1000 resultados para controle alternativo de doenças
Resumo:
FUNDAMENTO: Os fatores de risco cardiovascular (FR) são responsáveis pela ocorrência de eventos cardiovasculares. OBJETIVO: Estimar o porcentual de pacientes submetidos a cirurgia de revascularização miocárdica (RM) que conseguem controle adequado de fatores de risco (FR) modificáveis, pelo menos seis meses após o procedimento. MÉTODOS: O estudo incluiu 88 pacientes, no qual se realizaram análise de prontuários e entrevista clínica, entre seis e 12 meses após a realização de cirurgia de RM em hospital de referência para doenças cardiovasculares, no período de janeiro a dezembro de 2004. RESULTADOS: A média de idade foi 63,1±9,9 anos: 51 (58%) eram do sexo masculino, 86 (97,7%), hipertensos, 38 (43,2%), diabéticos, 85 (96,6%), dislipidêmicos e 10 (11,4%), tabagistas. O controle da hipertensão (PA < 140x90 mmHg) foi atingido em 24,4% dos pacientes. Para o colesterol (colesterol LDL < 100 mg/dl) e para o diabete melito (glicemia < 110), os níveis de controle foram, respectivamente, 30,6% e 31,6%. O uso de anti-hipertensivos, agentes hipoglicemiantes (orais ou insulina) e estatinas, quando indicado, foi, respectivamente, 96,5%, 92,1%, 78,8%. Entretanto, analisando-se a tríade hipertensão, diabete e hipercolesterolemia, apenas 14,8% do total de pacientes apresentavam níveis de pressão arterial, glicemia e colesterol LDL dentro dos limites aceitáveis. CONCLUSÃO: Apesar do uso freqüente de medicações para controle da hipertensão, diabete e hipercolesterolemia, o controle de fatores de risco ainda é realizado de forma insuficiente nos pacientes revascularizados, o que sugere grande potencial para a melhoria da prática clínica.
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FUNDAMENTO: A hipertensão arterial sistêmica (HAS), considerada um problema de saúde pública devido a sua elevada prevalência e dificuldade de controle, é descrita também como um dos mais importantes fatores de risco para doenças cardiovasculares. OBJETIVO: Estimar a prevalência da HAS, assim como as características de seu controle e tratamento, na população de 18 a 90 anos da região urbana de Nobres - MT. MÉTODOS: Estudo transversal, de base populacional, com amostragem aleatória e com reposição. O critério para classificação da HAS foi pressão arterial (PA) > 140/90 mmHg ou uso atual de anti-hipertensivos. As entrevistas foram realizadas utilizando-se questionários padronizados e testados previamente. As variáveis foram descritas por médias ± desvios-padrão e frequências. As médias foram comparadas utilizando-se o teste t-Student e as associações por meio do teste do qui-quadrado de Pearson, com nível de significância de 5%. RESULTADOS: Nos 1.003 indivíduos maiores de 18 anos analisados, foi observada prevalência de HAS de 30,1%. Entre os hipertensos (N = 302), 73,5% sabiam dessa condição, 61,9% faziam tratamento e 24,2% tinham a PA controlada. Observou-se a associação positiva entre HAS e idade; analfabetismo; escolaridade inferior a oito anos; IMC > 25kg/m²; circunferência da cintura aumentada e muito aumentada; razão cintura-quadril (RCQ) em faixa de risco; sedentarismo e etilismo. CONCLUSÃO: A HAS revelou-se um importante problema de saúde pública também em um município de pequeno porte do interior do país. Os níveis de controle e tratamento da hipertensão nessa população foram considerados insatisfatórios, apesar de melhores em comparação aos observados em outros estudos.
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O controle das DST/aids representa desafio para a humanidade, considerando seu impacto biopsicosocial. Diante desta realidade, realizou-se um estudo exploratório, descritivo e documental, com os objetivos de caracterizar a produção científica sobre DST em 14 periódicos de enfermagem do Brasil, publicada no período de 1933 a 1999. A amostra constituiu-se de 73 publicações, sendo 55 referentes à temática HIV/aids e 18 sobre as demais DST. Os dados evidenciam que os autores, em sua maioria, são enfermeiros, atuam na área de docência, são procedentes do Estado de São Paulo, e têm privilegiado a temática HIV/aids em detrimento das outras DST, sendo sua produção científica escassa e descontínua.
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A identificação de novos agentes infecciosos, a crescente expansão de infecções e doenças já conhecidas têm estimulado a revisão das medidas de biossegurança nas atividades profissionais dos trabalhadores da saúde. No presente artigo recuperou-se a evolução dos saberes e práticas dos isolamentos/precauções, o que permitiu resgatar os conceitos e as intervenções que vieram sendo formuladas e implementadas. Desde o início da enfermagem moderna, no século XIX, mantém-se basicamente os mesmos elementos da prática dos isolamentos em doenças transmissíveis, ou seja, destaque à utilização de barreiras mecânicas, químicas e ambientais, fundamentadas nas especificidades inerentes aos elementos da cadeia do processo infeccioso.
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Este estudo analítico descritivo objetivou detectar conceitos que traduzem mitos e verdades relativos à infecção hospitalar entre auxiliares e técnicos de enfermagem no centro cirúrgico de três hospitais. O instrumento para coleta de dados possui 28 afirmações (15 verdadeiras e 13 falsas) contemplando fatores relacionados ao paciente, equipe cirúrgica, ambiente, procedimentos. As afirmações contêm escala em três pontos (concordo, tenho dúvida, discordo). Obtivemos respostas adequadas em 72% e não adequadas em 28%, indicando o satisfatório conhecimento da enfermagem perioperatória relacionadas ao controle infecção hospitalar . Nos itens uso de pro-pé, alianças e outros objetos, pêlo como patógeno, escovação das mãos, uso de avental e campo cirúrgico umedecidos, cirurgia infectada e rotina de limpeza, doenças ocupacionais, infecção hospitalar, infecção sítio cirúrgico e tempo operatório, pudemos detectar mitos e rituais referentes ao controle de infecção, que estão relacionados sobretudo à cultura de quem os praticam, perpetuando resistência a mudanças.
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A matrícula de alunos, nas Escolas Municipais de Educação Infantil de São Paulo, está vinculada à apresentação da caderneta de vacinação, para incentivar os pais a manterem atualizado o calendário de imunizações das crianças. Não há, porém, controles periódicos para verificar se as vacinações estão atualizadas. Para sanar tal deficiência, foi elaborado um projeto com objetivo de facilitar o controle da imunização infantil, por meio da criação de um programa de computador, para realizar esse controle, testado em uma Escola Municipal de Educação Infantil, durante três meses. Foram cadastrados nesse sistema 286 alunos, dos quais, 236 (82,5%) receberam notificações por estar com seu quadro de vacinação incompleto. Dentre os alunos que receberam as notificações, 21,2% atualizaram a vacinação, 2,5% devolveram suas cadernetas inalteradas e os demais ainda estavam providenciando a atualização. O programa foi capaz de identificar falhas, reduzindo as chances da propagação de doenças transmissíveis no ambiente escolar.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial de utilização de Trichogramma atopovirilia Oatman & Platner, 1983 e T. pretiosum Riley, 1879 como agentes de controle de Ecdytolopha aurantiana (Lima, 1927) (Lepidoptera: Tortricidae), importante praga da citricultura paulista. Foram realizados estudos de biologia em diferentes temperaturas, exigências térmicas e capacidade de parasitismo, visando fornecer subsídios a programas de controle biológico com estes parasitóides. A razão sexual não foi afetada pelas temperaturas estudadas (18, 20, 22, 25, 28, 30 e 32ºC), porém, a longevidade de fêmeas das duas espécies foi maior a 22 e 25ºC. Para a porcentagem de emergência e longevidade de fêmeas, a temperatura que tendeu a ser mais adequada foi a de 25ºC. A duração do período ovo-adulto para as duas espécies foi inversamente relacionada com o aumento da temperatura, sendo as exigências térmicas dessas espécies muito próximas, em torno de 108 GD. O hospedeiro natural, E. aurantiana, ou o alternativo, Anagasta kuehniella (Zeller, 1879) (Lepidoptera, Pyralidae), não afetaram o número de ovos parasitados por fêmea de Trichogramma. Porém, a porcentagem de parasitismo e o número de adultos emergidos por ovo, quando provenientes de ovos de E. aurantiana, foram maiores do que os criados sobre ovos de A. kuehniella. A porcentagem de emergência foi, no entanto, maior quando os parasitóides foram provenientes de ovos de A. kuehniella. As duas espécies de Trichogramma estudadas poderão ser testadas em campo para controle do bicho-furão-dos-citros, havendo uma indicação de que as exigências térmicas também podem servir como um bom parâmetro para seleção de espécies e/ou linhagens de Trichogramma, aliadas ao estudo de capacidade de parasitismo.
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Informações sobre práticas culturais, tais como a aplicação de N e o controle de doenças causadas por fungos, em solo de várzea do Brasil são insuficientes. O objetivo deste trabalho foi avaliar a resposta do arroz irrigado a épocas de aplicação de N e ao tratamento das sementes com fungicida no controle de brusone. Aplicaram-se 90 kg ha-1 de N da seguinte forma: todo no plantio (T1); 1/3 no plantio, 1/3 45 dias após o plantio e 1/3 na iniciação do primórdio floral (T2); 1/2 no plantio e 1/2 45 dias após o plantio (T3); 1/2 no plantio e 1/2 na iniciação do primórdio floral (T4); 2/3 no plantio e 1/3 45 dias após o plantio (T5); 2/3 no plantio e 1/3 aplicado na iniciação do primórdio floral (T6) e 1/3 no plantio e 2/3 20 dias após o plantio (T7). O fungicida pyroquilon foi aplicado nas doses de 0, 200 e 400 g de ingrediente ativo por 100 kg de sementes. A produção de grãos foi influenciada significativamente pela época de aplicação de N e pelo tratamento de fungicida. A aplicação de N influenciou significativamente a matéria seca da parte aérea e a acumulação de N nos grãos. A produção máxima de grãos foi obtida pelos tratamentos T2 e T3. O tratamento com 200 g de fungicida por 100 kg de sementes aumentou significativamente a produção de grãos, em relação à testemunha.
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O objetivo deste trabalho foi estimar o número ideal de Trichogramma pretiosum Riley a ser liberado em campo para o controle da traça-do-tomateiro Tuta absoluta (Meyrick). O experimento foi implantado em casa de vegetação, onde, 60 dias após o transplantio, plantas de tomate foram infestadas com 200 ovos do hospedeiro alternativo Anagasta kuehniella (Zeller), na proporção de 70% no terço superior das plantas, 24% no terço médio e 6% no terço inferior. Fêmeas de T. pretiosum foram liberadas nas proporções de 1, 2, 4, 8, 16 e 32 parasitóides por ovo do hospedeiro. Independentemente do terço da planta analisado, a proporção de 16 parasitóides por ovo apresentou os melhores resultados. Esta é a proporção mais próxima da ideal, para liberação em plantios comerciais de tomate estaqueado, visando o controle da traça-do-tomateiro.
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O objetivo deste trabalho foi verificar a eficiência do tratamento inseticida de sementes de milho no controle de Dalbulus maidis e na redução da incidência de enfezamentos em viveiro telado e em campo. Foram realizados dois experimentos; no experimento 1, em viveiro telado, sementes de milho foram tratadas com imidacloprid e thiamethoxan e, nessas plantas, cigarrinhas sadias, cigarrinhas infectantes com fitoplasma ou com espiroplasma foram confinadas. Avaliaram-se eficiência de controle, incidência de plantas com enfezamentos, altura das plantas e produção de grãos. No experimento 2, em campo, imidacloprid e thiamethoxan foram utilizados em tratamento de sementes e pulverizações aos 10 e 20 dias após a semeadura. A incidência de enfezamentos e a produção de grãos foram avaliadas. Em viveiro telado, os produtos imidacloprid e thiamethoxan proporcionaram controle de adultos de D. maidis acima de 50%, até o trigésimo dia, e reduziram a incidência de doenças e danos no crescimento e produção das plantas infectadas expostas às cigarrinhas infectantes aos dois dias após a emergência. Em campo, não foi constatada redução na incidência de enfezamentos ou ganho em produção, possivelmente devido ao fluxo migratório de cigarrinhas infectantes.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar as características biológicas dos parasitóides Trichogrammatoidea annulata, Trichogramma atopovirilia e Trichogramma bruni, criados em hospedeiros alternativos durante diferentes gerações, para selecionar o melhor hospedeiro para a criação massal desses parasitóides. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente ao acaso, em esquema fatorial 3x3 (três hospedeiros - Anagasta kuehniella, Corcyra cephalonica e Sitotroga cerealella - e três gerações - 1ª, 10ª e 28ª). Avaliaram-se: o total de ovos parasitados por fêmea; a longevidade de fêmeas e machos; a duração do período ovo-adulto; a razão sexual; e a viabilidade dos parasitóides. Os parasitóides Trichogrammatoidea annulata e Trichogramma bruni apresentaram melhores resultados em C. cephalonica. Para Trichogramma atopovirilia, o hospedeiro alternativo é C. cephalonica ou A. kuehniella. O hospedeiro S. cerealella foi o menos adequado para as três espécies de parasitóides. Os tricogramatídeos avaliados apresentaram capacidade adaptativa aos hospedeiros alternativos preferenciais, ao longo das gerações.
Resumo:
Estudou-se a produtividade e a qualidade da uva, cv. Isabel, produzida em dois sistemas de produção, convencional e alternativo. O sistema convencional corresponde àquele empregado pela maioria dos produtores dessa cultivar, que consiste no controle de plantas concorrentes com o emprego de capinas e/ou herbicidas e no controle de doenças com fungicidas sintéticos orgânicos e não orgânicos. O sistema alternativo corresponde àquele onde se manteve a cobertura do solo e se inseriu a aveia como complemento, e o controle de doenças foi feito apenas com o emprego de calda bordalesa. Essas práticas foram realizadas desde 1998 e, nas safras 2001-2002 e 2002-2003, avaliaram-se a produtividade e a qualidade da uva produzida nos dois sistemas. Pelos resultados, observou-se que a produtividade e a qualidade da uva são mais afetadas pelas condições climáticas de safra do que pelo sistema de produção, indicando que o sistema de produção alternativo, onde se empregou menor número de pulverizações, não se usou herbicida, nem fungicida orgânico sintético, tem elevado potencial de adoção para essa cultivar.
Resumo:
O objetivo deste experimento foi avaliar a combinação de diferentes fungicidas no controle da ferrugem da folha em pomares de pessegueiros e sua viabilidade econômica. As plantas que receberam os tratamentos Amistar + Folicur (T1) e Amistar + Manzate (T2) apresentaram maior retenção foliar e menor severidade de ferrugem nas folhas remanescentes. A cultivar Ouro mostrou-se mais suscetível à doença que as cultivares Chimarrita e Premier. Houve aumento na produtividade e na renda bruta do produtor, justificando a adoção da prática testada.
Resumo:
As doenças causadas por patógenos do solo provocam perdas expressivas em maracujazeiros comerciais. Uma das alternativas de controle dessas doenças seria a utilização de porta-enxertos resistentes. Passiflora nitida é uma das espécies de Passifloraceae que apresentam resistência a essas doenças, mas suas sementes geram porta-enxertos com caules finos e, portanto, incompatíveis com o diâmetro dos garfos da espécie comercial. Este problema pode ser resolvido pela utilização da enxertia em estacas enraizadas ou pela enxertia hipocotiledonar, mas, no Brasil, dados sobre o desenvolvimento e produtividade, em campo, de maracujazeiros enxertados, ainda são escassos. Este trabalho teve como objetivo avaliar a reação a doenças, produtividade e características físicas de frutos de um clone de maracujazeiro-azedo (Passiflora edulis f. flavicarpa) comercial propagado por estaquia, enxertia em estacas herbáceas enraizadas de P. nitida (acesso EC-PN 1) e por sementes. As plantas foram cultivadas em um Latossolo Vermelho-Amarelo, onde foram conduzidas em espaldeiras verticais com 1,90 metro em altura, com irrigação por gotejamento. As colheitas foram efetuadas semanalmente, durante 14 meses, e as avaliações das doenças foram efetuadas aos 17; 18 e 19 meses após o plantio. A produtividade das plantas propagadas por estaquia foi o dobro das enxertadas e das propagadas por sementes. Plantas enxertadas e propagadas por estaquia foram menos afetadas pelas doenças.