958 resultados para Rentabilidades diárias
Resumo:
Os modelos matemáticos preditivos da erosão do solo, como a Equação Universal de Perda de Solo (EUPS), são de muita valia no planejamento de uso agrícola da terra. Tal equação, desenvolvida para estimar as perdas médias anuais de solo esperadas em dado local, para determinado sistema de manejo, apresenta como variáveis os fatores erosividade da chuva (R), erodibilidade do solo (K), comprimento do declive (L), grau do declive (S), cobertura e manejo (C) e práticas conservacionistas de suporte (P). Com o objetivo de contribuir para o planejamento conservacionista de uso do solo local, foi estimado, de forma simplificada, o fator erosividade da chuva (R) da EUPS para o município de São Manuel (SP), para uma série pluviométrica contínua de 49 anos de dados de chuva diária. Além disso, foram também calculados o período de retorno, a freqüência de ocorrência dos índices de erosividade anuais e as quantidades máximas diárias das chuvas necessárias para o dimensionamento mais adequado de canais de terraços agrícolas em nível. O valor calculado do fator R foi de 7.487 MJ mm ha-1 h-1 ano-1, esperado ocorrer no local, pelo menos, uma vez a cada 2,33 anos, com uma probabilidade de 42,92 %. Observou-se uma concentração de 81,48 % do valor total deste fator no semestre de outubro a março, indicando que, potencialmente, as maiores perdas anuais de solo por erosão são esperadas neste período. Os valores anuais do índice EI30, esperados para os períodos de retorno de 2, 5, 10, 20, 50 e 100 anos, foram de 7.216, 8.675, 9.641, 10.568, 11.768 e 12.667 MJ mm ha-1 h-1 ano-1, respectivamente. Com relação às quantidades máximas de chuva diária, para os mesmos períodos de retorno, os valores foram de 73, 98, 115, 131, 151 e 167 mm, respectivamente.
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A produtividade das culturas agrícolas, associada às condições climáticas e edáficas, depende da disponibilidade de água e nutrientes no solo em época e quantidades apropriadas. A falta ou excesso de água no solo são fatores limitantes ao crescimento vegetal e podem diminuir a produtividade. Portanto, estudos que levem a um melhor entendimento de como a água se comporta na zona radicular de uma cultura agrícola no campo são de importância indiscutível ao adequado manejo agrícola. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o método do balanço de água no solo aplicado ao volume de solo explorado pelo sistema radicular de uma planta de citros, considerando cinco profundidades de solo e cinco distâncias horizontais do tronco em duas direções a partir do tronco (uma ao longo e outra perpendicular à linha de plantas) e, então, verificar a contribuição de cada uma das camadas de solo avaliadas à evapotranspiração real da planta. O experimento foi realizado num Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico argissólico em um pomar de citros, no município de Piracicaba (SP), durante dois períodos, um seco (40 dias) e um chuvoso (37 dias). Para atender ao objetivo proposto, um conjunto de 25 tensiômetros (cinco profundidades x cinco distâncias do tronco) foi instalado ao longo da linha e um outro, idêntico, perpendicular à linha, em direção à entrelinha. A armazenagem foi calculada a partir das leituras dos dois conjuntos de 25 tensiômetros cujos potenciais mátricos determinados foram convertidos em umidades volumétricas pelas curvas de retenção da água no solo. A drenagem interna e a ascensão capilar foram estimadas a partir das leituras diárias dos tensiômetros e da função K(fim) (condutividade hidráulica em função do potencial mátrico), por meio da equação de Darcy-Buckingham. Esta função K(fim) para cada profundidade foi determinada pelo método do perfil instantâneo realizado em área adjacente. A precipitação pluvial foi medida por pluviômetro com aquisição automática de dados instalado na área. Os resultados obtidos mostraram que o método do balanço de água proposto foi adequado para avaliar quanto cada camada de solo da zona radicular da planta contribuiu para o consumo total de água (evapotranspiração real) da planta, nos dois períodos estudados. Nesse sentido, a camada de 0,00 a 0,60 m de profundidade mostrou ser a que a planta deva apresentar maior volume de raízes ativas, de acordo com sua maior contribuição ao consumo de água pela planta.
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A disponibilidade de água e de nutrientes no solo em épocas e quantidades apropriadas, associada às condições edáficas e climáticas, é fator de indiscutível relevância à produção das culturas. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a evapotranspiração real de uma cultura de laranja, analisar sua variabilidade e verificar a influência deste processo de saída de água do solo na produtividade da cultura. O experimento foi realizado no município de Piracicaba (SP), num Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico argissólico, e a evapotranspiração real foi avaliada pelo método do balanço de água no solo em 40 pontos correspondentes a 40 plantas de duas linhas adjacentes com 20 plantas cada. A cultura de laranja, plantada num espaçamento de 7 x 4 m (7 m entre linhas por 4 m entre plantas na linha), tinha 11 anos de idade. Em cada ponto, localizado na projeção da copa (2 m do tronco) de cada uma das 40 plantas ao longo da linha, foram instalados um tubo de Al até à profundidade de 1,2 m para acesso de uma sonda de nêutrons e três tensiômetros às profundidades de 1,0, 1,1 e 1,2 m. A variação da armazenagem de água no solo foi determinada a partir de leituras semanais da sonda de nêutrons. A precipitação pluvial, medida por meio de um pluviômetro com aquisição automática de dados, foi considerada normal para o período monitorado. A drenagem interna e a ascensão capilar foram estimadas pela equação de Darcy-Buckingham, a partir de leituras diárias dos três tensiômetros e da condutividade hidráulica determinada na profundidade de controle (1,1 m) em função do potencial mátrico pelo método do perfil instantâneo. A irrigação e os deflúvios foram inexistentes e a evapotranspiração real da cultura foi calculada pela diferença entre a variação de armazenagem e a soma algébrica dos outros processos avaliados. O balanço foi efetuado durante um ciclo anual da cultura de laranja, dividido em 14 períodos. Nesses 14 períodos de monitoramento, a evapotranspiração real foi analisada com base nos métodos da estatística descritiva e exploratória de dados, obtendo-se um coeficiente de variação médio desses 14 períodos de 16 %. Foi de 1.271 mm a evapotranspiração real anual desta comunidade de plantas cujos valores diários variaram de 0,4 a 8,4 mm. A eficiência de utilização da água ou a razão entre a produtividade e a evapotranspiração real por planta durante o período monitorado variou de 1,57 a 4,52 kg m-3; verificou-se que as plantas com maior produção estavam entre aquelas com maior evapotranspiração real.
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A disposição final dos resíduos das estações de tratamento de esgotos é uma crescente preocupação mundial, com reflexos na disponibilidade e na qualidade da água para consumo e atividades econômicas. A Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (CAESB) processa 400 toneladas diárias de biossólido, resíduo rico em nutrientes e matéria orgânica. Embora ainda sem parâmetros agronômicos para seu aproveitamento, o material é demandado para cultivos de grãos, pastagens, fruteiras, café, etc. O objetivo deste trabalho foi avaliar a resposta do milho à aplicação de biossólido úmido (teor de água 900 g kg-1) nas doses de 0, 7,5, 15, 30 e 45 t ha-1 em comparação a fertilizante mineral aplicado em quantidades equivalentes de N, P(2)0(5) e K(2)0. O experimento foi realizado na Embrapa Cerrados, num Latossolo Vermelho distrófico argiloso em dois cultivos. Biossólido e fertilizante mineral foram aplicados apenas antes do primeiro cultivo. O delineamento experimental foi de blocos casualizados, com três repetições. No primeiro e no segundo cultivo, respectivamente, as produtividades de 7,41 e 5,70 t ha-1 de grãos, obtidas na dose de 30 t ha-1 de biossólido úmido, bem como as de 7,38 e 5,88 t ha-1 de grãos, obtidas na dose de 45 t ha-1, foram todas superiores à produtividade média nacional da cultura de milho e evidenciaram os efeitos (imediato e residual) do biossólido como fertilizante. A produtividade máxima estimada de milho (6,84 t ha-1) foi obtida na dose de 37,8 t ha-1. A melhor relação benefício-custo (1,90) foi obtida na dose de 30 t ha-1. O biossólido foi, em média, 21 % mais eficiente do que o fertilizante mineral. Os resultados revelam a oportunidade de aproveitamento do biossólido da CAESB como fertilizante na produção de milho no Distrito Federal.
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Este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos das lâminas brutas de irrigação na concentração de nutrientes de mudas de Eucalyptus grandis, produzidas em diferentes substratos. O experimento foi realizado na Camará - Mudas Florestais, em Ibaté, SP, e constituiu-se de um fatorial 5 x 4, sendo cinco lâminas brutas de irrigação diárias (6, 8, 10, 12 e 14 mm), aplicadas em diferentes horários (10, 13 e 16 h), e quatro substratos (FB - fibra de coco; CPV - casca de pinus e vermiculita; CATV - casca de pinus, carvão, turfa e vermiculita; e um MIX - 70 % de CPV e 30 % de FB). Foram determinadas os conteúdos dos nutrientes na parte aérea e no sistema radicular das mudas. Os resultados indicaram que houve influência das lâminas de irrigação e dos substratos no conteúdo dos nutrientes das mudas com maior acúmulo dos mesmos à medida que o fornecimento de água foi maior. As plantas crescidas nos substratos FB e CPV registraram os maiores acúmulos de nutrientes. CPV foi o melhor em se tratando do acúmulo dos macronutrientes nas raízes e também, juntamente com FB, o melhor para o acúmulo dos micronutrientes nas raízes e na parte aérea. Não houve influência dos substratos no acúmulo dos macronutrientes na parte aérea, porém houve das lâminas de irrigação.
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A escória siderúrgica é uma alternativa para a correção da acidez dos solos e é constituída de silicato de cálcio. Neste estudo, avaliaram-se os efeitos residuais da aplicação de silicato de cálcio nos atributos químicos do solo e da planta em Latossolo Vermelho distroférrico típico com capim-Marandu (Brachiaria brizantha cv. Marandu), sob intensidades de pastejo em lotação rotacionada. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso, com intensidades de pastejo avaliadas pelas ofertas diárias de forragem de 50, 100, 150 e 200 kg t-1 de MS por PV nas parcelas experimentais, enquanto a aplicação superficial de silicato de cálcio combinado com calcário dolomítico, respectivamente, nas doses 0 + 0; 2 + 0; 4 + 0; 6 + 0; 2 + 4; 4 + 2 e 0 + 6 t ha- 1 nas subparcelas com quatro repetições, duas épocas (verão e inverno) e avaliação em três profundidades do solo (0-10, 10-20 e 20-40 cm). Os atributos químicos do solo pH em CaCl2, Ca, Mg, K, H + Al e V, avaliados 720 dias após a aplicação, apresentaram resultados favoráveis do poder residual do silicato de Ca e do calcário. A oferta de forragem 200 kg t-1 e o tratamento somente com calcário dolomítico (0 + 6 t ha-1) elevaram o valor de pH em CaCl2 e o V, principalmente na camada de 0-10 cm. Os teores de Si no solo foram influenciados pelas doses aplicadas de silicato de Ca, apesar de não terem causado alterações significativas nos teores foliares de Si. A composição químico-bromatológica foi afetada somente pelas ofertas e épocas. As ofertas, épocas e a interação época x oferta resultaram em efeitos na produção de matéria seca no pré-pastejo, com maiores produções para a oferta 200 kg t-1 e menores para a de 50 kg t-1 nas duas épocas. O resíduo (pós-pastejo) foi influenciado pelas ofertas e épocas. As ofertas 50 e 100 kg t-1 e o tratamento com 2 t ha-1 de silicato de Ca promoveram as maiores taxas de acúmulo de matéria seca.
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Os íons NH4+ e NO3- resultantes do processo de mineralização do N orgânico no solo são as formas predominantes de N mineral disponíveis às plantas. A proporção desses íons e sua distribuição no solo é variável, com flutuações diárias e oscilações sazonais ao longo do ano. Este trabalho avaliou a variação dos teores de NH4+ e NO3- em duas áreas adjacentes, sendo uma delas cultivada com grãos (cevada, soja e cevada) no sistema de plantio direto há mais de dez anos. Esta área recebeu, ao longo do tempo, fertilizantes à base de P e K e apresentava pH 6,0. A outra área foi mantida sem cultivo (campo limpo), com predominância de gramíneas, com baixa fertilidade do solo e pH 4,8. O estudo foi realizado em um Argissolo Vermelho distrófico típico na Estação Experimental Agronômica da UFRGS, em Eldorado do Sul-RS, nos anos agrícolas de 2002 e de 2003. As amostragens de solo, de caráter estacional na área cultivada (31/05/2002 a 23/10/2003) e não-cultivada (13/06/2002 a 17/10/2002), foram feitas, em média, a cada dez dias. Amostragens de caráter diário (16/05 a 30/09 de 2003) foram realizadas em intervalos de um a três dias. Em ambos os casos, as amostragens de solo foram feitas na camada superficial de 0-0,2 m de profundidade, em áreas que não receberam adubação nitrogenada durante todo o período. As avaliações estacionais mostraram que o N mineral (NH4+ + NO3-) elevou-se da primavera até o verão e decresceu no período outono/inverno tanto em 2002 quanto em 2003. As variações estacionais evidenciaram que a mineralização do N acompanhou, aproximadamente, as oscilações na temperatura média do período analisado. As avaliações diárias mostraram que os teores de N mineral variaram de um dia para outro, sendo as maiores variações ocasionadas pelas chuvas. Na área com vegetação nativa, o N teve comportamento semelhante ao observado nas áreas cultivadas com cevada e soja. A proporção 1:1 dos íons NH4+ e NO3-, observada tanto no solo cultivado quanto naquele mantido sob vegetação nativa, indica que há um equilíbrio entre as duas formas iônicas, independente do pH e do nível de fertilidade do solo.
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A adubação nitrogenada ideal deve ser definida para satisfazer a necessidade da cultura, mas com o mínimo de risco ao ambiente. Para isso, é necessário que a recomendação da adubação nitrogenada seja a mais exata possível. O presente trabalho foi desenvolvido em um solo de textura areno-argilosa, com o objetivo de avaliar a drenagem interna e a lixiviação de NO3- à profundidade de 0,80 m com o tempo, em uma sucessão de culturas sob plantio direto, utilizando-se sulfato de amônio marcado com o isótopo estável 15N, em diferentes doses. As avaliações foram feitas em dois cultivos de milho safrinha, o primeiro no ano agrícola de 2006 e o segundo em 2007, e em um de braquiária na entressafra. Os tratamentos consistiram de doses de N de 60, 120 e 180 kg ha-1, na forma de sulfato de amônio marcado (15N), e um tratamento testemunha, sem aplicação de N. O adubo marcado foi aplicado em subparcelas previamente definidas, apenas no primeiro cultivo do milho (safra 2006). A drenagem interna foi obtida a partir da densidade de fluxo de água calculada pela equação de Darcy-Buckingham, na qual a condutividade hidráulica e o gradiente de potencial total foram estimados a partir de leituras diárias de tensiômetros de mercúrio, instalados nas profundidades de 0,70, 0,80 e 0,90 m. A condutividade hidráulica em função do potencial mátrico na profundidade de 0,80 m foi determinada, no campo, pelo método do perfil instantâneo, usando tensiômetros e curvas de retenção. A densidade de fluxo de água foi também usada, juntamente com a concentração de NO3- e a porcentagem de átomos de 15N da solução no solo, para estimar a lixiviação do NO3-total e daquele derivado do fertilizante. A solução no solo foi coletada por meio de extratores com cápsula porosa, instalados na profundidade de 0,80 m. A drenagem interna diminuiu com o aumento das doses de N aplicadas para a sucessão de culturas estudada, variando de 31,5 a 73,4 % da precipitação pluvial total (97 mm) durante o primeiro cultivo de milho, de 26,1 a 58,1 % da precipitação pluvial total (695 mm) no cultivo da braquiária e pousio e de 56,6 a 87,4 % do total de 419 mm de precipitação pluvial no segundo cultivo de milho. A lixiviação de NO3-total (do fertilizante e outras fontes) foi muito baixa no primeiro cultivo de milho em todas as doses de N e significativa para as doses de 120 e 180 kg ha-1 nos períodos da cultura de braquiária mais pousio (26,16 kg ha-1 para a dose de 120 e 39,8 kg ha-1 para a de 180 kg ha-1) e da segunda cultura de milho (aproximadamente 23 kg ha-1 para ambas as doses). A lixiviação de NO3-proveniente do fertilizante foi praticamente nula no primeiro cultivo de milho e, em geral, baixa durante o cultivo de braquiária e o segundo cultivo de milho.
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O experimento foi conduzido na Embrapa-Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Leite, Coronel Pacheco, MG, objetivando avaliar formas de fornecer 6 kg de concentrado para vacas em pastagem de coast-cross: A - quantidade fixa, e B - quantidade variável (9, 6 e 3 kg/vaca/dia, respectivamente na primeira, segunda e terceira fase da lactação). O delineamento foi o de blocos ao acaso e duas repetições de pastagem, com os tratamentos organizados em parcelas divididas. Nas parcelas, consideraram-se os critérios de distribuição de ração, e nas subparcelas, as fases de lactação. O fornecimento variável de concentrado favoreceu (P < 0,05) a taxa de lotação da pastagem na primeira fase de avaliação. As produções diárias de leite obtidas foram de 21,5 (±2,8) e 25,5 (±2,6) kg/vaca (P < 0,05), 64,5 (±7,1) e 96,9 (±10,3) kg/ha (P < 005), na primeira fase de avaliação; 19,8 (±2,4) e 20,6 (±2,3) kg/vaca (P > 0,05), 93,1 (±10,8) e 94,8 (±10,9) kg/ha (P > 0,05) na segunda; 14,2 (±2,2) e 13,4 (±2,3) kg/vaca (P > 0,05) e 102,2 (±12,4) e 93,8 (±10,5) kg/ha (P > 0,05) na terceira, respectivamente em relação a A e B. A dose variável mostrou ser a mais indicada para suplementar vacas Holandesas em pastagem coast-cross.
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Este estudo objetivou conhecer o período de desenvolvimento da mosca-dos-chifres (Haematobia irritans L., Diptera: Muscidae) em massas fecais (MF) de bovinos. Mensalmente, de maio/92 a abril/93, foram coletadas duas MF, 48 horas após deposição, e levadas ao Laboratório de Entomologia, em Corumbá, MS, para coletas diárias de insetos durante 30 dias. A emergência de H. irritans (n=171) ocorreu em 79,2% das MF, variando de 0 a 29 moscas/MF (média de 7,1). O período mínimo até a emergência (ovo-adulto) variou de 9 a 17 dias (temperaturas médias mensais de 23,2 a 30,2ºC), respectivamente, durante o verão/início do outono, e no inverno, sugerindo que a H. irritans apresente cerca de 22 gerações anuais.
Resumo:
O experimento foi realizado com o objetivo de avaliar o aumento na densidade energética de um concentrado quando se usa uma fonte comercial de gordura protegida, fornecida para vacas da raça Holandesa em pastagem de coast-cross-1 (Cynodon dactylon (L.) Pers.), durante o terço inicial da lactação. Foram utilizadas 14 vacas, todas no início da lactação e recebendo 9, 6 e 3 kg/vaca/dia de concentrado (23,5% de proteína bruta e 80% de NDT), no terço inicial (até 90 dias), médio (91 a 180 dias) e final (de 181 a 273 dias), respectivamente. Esses animais foram distribuídos, usando blocos casualizados, em dois tratamentos (sete vacas cada) determinados pelo fornecimento ou não de 700 g/vaca/dia da gordura protegida. Usou-se cerca eletrificada para auxiliar no manejo da pastagem, que se baseou em pastejo rotativo, com um dia de ocupação dos piquetes e o período de descanso variando de 25 a 32 dias no verão e no inverno, respectivamente. As produções médias de leite nos três períodos avaliados aumentaram (P<0,05) de 18,4, 15,2 e 13,7 kg/vaca/dia para 21,3, 17,1 e 14,4 kg/vaca/dia, com o suprimento de gordura protegida nos primeiros 90 dias do experimento. A taxa de lotação média das pastagens foi de 4,6 vacas/ha, o que possibilitou produções médias diárias de leite, no decorrer do experimento, de 72,4 kg/ha corrigido para 3,5% de gordura para o tratamento testemunha, e de 80,4 kg/ha com o uso da gordura protegida.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de dietas à base de milho e soja, elaboradas sob diferentes processamentos e níveis de proteína, no desempenho de leitões desmamados. Foram realizados dois experimentos, cada um com 80 leitões, desmamados aos 20 e 18 dias de idade, no primeiro e no segundo experimento, respectivamente. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados, em esquema fatorial 2x2, com cinco repetições e quatro animais por parcela. Determinações diárias de ganho de peso, ingestão de alimento e conversão alimentar foram realizadas nos leitões em três fases de desenvolvimento, de acordo com a idade, em ambos os experimentos. Os tratamentos do primeiro experimento consistiram em dois tipos de processamento de milho (comum e pré-gelatinizado) e de soja (farelo de soja e soja integral macerada); no segundo experimento, foram utilizadas dietas com milho pré-gelatinizado e soja integral macerada, contendo ou não produtos lácteos e com níveis protéicos de 18% e 15%. No primeiro experimento, o milho comum e o farelo de soja propiciaram maior desempenho dos leitões, em todas as fases. No segundo, os leitões apresentaram melhor desenvolvimento quando alimentados com a dieta com produtos lácteos, em todas as fases, e com o nível protéico de 18%, na primeira fase.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi determinar a densidade de estocagem mais adequada para a fase de recria de juvenis de tambaqui (Colossoma macropomum) em tanque-rede. Foram utilizados 12 tanques-rede de 1 m³ cada, com peixes distribuídos nas densidades de 200, 300, 400 e 500 peixes/m³ em três repetições. Os peixes foram alimentados seis vezes por semana em três refeições diárias com ração comercial com 36% de proteína bruta, durante 60 dias. Foram analisados o crescimento em peso e em comprimento, o coeficiente de variação do comprimento, a taxa de crescimento específico e a glicose sanguínea aos 30 e 60 dias de criação. Ao final do experimento, foram analisados os seguintes parâmetros de produtividade: sobrevivência, conversão alimentar aparente, ganho de peso e produção por área. Os parâmetros físico-químicos da água foram avaliados a cada sete dias. O crescimento em peso e em comprimento, aos 60 dias, foi maior na densidade de 200 peixes/m³ do que na de 500 peixes/m³. O coeficiente de variação, a taxa de crescimento específico e a glicose não diferiram entre as densidades aos 30 e 60 dias. A sobrevivência final, a conversão alimentar aparente e o ganho de peso foram iguais em todas as densidades. A produção por área foi significativamente maior nas duas maiores densidades. Os resultados indicaram que a densidade de 400 peixes/m³ é a mais adequada para recria de juvenis de tambaqui em tanque-rede.
Resumo:
Objetivo deste trabalho foi o de estabelecer critério para o manejo de água, durante o estádio vegetativo do tomateiro para processamento industrial, nas condições de cerrado do Brasil Central. Foram avaliados seis turnos de rega entre 0,5 e 16 dias. O estande final e a produtividade de frutos, maximizados em regas a cada 2 dias, apresentaram resposta quadrática com a freqüência de irrigação, enquanto a produção de biomassa foi maximizada em regas diárias. A massa média de fruto e o número de frutos por planta não foram influenciados pelos tratamentos; isto indica que as diferenças de produção foram causadas, principalmente, pela variação do estande final. A profundidade efetiva de raízes apresentou resposta linear positiva com o turno de rega. As plantas irrigadas a cada 8 e 16 dias apresentaram um sistema radicular cerca de 10 cm mais profundo do que aquelas irrigadas duas vezes por dia. O teor de sólidos solúveis totais, a acidez titulável e a taxa de fruto podre não foram influenciados pelos turnos de rega. Observou-se que para melhor desempenho do tomateiro, durante o estádio vegetativo as irrigações devem ser realizadas a cada 2 dias, ou seja, quando a tensão de água no solo atingir cerca de 17 kPa.
Resumo:
A capacidade fotossintética das cultivares de amendoim rasteiro (Arachis hypogaea L.) IAC-Caiapó e Runner IAC-886 foi avaliada sob condição controlada, em plantas cultivadas em vasos, mantidos em casa de vegetação, e sob condição natural, em plantas irrigadas, cultivadas em tanques de alvenaria. A resposta da taxa de assimilação líquida de CO2 (A) em decorrência da densidade de fluxo de fótons fotossinteticamente ativos (DFFF) foi melhor em condição controlada, mas, nas duas condições, a mesma A máxima de ca. 28 µmol m-2 s-1 foi atingida. Em condição controlada, a saturação lumínica ocorreu próximo a 1.000 µmol m-2 s-1 , ao passo que sob condição natural, ocorreu em DFFF maiores. A temperatura foliar entre 23 e 36°C não afetou A. A diferença de pressão de vapor entre a folha e o ar causou o fechamento parcial dos estômatos, diminuindo A, quando acima de 3,0 kPa. As capacidades fotossintéticas das duas cultivares de amendoim foram iguais. Ambas cultivares apresentaram boa adaptação às variações diárias do ambiente, ocorridas durante o verão, apresentando fotoinibição dinâmica da fotossíntese no início da tarde (13-14h), manifestada pela queda reversível da eficiência quântica máxima (Fv/Fm) do fotossistema II.