998 resultados para Traços culturais nacionais
Resumo:
RESUMOEm meio a um cenário em que o consumo determina identidades, a marca revela-se um importante signo social, por meio do qual as pessoas podem se expressar. Por outro lado, com os avanços tecnológicos, os ambientes virtuais têm contribuído para a reunião de pessoas diferentes em torno de interesses comuns, como ocorre nas comunidades virtuais de marcas. Assume-se a noção de identidade como uma posição caracterizada por um conjunto de significados que insere os indivíduos em um sistema cultural, no qual as marcas desempenham um papel central nas interações sociais nele ocorridas. Com isso em vista, na pesquisa aqui relatada teve-se por objetivo, a partir da comunidade virtual brasileira da marca Johnnie Walker, analisar como os signos marcários são utilizados nas interações dos consumidores, de modo a estabelecer as identidades dos seus participantes. Para isso, realizou-se uma netnografia da comunicação sob a perspectiva interpretativista. As interações publicadas nas comunidades foram coletadas como corpus da pesquisa e escrutinadas por meio de análise de discurso funcional. Os resultados apresentaram 16 identidades, que foram organizadas em três grupos identitários mais amplos, denominados Boêmios, Uncools e Carismáticos. Os achados contribuem para o conhecimento e a gestão de marketing ao proverem uma perspectiva diferente da tradicional acerca de como as pessoas se relacionam entre si e com as marcas.
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O objetivo deste trabalho é identificar aspectos da influência da cultura na dor do paciente cirúrgico. O estudo teve a participação de 12 pacientes e a coleta de dados foi realizada através de entrevistas. A análise fundamentou-se em pressupostos da metodologia qualitativa. A influência cultural na dor do paciente cirúrgico é descrita por quatro categorias: os tipos de dor, a expectativa pela dor, o significado da dor e os comportamentos de reação à dor. O significado apreendido é de sofrimento e verbalizado através de metáforas. Considera-se a importância da compreensão cultural do fenômeno da dor pelo enfermeiro.
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Este estudo objetivou verificar influência de fatores culturais na expressão do sintoma álgico. Foi baseado na avaliação de 57 pacientes com doença oncológica avançada, atendidos no serviço de radioterapia de um hospital geral, público e de ensino que experienciaram dor na semana anterior à entrevista. A duração média do quadro álgico foi 10 meses. A dor foi moderada na maioria dos doentes e intensa em cerca de 1/ 5 deles. Observou-se que concepções culturais errôneas dos doentes acerca da incontrolabilidade da dor no câncer e de que recebiam remédios em demasia, correlacionaram-se à, dor de maior intensidade (p<0,05). Este estudo mostrou que crenças errôneas relativas à dor oncológica e analgesia associaram-se a dores mais intensas.
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Este artigo busca provocar reflexões acerca do ensino de enfermagem à luz das Diretrizes Curriculares do Curso de Graduação de Enfermagem e sua relação com as políticas de saúde e o mercado de trabalho atual. Os fatos relatados mostram que as mudanças curriculares, no ensino de enfermagem no Brasil, tiveram historicamente a preocupação com a adequação da formação do enfermeiro aos interesses do mercado de trabalho. Entretanto, o desafio na formação precisa transpor o foco desses interesses e inserir efetivamente o futuro enfermeiro no sistema de saúde, comprometido com as transformações exigidas pelo exercício da cidadania.
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Objetivou-se identificar as práticas culturais em relação ao aleitamento materno entre famílias cadastradas em um PSF. Estudo descritivo, exploratório, realizado em Pentecoste, Ceará, com 15 mães que demonstraram algum fator restritivo ao aleitamento. A coleta de dados ocorreu por meio de observação direta e entrevista semiestruturada e, após análise, emergiram as categorias empíricas: prazer em amamentar e prevenção de doenças; influência da família/comunidade; e dificuldade em manter a amamentação. As mães verbalizaram dificuldades na prática da amamentação, ausência de um suporte adequado do serviço de saúde que envolva fatores não somente biológicos, mas no âmbito social e cultural. Conclui-se que há distanciamento entre o discurso científico e as práticas culturais do dia-a-dia dessas famílias.
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Estudo teórico acerca do processo de formação em Enfermagem Psiquiátrica e Saúde Mental, frente às crescentes mudanças no mundo globalizado e seu acelerado processo de modernização científica e tecnológica. Objetiva discutir o fazer pedagógico no ensino da Enfermagem Psiquiátrica e Saúde Mental, e sua interface com os princípios da Reforma Psiquiátrica e das Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em Enfermagem. Para sua sustentação teórica, adota como referência alguns construtos da Reforma Psiquiátrica e das Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem, e sua relação com fatores constituintes do fazer pedagógico na Enfermagem Psiquiátrica e Saúde Mental. Evidencia que não basta apontar questões técnicas relativas a conteúdos e ensino, procedimentos didáticos, métodos e técnicas pedagógicas; é necessário superar desafios e implementar as mudanças, pautando-se numa nova perspectiva, e ousando colocar em questão a natureza do saber e das práticas institucionais psiquiátricas.
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O cotidiano dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) é permeado de ações educativas direcionadas para os cuidados preventivos e promoção da saúde. O universo sociocultural deles pode influenciar a dinâmica da prática com a comunidade, especificamente nas áreas rurais, onde evidencia-se a expectativa da população em obter resposta aos processos relativos à doença por meio dos ritos culturais. A partir de um estudo de caso, buscou-se analisar a influência das práticas culturais dos agentes de uma área rural do interior de Minas Gerais. A análise revelou a presença de forte ligação da cultura em suas atividades. Crenças religiosas, saberes constituídos da fusão de conhecimentos biomédicos e valores baseados nas tradições familiares sobre o processo saúde-doença influenciam diretamente em suas práticas. Ressalta-se sua importância como facilitador do trabalho na saúde, sendo positiva a semelhança da experiência de vida e culturas herdadas com as dos usuários, dessa forma, torna-se possível o desenvolvimento de suas atividades.
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Refletir sobre a descolonização e sobre os fluxos humanos nos espaços de encontros e desencontros, de aproximações e de fossos de incompreensão que foram as colônias e suas respectivas metrópoles exige a observação da história das relações coloniais. Para o que se propõe neste trabalho cabe então começar por uma apresentação, ainda que breve, do que foi a relação entre Portugal e Angola. Apesar dos primeiros contatos entre Portugal e a região que atualmente compreende o Estado angolano remontarem ao século XV, a conversão de Angola em uma colônia de povoamento foi um processo iniciado em fins do século XIX, mas que só ganharia fôlego a partir de meados do século XX (Castelo, 2007). Em nenhum dos territórios africanos onde o colonialismo de povoamento teve lugar – África do Sul, Argélia, Rodésia do Sul, Quênia, Angola e Moçambique – desenvolveu-se um modelo puro de colônias de povoamento, como o dos EUA, por exemplo. O colonialismo de povoamento praticado no continente africano no século XX baseou-se simultaneamente no povoamento europeu com caráter definitivo, no domínio político e jurídico da metrópole sobre as populações indígenas e na exploração da mão-de-obra e dos recursos locais (Castelo, 2007; Elkins; Pedersen, 2005). Seguindo este padrão, nas colônias portuguesas rigorosas políticas em relação ao controle da terra e do trabalho das populações nativas coexistiram com a retórica da promoção de uma mistura racial harmoniosa através da fixação de colonos metropolitanos nos territórios africanos.
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A caminhada da cidadania na Europa dos estados modernos revela-a primeiramente como um estatuto de direitos cívicos e políticos que, da sua posse exclusiva pelas classes dominantes, passa à sua lenta democratização, pela abertura às classes trabalhadoras ao longo do século XIX (Gamble, 1981)—quiçá menos como resultado inequívoco da força da luta operária do que como estratégia de continuidade do próprio capitalismo através da sua domesticação (Santos, 1993).1 Mas o que importa aqui sublinhar é o facto de, tanto no contexto das lutas das classes dominantes como no contexto das lutas dos trabalhadores e de outros grupos, a conquista dos direitos políticos aparecer como imprescindível, já que do acesso à esfera mais importante da vida colectiva, a esfera política, dependeria posteriormente a conquista e salvaguarda de outros direitos fundamentais, como os económicos e os sociais. Paralelamente, a história do estado moderno europeu mostra-nos que, no processo de edificação e consolidação do seu poder, a invenção do critério da nacionalidade como critério máximo no acesso à cidadania—apresentada comoumaespécie de recurso precioso, raro e por isso de acesso limitado—surge como a estratégia responsável pela maquinação de uma sinonímia artificial entre cidadania e nacionalidade.
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O Ensino Técnico em Moçambique tem a responsabilidade de formar mão-de-obra qualificada para os diversos sectores económicos e sociais e deverá reflectir as necessidades para o desenvolvimento da economia nacional e terá um carácter terminal na carreira académica, sendo por isso de grande importância a qualidade e a relevância dos programas de ensino. Existe também a responsabilidade de dotar os alunos com os conhecimentos e as habilidades necessárias para conseguirem emprego e terem rendimentos que lhes permitam sustentar uma família. Com esta comunicação pretendemos apresentar a evolução desta modalidade de ensino-formação
Resumo:
A Cultura pode ser definida de várias maneiras e cada autor tem uma visão própria do termo mas, genericamente, cultura pode ser entendida como o conjunto de características humanas que não são inatas e que se criam, preservam ou aprimoram com o convívio na sociedade, com a comunicação e cooperação entre indivíduos. Os membros de uma sociedade não estão conscientes dos seus valores culturais e somente percebem estes valores quando entram em “choque” com uma cultura diferente. Estas diferenças culturais podem criar confusões e mal-entendidos. As culturas Portuguesa e a Brasileira parecem ser bastante semelhantes: a mesma língua, as mesmas crenças, religião predominantemente católica e alimentos similares. Porém, apesar das semelhanças, e após entrevistas de carácter narrativo, observou-se nestas duas culturas características próprias e que muitas vezes foram necessárias adaptações para uma melhor integração na sociedade. Esta tese de mestrado é uma análise das diferenças culturais entre Portugal e Brasil e tem por objectivo encontrar standards culturais de ambos os países podendo ser um instrumento de ajuda para aqueles que vêm do Brasil para Portugal, e vice-versa, para trabalharem ou abrirem uma empresa. Os standards culturais encontrados, após análise comparativa, estão relacionados com a maneira de ver a vida, de ultrapassar os problemas e pressões do dia a dia, com colectivismo, hierarquia, simpatia, preocupação com o cliente, ansiedade face à incerteza e profissionalismo. Este trabalho termina com a identificação dos standards culturais e com dicas para aqueles que saem do seu país e recomeçam a sua vida noutro com cultura diferente
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No plano global a urbanização e a população urbana assumem cada vez mais importância, apesar das dificuldades em definir de forma consensual os indicadores mais adequados para medir estes fenómenos. Nas últimas décadas, em especial desde meados do século XX, aumentou de forma relevante o número e a população de lugares urbanos, de tal maneira que na actualidade cerca de 50% da população mundial reside em espaços urbanos. Estes são cada vez maiores e mais numerosos. As dinâmicas urbanas (população e lugares) são diferenciadas e apresentam particularidades de acordo com os contextos geográficos, económicos, sociais, políticos, culturais, entre outros. As preocupações com as cidades e o ambiente urbano, na perspectiva da sustentabilidade, emergem destacadas em diversos documentos orientadores e normativos, nacionais e internacionais, O planeamento urbano, sendo cada vez mais indissociável de uma relação estreita com o conceito de desenvolvimento sustentável, configura uma ferramenta nuclear da política de desenvolvimento sustentável. A partir do exemplo de Cabo Verde, e em particular o município de Santa Catarina e a cidade de Assomada, no contexto de um estágio curricular realizado nesse município, a nossa investigação assumiu como pertinente analisar a evolução urbana e os instrumentos de gestão territorial nomeadamente os instrumentos de planeamento municipal. A metodologia tem como suporte a análise interpretativa de documentos científicos, normativos e orientadores relevantes no contexto das temáticas em estudo, a recolha de informação no local do estágio, e a realização de trabalho de campo num espaço marcado nos últimos anos por trajectórias de elevado crescimento urbano. Os principais resultados obtidos, permitindo confrontar o quadro conceptual/normativo e a prática do planeamento urbanístico em Cabo Verde, revelam o desencontro entre as dinâmicas urbanas e os instrumentos de planeamento territorial, e neste sentido reflectem um conjunto significativo de preocupações em matéria de ocupação e gestão do território.
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As áreas protegidas são as zonas do território Nacional, sobre as quais a nação exerce soberania e jurisdição em que os ambientes naturais originais não tenham sido significativamente alterados ou degradados pela actividade humana. Elas dão um contributo vital à conservação dos recursos naturais e culturais do mundo. As suas funções vão desde a protecção dos habitat naturais e seus recursos biológicos até à manutenção do equilíbrio ecológico das regiões onde estão inseridas. Podem oferecer oportunidades para o desenvolvimento rural e utilização racional das terras marginais, com a consequente criação de empregos para investigação e monitorização, promoção de educação ambiental, actividades recreativas e turismo. Assim se justifica a criação de uma rede de áreas protegidas em todos os países. As redes de áreas protegidas variam de país para país, de acordo com as necessidades e prioridades e em função do apoio legislativo, institucionais e financeiros disponíveis. A gama de serviços e valores de áreas protegidas é de tal envergadura que determinados objectivos de gestão são estabelecidos por instrumentos legais nacionais (UICN, 1995). Cabo Verde ainda possui espaços nas ilhas habitadas e ilhéus desabitados onde se consegue encontrar valores florísticos e faunísticos de grande importância, a nível local, nacional e mundial. Esses recursos, se valorizados, poderão contribuir para a satisfação das necessidades primárias das comunidades locais e não só, e das gerações vindouras. Em função dos valores e recursos naturais que carecem de conservação e gestão sustentável, elaborou-se em “Estratégia Nacional e Plano de Acção sobre a Conservação da Biodiversidade” que contempla, no seu capítulo de Conservação in situ e ex situ, a necessidade de gestão sustentável dos principais Espaços Naturais onde estão concentrados os melhores valores de flora e fauna cabo-verdianas. Os fracos recursos naturais das ilhas de Cabo Verde, geralmente restringidos a solos, plantas e água, e a ausência de alternativas das comunidades locais utilizadoras desses recursos, recomendam que a classificação e definição dos espaços naturais se faça com a indispensável e reforçada participação das comunidades locais e de todos os agentes directa ou indirectamente implicados nessa matéria. Entende-se, deste modo que as definições das diversas categorias de espaços naturais protegidos já aplicadas a outros países e regiões sejam confrontadas com as realidades sócio-económicas e culturais das comunidades locais das diferentes ilhas habitadas em análise, que geralmente se dedicam à agricultura, pecuária e outras actividades afins. Assim se compreende que à maioria das áreas identificadas para protecção seja atribuída o estatuto de Parque Natural, categoria da UICN que menores restrições de utilização de recursos naturais impõe às comunidades locais, não deixando, porém, esses valores de serem utilizados de forma sustentável, de modo a garantir a sua utilização perene. O presente trabalho responde a necessidade de materialização dos objectivos fundamentais que constam da Estratégia Nacional e Plano de Acção sobre a Biodiversidade, mais precisamente, a elaboração de um conjunto de subsídios que contribuam para a elaboração de um plano de gestão de recursos biológicos dos espaços naturais protegidos em Cabo Verde. Foram, previamente, identificados 20 espaços naturais protegidos localizados em quatro ilhas (Santo Antão, S. Vicente, S. Nicolau e Santiago) e nos ilhéus Raso e Branco. Para cada espaço natural protegido (sítio) fez-se a descrição da geomorfologia e ocupação do solo, a inventariação dos recursos biológicos, dando ênfase à vegetação e flora, a abordagem da actuação dos factores antrópicos sobre a biodiversidade, as actividades alternativas geradoras de rendimento e as acções de conservação da biodiversidade.
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O presente trabalho visa estudar a importância de transformar os eventos culturais da ilha de São Vicente em produtos turísticos. Está mais do que provado que o turismo pode ser considerado o motor de desenvolvimento de qualquer economia, mas também que poderá levar a sérios problemas ambientais, sociais, culturais e até mesmo económicos com efeito a longo prazo, caso não for bem planeado. Dentro do turismo, o sector de eventos tem apresentado uma grande evolução, trazendo muitos benefícios e promoção para os destinos turísticos. Para além da importância que os eventos têm para os destinos turísticos, esta pesquisa também estudará o que é preciso ser feito a nível social, e em relação às infra-estruturas e serviços locais para serem transformados em produtos turísticos. Para efectuar essa transformação que poderá trazer muito mais benefícios tanto para a ilha como para a população local, será preciso que os eventos culturais da ilha sejam planeados e organizados, envolvendo todas as enti dades locais e a comunidade, de forma que possam criar soluções para desenvolver um turismo sustentável para São Vicente, e diminuir os impactos negativos no ambiente, na sociedade e na cultura. The goal of this Project is to study the importance of transforming the cultural events of São Vicente Island into touristic products. It is proved that tourism can be considered the development engine of any economy, but it can also lead to serious environmental, social, cultural end even economical problems with long term effects in case of bad planning. Within tourism, the events sector has seen a great evolution, bringing many benefits such as promotion to touristic destinations. Further to the importance that the events have to the touristic destinations, this research will also study what needs to be done concerning society and in relation to infrastructures and local services to be transformed into touristic products. To make these transformations come to life, something which can bring much more benefits to the island as well as to the local population, the cultural events of the island need to be planned and organized involving all the local entities, and the community, in the creation of solutions to develop a sustainable tourism for São Vicente and diminish the negative impacts on the environment, society and culture.