaliou-se a capacidade de retenção ou adsorção de boro das amostras de solos, mediante a agitação de dois gramas de material com 5 ml de soluções padrão contendo quantidades crescentes de boro. Após um repouso durante 16 horas, procedeu-se à determinação do teor de boro da solução de equilíbrio. Calculou-se a quantidade de boro adsorvida por diferença entre a originalmente existente e a determinada na solução de equilíbrio após a agitação e repouso. Os dados obtidos evidenciaram que a quantidade de boro adsorvido pelas amostras de solos estudadas aumenta com a concentração de boro da solução de equilíbrio e cresce à medida que se eleva o pH. A equação de Freundich, na sua forma linear, traduziu de um modo adequado a dependência da quantidade de boro adsorvida (log x/m ) da concentração de boro da solução de equilíbrio (log c ) e do pH do solo.
Resumo:
Avaliou-se a capacidade de retenção ou adsorção do ânsion sulfato por várias amostras de solos, mediante a agitação de dois gramas de material com 5 ml de soluções padrões contendo quantidades crescentes de sulfato. Após um repouso durante 16 horas, procedeu-se à determinação do teor de sulfato da solução de equilíbrio. Calculou-se a quantidade de sulfato adsorvida por diferença entre a originalmente existente e a determinada na solução de equilíbrio após a agitação da suspensão do solo e repouso. O material estudado constituiu-se de amostras de solos procedentes de vários horizontes de diversas séries do Município de Piracicaba, tratadas com carbonato de cálcio a fim de se obter uma variação relativamente ampla do pH. Os dados obtidos evidenciaram que a quantidade de sulfato adsorvido pelas amostras de solos estudadas aumenta com a concentração de sulfato da solução de equilíbrio e diminui à medida que se eleva o pH. A equação de Freundlich, na sua forma linear, traduziu de um modo adequado a dependência da quantidade de sulfato adsorvida pelo so lo (log x/m) da concentração de sulfato da solução de equilíbrio (log c) e do pH do solo.
Resumo:
Foi estudada a capacidade de fixação de fosfato na camada de 0-20cm em oito solos do município de Piracicaba e a disponibilidade do fosfato fixado. Inicialmente incubou-se por 15 dias porções de 200g de terra com doses crescentes de fósforo (0, 50, 100, 200 e 250ppm de P) mantendo-se a umidade igual a 50-70% de capacidade de embebiçao de cada terra. A seguir, porções de 4g dessas amostras foram agitadas horizontalmente durante 48 horas, com períodos de repouso eventuais, com solução de CaCl2 contendo 50ppm de P, procedendo-se, depois, a filtraçao da solução sobrenadante e a dosagem do teor de fósforo da mesma. A diferença entre os conteúdos de P da solução original e da obtida após a filtração foi considerada fixada. A partir do conhecimento das quantidades fixadas por cada terra foi calculada a quantidade de P que deve ser adicionada a cada uma a fim de anular-lhe o poder de fixação de fosfato. Procedeu-se, também, a extração do P disponível das terras incubadas com esse elemento e calcularam-se as quantidades do mesmo necessárias serem adicionadas para que as terras mantenham um teor médio de P assimilável. Os principais resultados foram os seguintes: Para anular a capacidade de fixação de fosfato dos solos estudados devem ser-lhes fornecidos de 62 a 2015ppm de P e a capacidade de fixação está relacionada com o teor de argila e o teor de Fe livre. Para que os solos em apreço possam manter um teor de 16 ou 40ppm na solução devem ser-lhes adicionados fosfatos solúveis nas doses que variaram de 6 a 51ppm ou 42-106ppm.
Resumo:
Foi estudada a avifauna de quatro fragmentos florestais em uma área de cultivo de cana-de-açúcar na região de Campos dos Goytacazes, norte do estado do Rio de Janeiro. A dieta básica e a estrutura das guildas tróficas foi determinada. O estudo foi realizado de outubro de 2000 a julho de 2001, utilizando-se capturas com redes ornitológicas, registros visuais e auditivos e análise de fezes. Quarenta e quatro espécies foram registradas e agrupadas em oito guildas tróficas (insetívoros, granívoros, carnívoros, frugívoros, piscívoros, nectarívoros, onívoros e detritívoros). Estas espécies foram também subdivididas em guildas mais específicas, associadas a seus hábitats. Algumas espécies apenas sobrevoaram os fragmentos, como Egretta thula (Molina, 1782), enquanto outras foram consideradas residentes, como Manacus manacus (Linnaeus, 1766). Algumas, como Amazona amazonica (Linnaeus, 1766), somente utilizaram os fragmentos para repouso noturno. Espécies pequenas de sub-bosque provavelmente não se deslocaram entre fragmentos, dada a relativa grande distância entre eles. Predadores como Rupornis magnirostris (Gmelin, 1789) utilizaram tanto os fragmentos quando as áreas abertas e canaviais em seu entorno. Estes fragmentos estão em situação crítica, abrigando principalmente espécies generalistas e/ou especialistas de bordas; porém ainda são utilizados de alguma forma por espécies de interesse ecológico, como Rhynchocyclus olivaceus (Temminck, 1820) e A. amazonica.
Resumo:
O presente estudo teve por objetivo determinar o conteúdo calórico e fator de condição de uma espécie de peixe iliófaga e outra piscívora, na planície de inundação do alto rio Paraná, e suas possíveis diferenças sazonais e temporais. As espécies foram amostradas entre junho de 2010 e março de 2011 e, dos indivíduos que se apresentaram no estádio de desenvolvimento gonadal em repouso, extraíram-se músculos próximos à nadadeira dorsal, os quais foram enxaguados em água destilada, e secos a 60°C. Posteriormente, foram macerados e queimados em bomba calorimétrica. Em relação aos subsistemas, a densidade energética e o fator de condição apresentaram diferenças significativas apenas para Prochilodus lineatus (Valenciennes, 1837), com os maiores valores constatados no subsistema Ivinhema para as duas análises. Nas análises por tipo de ambiente não foram encontradas diferenças significativas para nenhuma das espécies, tanto para densidade energética, quanto para fator de condição. Em relação ao ciclo hidrológico, foram registradas diferenças significativas para a densidade energética e fator de condição de Pseudoplatystoma corruscans (Spix & Agassiz, 1829), com os maiores valores para o mês de setembro e março, respectivamente. Apesar das análises para Prochilodus lineatus não terem apresentado diferenças significativas, constataram-se os maiores valores de densidade energética e fator de condição para o mês de junho, indicando a possível influência do ciclo hidrológico no período reprodutivo das referidas espécies. Assim, conclui-se que a densidade energética e o fator de condição dos peixes podem sofrer variações sazonais e temporais, de acordo com o ambiente analisado e o ciclo hidrológico.
Resumo:
1. Os aparelhos odoríferos dos machos das seguintes Syntomidae ( = Ctenuchidae) são descritas: Androcharia diversipennis, Cosmosoma ignidorsia e C. auge. 2. Nas duas primeiras espécies realiza-se a copulação durante o dia enquanto o aparelho odorífero sexual dos machos é pequeno e pouco desenvolvido. 3. Em Cosmosoma auge realiza-se a copulação durante a noite enquanto o aparelho odorífero sexual tem uma evolução alta e é relativamente bem grande. 4. Cosmosoma ignidorsia possui uma área de escamas odoríferas no fêmur anterior. Como aparêlho protetor serve um ligeiro sulco sem escamas na coxa anterior. As escamas odoríferas estão colocadas irregularmente. 5. Andocharta diversipennis tem uma área de escamas odoríferas na superfície da asa posterior. Como aparêlho protetor serve a asa anterior. As escamas odoríferas estão agrupadas em filas. 6. a) O órgão odorífero de Cosmosoma auge consta de duas placas glandulares abaixadas no terceiro e quarto ventrito protegidas por aumentos do segundo e terceiro ventrito. b) Os espaços em baixo dêstes aumentos são preenchidos por um fêltro cabeludo formado pelas certas das placas glandulares. c) Os complexos glandulares podem ser abertos e fechados por movimento muscular. Por um sistema de sacos aéreos o mecanismo de abertura é rerforçado. d) Sôbre a abertura deitam-se quando em repouso escamas com área grande que favorecem à evaporação da secreção e ainda escamas de cobertura compridas e finas. e) Observações com o microscópio eletrônico demonstraram a falta de uma membrana entre as trabéculas das cerdas do fêltro cabeludo. f) A hipoderme das glândulas possui células glandulares pequenas com plastósomas. As partes situadas em baixo das placas glandulares dos sacos aéreos têm células fortemente aumentadas. Admite-se que estas células servem como células de alimentação na preparação da secreção. São lembradas observações paralelas na glândula da asa de Danaidae e nas glândulas das pernas de Erebus odoratus a onde células aumentadas na vizinhança das células glandulares exercem aparentemente um papel no preparo da secreção.
Resumo:
São descritas as células glandulares das apófises do metatórax dos machos de alguns hesperidae. As apófises glândulas odoríferas já descritas morfològicamente na primeira parte dêste trabalho. Os orgãos compõem-se de elementos glandulares independentes e unicelulares cuja secreção é excretada de cada célula por uma escama odorifera e evaporada pela superfície da mesma. Os principais componentes das células glandulares são: a) corpo plasmático ativo que apresenta alterações citológicas típicas para as fases de repouso e de secreção, com zona basal de ergastoplasma e uma zona condutora incluindo um reservatório de secreção; b) o núcleo apresenta um aumento da superfície bem como, certas alterações durante as fazes de secreção, condicionadas pelas trocas entre núcleo e protoplasma; c) aparelho condutor de natureza quitinosa formado em tôdas as espécies pela inserção da escama. A respeito do aparelho condutor são descritos dois tipos de células glandulares: 1 - Células grandes com um canal muito prolongado que a atravessa em toda extensão; 2 - Células pequenas com canal condutor curto percorrendo sómente a parte apical da mesma. Ele ocupa uma posição simétrica ou assimétrica. O primeiro tipo encontra-se em espécies possuindo sómente êste aparelho como único órgão odorífero. O segundo tipo aparece em formas que têm, além das glândulas nas apófises, mais uma dobra costal também considerada como aparelho odorífero.
Resumo:
Foram descritas anatômica e histològicamente as glândulas labiais modificadas que são um par de complexos glandulares, cada um composto de três glândulas. Cada glândula tem uma parede formada por uma camada unicelular limitando uma cavidade relativamente grande, o reservatório. As duas primeiras glândulas (D 1 e D 2) encontram-se justapostas uma à outra. Entre elas é formado um hilo que tem um canal auxiliar que o liga à terceira glãndula ( D 3), situada mais para trás. Pelo hilo as três secreções das glândulas são automàticamente misturadas, sempre na mesma proporção, de modo que a composição da saliva só varia dentro de pequenos limites. Tôdas as glândulas são recobertas por uma musculatura e possuem válvulas que se abrem por meio dos músculos. O nervo (nervus glandulae salivaris, alias labialis) sai da parte posterior do gânglio subesofagiano (segmento labial do cérebro) encosta-se no canal salivar principal (entre hilo e bombasalivar) e emite ramos para as três glândulas. A parte ectodermal do aparelho salivar termina no centro das válulas das três glândulas. Os canais do hilo são revestidos por uma cutícula. As células de tôdas as três glândulas são binucleadas. Cada glândula apresenta um tipo de secreção característico. Animais famintos possuem quase exclusivamente glândulas no estado de regeneração, ou melhor em repouso. A expulsão da secreção das células para o interior da cavidade glandular realiza-se durante ou imediatamente depois da picada. Com isto, a quantidade de saliva gasta pela picada, vai ser substituída. Ficou provada uma correlação entre núcleo e protoplasma durante e, depois da secreção. Foi confirmada a opinião de HEIDENHAIN de que a formação das secreções representa uma função autônoma do protoplasma enquanto que a regeneração do mesmo realiza-se por intermédio de substâncias líquidas expulsas do núcleo para dentro do protoplasma no momento da saída das secreções. Estas substâncias são formadas novamente dentro do núcleo na fase...
Resumo:
Nos machos de numerosas espécies de Arctiidae e Ctenuchidae encontra-se, ventralmente, entre o oitavo e o nono segmentos abdominais, um par de tubos protráteis que, como tudo indica, são os portadores de uma substância aromática, de qualidade, muitas vêzes, desagradável ao homem. As células tricogêneas destas cerdas têm aparentemente, uma função glandular fraca. Uma outra área glandular está localizada na parte ventral da cavidade, na qual se encontram os tubos quando em repouso. Cada célula possui uma escama odorífera que transmite a secreção para as cerdas dos tubos. Esta área glandular produz a substância aromática, já citada. A organização das células glandulares é apresentada nas figuras 8 e 11. Para entrar em função, isto é, para deixar evaporar a substância aromática os tubos são distendidos, saindo da cavidade onde, quando em repouso, permanecem retraídos em numerosas e profundas pregas. As cerdas dos tubos são automàticamente erigidas. O mecanismo da expulsão dos tubos, e sua distensão, liga-se a uma entrada de ar em um sistema de grandes sacos traqueais que incluem a base dos tubos, mecanismo êste, que é combinado com alterações de tensão dentro de uma listra cuticular, forte e elástica, e que transloca a base dos tubos abdominais para trás. O desdobramento da parede dos tubos verifica-se pela entrada de hemolinfa no interior dos mesmos. O enchimento dos sacos traqueais (que têm ligação direta com o grande espaço traqueal na base do abdômen) ocorre no momento da contração geral da musculatura inteira do corpo, sendo o volume da cavidade abdominal, dêste modo, consideràvelmente diminuído.
Resumo:
Nesta comunicação descreve-se o aparelho odorífero masculino de uma espécie do grupo transferranus WLK., pergentcente ao gênero Episimus. Cosntra êle de um conjunto de células glandulares, localizadas na tégula, e de uma área glandular situada no interior de uma dobre na tégula, e de uma área glandular situada no interior de uma dobra membranosa, fortemente enrolada e disposta por baixo da articulação da asa posterior. As secreções dos dois tipos de células, que compõem as referidas formações, penetram num pincel de cerdas rígidas, através das quais se evaporam. A parte apical das referidas cerdas está, quando em repouso, escondida no interior da dobra do metatórax. Pelo fato de possuir duas funções bem marcadas, o dispositivo descrito foi chamado de "pincel irradiador-distribuidor". A ereção das cerdas é possibilitada pela membrana de inserção - bastante comprida - bem como por uma modificação de seu canal de inserção e pedúnculo. A energia necessária para o citado movimetno é fornecida pelo enchimento de dois grandes sacos traqueais do interior da tégula. Entre a tégula e a parede do tórax, encontra-se uma formação intercalada. Por contração muscular, a tégula sofre uma torsão no sentido lateral, de modo que o pincel, saindo do enrolamento indicado entra em contacto com o ar, permitindo a evaporação das secreções. Descreve-se, também, um "aparelho de fixação", formado por uma área provida de ganchos, situada no lado inferior da parte anal da asa anterior. Formação similar encontra-se no escuto do metatórax. Em posição de repouso, os ganchos das duas citadas áreas prendem-se entre si, mantendo fixa a posição das asas e proporcionando, assim, ao delicado aparelho odorífero, localizado por debaixo desta, uma proteção especial.
Resumo:
O órgão odorífero de Athysania hesione (e outras espécies próximas) está situado na face externa da segunda tíbia e compõe-se de uma região estreita tomada de células glandulares, situada no bordo posterior da tíbia cuja superfície externa forma um sulco longitudinal. Na parte proximal do núcleo insere-se um grande pincel distribuidor, cujas cerdas estão deitadas no sulco, onde entram em contato com as escamas odoríferas. Em virtude do enchimento de um saco traqueal, situado no interior da tíbia a pressão da hemolinfa aumenta, causando uma deformação da área de inserção do pincel que, por sua vez, sai do sulco, abrindo-se a fim de possibilitar a evaporação da secração. Depois da função, o pincel volta à posição de repouso graças à elasticidade da cutícula da área de inserção. O órgão é protegido por meio de séries de escamas protetoras de grandes superfícies. A célula glandular, excepcionalmente volumosa, localiza-se entre o sincício da hipoderme e a membrana basal (fig. 5). As células tricogêneas das cerdas do pincel distribuidor e das escamas protetoras possuíram, em épocas filogenéticas, função glandular; encontra-se, ainda hoje, no interior das primeiras, um aparelho excretor (fig. 9), sendo porém o seu núcleo e protoplasma completamente inativos, dando aos mesmo um aspecto de degenração.
Resumo:
Descreve-se o órgão odorífero do macho do noctuídeo Prodenia ornithogalli Gn. Quando em repouso, o órgão está situado no interior da cãmara genital, abrindo-se porém durante a atividade do aparelho copulador. Compõe-se de uma área glandular, colocada no lado externo da parte basal do harpago, e de um pincel distribuidor cujas cerdas se inserem entre as cerdas odoríferas. As partes apicais das duas formas de cerdas são alargadas por meio de um crescimento unilateral das mesmas. Chamam-se estas formas de "Cerdas-escamas" a fim de não confundi-las com escamas verdadeiras.
Resumo:
O autor descreve a glândula odorífera, situada no abdômen do macho de Agylla argentea, do ponto de vista anatômico e histológico. A glândula encontra-se no fundo da cãmara genital de uma grande área glandular da hipoderme de um pincel irradiador. Cada célular possui uma comprida cerda odorífera. O aparêlho copulador é aberto por meio de um acréscimo da pressão no interior da cavidade abdominal. Atrás da parte ventral da câmara genital está situado um grande saco traqueal, que em virtude da pressão aumentada, se enche de ar e se dilata para trás, de modo que a região ventral da câmara genital é expulsa, formando um tubo que se projeta ao ar livre. Êste movimento é facilitado por uma grande dobra anular da parede membranosa da câmara genital. Pela mesma pressão um "corpo piriforme", situado na cavidade genital e possuindo uma cutícula elástica, é dilatado e deformado, dando, em seguida, ao tubo citado a sua forma. Encontramos na extremidade do tubo a glândula e o pincel irradiador, cujas cerdas estão divergindo. O retôrno para o estado de repouso verifica-se como processo automático que se inicia quando a pressão interna diminui e o corpo piriforme volta à sua forma original. É muito provável que a secreção da glândula da asa do macho, já descrita em outro trabalho, evite a reação de fuga da fêmea, enquanto a glândula abdominal estimula a fêmea para a própria cópula.