999 resultados para saúde da criança


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INTRODUÇÃO: A educação em saúde é o foco da experiência relatada neste trabalho que foi desenvolvido como uma das atividades de um grupo do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET Saúde) da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Mariana, no âmbito do Programa de Atenção à Criança do município. OBJETIVOS: Melhorar a interatividade entre profissionais e população por meio de estratégias participativas e lúdicas envolvendo grupos de mães. MÉTODOS: Realização de dinâmicas educativas e avaliativas com os responsáveis pelas crianças e de atividades lúdicas para entretenimento das crianças que são assistidas pelo Programa, ambas pautadas na metodologia da educação popular. RESULTADOS: Os profissionais envolvidos se mostraram receptivos ao uso de novas metodologias educativas no trabalho com aqueles grupos operativos. Os participantes demonstraram interesse e interação nos encontros. As crianças se mostraram satisfeitas em ter um passatempo enquanto aguardavam a avaliação nutricional. O processo proporcionou reflexão crítica e construção de conhecimento entre os monitores e professores. CONCLUSÃO: A aproximação entre profissionais de saúde e população, historicamente pautada pela dicotomia entre o saber técnico e o saber popular, é beneficiada por ações que permitem a criação de espaços de diálogo, como os que foram desenvolvidos no grupo com o suporte da metodologia da educação popular.

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As atividades de educação em saúde no ambiente escolar são práticas de promoção da saúde indutoras de processos de transformação coletiva que incidem sobre as condições de vida da população. Este estudo objetiva analisar a percepção dos pais/responsáveis de escolas de ensino fundamental público quanto à participação dos acadêmicos universitários em ações de educação em saúde do Programa de Educação pelo Trabalho para Saúde (PET). Trata-se de uma pesquisa qualitativa e descritiva, realizada mediante aplicação de questionários a pais/responsáveis de escolares de seis a 14 anos em duas escolas de ensino fundamental públicas. Foram aplicados cem questionários que levantaram dados sobre a participação dos acadêmicos em atividades de educação em saúde e sua contribuição para a formação dos profissionais de saúde. A análise dos dados foi realizada seguindo-se o referencial da análise de conteúdo. Os resultados da pesquisa permitem afirmar que os pais/responsáveis pelos escolares avaliam que as atividades de educação em saúde desenvolvidas por acadêmicos nas escolas contribuíram para a melhoria da qualidade de atenção à saúde na comunidade escolar e para a formação do futuro profissional de saúde.

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O estudo descreve a experiência de uso da telemedicina no processo de ensino-aprendizagem em Pediatria. Trata-se de relato de experiência da prática de telemedicina em Pediatria do curso de graduação em Medicina da Universidade Federal do Ceará Campus Cariri. A telemedicina em Pediatria foi desenvolvida pela Rede Universitária de Teleconferência em parceria com instituições federais de ensino médico. O projeto desenvolveu-se mediante programação semestral com sessões de temas relevantes em Pediatria. Entre as etapas de sua realização, destacaram-se os debates, desenvolvimento de grupo focal e avaliação dos conteúdos abordados na teleconferência. As sessões ocorreram na universidade, com participação de professores, estudantes de Medicina do terceiro ano, internos e residentes em Pediatria. Os resultados evidenciaram a teleconferência como recurso para a consolidação de metodologias ativas do processo de ensino-aprendizagem, com protagonismo dos estudantes em sua formação acadêmica, como um instrumento importante na integração ensino-serviço e como tecnologia inovadora para a problematização pedagógica de práticas clínicas. Conclui-se que a telemedicina representa uma possibilidade ampliada de construção do conhecimento e aponta-se a necessidade de maior investimento nesta tecnologia.

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INTRODUÇÃO: Objetivou-se avaliar a dimensão educativa das percepções e atitudes de médicos, enfermeiros e auxiliares de enfermagem na saúde bucal de crianças e adolescentes portadores de insuficiência renal crônica (IRC) em três hospitais do Rio de Janeiro. MÉTODOS Realizou-se uma entrevista com perguntas abertas e fechadas com 43 profissionais de saúde. Os dados foram coletados e tabulados no programa SPSS 13.0. Empregou-se o teste Qui-quadrado, com nível de significância estatística p < 0,05. RESULTADOS: A média de idade foi 36,5 anos (± 11,3), com 80% do sexo feminino. A maioria dos médicos (71,4%, n = 10) e enfermeiros (72,4%, n = 21) acredita que esses pacientes podem ter alguma alteração bucal decorrente da doença, sendo perda de esmalte e descalcificação as mais citadas. Em relação à orientação sobre higiene bucal, pouco mais da metade da amostra respondeu que orienta seus pacientes no sentido de realizar escovação (72,7%, n = 16), usar fio dental (9%, n = 2), fazer bochecho (18,1%, n=4) e limpar a língua (9%, n = 2). Apenas 9% (n = 2) orientam a higiene após o uso de medicamentos. Quanto à necessidade de cuidados diferenciados para esses pacientes, 65,5% dos enfermeiros e auxiliares de enfermagem acreditam que estes devam ocorrer. Para a maioria dos médicos (57,1%, n = 8), não há necessidade de tais cuidados. Apesar disso, 78,6% (n = 11) dos médicos têm o hábito de encaminhar os pacientes a serviços odontológicos. CONCLUSÕES: Diante da metodologia empregada, concluiuse que a maioria dos profissionais de saúde têm algum conhecimento sobre saúde bucal, porém suas atitudes não refletem esse fato.

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Estudo quantitativo, do tipo descritivo, cujo objetivo foi conhecer a atenção à saúde prestada ao recém-nascido de risco da região de atuação do Centro de Saúde Escola Murialdo (CSEM), durante o seu primeiro ano de vida. Foram utilizados os critérios de risco e os procedimentos estabelecidos pelo Programa Prá-Nenê, que é um programa de vigilância da saúde da criança, implantado em todo o município de Porto Alegre. Fizeram parte do estudo 201 recém-nascidos da região de atuação do CSEM, que apresentaram algum dos seguintes determinantes de risco ao nascimento: mãe < 18 anos, mãe analfabeta, parto domiciliar, peso < 2500g, idade gestacional < 37 semanas, parto gemelar e Apgar do quinto minuto < 4. Ao caracterizar os recém-nascidos de risco, observou-se que a idade da mãe foi um determinante encontrado em 45,3% das crianças, assim como é baixa sua escolaridade: 45,8% não concluíram o ensino fundamental. Quanto à gestação e parto, 67,9% das mães dos recém-nascidos estudados não fizeram pré-natal adequado em número de consultas. Quanto à idade gestacional, 42,7% foram prematuros. Cerca de 34% dos recém-nascidos tiveram baixo peso ao nascer. Foram buscadas nos seus endereços e encontradas 89 crianças. Os riscos mais freqüentes entre as crianças acompanhadas e não acompanhadas durante o seu primeiro ano de vida, foram: idade da mãe; idade gestacional e baixo peso ao nascer Foi relevante o achado que 46,1% das crianças não foram acompanhadas sistematicamente por nenhum serviço de saúde, demonstrando que a vigilância da saúde infantil não foi uma prática cotidiana na região de estudo. Além do CSEM, os locais mais freqüentes que atenderam as crianças estudadas foram os Hospitais da PUC e Presidente Vargas. Para análise da atenção de saúde prestada aos recém-nascidos de risco, foram utilizadas as variáveis: tipo e tempo de aleitamento materno, e vacinação. O aleitamento materno exclusivo, até os seis meses de vida, ocorreu em somente 12,3% das crianças. O número de crianças com vacina em dia foi semelhante ao total daquela região. A condição de saúde durante o primeiro ano de vida foi analisada a partir da ocorrência e motivos das internações hospitalares e a posição do peso na curva de crescimento. Devido, principalmente, a infecções respiratórias, 50% das crianças estudadas tiveram de 1 a 3 internações hospitalares durante o primeiro ano. Foi constatado que registrar o peso da criança a cada atendimento não é uma prática utilizada pelas equipes do CSEM pois 18,6% das crianças não tinham nenhum registro de peso no seu cartão. Das que tinham registro, 80,3% estavam com o peso dentro dos limites da curva, no entanto, apenas 45,6% tinham registro no último trimestre do 1º ano de vida. Os resultados encontrados são compatíveis com a pobreza e a exclusão da população como também com o atual estágio de consolidação do Sistema Único de Saúde.

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Este estudo tem por objetivo conhecer os saberes e as práticas de cuidado à saúde da criança de zero a seis meses de vida desenvolvidos por mães em um município do interior do Estado do Rio Grande do Sul. Trata-se de uma investigação qualitativa com abordagem participativa, com dez mães como informantes. Para a coleta das informações, foram realizados quatro encontros intitulados “processo reflexivo-educativo”, fundamentado na estratégia teórico-metodológica dos Círculos de Cultura, proposta por Paulo Freire. Para a análise das informações, adotou-se a análise de conteúdo proposta por Bardin (1977), na qual emergiram duas categorias, denominadas: Cuidado à criança na perspectiva das mães; O olhar das mães sobre a equipe de saúde. Destas categorias originaram-se cinco subcategorias. O estudo revelou a existência de uma dissonância entre o saber e o fazer das mães frente aos cuidados com o filho e apontou para a necessidade de uma maior aproximação entre os profissionais de saúde e a família com vistas à troca de informações e à aliança de saberes no cuidado da saúde da criança. Os resultados mostraram que o Círculo de Cultura é um instrumento potencializador para desenvolver ações de Educação em Saúde junto à população, pois permite a participação de todos os atores envolvidos no processo de cuidado da criança; e, dessa forma, favorece a troca, a negociação e a aliança de saberes.

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Relatar sobre a experiência da implementação de uma proposta de ação coletiva da enfermagem para o acompanhamento do Crescimento e Desenvolvimento de crianças(CD). Método: estudo descritivo, tipo relato de experiência, sobre a implementação de uma proposta de ação da enfermagem para o acompanhamento coletivo do CD das crianças atendidas na Unidade de Saúde da Família de Cidade Nova (USFCN) no município de Natal–RN, Brasil, realizado por meio de reuniões mensais com pais/cuidadores e crianças de acordo com a área de abrangência do serviço. Este estudo teve o projeto de pesquisa aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (CEP-UFRN), tendo com parecer final nº 201/2009. Resultados: o processo de trabalho do enfermeiro experimentou ganhos no exercício de uma práxis educativa e transformadora junto à comunidade. Pais e cuidadoras tiveram acesso à aprendizagem de novos conhecimentos, troca de experiências e auxílio nos cuidados domiciliários, através de uma nova dinâmica de fazer a atenção à saúde da criança. Conclusão: os resultados mostram que pais/cuidadores tornaram-se co-participantes do processo de cuidar, mas sem desobrigar as profissionais enfermeiras do compromisso na prestação do atendimento

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Objetivou-se compreender a humanização do atendimento à criança na Atenção Básica na visão dos profissionais. Estudo qualitativo, realizado em uma Unidade de Saúde da Família de Natal-RN, Brasil. Dezesseis profissionais responderam a um formulário contendo questões referentes ao atendimento à criança, à humanização e às práticas realizadas para humanizar o atendimento. Os dados foram categorizados por temas e analisados a partir dos princípios da Política Nacional de Humanização. Para os profissionais, humanizar o atendimento envolve acolher, escutar, aconselhar sobre o que está sendo realizado com a criança, valorizar a família, e tornar o sujeito ativo no atendimento, mesmo que de forma incipiente. A maioria dos profissionais descreveu atendimento que valorizava parte dos princípios da política de humanização, mesmo com dificuldades para implementá-los na rotina. Requer, portanto, estímulos e atualização dos profissionais para uma postura autocrítica sobre o atendimento

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The accompanying the growth and development of the child is the guiding line of basic health measures directed at this public, acting within the scope of health monitoring and inferring positively in the rate of infant morbidity and mortality, which are still a preoccupation worldwide and in Brazil. However, mostly, this practice is based on the biomedical model of care, individualized, with emphasis on the medicalization and complaints, favoring the passivity of users. Given this issue, aim to develop accompanying the growth and development of the child in a Basic Unit Family Health, through a collective approach of medical care next to a health team, especially nurses and caregivers. This is a qualitative study, with the research-action method. Involved the four nurses and twenty-six of children's caregivers of the area of Basic Unit Family Health of Cidade Nova, in Natal, in the period from February to July 2010. The results were analyzed following the direction of the thematic analysis of Freire. In the situation analysis of the current reality of the accompanying the growth and development the children in the Basic Unit Family Health, through participant observation and applying a questionnaire to the nurses, we realize that despite these professionals have a knowledge tied to the paradigm of health promotion, in practice the monitoring of child is done through individual consultations in outpatient room, based on complaints brought by caregivers, with little solvability in actions employed. Given the need for change in medical care model, we decided jointly, in the focal group, for the collective monitoring of children's the growth and development, featuring then this proposal to the multidisciplinary team, discussing the participation of professional categories and planned collectively the actions. In the implementation stage of collective action, we contemplate the execution by the caregivers of anamnesis and physical examination, recording data in the Child Health Handbook and discussion of clinical findings, under the supervision of nurses and facilitators. In the evaluation, we found that this collective accompanying strategy allowed to caregivers learn new knowledge, exchange experiences, assistance in home care, beyond reduce the waiting time for medical care and creating opportunity of more time for debate about the children‟s health situation, differing of ambulatory care. As difficulties, we face with a high rate of defaulters (53.8%), lack of motivation and passivity of the users, little participation of other health professionals and nurses' involvement in other activities, technical and bureaucratic in the moment of care. Thus, we note also a strong rooting of individual clinical model on the way of thinking and acting of nurses and caregivers

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The nurses assistance in monitoring the growth and development of children has been characterized mostly a service based on the biological dimension of illness, when in reality, the actions should be combined in the reorientation of care model of the Family Health Strategy. Thus, the research aimed to examine the role of nurses in the growth and development of children. This is an exploratory and descriptive, qualitative approach. The project was approved by the Ethics Committee of the Universidade Federal do Rio Grande do Norte under Opinion No. 191/2012. Data collection was developed in the Health Units from the city of Natal, RN, Brazil. Survey participants were nurses who worked in the Family Health Strategy for at least two years and who performed the monitoring of child growth and development in the health unit selected. Data were collected through an in-depth interview, and seized material from speeches was treated as categorical thematic analysis proposed by Bardin. This process revealed three themes, which were analyzed in the light of Relief Models and Process Work in Health and Nursing and discussed based on the findings literary. The results elucidated that nurses consider their performance satisfactory as it has favored the accession of mothers of children under one year nursing visits, contributing to the reduction of morbidity and mortality due to prevalent diseases, as well as the establishment of a connection between the professionals and mothers. It was shown that despite having a promotion and prevention with the use of lightweight technologies, the nurses also emphasized the care of mothers in complaints and signs and symptoms of children, followed by referrals to professionals in the unit or to other sectors. Furthermore, we found that the process of working nurses face challenges regarding the organizational structure of services and social situation of the family. Given these statements, it is observed that despite the strong interference from hegemonic health model in the performance of nurses, it is found that these professionals have been investing in promotion and prevention to injuries to children in care, with a focus on family context. Thus, nurses are embarking on making the reorientation of health care through the use of relational technologies, which has contributed to solving the integral care to the pediatric population

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The aim of this study was to assess the impact of the Family Health Program (FHP) on a number of oral health indicators in the population of Natal, Brazil. The study is characterized as a quasi-random community intervention trial. The intervention is represented by the implementation of an Oral Health Team (OHT) in the FHP prior to the study. A total of 15 sectors covered by the FHP with OHT were randomly drawn and paired with another 15 sectors, based on socioeconomic criteria, not covered by the teams. A few sectors were lost over the course of the study, resulting in a final number of 22 sectors, 11 covered and 11 not covered. We divided the non-covered areas into two conditions, one in which we considered areas that had some type of assistance program such as the Community Agents Program (CAP), FHP without OHT, BHU (Basic Health Unit) or no assistance, and the other, in which we considered areas that had only BHU or no assistance. Community Health Agents (CHAs) and Dental Office Assistants (DOAs) applied a questionnaire-interview to the most qualified individual of the household and the data obtained per household were transformed into the individual data of 7186 persons. The results show no statistical difference between the oral health outcomes analyzed in the areas covered by OHT in the FHP and in non-covered areas that have some type of assistance program, with a number of indicators showing better conditions in the non-covered areas. When we considered the association between covered and non-covered areas under the second condition, we found a statistical difference in the coverage indicators. Better conditions were found in covered areas for indicators such as I have not been to the dentist in the last year with p < 0.001 and OR of 1.64 and I had no access to dental care with p < 0.001 and OR of 2.22. However, the results show no impact of FHP with OHT on preventive action indicators under both non-covered conditions. This can be clearly seen when we analyze the toothache variable, which showed no significant difference between covered and non-covered areas. This variable is one of the most sensitive when assessing oral health programs, with p of 0.430 under condition 1 and p of 0.038 under condition 2, with CI = 0.70-0.90. In the analysis of health indicators in children where the proportion of deaths in children under age 1, the rate of hospitalization for ARI (Acute Respiratory Infections) in those under age 5 and the proportion of individuals born underweight were considered, a better condition was found in all the outcomes for areas with FHP. Therefore, we can conclude that oral health in the FHP has little effect on oral health indicators, even though the strategy improves the general health conditions of the population, as, for example child health

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Tendo como objeto de estudo a criança em idade escolar, discute-se, no presente artigo, o processo de elaboração e desenvolvimento de uma programação em saúde pública a fim de construir uma estratégia de ações que integrem os campos da saúde e da educação. Tal programação apresenta-se apoiada em três eixos de atuação: atenção integral à saúde da criança em idade escolar, priorizando a criança que está ingressando no sistema público escolar; formação de recursos humanos nas áreas saúde e educação, por meio de estágios que possibilitem vivenciar, trabalhar e refletir criticamente a ação programática junto a uma equipe interdisciplinar; trabalho com professores da rede de ensino público fundamental para a implantação e desenvolvimento de ações inovadoras nos campos da saúde e da educação que respondam às demandas da escola, da comunidade e de uma atuação crítica em face dos problemas enfrentados pelas crianças em processo de escolarização.

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OBJETIVO: Dentre os efeitos da poluição ambiental na saúde da criança, destaca-se o aumento de internações por pneumonias. O objetivo do estudo foi estimar a associação dessas internações com o aumento dos poluentes atmosféricos. MÉTODOS: Trata-se de estudo ecológico de séries temporais, realizado na cidade de São José dos Campos, SP, nos anos de 2000 e 2001. Foram utilizados dados diários sobre o número de internações por pneumonia, dados diários de poluentes (SO2, O3 e PM10) e de temperatura e umidade do clima. Foram estimadas as correlações entre as variáveis de interesse pelo coeficiente de Pearson. Para estimar a associação entre as internações por pneumonia e a poluição atmosférica, utilizaram-se modelos aditivos generalizados de regressão de Poisson. Foram estimados os acréscimos das internações por pneumonia para o intervalo interquartil para cada um dos poluentes estudados, com um intervalo de confiança de 95% RESULTADOS: Os três poluentes apresentaram efeitos defasados nas internações por pneumonia, iniciada três a quatro dias após a exposição e decaindo rapidamente. Na estimativa de efeito acumulado de oito dias observou-se ao longo desse período que para aumentos de 24,7 µg/m³ na concentração média de PM10 houve um acréscimo de 9,8% nas internações. CONCLUSÕES: O estudo confirma que o potencial deletério dos poluentes do ar sobre a saúde pode ser detectado, também, em cidades de médio porte. A magnitude do efeito foi semelhante ao observado na cidade de São Paulo. Além disso, mostra a elevada susceptibilidade das crianças aos efeitos adversos advindos da exposição aos contaminantes atmosféricos.

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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

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Pós-graduação em Psicologia - FCLAS