1000 resultados para Lesões das Artérias Carótidas
Resumo:
OBJETIVO: Estudar comparativamente a cicatrização e a formação de aderências em baço de ratos submetidos à trauma operatório e corrigidos utilizando octil-2-cianoacrilato (DE) e fio de poliglecaprone 25 (CA). MÉTODO: 30 ratos machos Wistar foram separados em três grupos de 10 animais, anestesiados de acordo com as normas do COBEA, submetidos à laparotomia xifopúbica e com uma tesoura Metzenbaum, foi realizada uma lesão esplênica com 4mm de profundidade, na borda anti-hilar do pólo inferior do baço. No Grupo CA, suturou-se a lesão com pontos contínuos de poliglecaprone 25; no Grupo DE, com octil-2-cianoacrilato e no Grupo CO, não houve sutura. Após 14 dias, os ratos foram submetidos à eutanásia e as aderências anotadas em protocolo próprio. O estudo anatomopatológico foi realizado nas colorações hematoxilina-eosina e Picro-Sirius, sendo do tipo fechado, duplo-cego. RESULTADOS: O Grupo DE apresentou menos aderências e menor reação de cicatrização tipo corpo estranho que o CA. Ambos mostram quantidade semelhante de colágeno jovem e maduro. CONCLUSÕES: O octil-2-cianoacrilato provocou menos aderências macroscópicas que o fio de poliglecaprone corado e não induziu cicatrização com reação de corpo estranho, mostrando-se efetivo no reparo das lesões traumáticas esplênicas, em ratos.
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OBJETIVO: Baseado no conceito de cirurgia para controle de danos (damage control), o presente estudo tem por objetivo analisar, epidemiologicamente, os pacientes submetidos a esta modalidade cirúrgica no Hospital Universitário Cajuru (HUC), em Curitiba, PR. MÉTODO: No período de Janeiro de 2001 à Março de 2005, foram revisados os prontuários de pacientes atendidos no HUC, vítimas de traumatismos diversos, sendo encontrados 39 pacientes submetidos à cirurgia para controle de danos abdominal. RESULTADOS: Dos 39 prontuários de pacientes analisados, 35 foram do sexo masculino (87,74%) e quatro do sexo feminino (10,26%). A idade dos pacientes variou de 4 a 73 anos, sendo sua média de 30,35 anos. Trauma penetrante ocorreu em 24 pacientes (61,54%), sendo que 18 destes (46,15%) sofreram ferimentos por armas de fogo e seis (15,38%), ferimentos por arma branca. O trauma fechado ocorreu em 15 pacientes, perfazendo um total de 38,46%. O ISS (Injury Severity Score) médio dos pacientes foi de 44,03. A quantidade média de hemoderivados utilizados foi de 7,2 unidades papa de hemácias e 4,95 unidades de plasma fresco. O pH médio no intraoperatório foi de 7,1 e o BE (base excess) de -14,4. O intervalo de tempo médio entre o início e o término da primeira cirurgia foi de 174,18 minutos (2,9 horas), levando-se em conta outros procedimentos de emergência também efetuados como craniectomias e/ou fixação de pelve e ossos longos. Foram constatados complicações imediatas em 28 pacientes, perfazendo um total de 53,85%. A média de sobrevida foi de 20,51% (n=8) e o tempo médio de permanência na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) após a primeira cirurgia foi de 41,75 horas (n=24). A maioria dos óbitos (n=17) ocorreu nas primeiras 24 horas de internação. CONCLUSÕES: O Damage Control é de fato uma medida que aumenta a taxa de sobrevida dos pacientes gravemente traumatizados, desde que esses mesmos pacientes tenham uma estabilização dentro das primeiras 24 horas, caso isso não ocorra a taxa de mortalidade ainda permanecerá elevada, como demonstrado neste levantamento e na literatura pesquisada.
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Injuries to the main hepatic veins carry a very high mortality rate, regardless of the technique used for repair. Isolated reports of survivors have, for the most part, been managed by hepatic vascular exclusion (EVE) techniques, usually with an atriocaval shunt. Herein we report a case of a severe intrahepatic major hepatic vein injury successfully managed with EVE.
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Squamous anal cell carcinoma frequency has been changing during the last decades. It was a rare disease in the past with 0.2 cases per 100,000 inhabitants in Denmark before the 60’s and 0.5 per 100,000 in the United States of America (USA) in 1973. Currently these figures have risen to a 1.00 / 100,000 ratio in accordance with the public records in the USA. Although the incidence in the general population can still be considered low, regardless of having doubled during the past 30 years, some specific groups in the population seem to have a higher level of risk, with a ratio of 70 ocurrences per each group of 100,000 individuals. The relationship between infections caused by oncogenic types of human papillomavirus and the similarity with cervical squamous cell carcinoma lead us to believe that screening techniques similar to the ones used as from the 40’s aiming the control of the cervical carcinoma, such as Papanicolaou smear (anal cytology) and colposcopy (high resolution anoscopy), may be effective on anal cancer prevention in those specific groups, or at least, to its early diagnosis. This article presents the techniques for tracking these early anal cancer lesions justifying them as a Public Health point of view.
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INTRODUÇÃO: Os cuidados com as preservações dos nervos laríngeos recorrentes e das glândulas paratireóides, nas tireoidectomias, continuam desafiando os cirurgiões em razão das graves complicações que podem ocorrer quando são manipulados inadequadamente. O trabalho teve como objetivo, no curso das tireoidectomias totais e parciais, estabelecer protocolo anatômico-cirúrgico das relações anatômicas entre os nervos laríngeos recorrentes com as artérias tireóideas inferiores, identificar-preservar esses nervos e as glândulas partireóides. MÉTODO: Os registros fotográficos durante os trans-operatórios foram obtidos de 79 pacientes submetidos às tireoidectomias totais e parciais (lobectomia total direita ou esquerda e istmectomia), respectivamente, com as identificações dos nervos e artérias bi ou unilateralmente, propondo expor as relações anatômicas entre essas estruturas, operados entre janeiro de 2005 e julho de 2006. RESULTADOS: Os registros fotográficos foram adaptados aos desenhos esquemáticos para estabelecer os principais pontos de referências anatômicas dos nervos laríngeos recorrentes em relação às artérias tireóideas inferiores, totalizando 116 nervos laríngeos recorrentes. CONCLUSÃO: A íntima relação dos nervos laríngeos recorrentes e as artérias tireóideas inferiores podem se apresentar de diversas formas, incluindo as anomalias congênitas, como a do laríngeo não recorrente, as duplicações e triplicações pré-laríngeas do nervo, sem dúvida, algumas vezes, dificultando a identificação dessas estruturas. São imperativas as claras identificações dessas estruturas e das glândulas paratireóides para preservá-las, no curso das tireoidectomias totais e parciais, a fim de evitar as complicações pós-operatórias.
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OBJETIVO: Fazer um estudo retrospectivo, correlacionando os diagnósticos citopatológicos obtidos por punção aspirativa por agulha fina (PAAF) com os diagnósticos histopatológicos de lesões da região bucomaxilofacial, de pacientes que foram atendidos no Serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Hospital Universitário Antonio Pedro/UFF, entre maio de 1999 e maio de 2004. MÉTODO: Foram analisados os laudos cito e histopatológicos emitidos pelo Serviço de Anatomia Patológica (SAP-HUAP), de quarenta e cinco pacientes submetidos à a punção aspirativa por agulha fina (PAAF) por apresentar lesão na região bucomaxilofacial. RESULTADOS: Foi obtida uma precisão diagnóstica da citopatologia a partir da PAAF de 77,8% (35 casos), e especificidade e sensibilidade da técnica de 100%, não havendo nenhum resultado falso-positivo e falso-negativo. CONCLUSÃO: A citopatologia realizada a partir da PAAF é um método diagnóstico inicial eficiente, de baixo custo, praticamente indolor e rápido de ser realizado, que contribui para a identificação da natureza da lesão proporcionando um melhor planejamento terapêutico.
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OBJETIVO: Descrever as dificuldades da endoscopia de contato aplicada à boca e ao lábio (microestomatoscopia de contato) e aplicar nas lesões do lábio os critérios usados na endoscopia de contato de outras topografias. MÉTODO: Estudo prospectivo utilizando o endoscópio de contato Storz 8715A e o corante azul de toluidina. Vinte exames foram feitos para aprendizado da técnica e depois mais 31 (21 lesões do lábio e 10 da boca), todos exames in vivo. Os critérios avaliados foram: Celularidade, Arquitetura, Estratificação e Morfologia. RESULTADOS: A falta de nitidez, os tremores finos e o deslizamento do aparelho dificultaram o procedimento em 100% dos casos, mas permitiram um exame adequado. Os 13 diagnósticos de malignidade das lesões do lábio apresentaram todos os critérios alterados. CONCLUSÃO: as dificuldades encontradas foram o contato do aparelho com a superfície anatômica, o deslizamento do aparelho, os tremores finos e a falta de nitidez da imagem, que não inviabilizaram a realização e a interpretação do exame. Os critérios são aplicáveis às lesões da boca e do lábio inferior.
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OBJETIVO: Identificar fatores prognósticos relacionados com a falha do tratamento não-operatório (TNO) de lesões esplênicas no trauma abdominal fechado. MÉTODOS: Análise prospectiva de 56 pacientes adultos submetidos à TNO e divididos em um grupo de sucesso e outro de falha, que foi definida como necessidade de laparotomia por qualquer indicação. As lesões foram diagnosticadas por tomografia computadorizada e classificadas de acordo com os critérios da AAST (American Association for Surgery of Trauma). Os parâmetros estudados foram: na admissão - pressão arterial sistólica, frequências cardíaca e respiratória, nível de consciência (Escala de Glasgow) e RTS (Revised Trauma Score); durante a hospitalização - presença de lesões associadas, transfusão sanguínea e parâmetros hematológicos, tempo de internação e ISS (Injury Severity Score). RESULTADOS: As falhas do TNO (19,6%) foram devidas à dor abdominal (45,4%), instabilidade hemodinâmica (36,4%), queda do volume globular associada a hematoma esplênico (9,1%) e abscesso esplênico (9,1%). Não foram observadas diferenças entre os grupos de sucesso e de falha nos dados na admissão. A taxa de falha de acordo com o grau da lesão esplênica foi 0% nos graus I e II agrupados; 17,5% nos graus III e IV agrupados e 80% no grau V (p = 0,0008). O uso de hemoderivados foi maior e mais frequente no grupo de falha (p=0,05). As relação do ISS (Injury Severity Score) com as taxas de falha foram 0% nos pacientes com ISS = 8; 15,9% nos com ISS entre 9 e 25, e 50% nos com ISS = 26 (p = 0,05). Não houve mortalidade e nem lesões de vísceras ocas despercebidas. CONCLUSÃO: O Injury Severity Score e grau da lesão esplênica relacionaram-se com a falha do tratamento não-operatório.
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OBJETIVO: Avaliar a espessura do complexo miointimal (IMT) das carótidas comum e interna, em portadores de esquistossomose hepatoesplênica (EHE) não tratados cirurgicamente, já submetidos a cirurgia para descompressão do sistema porta por esplenectomia e ligadura da veia gástrica esquerda, e comparar com volutários de condições sócio-econômico-ambientais similares, não portadores de esquistossomose. MÉTODOS: Utilizando aparelho de ultra-som Doppler de 7,5MHz foram mensurados os IMT de três grupos de voluntários, de ambos os gêneros, com idades que variaram de 20 a 60 anos, sendo avaliados os IMT máximos, IMT médios, IMT mínimos e seus desvios-padrão, das carótidas comuns e internas e feitas as comparações entre os grupos e suas associações com fatores de risco: idade, hipertensão arterial e tabagismo. RESULTADOS: Não houve diferença significante na média dos IMT, entre os lados direito e esquerdo e nem entre os grupos. Nos pacientes tratados cirurgicamente, assim como nos indivíduos-controle confirmou-se a associação, já conhecida, com os fatores de risco para aterosclerose (idade, hipertensão arterial e tabagismo). Contudo, não se observou este comportamento nos pacientes não operados. CONCLUSÃO: A EHE sem tratamento cirúrgico parece conferir "alguma proteção" contra a aterogênese em seres humanos; todavia, os achados não dão suporte definitivo a esta hipótese.
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OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi desenvolver um padrão de avaliação diagnóstica pela Core biopsy com agulha de 16G em lesões mamárias. Utilizando critérios ecográficos padronizados e relacionando os resultados ao tamanho das lesões investigadas e avaliando o número ideal de fragmentos a serem colhidos. MÉTODOS: Estudo prospectivo de maio de 2004 a setembro de 2005 em 79 pacientes com lesões incluídas nas categorias 2, 3, 4 e 5, segundo Bi-RADS® US, realizando Core Biopsy com agulha de 16G, retirando-se cinco fragmentos numerados e colocados individualmente em frascos com formol a 10%. RESULTADOS: De 84 biópsias realizadas houve 81 diagnósticos conclusivos (96%), com 43 malignos (51%) e 38 benignos (45%). A eficácia da Core biopsy aumenta com o número de amostras colhidas: com uma amostra é de 95,24%,duas amostras 96,93%; três amostras 98,8%; quatro amostras 98,81%; cinco amostras 100%. CONCLUSÃO: A retirada de três fragmentos foi suficiente para um resultado satisfatório.
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OBJETIVO: Avaliar a presença de foco de criptas aberrantes (FCA) em mucosa macroscopicamente normal, localizada na periferia de um câncer colorretal (CCR) e correlacionar a progressão tumoral destes FCA para o CCR, por meio da expressão da β-catenina e o Ki-67. MÉTODOS: Utilizou-se 21 espécimes cirúrgicos contendo adenocarcinoma de junção retossigmóide. Foram coletadas amostras localizadas a 1 e 5 cm proximal e distal ao tumor, quando possível, bem como um fragmento da neoplasia. Os FCA foram selecionados. Subseqüentemente foi realizado estudo imunoistoquímico com os anticorpos β-catenina e o Ki-67. RESULTADOS: A expressão nuclear da β-catenina nos adenocarcinomas, revelou freqüência de 81%. O Ki-67 apresentou a mesma freqüência. Apesar disso o coeficiente Kappa revelou fraca concordância entre estes anticorpos. Foram observados 20 FCA, sendo que 13 destes focos localizavam-se nas proximidades do tumor. Nenhum dos FCA apresentou expressão da β-catenina nuclear, tampouco para o Ki-67. CONCLUSÃO: Nas áreas situadas a 1 cm da neoplasia colorretal, foi observada maior concentração de FCA em relação às áreas situadas a 5 cm do tumor. No entanto, não se observou correlação entre a expressão da β-catenina e ki-67 nos colonócitos das criptas aberrantes das áreas estudadas, com as células neoplásicas do adenocarcinoma.
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As técnicas cirúrgicas convencionais ofertam uma apropriada condição de cura na maioria dos pacientes com estreitamento biliar benigno. Nesta condição, no entanto, o reparo cirúrgico está associado com recorrência tardia da re-estenose em 10% a 30% dos pacientes. Neste contexto, os avanços tecnológicos na endoscopia terapêutica promoveram a possibilidade alternativa do tratamento efetivo destas obstruções benignas. Considerações em relação ao tempo de reospitalização e de procedimentos devem ser averiguados em detalhes e ponderados em relação á cirurgia. Estenoses malignas estão relacionadas á colangite, icterícia e dor e, consequentemente, com as alterações sistêmicas relacionadas com a sepsis biliar. A conduta endoscópica cria uma derivação do suco biliar para o duodeno, sendo uma verdadeira derivação biliodigestiva endoscópica e utilizando-se próteses plásticas ou metálicas. O propósito desta revisão é ofertar aos leitores a eficácia do tratamento endoscópico na estenose benigna e maligna biliopancreática.
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OBJETIVO: Analisar a proficiência do cirurgião em colecistectomias videolaparoscópicas, de acordo com sua curva de aprendizado, como fator de risco para as lesões iatrogênicas da via biliar principal. MÉTODOS: Estudo retrospectivo de 2285 pacientes submetidos à colecistectomias videolaparoscópicas no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro no período de janeiro de 1992 a dezembro de 2007. As características dos cirurgiões foram avaliadas através questionário no qual se procurou identificar idade, experiência profissional em cirurgia convencional e laparoscópica e métodos de aprendizado em videocirurgia. RESULTADOS: O número de lesões da via biliar principal neste estudo foi de seis (0,26%), semelhante ao encontrado na literatura mundial. Todas ocorreram na segunda fase da curva de aprendizado, quando os cirurgiões já haviam realizado mais de 50 colecistectomias videolaparoscópicas. CONCLUSÃO: Certificado de habilitação, treinamento prévio e idade dos cirurgiões se relacionaram com as lesões da via biliar principal nesta série. Houve significância estatística na diferença entre as médias dos tempos de experiência dos cirurgiões e sua relação com as lesões.
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OBJETIVO: Avaliar o prognóstico dos pacientes com lesão iatrogênica da via biliar (LIVB) em relação ao tempo de referencia (TR) para a unidade de transplante hepático (TH). MÉTODOS: Foram revisados 51 prontuários de pacientes que sofreram algum tipo de LIVB durante a colecistectomia e que foram encaminhados para a unidade de TH no Hospital Geral de Bonsucesso (HGB). As lesões foram agrupadas de acordo com a classificação de Bismuth. Além da colecistectomia (momento da lesão), também avaliamos o TR e o desfecho. RESULTADOS: Dentre os 51 pacientes estudados encontramos 17 homens e 34 mulheres com uma média de idade de 42,7 anos. Vinte e dois pacientes (43,1%) tinham uma lesão do tipo II; 13 (25,5 %) do tipo III; 10 (19,6 %) do tipo I, 5 (9,8 %) do tipo IV; e apenas um (2 %) do tipo V. Quarenta pacientes foram operados, sendo que três não retornaram para revisão médica e portanto, 37 foram avaliados em relação ao desfecho. Dentre esses, 25 pacientes (67,6 %) tiveram resultados excelentes ou bons com TR médio de 11,5 meses (intervalo: 2-48 meses) e 47,2 meses (intervalo: 3-180 meses) respectivamente. Os 12 pacientes (32,4 %) com resultados ruins tiveram um TR médio de 65,9 meses (intervalo: 3-264 meses), que foi significativamente maior do que o grupo com resultados excelentes ou bons (p=0,004). Sete pacientes foram listadas para fila de TH, porém apenas dois foram realizados. O TR desses sete pacientes foi significativamente mais elevado (p=0,04) do que o daqueles pacientes não listados. Sete pacientes morreram, dos quais seis foram causados por complicações hepáticas. CONCLUSÃO: O TR influenciou significativamente no prognóstico dos pacientes da nossa amostra.
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OBJETIVO: Este estudo tem o objetivo revisar uma série de mortes por trauma em uma grande metrópole. A intenção é identificar as causas evitáveis de morte. MÉTODOS: Foram estudados prospectivamente 500 casos não selecionados e consecutivos de morte associada ao trauma. As variáveis do estudo foram as seguintes: mecanismo do trauma, etiologia, local da morte, a intervenção cirúrgica, imperícia médica, órgãos lesados e prevenção da mortalidade. Os casos foram agrupados, segundo o mecanismo de trauma, em: trauma penetrante, trauma contuso, intoxicação, afogamento, queimadura e asfixia. RESULTADOS: Foram abordados 418 (83,6%) casos do sexo masculino e 82 (16,4%) do sexo feminino (média de idade 39 ± 19,6 anos, variando de três a 91 anos). O trauma penetrante correspondeu a 217 (43%) casos; já o trauma contuso representou 40% dos casos. O mecanismo de trauma mais comum de morte entre o trauma penetrante foi lesão por arma de fogo, representando 41% do total de casos. Dentro do conjunto dos traumas contusos, o mecanismo mais comum foi o de acidentes de transporte, o que representou 22% do total de óbitos. Aconteceram 71 (14%) casos de mortes evitáveis: tromboembolismo em 35 (7%); complicações infecciosas em 25 (5%), imperícia médica em sete (1%) e lesões tratáveis em pacientes não hospitalizados cinco (1%). CONCLUSÃO: Este estudo mostra que a morte traumática, na cidade de São Paulo, está associada à lesões graves e complexas. Prevenção da morte está relacionada ao controle da violência.