1000 resultados para Professores Narrativas pessoais


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As organizaes so responsveis por uma significativa fatia das nossas experincias de vida e constituem um invlucro que raramente nos abandona, que atravessamos diariamente e nos deixa marcas, umas mais benvolas e gratificantes,outras aterradoras ou estigmatizantes. As organizaes so tudo isto e ainda veculos, talvez dos mais importantes, que crimos para cooperar e, paradoxalmente, nos magnificarmos individual ou colectivamente. Neste nosso estudo procurmos descrever e interpretar o funcionamento das organizaes, concentrando-nos em processos que consideramos hoje particularmente crticos: as institucionalizaes de sentido. A nossa hiptese de partida levou-nos a sustentar que os processos de institucionalizao e de auto-institucionalizao desempenham um papel central nas sociedades actuais, submetidas mais do que nunca a brutais oscilaes entre o orgnico e o inorgnico. A centralidade destes processos de auto-institucionalizao tentada e, em alguns casos, consumada decorre do facto de se assistir a uma crescente impregnao do social e do pessoal pelo institucional como condio para uma maior eficcia quer dos indivduos, quer das organizaes. Institucionalizar significa encurvar a linha do tempo para fazer existir algo, criar um tempo prprio para que um nome, uma imagem, um valor, uma rotina, um produto, enfim, um edifcio de sentido possa perdurar. Trata-se de um jogo que consiste em procurar as melhores oportunidades para os nossos projectos e ambies (alis, no caso da nossa prpria auto-institucionalizao como se dissssemos: suspenda-se o tempo linear para que esta representao ou verso mtica de mim possa existir e vingar). De forma mais dramtica ou mais ldica, tal tipo de jogo generalizou-se e tem como palco privilegiado, mas no exclusivo, os media. Em resumo: institucionalizar sempre ralentir son histoire (Michel Serres), introduzir uma temporalidade mtica no tempo histrico da comunicao e ocupar um lugar numa estrutura institucionalizada de memria, retirando da considerveis vantagens simblicas e materiais. No restringimos, pois, estas observaes esfera organizacional. A compulso generalizada a tudo tornar instituio arrasta-nos a ns prprios enquanto indivduos, traindo um intenso desejo de permanecer, de resistir volatilidade social, ao anonimato, de tal modo que podemos falar hoje em instituies-sujeito e em sujeitos-que-se-modelam-como-instituies. Pela sua prpria auto-institucionalizao os indivduos procuram criar um campo de influncia, estabelecer uma cotao ou uma reputao, fundar um valor pelo qual possam ser avaliados numa bolsa de opinio pblica ou privada. Qual o pano de fundo de tudo isto? O anonimato, causador de to terrveis e secretos sofrimentos. Alguns breves exemplos: a panteonizao ou, alis, a vontade de panteo de Andr Malraux; o processo de auto-santificao de Joo Paulo II, como que a pr-ordenar em vida o percurso da sua prpria beatificao; o gnio cannico dos poetas fortes, teorizado por Harold Bloom; o mpeto fundacional que se manifesta na intrigante multiplicao no nosso pas de fundaes particulares civis criadas por indivduos ainda vivos; ou, mais simplesmente, a criao de um museu dedicado vida e carreira musical da teen-diva Britney Spears, antes mesmo de completar vinte anos. Mas, afinal, o que fizeram desde sempre os homens quando institucionalizavam actividades, prticas ou smbolos? Repetiam um sentido e,repetindo-o, distinguiam-no de outros sentidos, conferindo-lhe um valor que devia ser protegido. A ritualizao, ou, se se quiser, um processo de institucionalizao, envolve, entre outros aspectos, a proteco desse valor estimvel para um indivduo, uma faco, um agrupamento ou uma comunidade. Processos de institucionalizao, e mesmo de auto-institucionalizao, sempre os houve. No encontraremos aqui grande novidade. Os gregos fizeram-no com os seus deuses, institucionalizando no Olimpo vcios e virtudes bem humanas. Quanto s vulnerabilidades e aos colapsos da nossa existncia fsica e moral, as tragdias e as comdias helnicas tornaram-nos a sua verdadeira matria prima. A novidade reside sobretudo nos meios que hoje concebemos para realizar a institucionalizao ou a auto-institucionalizao, bem como na escala em que o fazemos. A nossa actual condio digital, por mais que a incensemos, no muda grande coisa questo de base, isto , que as projeces de eternidade permanecero enquanto o inorgnico continuar a ser o desafio que ciclicamente reduz a nada o que somos e nos faz desejar, por isso mesmo, ostentar uma mscara de durao. Defendemos tambm neste estudo a ideia de que as narrativas, sendo explcita ou implicitamente o contedo do institudo, so simultaneamente o meio ou o operador da institucionalizao de sentido (no o nico, certamente, mas um dos mais importantes). O acto de instituir consubstancial do acto narrativo. Instituir algo relatar, com pretenso legitimidade, quem , o que e a que privilgios e deveres fica submetido esse institudo, trate-se de uma ideia, valor, smbolo, organizao ou pessoa. Mesmo quando a complexidade do discurso jurdico parece querer significar que se instituem apenas normas ou leis, bem como o respectivo regime sancionatrio, o que, na verdade, se institui ou edifica (o que ganha lugar, volume, extenso material e simblica) so sempre redes de relaes e redes de sentido, isto , narrativas, histrias exemplares. A institucionalizao o mecanismo pelo qual respondemos, narrativamente, disperso dos sentidos, a uma deficiente focagem da ateno social ou da memria, e procuramos estabilizar favoravelmente mundos de sentido, sejam eles reais ou imaginados. Apresentemos, muito sumariamente, algunspontos que nos propusemos ainda desenvolver: Num balanceamento permanente entre orgnico e inorgnico (pois os tempos so de disperso do simblico, de des-legitimao, de incerteza e de complexidade), as organizaes erguem edifcios de sentido, sejam eles a cultura empresarial, a comunicao global, as marcas, a imagem ou a excelncia. Neste contexto, a mera comunicao regulada, estratgica, j no cumpre eficazmente a sua misso. A institucionalizao um dos meios para realizar a durao, a estabilizao de projectos organizacionais e de trajectos individuais. Mas nem os prprios processos de institucionalizao se opem sempre eficazmente s bolsas de inorgnico, potencialmente desestruturantes,que existem dentro e em torno da organizao. Os processos de institucionalizao no constituem uma barragem contra o Pacfico. A eroso e o colapso espreitam-nos, ameaando a organizao, como ameaam igualmente as ambies dos indivduos na esfera pblica ou mesmo privada. Uma das respostas preventivas e, em alguns casos, tambm reparadoras de vulnerabilidades, eroses e colapsos (seja de estruturas,de projectos ou de representaes) a auditoria. As auditorias de comunicao, alis como as de outro tipo, so prticas de desconstruo que implicam fazer o percurso ao invs, isto , regressar do institudo anlise dos processos de institucionalizao. O trabalho de auditoria para avaliar desempenhos, aferindo o seu sucesso ou insucesso, comea a ser progressivamente requisitado pelas organizaes. Tivemos, alis, a oportunidade de apresentar uma abordagem narrativa-estratgica de auditoria de comunicao, recorrendo, para o efeito, a algumas intervenes que acompanhmos em diversas empresas e instituies, as quais, em vrios momentos, se comportaram como verdadeiras organizaes cerimoniais, retricas. Assim, comemos por destacar as dificuldades que uma jovem empresa pode sentir quando procura institucionalizar, num mercado emergente, novos conceitos como os de produto tecnolgico e fbrica de produtos tecnolgicos. Vimos, em seguida, como uma agncia de publicidade ensaiou a institucionalizao de um conceito de agncia portuguesa independente, ambicionando alcanar o patamar das dez maiores do mercado publicitrio nacional. Uma instituio financeira deu-nos a oportunidade de observar posicionamentos de mercado e prticas de comunicao paradoxais a que chammos bicfalos. Por fim, e reportando-nos a um grande operador portugus de comunicaes, apresentmos alguns episdios erosivos que afectaram a institucionalizao do uso de vesturio de empresa pelos seus empregados. Haver um conhecimento rigoroso das condies em que funcionam hoje as organizaes enquanto sistemas de edificao e de interpretao de sentido? No o podemos afirmar. Pela nossa parte, inventarimos filiaes tericas, passmos em revista figuraes, prticas e operatrias. Analismos as condies em que se institucionalizam, vulnerabilizam, colapsam e reparam estruturas de sentido, seja nas organizaes seja em muitas outras esferas sociais e mesmo pessoais. Um glossrio mnimo com conceptualizaes por ns prprios criadas ou afinadas podia contemplar as seguintes entra das, entre muitas outras possveis: quadro projectado, quadro literal, mapa de intrigas, capacidade de intriga, tela narrativa, narrao orgnica e fabuladora, narrativa cannica, edifcio de sentido, estrutura institucionalizada de memria, memria disputada, cotao social, processo de institucionalizao e de auto-institucionalizao,institucionalizao sob a forma tentada, actividade padronizada, trabalho de reparao de sentido. Diramos, a terminar, que a comunicao, tal como a entendemos neste estudo, o processo pelo qual os indivduos e as organizaes realizam a institucionalizao, isto , disputam, mantm viva e activa uma memria e, ao mesmo tempo, previnem, combatem ou adiam as eroses e os colapsos de sentido que sempre acabam por vir dos seus ambientes interiores ou exteriores. A comunicao est hoje, claramente, ao servio da vontade de instituir que se apoderou dos indivduos, dos grupos e das organizaes,e pela qual enfrentam e respondem aos inmeros rostos do inorgnico, a comear, como tantas vezes referimos, pelo anonimato. No estranharemos, ento, que seja por uma comunicao com vocao institucionalizadora que marcamos e ritualizamos (fazemos repetir, regressar ou reparar) o que, para ns, indivduos ou organizaes, encerra um valor a preservar e que julgamos encerrar um valor tambm para os outros.

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O presente trabalho tem o objetivo de analisar a percepo dos egressos do Curso de Licenciatura Plena da URCA, sob os impactos da formao inicial em servio, na prtica docente. Encontramos na abordagem qualitativa a metodologia adequada para alcanar nossos objetivos e responder s questes levantadas. Portanto, a pesquisa qualitativa possibilitar compreender e interpretar o objeto em estudo, com base na perspectiva dos sujeitos envolvidos. Escolhemos como amostra o universo de 09 professores da rede municipal de Crato, egressos do programa de formao em servio da URCA, que desenvolvem suas atividades profissionais no campo e na cidade, com experincias de vida diferenciada, professores em efetiva regncia de classe. Como instrumento de coleta de dados, utilizamos entrevista parcialmente estruturada. Os resultados alcanados levam-nos a perceber que o Curso de Licenciatura Plena da URCA significou uma oportunidade para elevar o nvel de formao e melhorar a atuao profissional dos professores. As motivaes para a realizao do curso esto relacionadas atual legislao, que estabelece um prazo para que todo professor da Educao Bsica, exceto educao infantil, tenha curso superior. A durao de apenas dois anos foi colocada como fator de insatisfao, tendo algumas reas contedos fragmentados e aligeirados, acompanhados de um distanciamento entre formao e a realidade da escola. Embora o projeto do curso ressalte a relao teoria e prtica, os professores investigados no perceberam-na no decorrer do curso. O pouco tempo dedicado ao estudo foi apontado como dificuldade para o aprofundamento dos contedos. Os resultados revelam que o Programa de Licenciatura Plena da URCA significou uma oportunidade para que os professores elevassem o nvel de formao. No entanto, precisa ser revisto, no sentido de promover uma slida formao terica e a reflexo da prtica docente na perspectiva da ao refletida e transformadora mediada pelo conhecimento.

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RESUMO: Nos ltimos trinta anos, em Portugal, ocorreram processos de democratizao poltica e de modernizao da sociedade e das instituies, tendo como impulso as vontades nacionais e as mudanas ocorridas no Mundo em globalizao, lideradas, no campo da educao, por agentes como a OCDE ou o Banco Mundial, e pela integrao de Portugal na Unio Europeia. implementao da(s) reforma(s), correspondeu uma mudana de paradigma educativo e organizacional, a criao de uma escola para todos, a emergncia de novos alunos e de novos mandatos Escola, a contingncia de novas respostas educativas. Tais reformas constituiram instrumentos de mudana das organizaes escolares e do sistema educativo, mas tambm do que significa ser professor, reformulando o desempenho e a performatividade docente (Ball, 2002), induzindo uma nova identidade social (Bernstein, 1996 e Dubar, 2006), produzindo novos modos de fabricao da alma dos professores (Foucault, 1996). Neste sentido, a autora procurou analisar, numa perspectiva crtica, as representaes de professores do Ensino Bsico, sobre os mecanismos de (re)configurao das suas identidades/perfis profissionais, recorrendo a uma investigao qualitativa descritiva, que privilegia a anlise de contedo dos seus discursos sobre o tema, recolhidos segundo a tcnica focus group. O estudo indiciou que os alunos so factor de realizao, de risco e de mudana do perfil docente, actuando como uma quinta dimenso da (re)construo identitria dos Professores, a par da formao, do associativismo, do Estado e do Mercado, constituindo factor importante a ter em conta nos estudos sobre identidade docente. ABSTRACT: In the past thirty years, in Portugal, radical changes on politics and policies have been occurring, to achive the society and its institutions democratization and modernization, led by national wills and the changes occured in the World, stimulated, in the Education area, by global agencies like OECD, or the World Bank, and the integration of Portugal in the European Union. These reforms are connected to a new educational and organizational paradigm, the creation of a school for all, the emergence of new pupils, new demands to School and teachers, the imperative of new pedagogical solutions for educational problems, and are not only changing instruments in schools and in the educational system, but are also a powerful way to change what to be a teacher means, to re-formulate the teaching performance and performativity (Ball, 2002), to recompose his/her social identity (Bernstein, 1996; Dubar, 2006), or, in Michel Foucault (1996) words, to produce new ways to manufacture teachers soul. In this sense, the author intended to analyze, on a critical perspective, the representations of portuguese teachers of basic education (K12), on the mechanisms of (re)configuration of their professional identities/profiles, appealing to a qualitative descriptive research, which privileges the analysis of content of their speeches on the subject, collected according to the focus group technique, what, in its development, was brought near a circle of culture (in the sense of Paulo Freires pedagogy). At least, pupils are the most important references and motivation to teachers changes, reflecting professional satisfaction and well done, but also risk, acting like a fifth dimension of teachers identity (re)construction, together with training, associative involvement, State and Market, and they must be considered on teatching identity studies.

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Este estudo de investigao teve como propsito trazer luz as necessidades para o desenvolvimento da oralidade nas escolas. Isso novo na prtica de ensino da lngua no Brasil, especialmente entre os professores no ensino fundamental. O estudo objetivou analisar as representaes/percepes realizadas por professores do ensino fundamental em uma escola pblica Joo Pessoa (Paraba, Brasil), em 2009 e 2010. Foi dada nfase ao fenmeno da Oralidade, depois da reflexo sobre as diretrizes da mesma no processo educacional da sociedade brasileira e acerca do pluralismo cultural. Esta reflexo teve em mente o exerccio da cidadania e o desenvolvimento da conscincia crtica entre os alunos. Em primeiro lugar, abordamos a reviso da literatura sobre oralidade: histrico, evoluo, o papel da lingustica, sua caracterizao ao longo dos tempos, seu impacto no ensino. Em seguida, levamos em considerao o conceito de oralidade abordado no PCN (Parmetro Curricular Nacional). Finalmente, tentamos reunir informaes sobre como a fala/oralidade vista hoje nas escolas, a fim de preparar os alunos para enfrentar situaes adversas fora da sala de aula e ajud-los a melhorar significativamente o aprendizado da lngua, num sentido crtico da cidadania. Foi utilizada a metodologia qualitativa de investigao para coletar dados: entrevistas estruturadas com oito professores, de acordo com um roteiro previamente definido, relacionadas com a reviso da literatura e o PCN. As entrevistas destinaram-se a obter suas opinies sobre oralidade, quo diferentes eles eram dos princpios expressos no PCN e de como eles integram a oralidade em suas prticas de ensino. Da anlise realizada e anlise do contedo das entrevistas, foi possvel afirmar que o ponto-de-vista dos professores foi, por vezes, contra as opinies expressas no PCN. Professores tendiam a concentrar-se nas habilidades de ler, porque acreditavam que era "uma forma de abordar o modo oral na sala de aula" e no "uma maneira de minimizar o uso da lngua oral" e a promoo da cidadania ativa num mundo globalizado e multicultural. Professores de diferentes disciplinas curriculares compartilharam esta viso. Portanto, os resultados deste estudo apontam para a necessidade de considerar a oralidade nas escolas como um objeto de estudo, habilitando os alunos a desenvolver sua participao na sociedade, atravs de assuntos de diferentes matrias e evidenciar a importncia do seu senso crtico na aprendizagem que, por sua vez, aumenta suas potencialidades de participar neste mundo globalizado, multicultural.

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O presente estudo teve como objetivo analisar as concepes e prticas pedaggicas dos professores de Educao Fsica da Rede municipal de Aracaju. Para tal, destaca-se nessa pesquisa, o papel da disciplina Educao Fsica para a promoo da sade, numa abordagem voltada para a Sade Renovada, ou seja, para a introduo da educao da sade para os alunos integrantes das sries iniciais e ensino fundamental, dado os inmeros casos de sedentarismo, em decorrncia dos avanos tecnolgicos e a ingesto de produtos industrializados. Portanto, todos esses aspectos, no se referem ao objetivo geral da Educao Fsica nas escolas, e sim, a importncia da concepo da sade renovada como componente imprescindvel no processo de ensino e aprendizagem da disciplina para o alunado. Atravs dos resultados obtidos na pesquisa e nas anlises de dados, constatou-se que os docentes aplicavam em suas prticas educacionais vrias abordagens pedaggicas referentes rea de atuao da Educao Fsica escolar.

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Ao fazermos a reviso da literatura, somos conduzidos definio de Literacia Informtica, como sendo o conjunto de conhecimentos, competncias e atitudes em relao aos computadores que levam algum a lidar com confiana com a tecnologia computacional na sua vida diria. Constatmos que o uso, pelos professores das Tecnologias de Informao e Comunicao (TIC), mostraram ser estes recursos um meio importante para o favorecimento do sucesso dos estudantes, mas que os professores ainda no as utilizam regularmente em sala de aula nem as integram nas suas planificaes. Porm, outros trabalhos de investigao sobre o uso das TIC na sala de aula mostram que, por si s, estas novas tecnologias no tm assegurado transformaes nas prticas pedaggicas. Desafiam-se, assim, as competncias dos professores, tornando-se insuficiente a sua formao inicial e apontando-se para a sua formao ao longo da carreira profissional. Da anlise e triangulao dos dados recolhidos nesta pesquisa, verificmos existirem constrangimentos ao uso dos QIM e observamos questes pertinentes: As escolas do 1 ciclo ainda no esto equipadas com estes novos recursos nas suas salas de aula e os outros graus de ensino no os possuem em nmero suficiente. Os docentes consideram que a no utilizao se deve ausncia de aces de formao, inexistncia de applets ou aplicaes dedicadas de contedos especficos para serem usados nos QIM, obrigando-os, inicialmente, a um esforo suplementar na preparao de aulas. As vantagens apontadas por estes actores centram-se, essencialmente, na contribuio para um ensino mais dinmico, o possibilitar a construo interactiva do conhecimento, contribuindo para a criao do gosto pela matemtica e podendo existir a memria da aula e ser colocada pelo professor disposio dos seus alunos, atravs da Internet. Uma percentagem significativa de professores refere que este instrumento pedaggico- -didtico no contribui para a diminuio do insucesso, mas, ao mesmo tempo, consideram que os QIM podem ser um meio facilitador da aprendizagem. Um dos aspectos positivos desta pesquisa verificarmos que existe uma grande conscincia por parte dos professores na necessidade de alterao das prticas, no modo como se pensa a aula caso contrrio, a utilizao das novas tecnologias no tem qualquer sentido.

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O objectivo principal desta tese tentar perceber como que os professores de uma escola secundria no centro de Lisboa reagem a necessidade de uma pedagogia diferenciada na sala de aula. O estudo pretende avaliar (a) se os professores envolvidos tm conscincia do que uma pedagogia diferenciada exige; (b) se os professores levam em considerao as dificuldades discursivas, as diferenas cognitivas e motivacionais dos alunos na sala de aula; (c) se promovem actividades para dar resposta as diferenas dos alunos. O estudo, um estudo de caso envolveu cinco professores de diferentes reas (Portugus, Francs, Ingls, Geografia e Matemtica) de uma turma do 7 ano de escolaridade, no ano acadmico de 2008-2009. Uma entrevista semi estruturada com 12 itens para uma anlise, foi apresentada aos professores. Alm disso uma grelha para observao das prticas lectivas dos professores foi aplicada aos sujeitos do estudo. O objectivo era comparar a recolha directa de dados oriundos da observao na sala com o contedo das entrevistas e, deste modo avaliar se haveriam diferenas entre as percepes dos professores sobre as suas prticas e aquilo que de facto fazem na sala de aula. A anlise descritiva de pesquisa permitiu afirmar que os professores envolvidos no estudo esto sensibilizados para os princpios de uma pedagogia diferenciada e respondem positivamente as diferenas com que se deparam na sala de aula. Deste modo conseguem promover actividades adequadas de modo a desenvolver o potencial pessoal dos alunos, tornando-os cidados activos para mais tarde melhorar e / ou renovar o mundo que herdaram dos seus antepassados.

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O fracasso escolar tem seu enraizamento na implantao de um sistema pblico de ensino na dcada de 1920, a qual exerceu decisiva influncia sobre os rumos da educao no pas nos anos subseqentes. Embora tenha sido apenas a partir dos anos trinta que o crescimento de uma rede pblica de ensino se tornou realidade com o advento do processo de urbanizao e industrializao. Tal rede de ensino se orientou pela perspectiva do iderio da Escola Nova. A finalidade deste estudo tem como foco investigar o fracasso escolar a partir da viso de professores dos anos iniciais do ensino fundamental das escolas municipais da cidade de Cajazeiras - PB. Neste contexto, os sujeitos estudados foram os professores dos anos iniciais de escolas pblicas, situadas na citada localidade. Utilizou-se como fundamentao metodolgica, a abordagem qualitativa. Para tanto, os dados foram analisados mediante embasamento terico contemplando a interlocuo com Laurence Bardin (2004) e pelo software Alceste (REINERT1990). Os resultados demonstram que, na construo da viso do professor, as referncias mais apontadas como responsveis diretos pela produo desse fenmeno dentro da escola, foram os alunos e a famlia.

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Na tentativa de encontrar respostas que venham contribuir de forma positiva sobre a problemtica da indisciplina escolar, foi desenvolvida uma investigao em uma unidade estadual de ensino, que teve como objetivo amplo analisar os olhares dos professores em face da indisciplina no ambiente escolar. Foram sujeitos da pesquisa 14 professores, de 5 a 8 srie do ensino fundamental e o instrumento metodolgico utilizado foi a entrevista semi estruturada com o intuito de verificar suas vises sobre a indisciplina no ambiente. Os docentes bastante preocupados sugeriram algumas alternativas, como discusses com os alunos sobre os efeitos dos atos indisciplinares, para a vida escolar e humana; oportunidade de envolvimento, destes tidos como indisciplinados, em atividades diversas; inovao das aes pedaggicas e outras. Para responder a esta diversidade de situaes recorreu-se a tericos: Aquino (1996), Arajo (1996), De La Taille (2001); Estrela (2002). Concluiu-se que, o entendimento dos atos indisciplinares bastante complexo, tem a interveno do contexto social, educacional e sinaliza uma resposta compreenso que os alunos fazem desta escola que ainda se apresenta estruturada nos moldes tradicionais. Conclui-se ainda que os mesmos no se adaptam e encontram uma maneira, toda deles, de mostrar o repdio e o desagrado ao modelo de educao oferecido

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Esta dissertao parte do estudo dos operadores dissertativo-argumentativos, tambm chamados de conectivos, para verificao de sua influncia na construo de textos em concursos vestibulares na consecuo da coeso e da coerncia que se pretende ao texto no momento da sua leitura e avaliao por parte dos examinadores de uma banca, qual se submetem os candidatos a uma vaga no nvel superior. O substrato de trabalho constitudo por um conjunto de redaes produzidas no vestibular do Instituto Federal de Sergipe para ingresso de alunos nos cursos de nvel superior para o ano letivo de 2009. Essas redaes foram avaliadas pela banca examinadora constituda de professores de Lngua Portuguesa do quadro efetivo de docentes do referido Instituto. Foram seguidos critrios em que o grau de coeso e coerncia representa requisito relevante para considerao do desempenho dos candidatos. Pretendemos, assim, verificar se h dependncia ou independncia, na prtica, no emprego de operadores de coeso e coerncia e a nota atribuda pelos avaliadores nesses aspectos colocados na ficha de avaliao como distintos. Em entrevista com professores envolvidos no processo de correo, detectamos que eles mesmos tm dificuldades em estabelecer parmetros que favoream uma correo precisa no que concerne dicotomia coeso/coerncia. Ao fim das anlises, constatamos a ocorrncia dessa dependncia: quando os operadores selecionados no se apresentam devidamente, a nota do candidato prejudicada simultaneamente nos campos de coeso e coerncia, ao passo que, quando os operadores selecionados se apresentam devidamente, a nota do candidato beneficiada nesses dois campos.

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A incluso de alunos com Paralisia Cerebral, nas classes regulares, est intimamente ligada s atitudes dos professores. Com este estudo pretendo contribuir para um melhor conhecimento das atitudes dos professores dos Concelhos de Mura, Alij e Vila Pouca de Aguiar, pertencentes ao Distrito de Vila Real, de modo a dar uma ajuda no esclarecimento de alguns aspectos relativos incluso no ensino regular de alunos com Paralisia Cerebral. Realizei um inqurito a 50 docentes da Educao Pr-escolar e 100 docentes do Ensino Bsico, de forma a analisar alguns factores que podem influenciar as atitudes dos docentes perante a incluso destes alunos nas classes regulares. Analisados os dados dos inquritos e de uma forma geral, verifiquei que a maioria dos professores no possui formao na rea da Educao especial, desconhecem ou no tm materiais didcticos adequados. A falta de recursos humanos e materiais condicionam muito a incluso destes alunos. Assim sendo, seria benfico para alunos e professores, o acesso dos docentes a formaes sobre este tema, colocao nas escolas de mais tcnicos especializados, aquisio de materiais especficos, para que se possa proporcionar/maximizar as potencialidades de cada aluno portador de paralisia cerebral.

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O humor grotesco das pantomimas e dos mitos, o humor festivo das brincadeiras e o humor crtico dos excessos em mitos e sketches podem ser lidos como formas de conhecimento nativo sobre o mundo e sobre as relaes que mantm esse mundo interconectado. A exegese nativa da imagtica humorstica revela valores cruciais relacionados s concepes kaxinawa sobre socialidade e agncia ritual. Estamos lidando com discursos icnicos sobre a qualidade das relaes entre pessoas e entre pessoas e o mundo animado. O humor do corpo grotesco, que faz dialogarem partes de corpos como foras autnomas, e o humor festivo, cujo riso contamina a moral dos "donos" das substncias, tm alta eficcia ritual, motivando foras csmicas a agirem em prol da humanidade. Qual o saber expresso pelo humor? O humor expressa um conhecimento de como agir sobre o mundo que os protagonistas dos mitos careciam. Nos mitos, os poderosos donos de saberes cruciais vida eram conquistados e mortos. No ritual, estes mesmos seres so "alegrados" e seduzidos. A agncia ritual subverte o tempo mtico do conflito para produzir o tempo histrico, um tempo no qual pessoas so produzidas com base nas qualidades construtivas de seres poderosos, conhecidos por suas capacidades predatrias.

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O tema da avaliao de desempenho dos professores continua a ser um tema muito presente no dia-a-dia de uma escola. O atual modelo de avaliao veio revolucionar o meio e acabou por trazer com ele o descontentamento dos professores. Face a este descontentamento, procurmos, investigar a exequibilidade de um novo instrumento de avaliao: o e-porteflio. Assim, o foco deste estudo de caso centra-se em estudar a praticabilidade da utilizao de um instrumento de avaliao alternativo, o e-portflio, enquanto instrumento de partilha entre os docentes e possvel instrumento de avaliao de desempenho. Para o efeito desenvolvemos um estudo de natureza qualitativa, tendo realizado entrevistas semiestruturadas a um conjunto de professores do ensino bsico, e posteriormente procedido sua anlise de contedo. Da anlise e interpretao dos resultados conclumos que os docentes consideram que a partilha de materiais, atravs de e-porteflios, veio facilitar a vida dos professores e que estes assumem-se como um auxlio precioso e vantajoso no dia-a-dia dos docentes. Conclumos, tambm, que o e-porteflio poder ser um possvel instrumento de avaliao a adotar, desde que rigorosa e criteriosamente utilizado, uma vez que poder estar bem visvel parte do trabalho que os professores realizam. Os dados alertam, ainda, para a necessidade de uma reflexo, por parte da tutela, para a constante falta de tempo e excesso de burocracias mencionadas pelos professores.

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Apresenta-se estudo sobre o preparo de professores para realizarem aes que visam identificao e atendimento de escolares com problemas de sade. Pretendeu-se oferecer subsdios para o planejamento de programas de treinamento de docentes aos setores governamentais interessados na temtica. A populao foi constituda por 532 professores da primeira srie do primeiro grau, de escolas estaduais situadas em treze municpios do Estado de So Paulo, Brasil, onde inicialmente foi implantado o "Sistema Integrado de Atendimento Mdico ao Escolar". Utilizou-se questionrio como instrumento de medida. Os resultados revelaram que 74,3% dos professores se consideraram atingidos pela orientao sobre observao de sade e medidas para solucionar desvios de sade. A cobertura na orientao transmitida pelos orientadores de aes de assistncia ao escolar (OAE) variou, entre os municpios, nos limites de 70 a 100%. A relao entre o fato de o professor ter recebido explicaes do OAE e o melhor grau na auto-avaliao de preparo, indica, provavelmente, eficcia do trabalho do OAE. Recomenda-se incremento de orientao na rede estadual de ensino, ampliando os conhecimentos sobre sade e a compreenso do professor a respeito de sua participao em programas de sade escolar.

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Dissertao apresentada para obteno do grau de Mestre em Educao Matemtica na Educao Pr-Escolar e nos 1. e 2. Ciclos do Ensino Bsico na especialidade de Didctica da Matemtica