999 resultados para Hormônios Peixes


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Ps-graduao em Zootecnia - FCAV

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O mercrio pode ser encontrado em diversas formas, sendo a orgnica como metilmercrio (MeHg), considerada a mais txica. Facilmente absorvido por via oral, se acumula na cadeia trfica e se amplifica em carnvoros aquticos, principalmente em peixes, da o risco maior para as populaes que deles se alimentam preferencialmente, como os ribeirinhos Amaznidas. O efeito neurotxico dessa forma de mercrio tem sido amplamente demonstrado atravs de estudos epidemiolgicos e experimentais. Alguns desses estudos tambm mostraram que hormônios e substncias antioxidantes podem agir protegendo o organismo contra a ao deletria do mercrio. A prolactina um destes hormônios que apresenta ao protetora, mas age tambm como citocina pr-inflamatria. Desde que o MeHg pode tambm agir como uma substncia imunotxica, procuramos neste trabalho estudar a ao citoprotetora da PRL em cultivos contnuos de linhagem B95-A de linfcitos de primata afim de avaliar sua fragilidade ao MeHg e sua reatividade a ao da PRL. Com o objetivo de avaliar a integridade funcional dos linfcitos expostos ao MeHg utilizou-se teste de reao colorimtrica para 3-(4,5-dimetiltiazol-2-yl)-2,5-difenil tetrazlio bromide (MTT), o qual detecta atividade metablica mitocondrial. Para avaliar a resposta imune do linfcito, medidas da concentrao do fator de necrose tumoral alfa (TNF ) no sobrenadante do cultivo, foram realizadas por ELISA. uma citocina pr-inflamatria liberada em resposta a agresso celular de diferentes causas, incluindo estresse oxidativo, um dos efeitos agudos mais evidentes do MeHg, alm disso, esta citocina tambm poder responder a regulao prolactinrgica em linfcitos humanos. Aps 18 horas de exposio do cultivo a crescentes concentraes do metal (0,1; 1, 5, 10 e 50 M) verificou-se significativa diminuio do tipo dose-dependente da viabilidade celular a partir de 1 M (35%) e progressivamente at 50 M (80%), quando poucas clulas ntegras foram encontradas nos cultivos. Um efeito bifsico em forma de sino ocorreu na liberao de TNF , onde concentraes mais baixas de MeHg inibiram (0,1 e 1 M), a intermediria estimulou (5 M) e as duas maiores (10 e 50 M) voltaram a inibir. A prolactina tambm diminuiu a viabilidade celular, em cerca de 30%, somente na dose mais elevada (10 nM). Por outro lado, na dose de 1 nM a PRL preveniu a diminuio de 40% da viabilidade celular resultante a exposio ao MeHg a 5 M. Esta dose de 1 nM de PRL foi a nica a estimular a liberao de TNF , mas curiosamente, reverteu a liberao desta citocina quando associada a 5 M de MeHg, concentrao que igualmente estimulou a secreo de TNF . Os resultados confirmaram a toxidade do MeHg para linfcitos de primatas (linhagem B95-A) e sua reverso por uma possvel ao protetora da PRL. Um efeito bifsico na secreo de TNF resultou da exposio ao MeHg, sugerindo a presena de diferentes mecanismos citotxicos resultantes a ao mercurial. Por outro lado, a PRL foi pouco efetiva em estimular a secreo daquela citocina, invertendo esta resposta quando associada ao MeHg. No entanto, estes resultados so preliminares e carecem de um estudo mais acurado para sua completa elucidao.

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Este trabalho apresenta resultados obtidos em microscopia de luz (ML), microscopia eletrnica de transmisso (TEM) e microscopia eletrnica de varredura (SEM) do ciclo de vida de algumas espcies de microspordios (phylum Microsporidia Balbiani, 1882), parasitas da fauna ictiolgica da regio amaznica. Especial destaque dado aos aspectos ultra-estruturais das diferentes fases do ciclo de vida, com ateno especial para as clulas esporais, que so as que caracterizam os diferentes gneros e as diferentes espcies. O tecido hospedeiro relacionado aos aspectos de lise, que ocorrem freqentemente, bem como aspectos ultra-estruturais de xenomas que ocorrem em certas espcies destes parasitas.

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Corvina uu (Cynoscion microlepidotus), Pescada g (Macrodon ancylodon) e Pescada curuca (Plagioscion surinamensis) so ciandeos demersais, amplamente distribudos na costa do Brasil, constituindo importantes recursos pesqueiros. Este trabalho objetiva descrever aspectos da biologia reprodutiva dessas espcies capturadas em reas prximas aos terminais porturios do Itaqui (Maranho) e de Miramar (Par). Para cada espcie sob estudo, foram descritas macro e microscopicamente as diversas fases reprodutivas, determinado o tamanho de primeira maturao sexual, a proporo sexual das espcies por ms e tamanho, a poca de reproduo e tipo de desova. Os dados foram coletados atravs de amostragens bimestrais efetuadas durante o perodo de dezembro de 2005 a outubro de 2006. Foram examinados 247 exemplares de C. microlepidotus, 253 de M. ancylodon e 251 de P. surinamensis. Os indivduos analisados de C. microlepidotus, M. ancylodon e P. surinamensis variaram de 175 a 780 mm, 187 a 399mm e 220 a 590 mm de comprimento total, respectivamente. A relao comprimento total (mm) e peso total (g) para fmeas, machos e sexos agrupados foi altamente significativa para as trs espcies analisadas, com alometria negativa para C. microlepidotus e positiva para M. ancylodon e P. surinamensis. O comprimento de primeira maturao (L<sub>50</sub>) para C. microlepidotus, considerando sexos agrupados, foi de 260,8 mm, para os sexos separadamente foi de com 235mm (machos) e 321mm (fmeas) mm de comprimento total. Para M. ancylodon o L<sub>50</sub> considerando sexos agrupados, foi de 210,5 mm, para os sexos separadamente foi de com 201,6mm (machos) e 221,8mm (fmeas) mm de comprimento total. Para P. surinamensis o L<sub>50</sub> considerando sexos agrupados, foi de 279 mm, para os sexos separadamente foi de com 305mm (machos) e 269mm (fmeas) mm de comprimento total. A proporo sexual, considerando o total de indivduos, foi favorvel s fmeas para M. ancylodon (1macho:3fmea) e favorvel aos machos para P. surinamensis (2,02macho:1fmea). Para C. microlepidotus, a proporo sexual foi de 1,01macho:1fmea. Macroscopicamente, as gnadas das trs espcies foram classificadas em Imaturo (A), Em maturao (B), Maturo (C) e Desovado/Esgotado (D), entretanto quando analisamos microscopicamente, pudemos subdividir os estdio B em maturao inicial e maturao final. As avaliaes macro e microscpicas das gnadas das trs espcies indicaram um perodo prolongado de desova, com picos entre junho-agosto e entre dezembro-fevereiro, coincidindo com os perodos de transio do regime pluviomtrico. Isto comprova que as espcies em estudo completam todo o seu ciclo de vida nas reas adjacentes aos terminais porturios do Itaqui e de Miramar, o que torna essas reas muito sensveis, principalmente no que se refere a um possvel derramamento de petrleo e derivados, uma vez que as regies prximas a esses terminais so zonas de risco.

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Objetivo deste trabalho foi identificar a fauna parasitria, em especial os cestides da ordem Trypanorhyncha, que acometem peixes de valor comercial capturados no litoral amaznico e avaliar os possveis impactos na produo pesqueira industrial. Foram examinados 328 exemplares de cinco espcies de peixes: Cynoscion acoupa, Macrodon ancylodon, Plagioscion squanosissimus, Centropumus undecimalis, Arius Parkeri. Foi feita a mensurao do seu comprimento total e pesagem dos peixes, na filetagem examinou as regies corporais, musculatura e serosa. Os blastocistos de Trypanorhyncha encontrados foram removidos e encaminhados para Laboratrio Carlos Azevedo. Todas as espcies pesquisadas estavam parasitadas por Trypanorhyncha, totalizando 283 (73,78%) exemplares parasitados. A espcie Callitetrarhynchus gracilis apresentou maior prevalncia parasitria. Poecilancistrium aryophyllum foi a que mais parasitou as espcies de peixes estudadas, seguida da Pterobothrium crassicolle e as Pterobothrium heteracanthum e Callitetrarhynchus speciosum, parasitaram Cynoscion acoupa e Arius Parkeri, respectivamente. As regies da musculatura abdominal e dorso-lateral foram as mais acometidas.

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Com o objetivo de pesquisar a presena de helmintos, suas freqncias e intensidades de infeces, na musculatura e serosa abdominal parietal de peixes de importncia comercial beneficiados em Belm-PA, foram examinados 175 exemplares de quatro espcies de peixes capturados no litoral norte do Brasil, sendo trs espcies marinhas da Famlia Sciaenidae a pescada amarela (Cynoscion acoupa), a pescada-cambu (Cynoscion virescens) e a pescadinha-g ou pescada-foguete (Macrodon ancylodon); e um siluriforme estuarino da Famlia Ariidae - a uritinga (Arius proops). Os peixes foram mensurados quanto ao seu comprimento corporal padro, analisou-se a musculatura e a serosa abdominal em mesa de inspeo candling table aps o filetamento das amostras. Foi encontrado apenas parasitismo por larvas plerocercides de cestides da Ordem Trypanorhyncha. Os blastocistos recuperados foram observados quanto a sua morfologia e tamanho, sendo o mesmo realizado com os esclices aps a sua liberao. Todas as espcies de peixes analisadas apresentavam indivduos parasitados, sendo 16% em M. ancylodon, 77,78% em A. proops, 79,17% em C. virescens e 82% em C. acoupa, correspondendo uma freqncia parasitria geral de 61,71% (108 exemplares) e uma intensidade mdia de infeco de aproximadamente seis larvas por peixe. As freqncias de infeco apresentadas pelas espcies de cestides foram as seguintes: Callitetrarhynchus gracilis (52,57%), Pterobothrium heteracanthum (13,71%), Poecilancistrium caryophyllum (12%) e Pterobothrium crassicolle (3,43%). Entre os peixes parasitados, 85,19% apresentavam parasitismo na regio abdominal (serosa e musculatura abdominal) e 81,48% parasitismo muscular (musculatura abdominal e corporal). A espcie P. heteracanthum preferencialmente parasitou a regio abdominal dos peixes e a espcie P. caryophyllum a musculatura. Verificou-se associao significativa (P < 0,01) entre as espcies de peixes analisadas e a freqncia de parasitismo.

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A grande importncia dos recursos pesqueiros para a Amaznia, aliada necessidade de ampliar os conhecimentos bsicos sobre identificao das larvas de peixes (coletadas em ambiente natural), justifica o desenvolvimento deste trabalho, que tem como objetivo expandir as informaes sobre o ictioplncton, relacionando as com as tendncias de variao diria e entre mars, do complexo estuarino do rio Amazonas PA. As coletas foram realizadas durante o perodo diurno e noturno, no segundo semestre de 2007, pelo Projeto PIATAM mar II, sob ponto fixo na subrea 1 (esturio do rio Paracauari) e na subrea 2 (baa do Guajar) nas mars de sizgia e quadratura, em arrastos horizontais na sub-superfcie da coluna dgua com rede de plncton cnico-cilndrica e malha de 300m. As amostras foram acondicionadas em recipientes contendo formalina a 4%. Os fatores hidrolgicos foram obtidos in situ pelo Grupo de Oceanografia Qumica do Museu Paraense Emilio Goeldi. As amostras foram triadas e identificadas por meio de caractersticas morfolgicas, morfomtricas e mersticas, baseando-se na tcnica de sequncia regressiva de desenvolvimento e em bibliografias especializadas. As principais estruturas e caractersticas das fases iniciais dos peixes foram descritas e ilustradas, facilitando assim futuros estudos ictioplanctnicos para regio. A temperatura superficial da gua, potencial hidrogeninico e oxignio dissolvido no apresentaram diferenas significativas nas reas estudadas. Os valores de salinidade no apresentaram diferena significativa entre as estaes de coleta e mars, registrando apenas variao horizontal com aumento gradativo em direo foz com valores mximos (12) e mnimos (0) para as subrea 1 e subrea 2, respectivamente. As maiores densidades de ovos foram registradas na subrea 1, em relao subrea 2, com as maiores densidades para o perodo diurno (163,29 ovos/100m) na subrea 1 e noturno (19,70 ovos/100m) na subrea 2. As larvas foram distribudas em 22 taxa representados por 13 famlias e 21 espcies, sendo os taxa dominantes: P. flavipinnis (46,29%), R. amazonica (19,75%), Engraulidae (10,70%), P. squamosissimus (7,55%), A. lineatus (5,19%), O. saurus (3,30%) e Gobiosoma sp. (2,15%), com elevada participao relativa dos Clupeiformes (76,75%). Quanto aos estgios de desenvolvimento, foi observada maior abundncia de larvas em pr-flexo nas subreas 1 e 2, sendo o estgio larval vitelino e ps-flexo os menos representativos. O perodo noturno apresentou as maiores densidade de larvas e nmero de taxa, evidenciando uma possvel migrao nictemeral do ictioplncton. Apenas M. furnieri apresentou abundncia significativamente maior nas amostras diurnas. A grande maioria dos taxa no apresentaram diferenas significativas entre as abundncias diurnas e noturnas. Logo, a densidade de larvas e o nmero de taxa diferem entre o perodo diurno e noturno e entre mar. Portanto, as caractersticas morfolgicas descritas no presente trabalho permitem uma adequada identificao das larvas, ampliando o conhecimento biolgico das espcies estuarinas do litoral paraense, uma vez que as informaes sobre larvas de peixes ainda so escassas, fazendo-se necessria uma intensificao nas pesquisas. Alm disso, a compreenso da ecologia dos organismos, sobre tudo daqueles que apresentam seu ciclo de vida associado aos esturios, e as variaes no transporte das larvas entre os perodos do dia e da noite e entre as mars so questes fundamentais para aprimorar o manejo e a conservao destes recursos renovveis.

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Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES)

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Os ecossistemas aquticos de gua doce constituem sistemas complexos que esto sendo expostos a uma variedade de perturbaes. Na regio Amaznica, o uso dos recursos e ocupao da terra tem alterado a estrutura fsica do hbitat desses ambientes, especialmente os de pequeno porte (conhecidos como igaraps), influenciando a estrutura e composio de suas comunidades. Vrios estudos e programas de avaliao tm sido desenvolvidos a fim de verificar como essas alteraes afetam as comunidades biticas, atravs de caractersticas do hbitat que se mostram mais sensveis s perturbaes. Nesse contexto, o objetivo desse estudo foi mensurar e descrever atributos do hbitat de igaraps afogados e verificar como as assembleias de peixes respondem aos diferentes nveis de integridade fsica apresentados por esses igaraps. Para isso, testamos a hiptese de que ambientes estruturalmente mais ntegros suportam uma ictiofauna mais diversa do que ambientes impactados, em virtude destes apresentarem uma diminuio na complexidade ambiental. O estudo foi realizado em 34 igaraps, sendo 17 situados dentro do territrio da Floresta Nacional de Caxiuan, e 17 em seu entorno, localizados prximos aos centros urbanos dos municpios de Portel e Melgao (PA). O processo de urbanizao encontra-se em expanso na regio, alcanando reas de florestas e corpos hdricos que ainda permanecem preservados. Tambm h uma intensa atividade extrativista madeireira, pois a rea est inserida no principal plo madeireiro da zona do esturio no estado do Par. O hbitat fsico dos igaraps foi avaliado seguindo um protocolo padronizado de avaliao. Para a coleta dos peixes foram utilizadas redes de mo em um trecho de 150 metros por igarap durante seis horas (divididas entre os segmentos e entre os coletores). Apesar de detectarmos um conjunto de mtricas que responderam ao gradiente de alterao local, estas no se mostraram suficientes na reduo ou aumento do nmero de espcies ao longo dos nveis de preservao, mantendo praticamente constante a riqueza e abundncia para os trs grupos (alterado, intermedirio e ntegro). Porm, a diferena foi significativa para a composio, com onze espcies exclusivas de ambientes alterados e oito exclusivas de ambientes ntegros. A degradao do ambiente fsico, mesmo que em escalas menores favorece a ocorrncia e maior abundncia de espcies tolerantes e com grande plasticidade fenotpica, alm do aumento populacional de espcies oportunistas. Diferentes efeitos podem ser exercidos sobre os grupos de espcies que compem uma comunidade, pois elas apresentam diferentes atributos biolgicos e ecolgicos que incluem tambm suas respostas para as mesmas variveis ecolgicas. Portanto, a possvel desconstruo da comunidade em grupos de espcies (sejam taxonmicos, funcionais, etc) pode mostrar respostas diferenciadas frente s alteraes do hbitat, sendo uma estratgia promissora para associar caractersticas ambientais aos padres de riqueza apresentado por essas comunidades. A avaliao da integridade bitica tambm uma alternativa para identificar efeitos da alterao do hbitat sobre as espcies, principalmente considerando a peculiaridade da regio e a falta de informaes acerca da ictiofauna local.

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O objetivo da presente dissertao avaliar o efeito do cultivo de dendezeiro Elaeis guineenses JACQ. na integridade fsica e nas assembleias de peixes de igaraps de terra firme da Amaznia Oriental. Os stios de amostragem foram estabelecidos em trechos (150 m) de 23 igaraps da bacia do rio Acar-Mirim, Nordeste do Estado do Par distribudos em reas de drenagem com floresta primria at res de plantio de dendezeiro. De acordo com os resultados do ndice de integridade fsica (IIF), dos 23 igaraps amostrados, todos que drenam reas de fragmentos florestais foram classificados como ntegros (IIF = 5,00 4,00), enquanto que os 15 igaraps que drenam plantaes de dendezeiro foram classificados como alterados (IIF = 3,67 2,67). Foram coligidos 9.734 espcimes de peixes pertencentes a seis ordens, 24 famlias, distribudos em 64 espcies. As espcies mais abundantes durante o estudo foram Microcharacidium weitzmani, Apistogramma gr. regani, Trichomycterus hasemani, Hyphessobrycon heterorhabdus e Copella arnoldi. A riqueza observada em igaraps que drenam plantaes foi superior (S = 61) a encontrada em igaraps que drenam fragmentos florestais (S = 42). Os resultados da PERMANOVA evidenciam que existe diferena entre os ambientes amostrados (G.L. = 22; pseudo-F = 2,44; P = 0,01), no entanto, o ordenamento produzido pelo NMDS demonstra que essa diferena sutil (stress = 0,19), pois apenas trs espcies so exclusivas de florestas e 22 exclusivas de reas de palmeiras de dendezeiro. Resultado semelhante foi obtido utilizando-se a abundncia dos grupos trficos funcionais (GTF) (stress = 0,18). Os resultados do TITAN indicam que algumas espcies apresentam adaptaes para persistir em determinadas situaes ambientais, como por exemplo, Aequidens tetramrus, Apistogramma agassizii e Microcharacidium weitzmani que esto associadas a igaraps que drenam plantaes de dendezeiro e so boas indicadoras de locais com menor integridade do hbitat fsico (P < 0,05; pureza > 0,95; confiabilidade > 0,95), enquanto que as espcies Hyphessobrycon heterorhabdus e Helogenes marmoratus demonstaram ser indicadoras de hbitats mais ntegros (P < 0,05; pureza > 0,95; confiabilidade > 0,95). No houve correlao entre a riqueza de espcies de peixes e o ndice de integridade fsica, enquanto que os nicos grupos trficos funcionais que apresentaram correlao com o ndice de integridade fsica foram os escavadores e coletores navegadores. Esses grupos so compostos por peixes da famlia Cichlidae que apresentam comportamentos tolerantes e generalistas que podem ter explicado sua grande contribuio na assembleia de peixes mesmo em locais onde a sedimentao foi alta comparada aos locais com a configurao mais prxima do natural. Isso evidencia que mesmo a riqueza de espcies sendo maior em igaraps alterados h fortes indcios de perda de qualidade ambiental nos igaraps que drenam plantaes gerada pelo cultivo de dendezeiro.

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Os diversos ambientes estuarinos esto hidrologicamente e ecologicamente conectados e fornecem funes vitais para muitos organismos aquticos. Segregaes espaciais e temporais foram observadas na estrutura das assemblias de peixes (biomassa mdia) nos ambientes de canal subtidal e de entremar no vegetado do esturio do rio Marapanim, Norte do Brasil. Amostragens mensais de peixes foram conduzidas de agosto de 2006 a julho de 2007 nos ambientes de canal subtidal e de entremar no vegetado usando arrasto de fundo e pu de arrasto, respectivamente. Um total de 41.496 indivduos pertencentes a 29 famlias e 76 espcies foi coletado. A riqueza das espcies apresentada no ambiente subtidal (71 espcies) foi superior ao observado de entremar no vegetado (51 espcies). Diferentes associaes na composio das espcies e guildas funcionais foram observadas entre os ambientes de canal subtidal e de entremar no vegetado, atravs da Anlise de Correspondncia Destendenciada. Diferenas significativas na composio das assemblias de peixes foram encontradas entre os ambientes, perodos e zonas atravs da anlise de similaridade (ANOSIM). Foi verificado que os sedimentos finos (silte-argila), areia e salinidade foram os fatores mais importantes estruturando as assemblias de peixes. Em sntese, esses resultados podem estar associados tolerncia a fatores ambientais e aos diferentes tipos de alimentao.

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Analisouse o crescimento dos peixes, a composio das espcies e a produtividade de quatro policultivos (P75, P78, P87 e P207), visando melhorar o manejo e a produtividade pesqueira dos pequenos audes (0,15,0ha) do Semirido brasileiro. Simulouse as condies desses audes em viveiros com 120 e 5.000 m<sup>2</sup> de rea, sem renovao de gua, utilizando moderada quantidade de adubo e fertilizante. A biomassa inicial variou de 75 a 207kg h<sup>1</sup>, sendo formada por: tilpia do Nilo (Oreochromis niloticus), curimat pacu (Prochilodus argenteus), carpa comum (Cyprinus carpio), tambaqui (Colossoma macropomum) e tucunar (Cichla ocellaris). Os peixes apresentaram baixo crescimento (< 0,01g g<sup>1</sup>d<sup>1</sup>) aps 75 dias de criao (P78 e 87). O crescimento do tambaqui, da tilpia e da curimat foi reduzido aps 53 dias (P75). Em moderada biomassa, o crescimento do tambaqui foi inferior ao da carpa e da curimat (P207). A produtividade da tilpia atingiu 720 kg ha<sup>1</sup>ano<sup>1</sup> (P78), sendo reduzida para 220 kg ha<sup>1</sup>ano<sup>1</sup> devido ao processo reprodutivo (P75 e P207). A produtividade da carpa de 1.600 kg ha<sup>1</sup>ano<sup>1</sup> foi superior a dos outros peixes (P87). A biomassa inicial de 75 kg ha<sup>1</sup> (60:30:4:3:3% de tilpia, tambaqui, carpa, curimat e tucunar, respectivamente) otimizou o crescimento e a produtividade dos peixes. A utilizao de tilpias monossexadas e o fornecimento da alimentao suplementar ao tambaqui tornamse imprescindveis ao policultivo.

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Estradas cruzando riachos (ou igaraps) por estruturas mal planejadas podem ocasionar alagamentos em segmentos do canal montante do cruzamento, transformando este trecho de um ambiente ltico em um lntico. O presente trabalho teve como objetivo estudar a diversidade e a estrutura trfica funcional de comunidades de peixes em alagados de origem antrpica na regio nordeste do Par. Estes alagados so formados pelo cruzamento de estradas sobre a rede fluvial, com maiores ou menores impactos sobre sua conectividade hidrolgica, assunto que largamente ignorado em sistemas lticos neotropicais. Foram amostrados dezoito trechos de canais em sete igaraps nas bacias dos rios Maracan e Marapanim, sendo seis deles cruzados por estradas, e um no, como referncia. Todos igaraps esto localizados na regio nordeste do estado do Par, sendo cinco nos municpios de Igarap-Au e Marapanim, inseridos em uma paisagem agrcola, e dois no municpio de So Francisco do Par, inseridos em uma matriz florestal. Dos seis igaraps cruzados por estradas, cinco apresentaram a formao de amplas reas alagadas. Nestes locais, foram selecionados trs trechos do sistema fluvial para amostragem de peixes: um montante do alagamento, um no prprio alagamento e outro jusante. No igarap que no apresentava alagamento, selecionou-se, apenas dois trechos: montante e jusante do cruzamento da estrada sobre o canal. Os ambientes selecionados foram amostrados uma vez, entre junho e novembro de 2010, por tcnicas de censo visual, em segmentos de 200 metros de extenso. Foram registradas 73 espcies distribudas em seis ordens, 26 famlias e 63 gneros. Characiformes (38,4%) e Siluriformes (31,5%) foram as ordens mais representativas em nmeros de espcies. Characidae, com 15 espcies (20,5%), e Cichlidae, com 10 (13,7%) foram as famlias mais representativas em nmero de espcies. Estas espcies foram organizadas em 18 grupos trficos funcionais (GTF), formados de acordo com a ttica alimentar observada com maior frequncia para cada espcie e sua distribuio espacial observada durante as sesses de mergulho ad libitum. Os alagamentos impuseram modificaes na estrutura bitica e fsica dos igaraps. Estes ambientes apresentaram menor nmero de espcies, maior abundncia e menor diversidade de espcies e de GTF em relao aos trechos jusante e montante. Os alagamentos apresentaram maior largura, profundidade e temperatura; e menor velocidade e oxignio de dissolvido quando comparados aos trechos de igaraps montante e jusante. O uso da abordagem de grupos trficos funcionais facilitou na inferncia de como o processo de fragmentao da rede fluvial interfere na estrutura da assembleia de peixes estudada.