801 resultados para Occupational Health Nursing
Resumo:
Objetivou-se nesse estudo identificar os fatores de risco psicossocial que o enfermeiro residente encontra-se exposto em unidades especializadas; descrever as repercussões dos fatores de risco psicossocial para a saúde do enfermeiro residente em unidades especializadas e analisar as formas de enfrentamento adotadas pelo enfermeiro residente diante dos riscos psicossociais em unidades especializadas. Pesquisa qualitativa do tipo exploratória descritiva, cujo campo foi um hospital universitário situado no município do Rio de Janeiro. A partir dos critérios de seleção adotados participaram do estudo 20 enfermeiros residentes do 1 e 2 anos, lotados em unidades especializadas (CTI adulto, UTI neonatal, CTI cardíaco, UI clínica, Unidade Coronariana e Unidade de Doenças Infecto Parasitárias). O estudo obedeceu aos aspectos éticos em conformidade com a Resolução 466/12 sendo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (067/2012). Utilizou-se a técnica de entrevista semiestruturada mediante um instrumento contendo em sua primeira parte as características dos sujeitos e na segunda um roteiro com questões abertas que possibilitaram ao residente falar sobre os riscos no ambiente laboral, o modo como era afetado e os mecanismos de enfrentamento adotados. Ao término das entrevistas, realizadas no segundo semestre de 2012 e registradas em meio digital, aplicou-se a técnica de análise de conteúdo, sendo os resultados discutidos a luz da Psicodinâmica do Trabalho. Os resultados evidenciaram que o enfermeiro residente de unidades especializadas encontra-se exposto a inúmeros fatores de risco psicossocial e entre eles: a sobrecarga física e psíquica do trabalho, a ambiguidade de papéis, o relacionamento interpessoal conflituoso, a pouca autonomia, o baixo controle em relação ao processo de trabalho e a precariedade das condições de trabalho. Tais fatores, além de afetarem o processo de formação do residente, acarretam prejuízos a sua saúde física e mental; identificados a partir de queixas como: cansaço, estresse, desgaste, padrão de sono ruim, problemas gastrintestinais, dermatológicos e osteomusculares. Diante do sofrimento no trabalho, o enfermeiro residente elabora estratégias de manejo centradas na emoção (autocontrole, aceitação das responsabilidades, fuga, confronto e resignação) e no problema (negociação, tentativa de solução, suporte social, reavaliação positiva). Concluiu-se que o enfermeiro residente encontra-se exposto a inúmeros fatores de risco psicossocial em unidades especializadas que afetam a sua saúde física e mental. No intuito de concluir a residência e preservar a saúde, o residente elabora estratégias de manejo, que apesar de essenciais não eliminam o sofrimento no trabalho e os problemas vivenciados no dia a dia. Cabe ao órgão formador identificar, monitorar e combater os riscos referidos pelo residente no intuito de promover a capacitação, a satisfação e o bem estar no trabalho, ao se considerar a responsabilidade social pela formação, saúde e inserção do futuro profissional no mercado de trabalho.
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O presente estudo tem como objeto o presenteísmo em trabalhadores de enfermagem e as repercussões para a saúde do trabalhador e para a organização do trabalho. Considerando a natureza do objeto e as questões norteadoras, elaboraram-se os seguintes objetivos: Identificar a visão dos trabalhadores de enfermagem de um hospital geral sobre o presenteísmo na enfermagem; descrever os fatores que contribuem para o presenteísmo em trabalhadores de enfermagem de um hospital geral; e analisar as repercussões do presenteísmo para a saúde do trabalhador de enfermagem e para o processo de trabalho hospitalar. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa e protocolado com o número 419.673. Optou-se pelo método qualitativo do tipo exploratório e descritivo. O campo foi um hospital universitário situado no município do Rio de Janeiro. Participaram do estudo 39 trabalhadores de enfermagem (vinte e cinco técnicos de enfermagem e quatorze enfermeiros) lotados nas unidades de internação clínica. Na coleta dos dados, trabalhou-se com a técnica de entrevista do tipo semiestruturada mediante um roteiro, sendo os dados obtidos no mês de dezembro de 2013. Na caracterização dos entrevistados, utilizou-se um instrumento autoaplicado. No tratamento dos depoimentos recorreu-se à análise de conteúdo do tipo temática, que apontou os seguintes resultados: os participantes do estudo identificaram o presenteísmo no ambiente laboral, pelo fato de terem vários trabalhadores que comparecem ao serviço com problemas de saúde crônicos e agudos, que afetam a dinâmica e a qualidade do serviço ofertado. Diante desta realidade laboral, os trabalhadores se posicionam no sentido de manter a coesão grupal e acolher o trabalhador. No entanto, existe insatisfação por parte do grupo por se sentir sobrecarregado diante das demandas dos pacientes e demais atividades, sendo a qualidade do serviço afetada. Sobre os fatores que contribuem para o presenteísmo, identificou-se a precarização da força de trabalho, o comprometimento profissional com a instituição e os aspectos psicossociais; ou seja, fatores externos ao trabalho. Quanto às repercussões do presenteísmo para a saúde do trabalhador e o processo de trabalho, evidenciou-se que o presenteísmo é um fator que piora o estado de saúde do trabalhador, com necessidade de afastamento temporário do posto de trabalho e procura por atendimento médico durante o expediente. Como não há substituição de pessoal, a equipe tem de se reorganizar para atender as demandas de cunho técnico e assistencial, gerando conflitos no grupo. Conclui-se que, na visão dos trabalhadores o presenteísmo além de contribuir para a piora do estado de saúde do trabalhador, afeta negativamente o relacionamento interpessoal e a qualidade do serviço ofertado. Há necessidade de se diagnosticar e monitorar as condições de saúde dos trabalhadores por parte do Serviço de Saúde Ocupacional, através de exames admissionais e periódicos, de modo que sejam garantidos tratamento e acompanhamento adequados ao estado de saúde. Ratifica-se a relevância de condições de trabalho adequadas e que não exponham ainda mais os trabalhadores aos riscos presentes no ambiente laboral. Recomenda-se a continuidade de estudos sobre o presenteísmo tendo em vista o atual modelo neoliberal e o processo de precarização da força de trabalho no setor saúde.
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Estudo de comparação entre dois métodos de coleta de dados, através da aplicação de um software, para avaliação dos fatores de risco e danos no trabalho de enfermagem em hospital. Objetiva analisar o uso do software (eletrônico) em comparação com o uso do instrumento impresso. Trata-se de um estudo estatístico, descritivo com abordagem quantitativa, desenvolvido nas enfermarias dos Serviços de Internações Clínicas e Serviços de Internações Cirúrgicas de um Hospital Universitário, no estado do Rio de Janeiro. A população do estudo foram os trabalhadores de enfermagem das unidades. A amostra foi definida por meio de amostragem não-probabilística e alocação da amostra ocorreu de forma aleatória em dois grupos, denominados grupo impresso e grupo eletrônico, com 52 participantes cada. Previamente a coleta de dados foram implementadas estratégias de pesquisa denominada teaser, através da comunicação digital aos trabalhadores. Posteriormente, foi ofertado aos participantes do formato impresso o questionário impresso, e os participantes do formato eletrônico receberam um link de acesso a home page. Os dados foram analisados através da estatística descritiva simples. Após a aplicação do questionário nos dois formatos, obteve-se resposta de 47 trabalhadores do grupo impresso (90,3%), e 17 trabalhadores do grupo eletrônico (32,7%). A aplicação do questionário impresso revelou algumas vantagens como o número de pessoas atingidas pela pesquisa, maior interação pesquisador e participante, taxa de retorno mais alta, e quanto às desvantagens a demanda maior de tempo, erros de transcrição, formulação de banco de dados, possibilidades de resposta em branco e erros de preenchimento. No formato eletrônico as vantagens incluem a facilidade de tabulação e análise dos dados, impossibilidade de não resposta, metodologia limpa e rápida, e como desvantagens, o acesso à internet no período de coleta de dados, saber usar o computador e menor taxa de resposta. Ambos os grupos observaram que o questionário possui boas instruções e fácil compreensão, além de curto tempo para resposta. Os trabalhadores perceberam a existência dos riscos ocupacionais, principalmente os ergonômicos, biológicos e de acidentes. Os principais danos à saúde provocados ou agravos pelo trabalho percebidos pelos trabalhadores foram os problemas osteomusculares, estresse, transtornos do sono, mudanças de humor e alterações de comportamento e varizes. Pode-se afirmar que não ocorreram diferenças acentuadas de percentual ao comparar a percepção dos trabalhadores do grupo impresso e do grupo eletrônico frente aos riscos e danos à saúde. Conclui-se que os dois processos de coleta de dados tiveram boa aceitação, no entanto, deve ser indicada a aplicação do questionário eletrônico junto com a ferramenta de acesso, no caso o computador, tablet.
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The Southeast Asia and Western Pacific regions contain half of the world's children and are among the most rapidly industrializing regions of the globe. Environmental threats to children's health are widespread and are multiplying as nations in the area undergo industrial development and pass through the epidemiologic transition. These environmental hazards range from traditional threats such as bacterial contamination of drinking water and wood smoke in poorly ventilated dwellings to more recently introduced chemical threats such as asbestos construction materials; arsenic in groundwater; methyl isocyanate in Bhopal, India; untreated manufacturing wastes released to landfills; chlorinated hydrocarbon and organophosphorous pesticides; and atmospheric lead emissions from the combustion of leaded gasoline. To address these problems, pediatricians, environmental health scientists, and public health workers throughout Southeast Asia and the Western Pacific have begun to build local and national research and prevention programs in children's environmental health. Successes have been achieved as a result of these efforts: A cost-effective system for producing safe drinking water at the village level has been devised in India; many nations have launched aggressive antismoking campaigns; and Thailand, the Philippines, India, and Pakistan have all begun to reduce their use of lead in gasoline, with resultant declines in children's blood lead levels. The International Conference on Environmental Threats to the Health of Children, held in Bangkok, Thailand, in March 2002, brought together more than 300 representatives from 35 countries and organizations to increase awareness on environmental health hazards affecting children in these regions and throughout the world. The conference, a direct result of the Environmental Threats to the Health of Children meeting held in Manila in April 2000, provided participants with the latest scientific data on children's vulnerability to environmental hazards and models for future policy and public health discussions on ways to improve children's health. The Bangkok Statement, a pledge resulting from the conference proceedings, is an important first step in creating a global alliance committed to developing active and innovative national and international networks to promote and protect children's environmental health.
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The frequency and scale of Harmful Algal Bloom (HAB) and marine algal toxin incidents have been increasing and spreading in the past two decades, causing damages to the marine environment and threatening human life through contaminated seafood. To better understand the effect of HAB and marine algal toxins on marine environment and human health in China, this paper overviews HAB occurrence and marine algal toxin incidents, as well as their environmental and health effects in this country. HAB has been increasing rapidly along the Chinese coast since the 1970s, and at least 512 documented HAB events have occurred from 1952 to 2002 in the Chinese mainland. It has been found that PSP and DSP toxins are distributed widely along both the northern and southern Chinese coasts. The HAB and marine algal toxin events during the 1990s in China were summarized, showing that the HAB and algal toxins resulted in great damages to local fisheries, marine culture, quality of marine environment, and human health. Therefore, to protect the coastal environment and human health, attention to HAB and marine algal toxins is urgently needed from the environmental and epidemiological view.
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Aims. To explore parents and professionals’ experience of family assessment in health visiting (public health nursing), with a focus on the Lothian Child Concern Model (LCCM). Background. Health visitors (HVs) currently assess families as requiring core, additional or intensive support, and offer support at a corresponding level. The majority of families are assessed as core and receive no pro-active support beyond the early days. Previous assessment tools, consisting of checklists, have been criticised as being ineffective in identifying a range of health needs and unacceptable to parents and HVs. The LCCM model was developed and introduced in the study area to promote a partnership approach with parents and assess strengths as well as difficulties in parents’ capacity to care for their child. Methods. Qualitative methods were used. Ten mothers and twelve HVs took part in individual semi-structured interviews. Results. Most mothers were aware of the assessment process but some felt that they were not involved in the decision making process. Explaining the assessment process to parents is problematic and not all HVs do so. The assessment process was stressful for some mothers. HVs find the model useful for structuring and documenting the assessment process. Many believe that most families benefit from some support, using public health approaches. Families are often assessed as core because there are insufficient resources to support all those who meet the criteria of the additional category, and managers assess caseloads in terms of families with child protection concerns. Conclusions. The study findings support the concept of “progressive universalism” which provides a continuum of intensity of support to families, depending on need. Mothers would like better partnership working with HVs. Relevance to clinical practice. The study endorses proposed policy changes to re-establish the public health role of HVs and to lower the threshold for families to qualify for support.
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Our objective was to study whether “compensatory” models provide better descriptions of clinical judgment than fast and frugal models, according to expertise and experience. Fifty practitioners appraised 60 vignettes describing a child with an exacerbation of asthma and rated their propensities to admit the child. Linear logistic (LL) models of their judgments were compared with a matching heuristic (MH) model that searched available cues in order of importance for a critical value indicating an admission decision. There was a small difference between the 2 models in the proportion of patients allocated correctly (admit or not-admit decisions), 91.2% and 87.8%, respectively. The proportion allocated correctly by the LL model was lower for consultants than juniors, whereas the MH model performed equally well for both. In this vignette study, neither model provided any better description of judgments made by consultants or by pediatricians compared to other grades and specialties.
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Increasing emphasis is being placed on the evaluation of health-related quality of life. However, there is no consensus on the definition of this concept and as a result there are a plethora of existing measurement instruments. Head-to-head comparisons of the psychometric properties of existing instruments are necessary to facilitate evidence-based decisions about which instrument should be chosen for routine use. Therefore, an individualised instrument (the modified Patient Generated Index), a generic instrument (the Short Form 36) and a disease-specific instrument (the Quality of Life after Myocardial Infarction questionnaire) were administered to patients with ischaemic heart disease (n=117) and the evidence for the validity, reliability and sensitivity of each instrument was examined and compared. The modified Patient Generated Index compared favourably with the other instruments but none of the instruments examined provided sound evidence for sensitivity to change. Therefore, any recommendation for the use of the individualised approach in the routine collection of health-related quality of life data in clinical practice must be conditional upon the submission of further evidence to support the sensitivity of such instruments.
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Background: In recent years, following the publication of Tomorrow's Doctors, the undergraduate medical curriculum in most UK medical schools has undergone major revision. This has resulted in a significant reduction in the time allocated to the teaching of the basic medical sciences, including anatomy. However, it is not clear what impact these changes have had on medical students' knowledge of surface anatomy. Aim: This study aimed to assess the impact of these curricular changes on medical students' knowledge of surface anatomy. Setting: Medical student intakes for 1995-98 at the Queen's University of Belfast, UK. Methods: The students were invited to complete a simple examination paper testing their knowledge of surface anatomy. Results from the student intake of 1995, which undertook a traditional, 'old' curriculum, were compared with those from the student intakes of 1996-98, which undertook a new, 'systems-based' curriculum. To enhance linear response and enable the use of linear models for analysis, all data were adjusted using probit transformations of the proportion (percentage) of correct answers for each item and each year group. Results: The student intake of 1995 (old curriculum) were more likely to score higher than the students who undertook the new, systems-based curriculum. Conclusion: The introduction of the new, systems-based course has had a negative impact on medical students' knowledge of surface anatomy.
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Much of the evidence suggesting that inequalities in health have been increasing over the last two decades has come from studies that compared the changes in relative health status of areas over time. Such studies ignore the movement of people between areas. This paper examines the population movement between small areas in Northern Ireland in the year prior to the 1991 census as well as the geographical distribution of migrants to Northern Ireland over the same period. It shows that deprived areas tended to become depopulated and that those who left these areas were the more affluent residents. While immigrants differed a little from the indigenous population, the overall effect of their distribution would be to maintain the geographical socio-economic status quo. The selective movement of people between areas would result in the distribution of health and ill-health becoming more polarized, i.e. produce a picture of widening inequalities between areas even though the distribution between individuals is unchanged. These processes suggest potential significant problems with the area-based approaches to monitoring health and inequalities in health.