995 resultados para Línguas Estudo e ensino Rio de Janeiro (RJ)
Resumo:
OBJETIVO: Conhecer a existncia de alojamento conjunto (AC) nos hospitais que possuem leitos obsttricos da rede pblica e conveniada do Estado do Rio de Janeiro e verificar se o AC guarda associao com outro indicador de qualidade de assistncia que tem influncia sobre o aleitamento materno: as taxas de cesrea (TC) praticadas por esses hospitais. METODOLOGIA: Procedeu-se a um levantamento sobre a existncia de AC atravs de questionrio enviado s Secretarias Municipais de Sade, informao validada por inqurito telefnico. As TC foram obtidas junto Secretaria Estadual de Sade-RJ. Foi utilizada a razo de prevalncia para a medida da associao entre as variveis. RESULTADOS: Foi encontrada uma proporo de 65,2% das maternidades com AC, no Estado. Verificou-se relao direta entre a presena de AC e baixas taxas de cesrea no conjunto dos hospitais, porm essa associao no se confirmou com o mesmo peso em todas as regies. A menor proporo de hospitais com AC foi verificada no cinturo metropolitano (44,2%), enquanto a maior proporo de hospitais com elevadas taxas de cesrea est no interior (73,1%).
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OBJETIVO: Comparar a resposta sorolgica induzida por formulaes com diferentes concentraes de vrus da vacina contra sarampo da cepa Biken CAM-70. MTODOS: Crianas sadias de 9 a 18 meses de um centro de sade do Rio de Janeiro, RJ, cujos responsveis concordaram em participar, foram randomizadas em trs grupos vacinados com concentraes de 5.000, 1.000 ou 200 CCID50 (50% Tissue Culture Infective Dose). Os participantes e o pessoal da pesquisa ignoravam o tipo de vacina administrado. A avaliao sorolgica foi realizada pelo teste de reduo em plaque de lise. Duas anlises intermedirias dos dados foram programadas. RESULTADOS: Das 223 crianas recrutadas, 84% completaram todos os procedimentos; 79% tinham idade menor que 10 meses; e 93% no tinham anticorpos contra sarampo no soro pr-vacinal. As propores de soroconverso (quadruplicao das concentraes pr-vacinais) foram 82%, 55% e 37% (p<0,0000), nos grupos vacinados com 5.000, 1.000 ou 200 CCID50, respectivamente. As diferenas nas concentraes mdias de anticorpos ps-vacinais tambm foram substanciais e estatisticamente significativas (p<0,000). A soroconverso (independente da formulao da vacina) foi de 73% nas crianas com 10 ou mais meses de idade e 53% naquelas com menos de 10 meses. CONCLUSES: Formulaes da vacina com concentraes inferiores a 5.000 CCID50 no induziram soroconverso satisfatria. O desempenho da vacina por faixas etrias foi compatvel com o observado em outros estudos com a vacina Biken CAM-70 e indica que uma proporo aprecivel de crianas vacinadas aos 9 meses pode no obter resposta imunolgica plena.
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OBJETIVO: Observar a evoluo das taxas de fecundidade e identificar o papel da gravidez na adolescncia como fator de risco para o baixo peso ao nascer (BPN). MTODOS: Em uma amostra de nascimentos provenientes do Sistema de Informaes sobre Nascidos Vivos (SINASC/RJ), entre 1996 e 1998, os fatores determinantes do BPN foram analisados em dois grupos de mes, de 15 a 19 anos e de 20 a 24 anos. Foram estimadas as associaes entre as variveis pela razo dos produtos cruzados -- Odds Ratio (OR) e respectivos intervalos de confiana. Utilizaram-se tambm procedimentos de regresso logstica. RESULTADOS: O BPN foi significativamente maior entre o grupo de mes adolescentes do que no grupo de 20-24 anos. O pr-natal no foi realizado em 13% das adolescentes, enquanto 10% do outro grupo no tiveram atendimento. Quando realizado o pr-natal, as adolescentes tiveram menos consultas. No grupo de adolescentes, o percentual de prematuros foi significativamente maior que no outro grupo. Foram observadas diferenas por tipo de maternidade (pblicas/privadas), com predomnio de uso das pblicas pelas adolescentes. A anlise de regresso logstica mostrou que existe um efeito da idade materna na explicao do BPN, mesmo quando controlado por outras variveis CONCLUSES: Os achados sugerem que investigaes sobre os mecanismos explicativos da associao entre o BPN e a gravidez na adolescncia devem ser realizadas, abrangendo fatores socioculturais como pobreza e marginalidade social, assim como os de natureza biolgica e de alimentao na gravidez.
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OBJETIVO: Analisar os aspectos de comunicao relacionados ao procedimento de uso de agrotxicos em uma regio agrcola. MTODOS: O estudo foi realizado na regio da Microbacia do Crrego de So Loureno, Estado do Rio de Janeiro. Baseia-se em triangulao metodolgica, utilizando: entrevistas semi-estruturadas e observaes de uma amostra da populao residente na rea de estudo (aproximadamente 600 habitantes); questionrio elaborado para a caracterizao do perfil da comunidade; e registro de palestras proferidas por agrnomos e outros profissionais do comrcio e do poder pblico para a comunidade. RESULTADOS E DISCUSSO: Desvelaram-se algumas questes, como: o histrico de desinformao na regio; a linguagem tcnica empregada em aes educativas e de treinamento, impossibilitando a apropriao do conhecimento por parte do trabalhador rural; e a presso da indstria/comrcio, que cria "necessidades" para legitimar a venda desses produtos, resultando num processo de comunicao que realimenta a insero desfavorvel do homem do campo em uma economia de mercado mais ampla.
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OBJETIVO: Avaliar a prevalncia, sensibilidade e especificidade em detectar adolescentes em risco de obesidade, baseada no ndice de Massa Corporal (IMC). MTODOS: Foram avaliados 502 adolescentes de 12 a 18 anos, participantes da pesquisa Nutrio e Sade do Municpio do Rio de Janeiro, desenvolvida em 1996. As variveis do estudo foram: peso, estatura, IMC e dobra subescapular, de acordo com sexo e idade. As classificaes para IMC foram comparadas com a classificao pela dobra subescapular no percentil 90 (excesso de adiposidade) da populao de adolescentes americanos. RESULTADOS: A prevalncia de excesso de adiposidade foi mais elevada com a dobra subescapular (P<0,0001) comparada com as classificaes do IMC que apresentaram valores aproximados. A especificidade foi superior sensibilidade com as duas propostas do IMC. O ponto de equilbrio entre sensibilidade e especificidade foi prximo ao percentil 70 para meninas e meninos menores de 14 anos. Em meninos maiores de 15 anos, o ponto de corte aproximou-se do percentil 50 do IMC. CONCLUSO: Ambas classificaes do IMC foram mais adequadas para identificar adolescentes sem obesidade, no sendo sensveis para rastrear excesso de adiposidade.
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OBJETIVO: Avaliar a qualidade da ateno durante o processo de trabalho de parto de acordo com normas da Organizao Mundial de Sade. MTODOS: Trata-se de estudo do tipo caso-controle, realizado em duas maternidades: pblica e conveniada com o Sistema nico de Sade, no Municpio do Rio de Janeiro. A amostra foi composta por 461 mulheres na maternidade pblica (230 partos vaginais e 231 cesreas) e por 448 mulheres na maternidade conveniada (224 partos vaginais e 224 cesreas). De outubro de 1998 a maro de 1999, foram realizadas entrevistas com purperas e reviso de pronturios. Foi construdo escore sumarizador da qualidade do atendimento. RESULTADOS: Observou-se baixa freqncia de algumas prticas que devem ser encorajadas, como presena de acompanhante (1% na maternidade conveniada, em ambos os tipos de parto), deambulao durante o trabalho de parto (9,6% das cesreas na maternidade pblica e 9,9% dos partos vaginais na conveniada) e aleitamento na sala de parto (6,9% das cesreas na maternidade pblica e 8,0% das cesreas na conveniada). Prticas comprovadamente danosas e que devem ser eliminadas como uso de enema (38,4%), tricotomia, hidratao venosa de rotina (88,8%), uso rotineiro de ocitocina (64,4%), restrio ao leito durante o trabalho de parto (90,1%) e posio de litotomia (98,7%) para parto vaginal apresentaram alta freqncia. Os melhores resultados do escore sumarizador foram obtidos na maternidade pblica. CONCLUSES: As duas maternidades apresentam freqncia elevada de intervenes durante a assistncia ao parto. A maternidade pblica, apesar de atender clientela com maior risco gestacional, apresenta perfil menos intervencionista que maternidade conveniada. Procedimentos realizados de maneira rotineira merecem ser discutidos luz de evidncias de seus benefcios.
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OBJETIVO: Analisar a sobrevida e os principais fatores prognsticos entre os pacientes com tumor de Wilms unilateral. MTODOS: A coorte de estudo incluiu 132 casos de tumor de Wilms unilateral em menores de 15 anos de idade matriculados em servio de oncologia peditrica, de janeiro de 1990 a dezembro de 2000. Curvas de sobrevida foram confeccionadas utilizando-se o mtodo de Kaplan-Meier e fatores prognsticos foram analisados pelo modelo de riscos proporcionais de Cox. RESULTADOS: A estimativa de sobrevida global em cinco anos foi 84,6%. As probabilidades de sobrevida para os estdios I, II, III e IV foram de 100%; 94,2%; 83,2% e 31,3%, respectivamente. A taxa de sobrevida para os pacientes com: histologia favorvel foi de 89,4%, para aqueles com anaplasia focal 66,7 % e com anaplasia difusa 40%. Todos os pacientes com doena em estdio IV e anaplasia difusa foram a bito (n=4). Todos os pacientes com doena em estdio I, independente da histologia, permaneceram vivos at o final do perodo de seguimento. CONCLUSES: Entre as variveis escolhidas para o modelo final apenas o estadiamento e a histologia permaneceram associados ao elevado risco de bito enquanto que os casos na faixa etria entre 24 e 47 meses apresentaram melhor prognstico que os demais. Esses resultados mostram a importncia do diagnstico em fases iniciais da doena e que a histologia fundamental para orientar a terapia adequada.
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A interveno sobre a tuberculose no Rio de Janeiro, Brasil, revela atualmente uma intensificao e alargamento das articulaes de pessoas, organizaes e instituies envolvidas. Para compreender este processo, recorri ao mapeamento de arenas e mundos sociais. Os mundos sociais definem-se pela partilha de objetivos e de aes, constituindo unidades de ao coletiva. Para atingir os seus objetivos precisam de interagir com outros mundos sociais. Os espaos onde interagem sobre temas de comum interesse, mas sobre os quais tm perspetivas e at objetivos diferentes, denominam-se arenas. O estudo revelou que a arena da tuberculose no Rio de Janeiro se ampliou na ltima dcada, aumentando e diversificando os mundos sociais envolvidos, atravs do trabalho poltico de pessoas e organizaes locais, nacionais e internacionais, isto , atravs da atribuio de poder a determinadas instncias com base na valorizao tica de objetivos comuns. Este trabalho poltico tem vindo a implicar a interseo com as arenas do Sistema nico de Sade e do VIH-Sida. A ampliao da arena da tuberculose redefine a prpria doena e as formas de intervir sobre ela. Os apoios socioeconmicos para as/os pacientes, o tratamento de comorbidades, os direitos humanos, bem como outras questes que extravasam a perspetiva biomdica, integram agora as agendas da tuberculose. Neste processo, os intervenientes alargam tambm as fronteiras da ao na sade.
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OBJETIVO: A nova poltica de assistncia oncolgica do Sistema nico de Sade, implantada em novembro de 1999, props modificaes substanciais na forma de credenciamento das unidades de tratamento. O objetivo do estudo foi descrever o perfil do atendimento ao cncer de mama e de suas usurias, aps a implantao dessa nova poltica. MTODOS: Foi realizado um estudo descritivo sobre o tratamento do cncer de mama nas unidades credenciadas pelo Sistema nico de Sade, no Estado do Rio de Janeiro, de 1999 a 2002. As informaes foram obtidas a partir das unidades de atendimento, por meio da ficha de cadastro ambulatorial do Sistema nico de Sade, e das pacientes, pelas autorizaes de procedimentos de alta complexidade em oncologia e de pronturios. Foi analisada uma amostra aleatria simples de 310 pronturios, provenientes das 15 unidades credenciadas. Para a anlise dos dados utilizou-se a distribuio percentual dos dados pelas categorias de interesse e o teste chi2 para avaliar a associao entre variveis. RESULTADOS: Houve predomnio do tratamento nos Centros de Alta Complexidade Oncolgica (81,3%); em unidades pblicas (73,5%) e localizadas na capital do Estado (78,1%). Observou-se m distribuio dos atendimentos em relao s unidades credenciadas, com 70% dos tratamentos sendo executados por apenas uma nica unidade assistencial. O perfil de uso das intervenes teraputicas variou nas unidades isoladas credenciadas entre pacientes cobertas e no cobertas por planos de sade, com as ltimas apresentando menor uso das intervenes consideradas. Foi identificada a subutilizao de teraputicas recomendadas, bem como o uso de intervenes contra-indicadas. A caracterizao da populao estudada mostrou que 43,9% foram diagnosticadas sem a perspectiva de cura e 68,4% residiam em municpios com servio oncolgico credenciado. CONCLUSES: Os resultados mostraram diferenas relevantes entre os tipos de unidades credenciadas e apontam para a necessidade de implantar recomendaes prticas para a poltica nacional de controle do cncer.
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OBJETIVO: A ocorrncia de agravos provocados por medicamentos no meio hospitalar elevada e gera custos excedentes. O objetivo do estudo foi identificar problemas relacionados a medicamentos ocorridos durante a internao hospitalar e estimar a prevalncia desses agravos. MTODOS: Estudo retrospectivo realizado no Estado do Rio de Janeiro. Foram analisadas as internaes pagas pelo Sistema nico de Sade entre 1999 e 2002. Os dados foram extrados do Sistema de Informaes Hospitalares. Selecionaram-se as internaes que apresentaram um dos cdigos da CID-10 (2000) suspeitos de serem agravos provocados por medicamentos, que estivessem nos campos do diagnstico principal e/ou do diagnstico secundrio. Para as variveis contnuas estimou-se a mdia, e o desvio-padro, sendo a significncia estatstica entre as diferenas testada por meio de anlise de varincia (ANOVA, com intervalo de confiana de 95%). RESULTADOS: Foram identificados 3.421 casos equivalentes freqncia de 1,8 casos/1.000 internaes, ocorridos, sobretudo, em homens (64,5%), nos hospitais contratados (34,9%) e nos municipais (23,1%), nos leitos de psiquiatria (51,4%) e de clnica mdica (45,2%), dos quais 84,1% resultaram em alta. A maioria dos agravos foi por reaes adversas e de intoxicaes e, entre essas categorias, h diferenas significativas (p<0,000) quanto idade e tempo de permanncia.Os pacientes com efeitos adversos so mais jovens (35,8 vs 40,5 anos) e permanecem mais tempo internados (26,5 vs 5,0 dias). CONCLUSES: A freqncia de reaes adversas, embora abaixo dos patamares dos estudos internacionais, no desprezvel. O banco de dados do Sistema de Internaes Hospitalares foi considerado fonte til para o estudo dos agravos provocados por medicamentos.
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OBJETIVO: Avaliar a prevalncia de casos suspeitos de uso inadequado de lcool durante a gestao entre mulheres atendidas na rede pblica de sade. MTODOS: Estudo transversal com 537 parturientes selecionadas aleatoriamente em maternidades pblicas do Rio de Janeiro entre maro e outubro de 2000. Entrevistadoras adequadamente treinadas identificaram os casos suspeitos de uso inadequado de lcool utilizando os instrumentos Cut-down, Annoyed, Guilty e Eye-opener (CAGE), Tolerance Cut-down, Annoyed e Eye-opener (T-ACE) e Tolerance Worry Eye-opener Annoyed Cut-down (TWEAK). Na anlise segundo variveis socioeconmicas e demogrficas utilizou-se o teste qui-quadrado. RESULTADOS: Cerca de 40% das mulheres relataram fazer uso de algum tipo de bebida alcolica durante a gestao, sendo a cerveja a bebida mais consumida (83,9%). Dependendo do instrumento de identificao, estimou-se que entre 7,3% e 26,1% das mulheres eram casos suspeitos de uso inadequado de lcool. A suspeio de utilizao inadequada foi mais comum entre as mulheres de idade mais avanada; de baixa escolaridade; que no se declararam brancas; que no viviam com companheiro; que relataram tabagismo e uso de drogas ilcitas por um dos membros do casal; e com pouco apoio social. CONCLUSES: A alta prevalncia de suspeio de uso inadequado de lcool e sua superposio com diferentes fatores de risco para desfechos deletrios na gestao indicam um importante problema de sade pblica, merecendo ser rotineiramente rastreada durante o acompanhamento p-natal.
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OBJETIVO: Avaliar o consumo alimentar durante a gestao e ps-parto, segundo cor da pele. MTODOS: Estudo longitudinal prospectivo que incluiu 467 mulheres entre 15 e 45 anos no perodo ps-parto, no municpio do Rio de Janeiro, entre 1999 e 2001. Foi aplicado um questionrio de freqncia de consumo de alimentos aos 15 dias ps-parto (consumo referente ao perodo da gestao) e aos seis meses (consumo referente ao perodo ps-parto). Foi utilizada anlise de covarincia para analisar diferenas no consumo alimentar, segundo cor da pele, controlada pela escolaridade. RESULTADOS: Durante a gestao, pretas e pardas apresentaram consumo de energia 13,4% e 9,1% (p=0,009 e p=0,028) e consumo de carboidrato 15,1% e 10,5% maior que brancas (p=0,005 e p=0,014), respectivamente. Mulheres pretas e brancas apresentaram consumo energtico 34% e 20% acima das recomendaes nutricionais, respectivamente (p=0,035). Durante o perodo ps-parto, as pretas apresentaram consumo de energia 7,7% maior e consumo de lipdios 14,8% maior que as brancas; consumo de cidos graxos saturados 23,8% maior que brancas (p=0,003) e 13% maior que pardas (p=0,046). A adequao de consumo de lipdios e cidos graxos saturados foi maior em pretas que em brancas (p=0,024 e p=0,011, respectivamente). CONCLUSES: Os resultados mostram ser necessrio revisar estratgias de interveno nutricional no pr-natal e implementar assistncia nutricional no ps-parto, para ajustar o consumo alimentar a nveis adequados, considerando as diferenas por cor/raa identificadas.
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OBJETIVO: Analisar o impacto da implementao de um programa participativo de promoo da sade sexual em uma comunidade empobrecida, e descrever como o uso dos espaos pblicos e privados para prticas sexuais constitui-se um fator que exacerba a vulnerabilidade ao HIV/Aids. MTODOS: Estudo etnogrfico conduzido em 2002, em favela localizada no municpio do Rio de Janeiro. Os 6.000 moradores viviam em condies de vida deficitrias em que se verificou a ausncia de polticas pblicas, postos de sade, lazer, oportunidades de emprego e segurana, o que consolida o poder de grupos criminosos. Foram abordadas as condies referentes sade sexual e implantao do programa participativo de promoo da sade sexual pelo Ncleo Comunitrio de Preveno, criado por uma organizao no-governamental. Aps dois meses de observao participante, foram realizadas 35 entrevistas semi-estruturadas em profundidade com moradores com idade entre 17 e 65 anos. Foram analisadas 11 histrias de vida de lderes comunitrios e agentes comunitrios de preveno e sete grupos focais formados a partir dos grupos pr-existentes na comunidade. O material foi categorizado e analisado qualitativamente. RESULTADOS: A precariedade das moradias favorecia maior exposio s prticas sexuais, acentuando o estigma de ser morador de favela vivenciado pela comunidade. Com a implantao do programa do Ncleo, crianas, jovens e adultos se familiarizaram e passaram a ter conhecimento sobre preveno do HIV/Aids; e jovens e adultos passaram a ter acesso a preservativos. CONCLUSES: Os resultados decorrentes da interveno mostraram que embora a vulnerabilidade permanea, a preveno pode ser inserida na cultura local. A preveno da Aids pode ser fomentada por meio de uma abordagem territorial com base na participao dos moradores e no fortalecimento da organizao coletiva.
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fundamental compreender que os fumantes no so iguais e que determinados fumantes precisam ser conquistados como "potenciais clientes" de programas de interveno voltados s suas necessidades especficas. O objetivo do estudo foi comparar os perfis de fumantes recrutados para um estudo de interveno para cessao de fumar com os da populao geral de fumantes no municpio do Rio de Janeiro, nos anos 2002-2003. As heterogeneidades encontradas indicam que diferentes estratgias de captao associadas s intervenes existentes devem ser elaboradas para motivar o maior e mais diversificado nmero possvel de indivduos elegveis.
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OBJETIVO: Avaliar a associao entre sobrevida de mulheres com cncer de mama e estrutura e prticas observadas nos estabelecimentos de assistncia oncolgica. MTODOS: Estudo longitudinal retrospectivo, baseado em informaes do Sistema de Autorizao de Procedimentos de Alta Complexidade do Sistema nico de Sade e em amostra aleatria de 310 pronturios de mulheres prevalentes atendidas em 15 unidades hospitalares e ambulatoriais oncolgicas com quimioterapia entre 1999 e 2002, no estado do Rio de Janeiro. Foram consideradas como variveis independentes caractersticas da estrutura das unidades oncolgicas e as suas intervenes praticadas, controlando o efeito com variveis sociodemogrficas e clnicas das pacientes. Para anlise dos dados, foram utilizados a tcnica de Kaplan-Meier e o modelo de risco de Cox (pseudo-verossimilhana). RESULTADOS: As anlises de Kaplan-Meier apontaram associaes significativas entre sobrevida e tempo entre diagnstico e incio do tratamento, realizao de cirurgia, utilizao de hormonioterapia, tipo de hormonioterapia, combinaes teraputicas, tipo de unidade e plano de sade, volume de atendimento em cncer de mama do estabelecimento e natureza jurdica da unidade. Estimativas obtidas pelo modelo de Cox indicaram associaes positivas entre o hazard de morte e tempo entre diagnstico e incio do tratamento, volume de atendimento de cncer de mama do estabelecimento e tipo de unidade combinado ao uso de plano de sade; e negativas entre sobrevida e cirurgia de mama e tipo de hormonioterapia. CONCLUSES: Os resultados mostram associao entre sobrevida de cncer de mama e o cuidado de sade prestado pelos servios credenciados, com implicaes prticas para pautar novas propostas para o controle do cncer no Brasil.