467 resultados para desporto


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A alteração do nosso quotidiano levou a uma mudança nos hábitos alimentares, padrões e níveis de actividade física, o que pode explicar o aumento das taxas de prevalência de excesso de peso e obesidade. No entanto, para podermos intervir, é necessário compreender a influência dos factores explicativos. Com o presente estudo, pretendemos comparar duas escolas, uma de cada Região Autónoma, da Madeira (RAM) e dos Açores (RAA), nos seguintes aspectos: a) caracterizar o nível de obesidade, aptidão aeróbia, participação desportiva, hábitos alimentares e a sua percepção do envolvimento físico, e b) identificar quais das variáveis em estudo são predictores de uma percentagem de massa gorda (%MG) alta e muito alta. Participaram no estudo 326 sujeitos de ambos os sexos, da RAA (n=123) e da RAM (n=203). Os níveis de obesidade foram determinados segundo os valores referenciados por Cole et al. (2000, 2007), a %MG foi calculada através da fórmula de Slaughter et al. (1988) e categorizados segundo Lohman (1987). A aptidão aeróbia foi avaliada através do teste vaivém da bateria de testes Fitnessgram (The Cooper Institute for Aerobics Research, 2007). Foram utilizados questionários para avaliação da participação desportiva, comportamentos alimentares (Wilson et al., 2008) e percepção do envolvimento físico (Evenson et al., 2006). Verificamos que 29% dos sujeitos avaliados apresentam excesso de peso ou obesidade, 30,4% apresentam %MG alta ou muito alta, 61% apresentam uma aptidão aeróbia abaixo da zona saudável, e 64,7% indicam a Educação Física como única actividade física organizada e regular em que participam. Foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre as duas escolas (RAA e RAM) na participação desportiva e na percepção do envolvimento físico. Foi possível constatar que a percepção de disponibilidade de frutos e hortícolas (OR: 0,854; 95%CI 0,746 – 0,977) e a percepção de envolvimento físico com barreiras geográficas (OR: 1,127; 95%CI 1,023-1,240) são predictores de uma %MG alta ou muito alta.

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O relatório refere-se ao estágio efectuado no Club Sport Marítimo, secção de Natação onde se realizou um trabalho dedicado à detecção de erros técnicos em nadadores, para proceder posteriormente à sua correcção. Partiu-se da observação e posterior registo (check list) para a elaboração de um plano de acção através de “drills” adequados para cada situação, de modo a corrigir os erros detectados. Para este efeito, utilizando a metodologia observacional, observaram-se os 18 nadadores que constituem a amostra, recorrendo a um instrumento adaptado e validado de acordo com os objectivos a alcançar. Estes nadadores foram observados ao longo da época desportiva 2010/2011, em três provas do Calendário Regional de Natação Pura Desportiva (NPD) da Associação de Natação da Madeira (ANM). Os resultados atingidos parecem-nos claramente positivos, já que foram corrigidos 84% e 86,9% dos erros inicialmente detectados, respectivamente, na técnica de Costas e de Crol. Podemos afirmar também que, a maior parte dos erros, foram colmatados num período de tempo relativamente curto. Outros, contudo, levarão mais tempo a serem ultrapassados, o que dependerá do grau de complexidade do erro e da maior ou menor capacidade no que toca à aprendizagem motora do nadador em questão. Esperamos com este pequeno estudo poder contribuir para que os treinadores dêem a devida atenção à vertente técnica durante a planificação das épocas desportivas, o que se traduz na construção das sessões de treino com drills, visando uma melhor preparação dos atletas para a competição, promovendo, desta forma o sucesso. Pensamos que vale a pena “perder tempo” com a aplicação de drills em situação de treino, o que na realidade faz consumir muito tempo de treino (é um trabalho minucioso e de qualidade) para ganhar tempo e nível técnico em situação de competição – objectivo premente para o nadador e o treinador envolvidos num contexto desta natureza.

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As lesões músculo-esqueléticas associadas ao trabalho, dentro dos assistentes operacionais de acção directa, atingem incidência elevada. Os idosos nas instituições são em grande parte dependentes, aumentando o nível da carga de trabalho sofrida por estes auxiliares no apoio directo. O presente trabalho pretende promover um Programa de Actividade Física Laboral, como forma de prevenção e redução da dor resultante daquelas lesões. Metodologia: a amostra total é constituída por 67 funcionários, de ambos sexos, divididos por dois grupos: 1) intervenção (n=37), e 2) controlo (n=30). A dor foi avaliada através de uma Ficha de Anamnese do Historial da Dor; da Escala Numérica da Dor (Circular Normativa da Direcção-Geral da Saúde, 2003) e do Questionário da Auto-Eficácia Dor Crónica desenvolvido por Anderson et al. (1995). A Aptidão Física foi avaliada através da bateria de testes do Eurofit para adultos (Oja & Tuxworth, 1995), sendo a composição corporal determinada através do IMC, cujos valores foram referenciados pela World Health Organization (2006) e do Perímetro da cintura referenciado pela Internacional Diabetes Federation (2006). A actividade física habitual e a prontidão para a mesma foram averiguadas através do Questionário de Avaliação da Actividade Física Habitual desenvolvido por Baecke et al. (1982) e pelo PAR-Q (ACSM, 2006), respectivamente. A auto-percepção do estado de saúde geral e da qualidade de vida foi analisada através do questionário MOS SF-36 de Ware & Sherbourne (Ferreira, 2000a, 2000b). Resultados: Após os 5 meses de aplicação do programa de intervenção, 56,5% dos indivíduos integrados no grupo de intervenção apresentaram redução de dor, e ocorreram 0% de novos casos de dor. Nos testes motores, este grupo apresentou melhoria na amplitude de movimento (no teste de abdução-do-ombro, =0,042). Na auto-percepção do estado de saúde geral verificaram-se melhorias significativas na dimensão física(=0,002).

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Os tempos livres na escola, nomeadamente intervalos e hora do almoço são uma oportunidade para a promoção de um estilo de vida ativo. Neste contexto, foram objetivos desta investigação: (i) adaptar o sistema de observação SOPLAY; (ii) caraterizar os níveis de atividade física geral (AFg) nos intervalos das aulas (AF_Int) e hora do almoço (AF_Alm), e (iii) apresentar uma proposta de intervenção para a promoção da AF naqueles períodos. O sistema de observação SOPLAY (Mckenzie et al., 2006) é um instrumento validado para caraterizar os níveis de AF durante os intervalos. Assim, numa 1ª fase procedeu-se à adaptação do protocolo do sistema de observação, treino da equipa de observadores e determinação da fiabilidade inter e intraobservadores. Numa 2ª fase, procedeu-se à avaliação dos níveis de AFg de 555 rapazes e raparigas (9 a 17 anos de idade) de duas escolas de 2º e 3º Ciclos da RAM, através do questionário PAQ-C (Crocker et al., 1997). Posteriormente, procedeu-se à observação, caraterização e análise do envolvimento institucional e perfil de atividade física. Os resultados obtidos na fiabilidade da adaptação do SOPLAY mostram uma elevada consistência inter- (CCI: 0,850 - 0,994) e intra-observador (CCI: 0,665 - 0,977), e entre os elementos da equipa de observadores e o observador de referência (CCI: 0,831 - 0,976). Os rapazes em média reportaram níveis de AFg superiores comparativamente às raparigas (2,80 ± 0,64 vs 2,19± 0,52, respetivamente). Nos intervalos, os alunos optam maioritariamente por atividades sedentárias (75,2%), estando caraterísticas do envolvimento institucionais, como disponibilidade de equipamentos e tipologia das áreas (formais), associadas a um perfil mais ativo (p<0,05). Atendendo à influência do envolvimento institucional nos níveis de AF, desenhou-se uma proposta de programa de intervenção focalizado no (i) envolvimento físico e (ii) envolvimento político escolares-

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O presente trabalho teve como objectivo caracterizar a população escolar do 5.º ao 12º anos de escolaridade do concelho de Santana, relativamente aos níveis de adiposidade, de aptidão e actividade física, actividades sedentárias e hábitos alimentares. A amostra foi constituída por 505 jovens de ambos os géneros, com idades compreendidas entre os 10 e os 22 anos, distribuídos por quatro grupos etários. A composição corporal foi caracterizada através de: 1) do IMC, com base nos valores de referência de Cole et al. (2000), para determinar excesso de peso e obesidade, e de Cole et al. (2007), para a subnutrição; 2) cálculo da %MG através das pregas subcutâneas segundo as fórmulas de Slaughter et al. (1988), e classificada segundo Lohman (1987). A aptidão física foi avaliada segundo as orientações da bateria de testes Fitnessgram (Cooper Institute for Aerobics Research, 2002). As actividades sedentárias e os hábitos alimentares foram avaliados através de questionários (Sallis et al., 1999 e Wilson et al., 2008 respectivamente), e o grupo de participação desportiva, determinado a partir de questões relativas à prática de actividades desportivas organizadas. Os resultados demonstram uma taxa de prevalência de excesso de peso e obesidade de 26,7%, sendo superior a taxa de prevalência nos participantes do sexo masculino e de idade mais baixa. Ao nível da actividade física organizada extracurricular, verificou-se que 41,5% indicaram praticar outra actividade (DE ou DF), para além das aulas de EF. Relativamente a aptidão física, constatamos que metade da população avaliada, foi classificada abaixo da Zona Saudável de Aptidão Física (ZSAptF), em pelo menos 3, dos 6 testes motores avaliados. A aptidão aeróbia revelou-se como uma das componentes da aptidão com maior taxa de insucesso (54,8%). Ainda na aptidão, verificamos que os participantes classificados abaixo ZSAptF na componente aptidão aeróbia diferiam dos classificados dentro da ZSAptF, nos parâmetros: a) obesidade; b) restantes testes motores da aptidão física avaliados; c) actividades sedentárias (navegar da net; jogo de vídeo portáteis); d) participação desportiva; e) frequência de consumo de bebidas açucaradas, sendo que em média, os alunos classificados abaixo da ZSAptF, apresentam valores superiores de obesidade, piores prestações nos testes motores, menor probabilidade de participarem em actividades organizadas extracurriculares e menor consumo de bebidas açucaradas.

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Cada vez mais, o fenómeno desportivo é suportado pelo conhecimento de um conjunto de disciplinas científicas que, quando devidamente articuladas sob um quadro de complexidade coerente, promovem um melhor entendimento acerca das mudanças que ocorrem no indivíduo. Neste sentido, através da realização do presente trabalho, procurámos perceber qual o enquadramento conferido ao golfe e se esse enquadramento é compatível com a ideia de o golfe servir de ferramenta para a compreensão e transformação do indivíduo. Para isso, através da literatura existente, procurámos conhecer quais as suas origens e evolução, de que forma está caracterizado (conceitos e opiniões dos diferentes agentes desportivos), qual a sua expressão (ao nível dos diferentes mercados) e que tipo de estudos e investigações existentes (focados no jogador) apoiam a sua evolução. De seguida, realizámos o enquadramento do golfe à luz da Taxonomia das Actividades Desportivas de Fernando Almada e analisámos o swing com base no Modelo Taxonómico dos Desportos Individuais. Como forma de testar a conjectura de que o golfe pode servir para a compreensão e transformação do indivíduo, realizámos uma situação experimental com um grupo de 14 jogadores (com handicaps compreendidos entre 5 e 32) de forma a perceber se existiam diferenças significativas no seu desempenho (p _ 0,05), quando expostos a diferentes condições (uma condição confortável e a uma condição de desconfortável). Os resultados globais (da amostra) não evidenciaram diferenças significativas, ao contrário de alguns dos resultados individuais, que por sua vez, permitiram estabelecer ligações com as diferentes variáveis funcionais inerentes à realização do swing,possibilitando-nos a formulação de um conjunto de hipóteses que poderão servir de orientação à compreensão de algumas das características mais marcantes do jogador.

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O estágio pedagógico (EP) é um momento de experimentação muito importante, onde os professores estagiários põem em prática os conteúdos aprendidos e estudados ao longo da sua formação, que servirão de base para sua intervenção enquanto profissional na Educação Física. Complementarmente, realizamos este relatório para relatar, refletir e fundamentar o que foi feito ao longo do ano letivo nas várias atividades propostas para o EP. A prática letiva incluiu a orientação e gestão do processo ensino-aprendizagem de duas turmas (9º e 12º ano) e a assistência a aulas de dois professores. As atividades de integração no meio dividiram-se nas atividades no âmbito da direção de turma (caracterização da turma e estudo caso) e na ação de extensão curricular. Através da caracterização da turma e estudo caso desenvolvemos um conhecimento mais aprofundado da turma em questão, enquanto a ação de extensão curricular permitiu a inter-relação entre professores, encarregados de educação e alunos em torno da promoção do desporto na natureza e da multidisciplinaridade. A atividade de intervenção na comunidade escolar foi direcionada para toda a comunidade educativa e promoveu a criação de hábitos de vida saudáveis, o desenvolvimento do espírito crítico, estético, cultural e a promoção da interatividade entre a Escola e a Comunidade. Esta atividade teve uma boa adesão por parte da comunidade escolar e recebeu um louvor no Conselho Pedagógico. As atividades de natureza científico-pedagógica abordaram o ensino do judo na escola (individual) e a realização da avaliação diagnóstica em educação física (coletiva), discutindo ideias e metodologias das mesmas. Verificamos que os participantes ficaram interessados e sensibilizados para os temas debatidos, principalmente através da utilização de alguns dos conteúdos da ação individual. A realização de todas estas atividades foi contributiva para a formação enquanto professor estagiário, na medida em que nos prepara para qualquer tipo de situação enquanto professor.

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A participação desportiva de atletas pré-púberes e púberes, de ambos os sexos, levanta questões sobre o conhecimento das respostas fisiológicas ao treino, concretamente no que diz respeito à especialização metabólica. Nesse sentido, o objetivo do estudo foi investigar a ocorrência da especialização metabólica ao longo de uma época desportiva na modalidade de natação pura desportiva. Participaram no estudo 36 nadadores federados, dos quais 10 eram pré-púberes masculinos (10,4±0,7 anos; 142,3±7,6 cm; 36,9±7,9 kg), 6 pré-púberes femininos (9,8±0,6 anos; 140,4±3,9 cm; 33,0±4,4 kg), 10 púberes masculinos (13,5±1,5 anos; 166,9±8,5 cm; 56,8±10,3 kg) e 10 púberes femininos (11,3±0,7 anos; 152,7±5,4 cm; 46,4±6,8 kg). O grupo de controlo foi constituído por 36 crianças e adolescentes não praticantes de qualquer modalidade, divididos da mesma forma que o grupo de natação e com características morfológicas semelhantes. A aptidão aeróbia (teste de Balke adaptado para crianças e jovens) e anaeróbia (teste anaeróbio Wingate) foi avaliada em dois momentos ao longo da época desportiva. Os resultados obtidos dos diferentes grupos foram comparados e correlacionados relativamente às variáveis de aptidão aeróbia e anaeróbia. Os resultados identificaram diferenças em algumas variáveis da aptidão aeróbia e anaeróbia considerando os fatores maturação, sexo e grupo, porém, não foram verificados desempenhos que indiciem uma especialização num determinado metabolismo energético. Assim, os resultados mostraram a não especialização metabólica em nadadores pré-púberes e púberes de ambos os sexos, nos testes laboratoriais aplicados. O estudo forneceu dados aos treinadores quanto ao desempenho aeróbio e anaeróbio dos seus atletas, mas principalmente quanto à orientação do treino para o desenvolvimento de competências técnicas nestas idades, deixando a especialização nas distâncias de nado e no estilo de prova para quando for atingida a especialização metabólica. Estudos futuros deverão avaliar atletas pós-púberes de forma a determinar quando ocorre a especialização metabólica.

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Os objetivos centrais da presente pesquisa foram quatro: (1) recolher informação nos domínios do crescimento físico humano, composição corporal, tipo físico, aptidão física e prática desportiva do atleta infanto-juvenil praticante de atletismo; (2) estudar a variação associada à idade e ao sexo; (3) investigar as diferenças entre atletas e não-atletas; e (4) identificar os preditores da capacidade funcional. A amostra foi constituída por 105 praticantes de atletismo, 49 do sexo masculino e 56 do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 11 e os 17 anos, de cinco clubes da Região Autónoma da Madeira. As variáveis de estudo incluíram a altura, o peso corporal, os diâmetros ósseos, os perímetros musculares, as pregas de adiposidade subcutânea, a massa isenta de gordura (MIG), a massa gorda, o tipo físico, os testes motores, e os anos e as horas de treino semanal. Os ‘scores’ Z, os testes t-student e Mann-Whitney U, a ANOVA e a regressão linear múltipla foram os procedimentos estatísticos utilizados nas análises. O atleta do sexo masculino foi mais alto, pesado, robusto e apresentou mais MIG do que o sexo feminino (p<0,05). Os atletas apresentaram um físico mesomorfo equilibrado (sexo masculino) e meso-endomorfo (sexo feminino). Os rapazes apresentaram valores significativamente superiores na aptidão física geral e específica, comparativamente às raparigas. As raparigas apresentaram melhores desempenhos no ‘sit and reach’(p<0,05). Os valores médios para a altura, peso corporal, testes motores e características da prática desportiva foram superiores nas atletas mais velhas (p<0,05). Os praticantes de atletismo apresentaram menos gordura subcutânea e melhores desempenhos no salto em comprimento sem corrida preparatória e corrida de 12 minutos, do que as não-atletas. A altura, a percentagem de gordura, os anos de prática desportiva e o número de horas de treino por semana foram os preditores que mais contribuíram para explicar a variância nos testes motores.Os resultados demonstraram um dimorfismo entre atletas do sexo masculino e feminino. O treino estava associado a melhores desempenhos nos testes motores e a valores mais baixos de gordura corporal. A altura, a gordura corporal e as características da prática desportiva foram importantes na predição da capacidade funcional.

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Identificar e analisar o comportamento motor em termos coordenativos em crianças dos 3 aos 6 anos de idade nos concelhos de Rio Maior e Santarém foi um dos nossos propósitos ao iniciar este processo científico. As crianças foram avaliadas com o teste MABC-2, exibindo os resultados do seu padrão motor coordenativo numa amostra representativa da população em causa. Com base nestes resultados analisámos o padrão motor coordenativo em função da idade, sexo, lateralidade. Observámos o comportamento das crianças com provável DCD e risco em termos da preferência e consistência da lateralidade. Posteriormente usando um teste de Midline Crossing procurámos analisar a dinâmica do uso da mão numa vertente de sistemas não lineares. Ainda nesta perspetiva teórica analisámos o equilíbrio, aspeto considerado preocupante nesta desordem para algumas crianças, através da análise de recorrência. Os instrumentos usados diferiram entre estudos em função dos objetivos de cada um: MABC-2, Midline Crossing, Questionário de Van Strien. Outro dos objetivos do nosso estudo recaiu no processo de intervenção junto de crianças em risco ou com provável desordem coordenativa no desenvolvimento. Em relação à nossa amostra encontrámos na literatura uma percentagem similar em termos de incidência de crianças com provável DCD e risco, por sexo e lateralidade. Constatámos que a percentagem de crianças com provável DCD apresenta uma representatividade percentual de acordo com a literatura. Existindo uma maior percentagem de sinistrómanos com provável DCD e do sexo masculino. Verificámos através dos sistemas não lineares que o comportamento das crianças com provável DCD se assemelha às crianças típicas, necessitando de um reforço na intervenção de forma a colmatar algumas das suas dificuldades. Verificámos que as crianças DCD são mais suscetíveis aos constrangimentos extrínsecos. Finalmente concluímos que a intervenção pode criar condições de excelência para modificar os padrões e perfis de comportamento.

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O treino desportivo é visto como um processo pedagógico que visa o desenvolvimento de capacidades técnico-tácticas, físicas e psicológicas dos desportistas e das equipas no quadro específico das situações competitivas através da prática sistemática e planificada do exercício, orientada por princípios e regras devidamente estabelecidas. Cabe aos treinadores estabelecer o seu modelo de treino e de jogo tendo em conta os princípios biológicos, pedagógicos e metodológicos, que vão ao encontro das necessidades dos seus desportistas e do seu escalão etário. A crescente procura da prática do Futebol tem contribuíndo para o aumento de praticantes. No entanto, a sua prática deverá ocorrer em contextos de segurança, que devem ser proporcionados não só pelos clubes, mas objectivamente pelos treinadores O relatório tem como objectivo divulgar e expor as actividades e experiências vividas em contexto laboral, nomeadamente em contexto do treino desportivo em Futebol, modalidade escolhida para realizar o Estágio. Este estágio proporcionou a aquisição de novas aprendizagens referentes à metodologia do treino, ao processo de comunicação com os jovens futebolistas quer em contexto de treino quer contexto de competição. Permitiu igualmente estudar diferentes variáveis inerentes ao treino, nomeadamente a motivação e a percepção de sucesso. Através dos processos de treino e do desenrolar da competição ao longo da época desportiva, foi possível avaliar a motivação e a percepção de sucesso que os jovens futebolistas possuíam, tendo-se concluído que estes apresentavam uma orientação para a tarefa e uma motivação extrínseca por regulação identificada. Foi igualmente possível observar e analisar alguns momentos da equipa em competição, nomeadamente observar o modo como a equipa recuperava a posse de bola e, a partir da recuperação, como realizava o ataque, através do recurso à análise sequencial com retardos (análises prospectiva e retrospectiva), verificando que a forma de recuperação da posse de bola não influenciava o método de ataque realizado pela equipa.

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Esta dissertação contempla dois estudos e possui como objetivos: (1) estudar a relação entre a participação desportiva, aptidão física (AptF), atividade física (AF) e sedentarismo e (2) determinar a influência do apoio parental, dos pares e da autoeficácia nos níveis de AF geral e organizada. Participaram em ambos os estudos 240 raparigas, com idades entre os 9 e 15 anos, 71 praticantes de ginástica rítmica (GR), 87 de desportos coletivos (DC) e 82 não praticantes (NP). As participantes foram avaliadas na altura, peso, perímetro da cintura e pregas de adiposidade tricipital e geminal. A AptF foi avaliada através da bateria de teste FitnessGram (Cooper Institute, 2010). A AF (Crocker et al., 1997), atividades sedentárias (ASed), a maturação sexual (Tanner, 1962), o apoio parental e dos pares (Prochaska et al., 2002) e a autoeficácia (Motl et al., 2000) foram avaliados através de questionários. Principais resultados: (1) independentemente do grupo de participação desportiva constataram-se reduzidos níveis de AF e de AptF; as ginastas apresentam níveis de AptF e de AF mais elevados comparativamente às NP (p<0,05) e praticantes de DC (p>0,05), não se registando diferenças nas ASed (p>0,05). (2) Verificou-se diferenças no apoio social (parental e dos pares) e na autoeficácia, entre as NP com as praticantes de DC (p<0,05) e com as praticantes de GR (p<0,05). As ginastas reportaram, em média, níveis mais elevados de apoio social (parental e dos pares) e de autoeficácia. Através da regressão linear múltipla, constata-se que níveis mais elevados de apoio parental e dos pares estão associados a níveis de AF mais elevados (p>0,05), sendo que 9,8% da variabilidade dos níveis de AF é explicado pelo apoio parental e 4,1% pelo apoio dos pares. Este trabalho reforça a necessidade de elaboração de programas de intervenção que potencializem a AF, e que devem contemplar estratégias de apoio social e promoção da autoeficácia.

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O trabalho com jovens futebolistas deverá ser escudado em elevados níveis de conhecimento sobre as capacidades físicas e a forma como estas se desenvolvem nas crianças. O objetivo do presente trabalho é de perceber se se observa a existência de especialização metabólica em jovens futebolistas pertencentes ao escalão de iniciados (idade: 13 a 15 anos) e infantis (idade: 10 a 12 anos). Para responder ao objetivo definido, avaliou-se a potência aeróbia (PA) e a potência anaeróbia (PAN) de uma amostra constituída por 64 participantes. Destes, 11 eram praticantes federados infantis de futebol (idade: 11,7 ± 0,5 anos; peso: 44,1 ± 6,9 Kg; IMC: 20,6 ± 2,7 kg/m2), e 21 participantes federados iniciados de futebol (Idade: 13,9 ± 0,7 anos; Peso: 54,9 ± 10,6 Kg; IMC: 20,5 ± 3,0 kg/m2). O grupo de controlo era constituído por 11 participantes do escalão etário de infantis (Idade 10,9 ± 0,3 anos; Peso 40,1 Kg ± 7,3; IMC: 19,2 ± 2,4 kg/m2) e 21 participantes do escalão etário de iniciados (Idade: 13,9 ± 0,8 anos; Peso: 58,9 ± 11,7 Kg; IMC: 22,1 ± 4,4 kg/m2), mas sem prática desportiva federada. A PA (protocolo de Balke modificado com análise direta de gases) e a PAN (protocolo Wingate para o trem inferior) foram avaliadas e comparadas entre grupos, assim como o nível de correlação entre as variáveis aeróbias e as variáveis anaeróbias (SPSS 20.0). Os resultados verificados indicam que para o escalão de infantis o treino não é um factor conducente a uma superior PA e PAN entre os grupos mas que para o escalão dos iniciados a prática regular da modalidade produz efeitos sobre estas componentes. No entanto, no que concerne há especialização metabólica, esta não se verifica em nenhum escalão embora se possa admitir que há indicadores de que esta se comece a manifestar no escalão de iniciados.

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O estudo tem por objetivo descrever e compreender o processo de avaliação de desempenho dos treinadores de desporto. Especificamente, procura-se aferir se a definição dos objetivos de trabalho, o escalão etário dos atletas, o nível competitivo, a situação contratual e a atribuição de prémios se relacionam com o facto de os treinadores serem ou não avaliados. Pretende-se ainda verificar se existe uma diferenciação dos critérios de avaliação de desempenho em função do nível competitivo em que o treinador atua e do escalão etário dos atletas. A metodologia de investigação foi alicerçada nos paradigmas interpretativo e positivista. Primeiramente, entrevistaram-se os responsáveis pela avaliação de desempenho de nove clubes desportivos da Madeira. Posteriormente, aplicou-se um questionário anónimo a 223 treinadores, sendo que os dados obtidos foram tratados com recurso à análise fatorial, ao teste T-Student, ao teste do Qui-Quadrado e à ANOVA. Os resultados descritivos dos grupos mostram que a avaliação de desempenho é uma prática pouco estruturada e assumida no âmbito gestão dos clubes. Com efeito, apresenta falhas ao nível da definição de instrumentos/critérios de avaliação e do feedback de desempenho. Os resultados da análise inferencial mostram que a definição dos objetivos, a situação contratual dos treinadores e a atribuição de prémios estão positivamente relacionados com a valorização da avaliação de desempenho. Os resultados revelam ainda a inexistência de uma distinção entre os critérios de avaliação dos treinadores que trabalham com atletas de diferentes escalões, à exceção dos resultados desportivos que foram mais valorizados para os treinadores de seniores. É de salientar ainda que foi entre os treinadores de atletas de nível nacional/internacional que se verificou maior valorização de critérios relacionados com a competição, nomeadamente: os resultados desportivos, as competências de planeamento, de formação dos atletas, de liderança e de scouting. Finalmente, deste estudo emerge a necessidade de um ajustamento entre o contexto em que o treinador atua e os critérios de avaliação do desempenho e de novas linhas de investigação, a fim de analisar a influência da avaliação de desempenho na eficiência e eficácia do treinador.