1000 resultados para Almogávar leridano (Revista) -- Història
Resumo:
O artigo objetiva delinear uma breve radiografia do livro didático contemporâneo em função de algumas temáticas centrais que têm ocupado o cenário de investigações relativas ao saber histórico escolar, porém sob o escopo daquilo que se apresentou no interior dos processos de inscrição, triagem e avaliação das obras inscritas para o Programa Nacional do Livro Didático para o ano de 2005. Consideraram-se, para efeito de categorização global, os resultados dessa última avaliação de livros de História, divulgada no início de 2004, na qual as autoras desempenharam papéis vinculados diretamente à execução do processo avaliativo.
Resumo:
O propósito deste trabalho é investigar o percurso histórico da oração completiva iniciada pela conjunção se do português, que também introduz, nessa e em outras línguas românicas, uma oração adverbial condicional. Com base em registros de filólogos e romanistas, demonstra-se que a similaridade existente entre essas orações é resultado de gramaticalização da oração condicional que, no latim, passou a funcionar como oração completiva, em razão da extinção das partículas interrogativas que passaram a ser substituídas pela conjunção condicional latina si. Como oração completiva, a oração com se submete-se à gramaticalização, integrando-se à oração matriz de um modo que, conforme proposta de Hopper e Traugott (1993) e de Lehmann (1988), é próprio a construções completivas. A forma que tem essa oração de se gramaticalizar, incorporando-se à oração matriz, é, entretanto, diferente do que é previsto ocorrer a uma completiva introduzida por que, uma diferença que se deve, sobretudo, ao significado hipotético que a completiva com se preserva de sua fonte histórica. Demonstra-se, por fim, que, do português arcaico ao português contemporâneo, a gramaticalização do complemento oracional introduzido por se não se configura em mudança diacrônica, já que essa gramaticalização é atestada desde períodos mais remotos, em textos do século XIV.
Resumo:
Neste trabalho abordamos a questão concernente à origem do princípio de trabalho virtual e sua consolidação como um dos conceitos fundamentais no estudo da mecânica analítica e, em particular, dos sistemas em equilíbrio estático. Ênfase foi dada às contribuições seminais de Stevin, Galileu e, sobretudo, as de d'Alembert e Lagrange, no tocante ao conceito de trabalho virtual. Além disso, faz-se um comentário geral sobre vínculos holônomos e deslocamento virtual. Alguns exemplos de emprego da equação de d'Alembert-Lagrange são apresentados, para mostrar como o princípio de trabalho virtual pode ser adequadamente aplicado.
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Este artigo se propõe a analisar as memórias de pequenos produtores rurais do assentamento Camucim (litoral sul da Paraíba) sobre um conflito de terra ocorrido no final dos anos 70 e início dos anos 80, do século XX. Essas memórias foram obtidas através de entrevistas de história de vida, que foram submetidas à Análise de Discurso. A partir da história oral, pretende-se analisar o sentido subjetivo construído pelos narradores, através de suas memórias. Nesse sentido, o conflito é relembrado como uma luta legítima, abençoada por Deus, o que nos remete para o papel fundamental da Igreja nesse processo, através da Comissão Pastoral da Terra (CPT). Além disso, os narradores constroem uma imagem de lutadores corajosos e vitoriosos.
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Esse trabalho procura levantar e discutir algumas questões teóricas e metodológicas que surgem das relações entre História, música e a canção popular. As transformações teóricas, as novas concepções de material documental e a prática renovada do historiador determinaram a incorporação de novas linguagens pela História. Seguindo nessa trilha, o artigo pretende justamente mostrar, a partir de uma perspectiva interdisciplinar, como as relações entre história, cultura e música popular podem desvendar processos pouco conhecidos e raramente levantados pela historiografia. Para alcançar esse objetivo é necessário ultrapassar a tradicional concepção de história da música e, para isso, tenta-se refletir e organizar alguns elementos para compreender melhor as múltiplas relações entre a canção e o conhecimento histórico. A discussão aponta para a possibilidade e, principalmente, a viabilidade do historiador tratar a música e a canção popular como uma fonte documental importante para mapear e desvendar zonas obscuras da história, sobretudo aquelas relacionadas com os setores subalternos e populares.
Resumo:
A partir de um comentário sobre as propriedades características do gênero testemunhal, descrevem-se as respectivas situações ideológicas que presidiram à recepção de depoimentos sobre os campos de concentração nazistas e comunistas quando da sua publicação no Ocidente. Ao sublinhar a dimensão moral do testemunho e mostrar que os saberes dele advindos baseiam-se em práticas de reconhecimento, aponta-se, complementarmente, para situações em que o historiador vê-se por ele interpelado. Situações em que sua arte depende unicamente do ouvido que prestar ao apelo testemunhal. Nesse momento o testemunho não é mais fonte, pode tornar-se algo como um ultimato. Permutadas, assim, as posições, não fica o historiador exposto ao testemunho, carregando a inteira responsabilidade de sua audiência? Não deve o cultor de Clio a certos endereçamentos, por lacunares e subjetivos que sejam?
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Apresentação de proposta de ação institucional e seus fundamentos teóricos e metodológicos para a formação de professores de História. Enfoque na elaboração de material didático, nas atividades de ensino e aprendizagem e na avaliação sobre as questões ambientais presentes no conhecimento histórico escolar, nas práticas de pesquisa e educação ambiental. As experiências foram desenvolvidas em 2002-2003 pelo projeto História e Meio Ambiente: estudo das formas de viver, sentir e pensar o mundo natural na América portuguesa e no Império do Brasil (1550-1889), junto ao Núcleo de Ensino da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp, em Assis/SP.
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O texto é fruto das discussões do Grupo de Trabalho (GT) da Anpuh - Secção São Paulo, no ano de 2008.¹ Objetiva discutir os impasses criados para a profissionalização do docente de história e para o aprendizado de crianças, jovens e adultos a partir da Proposta Curricular de História do Estado de São Paulo, que faz parte do projeto São Paulo faz escola, implantada no início do ano letivo de 2008.
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Na atualidade, percebemos uma ampliação das discussões teórico-metodológicas do conceito de cultura. Inúmeros autores têm travado debates e embates no campo das ciências sociais e também das ciências humanas, interrogando-os. Um dos eixos do debate articula-se com o processo de constituição das identidades culturais - tanto os modos de subjetivação produtores de subjetividades capitalistas homogeneizadas como os processos de singularização, na sociedade contemporânea. Este artigo se situa no campo de forças dos denominados estudos culturais, questionando as concepções de cultura que foram institucionalizadas: a cultura como unidade cristalizada; como cultura letrada versus cultura popular e a cultura determinando identidades fixas.