999 resultados para Hormônios Peixes
Resumo:
Fundao de Amparo Pesquisa do Estado de So Paulo (FAPESP)
Resumo:
O mercrio um perigoso metal e uma importante fonte de contaminao ambiental no Brasil e sobretudo na Amaznia. O principal rgo-alvo deste metal o SNC onde causa danos que podem levar aos sintomas clssicos: ataxia, parestesia, disartria e alteraes no desenvolvimento do sistema nervoso de crianas. A contaminao mercurial nos rios amaznicos aumenta a quantidade encontrada nos peixes, principalmente os que esto no topo da cadeia alimentar, expondo dessa forma a populaes ribeiras intoxicao mercurial, uma vez que o peixe um elemento central na dieta dessas populaes. Por isso, fundamental o monitoramento peridico dos nveis de mercrio nas espcies de peixes consumidas nessa regio. Nosso trabalho se props a identificar os nveis de metilmercrio e mercrio inorgnico nas espcies de peixes mais consumidas pelas populaes ribeirinhas da regio do Tapajs e comparlos com os nveis encontrados em peixes da mesma espcie obtidos na regio de Belm. Alm disso, realizar uma comparao com os resultados obtidos por Dos Santos et al. (2000) e analisando os nvel atuais e os antigos. Os peixes foram coletados no mercado municipal de Itaituba, no Tapajs, e no mercado do Ver-o-peso, em Belm. Amostras de msculo de cada peixe foram liofilizadas e analisadas pela Universidad de Castilla-La Mancha (Espanha) para quantificao do metilmercrio e do mercrio inorgnico. Os resultados obtidos no presente trabalho mostraram que somente os peixes piscvoros da regio do Tapajs apresentam nveis de metilmercrio acima do limite preconizado pela OMS (0,5 g/g). Em todos todos os grupos do estudo, os nveis de mercrio inorgnico esto bem abaixo deste limite. A espcie mais contaminada foi a Brachyplatystoma flavicans (dourada) chegando a ultrapassar at cinco vezes o limite de tolerncia da OMS. Com nossos dados, pode-se dizer que os peixes da regio do Tapajs continuam atualmente expostos a altas concentraes de mercrio. As espcies no-piscvoras tiveram baixas concentraes de mercrio orgnico, sendo aptas para consumo humano. O presente estudo apoia a importncia do monitoramento continuado dos ambientes considerados expostos e no expostos na Amaznia. O conhecimento originado por este monitoramento fomentar definitivamente o desenvolvimento de estratgias de preveno e de aes governamentais perante o problema da contaminao mercurial na Amaznia.
Resumo:
Atualmente, existem ao redor do mundo trs espcies de peixes-boi: a) Trichechus manatus (Linnaeus, 1758); b) Trichechus senegalensis (Link, 1795) e c) Trichechus inunguis (Natterer, 1883), todas pertencentes famlia Trichechidae. Algumas caractersticas ambientais parecem influenciar a presena dos peixes-boi em uma determinada rea, tais como: i) temperatura da gua principalmente para reas subtropicais, ii) profundidade dos corpos dgua, iii) salinidade e iv) ao das mars; v) disponibilidade de alimento e vi) baixa hidrodinamica. Apesar de as espcies de sirnios existentes no Brasil estarem protegidas pela Lei Federal de Proteo Fauna (Lei n 5.197, de 03-01-1967) e sua alterao (Lei n 7.653, de 18-12- 1987) e pela Lei de Crimes Ambientais (Lei n 9.605/98, de 12-02-98), o peixe-boi amaznico e o peixe-boi marinho ainda correm risco de desaparecimento em um futuro prximo, sendo por isso, considerados como vulnervel e muito ameaado de extino, respectivamente, pela Portaria IBAMA n 1.522/89. O presente estudo tem como objetivo investigar a ocorrncia de sirnios do gnero Trichechus com base no conhecimento ecolgico local e nos parmetros ambientais existentes na costa leste da Ilha do Maraj, no Estado do Par. Para tanto foi avaliado o nvel de conhecimento dos pescadores locais sobre os peixes-boi; mapeada as reas de ocorrncia dos peixes-boi com base no conhecimento ecolgico local e determinou as reas de maior ou menor probabilidade de ocorrncia de peixes-boi com base em indicadores ambientais. Os pescadores locais possuem um excelente conhecimento sobre o peixe-boi, informando caractersticas morfolgicas, hbito alimentar e preferncias ambientais satisfatrias. As ameaas diretas (caa) para a regio no esto evidentes devido diminuio de mo de obra especializadas, havendo apenas captura oportuna. Foi registrado durante o estudo dois encalhes na regio e segundo informaes de mortalidade de Trichechus spp. na rea, nos ltimos 50 anos morrem no mnimo 43 animais, sendo estes principalmente usados na farmacologia e consumo. O municpio de Salvaterra o com maior probabilidade de ocorrncia de peixe-boi segundo as caractersticas ambientais (menor intensidade de correntes, baixa salinidade, abundancia de alimento, menor trfego de embarcaes motorizadas) corroborando com os dados do conhecimento ecolgico local, que indica a mesma rea como de uso pelos peixes-boi. Apesar do incremento nos ltimos anos nos estudos dos peixes-boi para o estado do Par, ainda se faz necessrio o investimento maior na pesquisa acerca desses animais. A continuidade das aes relacionadas ao manejo e a conservao dos peixes-boi devem ser somadas a participao dos atores sociais para uma rede de informaes mais eficiente a fim de minimizar a perda de hbitat, os encalhes e aperfeioar as aes de resgate e reabilitaes dos sirnios no estado. A foz do rio Amazonas deve ser especialmente estudada, pois se trata de uma rea de simpatia das duas espcies ocorrentes no Brasil que influencia diretamente na conservao dos peixes-boi do todo o pas.
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Esturios so ambientes de transio entre e o continente e o oceano, onde rios encontram o mar, resultando na diluio mensurvel da gua salgada. Este estudo foi realizado a fim de determinar a composio e distribuio de ovos e estgios larvais de peixes (ictioplncton) dos esturios dos rios Curu e Muri, localizadas no nordeste paraense. Para isso foram realizadas coletas bimensais em mars vazantes diurna e de quadratura a partir de setembro de 2003 at julho de 2004. Foram pr-estabelecidas quatro estaes ao longo do esturio dos dois rios. Foram realizados medidas de condutividade, pH, temperatura e oxignio dissolvido e realizados arrastos a um metro de profundidade que foram feitos com uma rede com malha de 500m e 50 cm de abertura de boca, na qual foi acoplado um fluxmetro. Amostras foram conservadas com formol a 4%. Foram registradas 1.326 larvas, sendo que destas, 451 foram amostradas no rio Muri e 875 larvas no rio Curu. As larvas de peixes identificadas pertencem a 12 famlias ( Engraulidae, Clupeidae, Myctophidae, Gobiidae, Scianidae, Carangidae, Pleuronectidae, Tetraodontidae, Beloniidae, Soleidae, Achiriidae e Scorpaenidae ). As maiores densidades foram registradas nos meses de julho, janeiro e maro. No houve um padro espacial de distribuio das larvas com as variveis ambientais. O esturio do Municpio de Curu esteve representado principalmente por clupeiformes (famlia Engraulidae e Clupeidae ), que desempenham papel importante na teia trfica deste ecossistema assim como papel relevante na alimentao local.
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Este trabalho teve como principal objetivo estudar a riqueza e a composio da ictiofauna de igaraps de cabeceiras da regio do interflvio Madeira-Purus, e investigar se as variaes encontradas podem ser relacionadas s caractersticas ambientais e/ou as bacias de drenagem. Foram empreendidas duas campanhas de coletas com durao de aproximadamente 20 dias cada, entre os meses de abril a julho de 2007, totalizando 22 igaraps amostrados, pertencentes a cinco bacias diferentes. Os peixes foram capturados com pus e pequena rede de arrasto. Nos mesmos locais e perodos de amostragem foram obtidos dados sobre as caractersticas estruturais dos igaraps e fsico-qumicas da gua. Foram capturados 5509 exemplares de peixes, pertencentes a 86 espcies, 22 famlias e seis ordens. Characiformes foi o grupo taxonmico mais diversificado seguido de Gymnotiformes e Siluriformes. A composio de espcies foi influenciada principalmente pela largura e profundidade do canal, vazo e tipo de substratos. A presena de ambientes distintos no entorno dos igaraps amostrados tambm contribuiu para as diferenas ictiofaunsticas encontradas. As bacias de drenagem tiveram forte efeito sobre as comunidades de peixes. Entretanto, os resultados obtidos no permitem afirmar, com segurana, se as diferenas na composio de espcies de peixes entre as bacias esto refletindo as condies histricas ou as diferenas nas condies ambientais.
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As espcies da ictiofauna podem se distribuir no espao e no tempo de maneira organizada, seguindo um padro que pode ser percebido pela associao ou agrupamento das espcies e pela sua relao com determinados habitats. O nmero reduzido de estudos e o pequeno conhecimento da fauna aqutica na Amaznia resultam em sub-estimativas dos impactos na ictiofauna de igaraps. A Regio Bragantina, no nordeste paraense, tida como um exemplo de fronteira agrcola antiga na Amaznia. A agricultura familiar expressiva na rea, sendo as principais culturas milho, caupi e mandioca, e cultivos semi-perenes, como maracuj e pimenta-do-reino. Estas reas de produo familiar constituem hoje importantes elementos da paisagem, podendo ocasionar degradao dos solos e do ecossistema aqutico. Nesse contexto, um estudo foi realizado nos anos de 2006 e 2007 em trs igaraps situados nessa regio: Cumaru, So Joo e Pachib. Foram coletados 2.117 peixes, distribudos em sete ordens, 13 famlias, 27 gneros e 43 espcies. A espcie mais abundante em todas as amostras coletadas foi Hypessobrycon heterorhabudus, com 337 indivduos, seguido por Bryconops caudomaculatus, com 326 indivduos. A riqueza de espcies foi maior num trecho do Pachib (IGPA-B), com 21 espcies. O ndice de Dominncia de Simpson mostrou o valor mais alto no trecho B do igarap Cumaru, enquanto o ndice de Diversidade de Shannon revelou que o IGP A-B possuiu a maior diversidade. Iguanodectes spirulus foi a espcie amostrada com mais constncia, e ocorreu em 50% das amostras. A similaridade entre os ambientes revelou que a distribuio das espcies seguiu a um padro longitudinal ao invs de um padro geogrfico. O uso da terra, em especial a agricultura familiar no influenciou na estrutura das comunidades de peixes, uma vez que a baixa intensificao dessa atividade ainda permite certa integralidade do ecossistema aqutico. Porm, com uma maior intensificao e ampliao futura desses sistemas de produo no se sabe qual ser a resposta desse ecossistema.
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Um dos objetivos do estudo da ecologia de comunidades de peixes identificar e prever padres de estruturao dessas assembleias em funo das interaes biticas e abiticas que ocorrem dentro de um ecossistema. Especificamente na Zona Costeira Amaznica, h um crescente nmero de estudos sendo realizados sobre a influncia de fatores abiticos e da localizao espao-sazonal na estruturao de assembleias de peixes estuarinos, no entanto estas influncias tm sido avaliadas separadamente tornando restrito o entendimento da dinmica das assembleias de peixes desses ambientes. Com isso, o objetivo deste estudo identificar o padro de estruturao espao-sazonal da ictiofauna na Baa de Salinas relacionando descritores de assembleias de peixes com parmetros ambientais e espaciais. As coletas foram sazonais (chuva e estiagem de 2011) dentro da Baa de Salinpolis utilizando mtodos tradicionais (malhadeiras) de coleta de peixes. Foi coletado um total de 1.293 exemplares, distribudos em 67 espcies e 27 famlias. As espcies Cathorops spixii (n = 121) e Cathorops agassizii (n = 201) foram as mais abundantes durante a chuva e durante a estiagem, as espcies Cathorops agassizii (n = 118) e Genyatremus luteus (n = 72) foram as mais abundantes. Os resultados mostraram as assembleias de peixes entre o perodo de chuva e estiagem se mostraram semelhantes em termos de abundncia e composio de espcies. O ambiente e a localizao geogrfica no influenciam a estruturao das assembleias de peixes estuarinos neotropicais, sugerindo que a estruturao da assembleia se d de forma aleatria, seguindo o padro de modelos nulos de distribuio.
Resumo:
Os igaraps amaznicos podem apresentar caractersticas ambientais rigorosas para diversas espcies de peixes devido sua condio oligotrfica. Apesar disso, estes cursos dgua detm uma ictiofauna rica e diversificada, que ocupa uma grande variedade de microhbitats nos igaraps. Em sistemas de lagos de ria, os rios e igaraps sofrem um represamento natural e passam a ter baixos valores de correnteza, o que pode tornar esses ambientes mais homogneos, j que a correnteza afeta diversas caractersticas dos igaraps. Nesse caso, a distncia entre os igaraps poderia ser um dos principais fatores estruturadores das assembleias de peixes. Este trabalho teve como objetivo analisar a influncia do espao e do ambiente sobre a estrutura das assembleias de peixes de igaraps afogados em Caxiuan, na Amaznia Oriental. As coletas de peixes foram realizadas durante o perodo da seca de 2010, abrangendo 34 trechos de igaraps. Foram mensurados oito fatores abiticos para testar os efeitos das caractersticas ambientais locais. Para analisar os efeitos do espao, foram calculados filtros espaciais a partir das coordenadas geogrficas, bem como a distncia fluvial entre os trechos. As anlises mostraram que o ambiente foi o nico fator a influenciar a diversidade beta, refutando a hiptese do espao enquanto fator estruturador e reforando o papel do nicho ecolgico na distribuio das espcies. Apesar disso, os fatores abiticos explicaram uma porcentagem baixa da variao na composio das espcies de peixe, o que mostra que outras variveis podem afetar essas assembleias.
Resumo:
A dissertao foi elaborada no formato de artigo, intitulado de Immunohistochemical and structural biomarkers in two fish species exposed to the industrial area in Amazon Estuary, submetido revista Environmental Monitoring and Assessment, formatado segundo os padres da revista, no contendo resumo em portugus.
Resumo:
O presente estudo teve como objetivo fornecer informaes sobre a descrio morfolgica e ontognica das espcies Plagioscion squamosissimus (Sciaenidae), Cynoscion acoupa (Sciaenidae), Colomesus pscitacus (Tetraodontidae) e Oligoplites palometa (Carangidae) da regio norte do Brasil. Todos os indivduos estudados foram analisados quanto integridade de suas estruturas e posteriormente identificados. A partir da identificao para cada espcie, os indivduos foram analisados quanto a seus caracteres morfolgicos, mersticos, morfomtricos. Para o estudo ontognico foram determinados os pontos de inflexo no crescimento das estruturas estudadas, as fases de desenvolvimento e seus perodos crtico, posteriormente foi realizado um PCA para melhor visualizao dos caracteres que melhor definem o crescimento larval. Os resultados indicaram que o crescimento relativo (em funo do comprimento total (CT) das partes corporais estudadas seguiu alometria negativa. As trs fases de desenvolvimento larval definidas em funo do processo ontognico diferiram entre espcies apesar de apresentarem similaridades na cronologia do desenvolvimento corporal. Assim o desenvolvimento inicial das quatro espcies na fase F1 favorece a poro anterior das larvas enquanto que a parte posterior do corpo apresentou maior taxa de crescimento no final da fase larval. As duas espcies da famlia Sciaenidae Plagioscion squamosissimus e Cynoscion acoupa apresentam diferenas na forma da boca e CT quando foram observados os primeiros dentes, com diferena tambm na sequencia do desenvolvimento das nadadeiras, na pigmentao na presena e localizao dos espinhos e nas propores corporais. Para Colomesus pscitacus observou-se a ocorrncia de dentes ossificados logo aps ecloso, nesta espcie ocorre tambm o precoce surgimento das nadadeiras, de pigmentao e a manuteno das relaes corporais (caracterizando a forma esfrica do corpo). A espcie Oligoplites palometa apresentou o padro de desenvolvimento das nadadeiras semelhante ao descritos para outras espcies desta famlia o que associa-se como um padro caracterstico para esta famlia, assim como as presena da pigmentao intensa e dos espinhos na regio opercular e supra-occipital.
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O esturio de Curu parte de uma Unidade de Conservao (RESEX Me Grande de Curu) desde 2002 e tem como principais cursos dagua o Rio Curu e do Furo Muri. O presente estudo objetivou analisar o efeito de caractersticas ambientais no uso dos canais-de-mar pelas espcies bentfagas Colomesus psittacus, Sciades herzbergii e Genyatremus luteus. A anlise envolveu a relao de dados ambientais (salinidade, rea de inundao e cobertura arbrea) com dados biticos das trs espcies estudadas (densidade, biomassa, intensidade alimentar e distribuio dos comprimentos totais). A primeira expedio ocorreu em julho de 2008 a fim de coletar a ictiofauna e a segunda em outubro de 2008 para realizar o inventrio arbreo, sendo que cada campanha teve a durao de trs dias. Por todo o esturio de Curu, mais precisamente, ao longo do Rio Curu e do Furo Muri, foram distribudos um total de seis stios de coleta, onde no interior de cada stio foram amostrados dois canais-de-mar, perfazendo um total de doze canais-de-mar amostrados. As espcies C. psittacus, S. herzbergii e G. luteus estiveram entre as cinco mais abundantes e ocorreram em todos os stios, com exceo do S. herzbergii, o qual foi capturado somente em cinco dos seis stios. As trs espcies estudadas apresentaram, entre os stios, diferenas altamente significativas para as variaes de suas mdias de densidade, biomassa, ndice de plenitude e comprimento total, com exceo de G. luteus que no apresentou diferenas estatsticas em suas mdias de comprimento total. Todas as variaes das mdias das caractersticas ambientais referentes cobertura arbrea (densidade, altura e dimetro), assim como, a rea de inundao dos canais-de-mar apresentaram significativas diferenas entre os stios. Neste trabalho foi possvel verificar: a influncia do gradiente de salinidade na distribuio das espcies estudadas no interior do esturio; as relaes espaciais entre a rea de inundao e disponibilidade de recurso alimentar, onde os canais com maior rea inundada mostraram-se mais favorveis ao forrageio da ictiofauna bentfaga; que provavelmente, existe um melhor rendimento alimentar quando as espcies bentfagas frequentam os canais-de-mar cercados por vegetao desenvolvida.
Resumo:
Na plancie alagvel do Baixo Tapajs, durante um perodo de dois anos, nove lagos foram estudados de modo a caracterizar a estrutura de comunidade de peixes em relao s caractersticas ambientais dos lagos (variao espacial) e ao avano da estao seca (efeito temporal) (Captulo I). As espcies capturadas foram documentadas fotograficamente e tiveram a sua abundncia e distribuio demonstradas atravs de grficos (Captulo II). A importncia de diferentes atividades econmicas para a subsistncia das famlias de moradores da vila de Alter do Cho, como a pesca e o turismo, foram investigados (Capitulo III).
Resumo:
A composio, abundncia e freqncia de ocorrncia das espcies de peixes demersais do esturio amaznico foram estudadas em trs reas delimitadas pelos estratos de profundidade de 5 10 m, 10 20 m e 20 50m. Os objetivos principais deste estudo foram de comparar a diversidade, abundncia e distribuio das espcies de peixes demersais, nestas trs reas, durante um ciclo hidrolgico, e avaliar a influncia dos fatores ambientais sobre a estrutura da comunidade. As amostragens foram feitas a bordo de dois navios da frota industrial piramutabeira, com uma rede de arrasto sem porta, em seis cruzeiros com durao de quinze dias cada, divididos entre os perodos seco (entre maro e abri1/97) e chuvoso (entre agosto e setembro/97). Foram capturadas 91 espcies em 237 amostragens, sendo que as famlias Sciaenidae e Ariidae foram as mais diversificadas, representando juntas 25% do nmero de espcies. Todas as espcies de arlideos com ocorrncia na regio foram muito abundantes. As espcies mais abundantes numericamente no inverno foram Macrodon ancylodon (Sciaenidae) (56,2%) e Brachyplatystoma vaillantii (Pimelodidae) (13,6%), e no vero Macrodon ancylodon (31%) e Stellifr rastrifer (15,8) (Sciaenidae). Na rea delimitada pelas isbatas de 5 a 10 m (rea 1), Brachyplatystoma vaillantii (Pimelodidae) e Macrodon ancylodon (Sciaenidae) foram as mais abundantes em ambos os perodos. O mesmo aconteceu para Macrodon ancylodon e Stellifer rastrifer (Sciaenidae) na rea definida pelas isbatas de 10 a 20 m (rea 2), e para iviacrodon ancylodon (Sciaenidae) e Bagre bagre (Ariidae) na rea delimitada pelas isbatas de 20 a 50 m (rea 3). As espcies mais freqentes nas amostragens foram Macrodon ancylodon (Sciaenidae) (40,9%) e Anchoa spinifer (Engraulididae) (35%) no inverno, e Ivlacrodon ancylodon (Sciaenidae) (45,6%) e Anus grandicassis (Ariidae) (38,4%) no vero. Na rea 1 Brachyplatystoma vaillantii e Brachypialystorna flavicans (Pimelodidae) tiveram maior freqncia de ocorrncia nas amostragens, para os dois perodos; o mesmo acontecendo para Macrodon ancylodon (Sciaenidae) e Bagre bagre (Ariidae), na rea 2; e para Macrodon ancylodon (Sciaenidae) e Anchoa spinifer (Engraulididae), na rea 3. As espcies dominantes foram: Macrodon ancylodon (Sciaenidae), no inverno (56% dos exemplares coletados); e Macrodon ancylodon, Stellifr rastrifer (Sciaenidae) e Anus quadriscutis (Afiidae) no vero, que representaram 61% das capturas. Na rea 1 dominaram Brachyplatystoma vaillantii (Pimelodidae) e Macrodon ancylodon (Sciaenidae) (73%), no inverno e, no vero, as duas espcies j citadas mais Anus grandicassis (Ariidae) (53%). Na rea 2 foram dominantes apenas Macrodon ancylodon (Sciaenidae) (64%) no inverno, e Macrodon ancylodon e Stellifr rastrifer (Sciaenidae) (53%) no vero e, na rea 3, apenas il/lacrodon ancylodon (Sciaenidae) (70% no inverno e 49% no vero). Os padres de distribuio foram principalmente influenciados pela salinidade. A rea 1 apresentou a maior diversidade e eqitabilidade em relao s outras. Na rea 2 a riqueza de espcies foi maior e, na rea 3, houve uma maior dominncia. Trs assemblias de peixes foram identificadas na regio: uma composta de espcies de guas continentais que exploram as reas rasas entre 5 a 20 m; outra composta de espcies resistentes ao gradiente salino, com ampla distribuio no esturio, principalmente na faixa dos 10 a 20 m; e a terceira composta de espcies marinhas que se distribuem pelas reas mais profundas do esturio, desde os 10 at a faixa dos 50 m.
Resumo:
A conservao da biodiversidade nos ecossistemas aquticos um dos desafios mais importantes e difceis que se enfrenta o mundo atual. De acordo com as informaes disponveis, a biodiversidade dos ecossistemas aquticos pobremente conhecida, quando se compara com ecossistemas terrestres tropicais. A carncia nesta rea inclui o conhecimento sistemtico e taxonmico das espcies, suas relaes filogenticas, biogeogrficas e ecolgicas. A primeira questo aqui abordada a caracterizao do ambiente, onde observou-se a ocorrncia de uma variao espacial quanto s caractersticas ambientais ao longo dos rios, principalmente pelas variveis morfolgicas (largura e profundidade), destacando-se os trechos inferiores, caracterizados por uma zona de transio entre rio e lago. A questo seguinte a estimativa de riqueza de peixes na Estao Cientfica Ferreira Penna (ECFPn). Para isto utilizou-se de protocolos com vrias tcnicas de captura, e obteve-se 130 espcies, sendo que 39 foram apenas separadas como morfoespcie, indicando que aproximadamente 30% da fauna pode ser nova para a cincia ou no possui uma literatura adequada para a identificao. Mesmo assim, acredita-se que o conjunto de espcies coletadas no inventrio representou razoavelmente a ictiofauna da rea. A terceira e ltima questo caracterizar as comunidades ictias e explicitar o padro de distribuio das espcies em relao aos hbitats investigados. Pode-se observar que a composio de espcies nas comunidades seguiu o padro de substituio e adio. A maior diversidade de espcie foi observada em geral para os trechos finais dos rios. O aumento no volume d'gua e na rea de alguns hbitats nos rios, possibilita que os mesmos sejam explorados por um nmero maior de indivduos e por novas espcies.
Resumo:
A subfamlia Ancistrinae uma das mais diversificadas entre os Loricariidae, incluindo cerca de 200 espcies distribudas em 26 gneros. Esses peixes so facilmente reconhecidos pela presena de placas sseas dispostas em sries ao longo do corpo e pela presena de boca em posio ventral anterior. So vulgarmente conhecidos por acaris, bods, cascudos. As espcies da subfamlia Ancistrinae representam um importante recurso scio-econmico, constituindo uma das mais importantes atividades comerciais no municpio de Altamira-PA. Foram analisadas, atravs das tcnicas convencionais (Giemsa, bandeamento C e Ag-NORs) e tcnica de fluorocromo (Cromomicina A3), dez espcies de peixes da subfamlia Ancistrinae pertencentes a quatro gneros (Baryancistrus, Parancistrus, Peckoltia e Ancistrus). As espcies do gnero Baryancistrus revelaram um nmero diplide 2n= 52 e NF=104. A NOR foi encontrada em posio intersticial no brao curto de um par cromossmico do tipo meta/submetacntrico. A espcie B. aff. niveatus apresentou grandes blocos heterocromticos ricos em pares de bases G-C como apomorfia, sendo esta espcie considerada como mais derivada cariotipicamente entre os Baryancistrus. As espcies do gnero Parancistrus apresentaram uma estrutura cariotpica muito similar quela encontrada em Baryancistrus, apresentando as Regies Organizadoras de Nuclolos como uma provvel sinapomorfia entre os dois gneros. Os representantes do gnero Peckoltia possuem nmero diplide 2n=52 e NF=102. Todas as espcies analisadas apresentaram grandes blocos heterocromticos, envolvendo quase todos os braos longos de alguns pares cromossomos do tipo submetacntricos e subtelocntricos, sendo esta caracterstica uma provvel sinapornorfia para este grupo. A NOR foi localizada no brao longo de um par de cromossomos submetacntricos em P. vittata e em no mximo trs cromossomos nas espcies Peckoltia sp.1 e Peckoltia sp.2. A espcie Ancistrus ranunculus foi a que apresentou o caritipo mais derivado entre as espcies estudadas, com o nmero dipl ide igual a 48 cromossomos e NF 80. As anlises citogenticas feitas at agora sugerem que os principais eventos de diversificao cariotpica para os Ancistrinae foram s inverses, a exceo de Ancistrus ranunculus que apresentou tambm rearranjos Robertsonianos.