999 resultados para Formação em Contexto


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A educação médica passa por modificações na doutrina e na prática da formação profissional, conectada à contemporaneidade do mundo globalizado. No contexto do Sistema Único de Saúde (SUS), aumenta o interesse de diferentes sujeitos em relação ao ensino médico, devido aos aspectos políticos e comunitários e com repercussões nas mudanças nos serviços de saúde. Iniciativas de incentivo às mudanças curriculares em medicina são adotadas para incrementar melhorias na formação médica. Nesse contexto se insere o Projeto de Incentivo a Mudanças Curriculares para os Cursos de Medicina (Promed). Com o objetivo de analisar a percepção de alunos sobre mudanças curriculares na educação médica, pesquisamos seis cursos médicos, em três estados brasileiros, usando questionários e entrevistas. Alguns pressupostos das Diretrizes Curriculares Nacionais não foram incrementados, mas o desdobramento do Promed possibilitou um programa ampliado de incentivos a mudanças curriculares. Mesmo tendo caráter exploratório, este estudo aponta a necessidade de estudos prospectivos para conhecer os impactos dos incentivos às mudanças curriculares do ensino médico, sintonizando-o, assim, com as necessidades de saúde da população.

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Os autores apresentam o genograma como um instrumento clínico de trabalho para o profissional de saúde. Fundamentado na teoria sistêmica, o genograma possibilita analisar o contexto psicossocial do paciente, sua família e sua doença. Por ser um mapa relacional, facilita a visualização do contexto familiar, funcionando como uma "radiografia" psicossocial do paciente. Os autores sugerem seu uso na prática clínica e fornecem exemplos de sua aplicação. Concluem ser um instrumento que favorece a identificação de estressores no contexto familiar, no estabelecimento da relação entre estes e o processo saúde-doença. O genograma evidencia a identificação de padrões transgeracionais de doença e de redes de apoio psicossocial, além de possibilitar a ampliação de estratégias terapêuticas mais adequadas.

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Sob a perspectiva do ensino e saúde, este trabalho analisa a discussão realizada durante o processo de formação de um grupo de tutores no fórum do curso de especialização em Ativação de processos de mudança na formação superior de profissionais de Saúde, no período de junho a agosto de 2005, promovido pelo Ministério da Saúde do Brasil, Fiocruz e Rede Unida, resultante do processamento do relato de prática, intitulado Quando a pergunta qualifica o olhar. O objetivo foi analisar a produção coletiva do fórum na discussão das seguintes questões, elaboradas pelo grupo durante o encontro presencial: Como se deu historicamente a construção do conceito de cuidado a partir dos diferentes saberes-profissões?; Como lidar com uma experiência focal (inovadora) de ensino-aprendizagem?; Como garantir a governabilidade-viabilidade inovadora no contexto da gestão? A questão de aprendizagem inicial foi: o que mudar para fazer a mudança? Utilizou-se como metodologia a técnica de interpretação qualitativa do discurso do sujeito coletivo, a partir do referencial teórico de Lefréve, Lefréve e Teixeira (2000).

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Em virtude da valorização dos aspectos técnico-científicos no modelo biomédico, aspectos subjetivos da individualidade foram desprezados, tornando a medicina moderna desumanizada e reducionista na abordagem do processo de adoecimento humano. Com o intuito de resgatar a relação médico-paciente e a atenção integral ao indivíduo enfermo, com nítidos reflexos na qualidade e eficácia dos serviços prestados, a preocupação com a humanização da saúde passou a ser uma prioridade dos sistemas públicos, com a implantação de iniciativas nos diversos níveis de atenção. Desta forma, propostas humanísticas estão sendo incorporadas à formação médica nos cursos de graduação em Medicina e na rede de Atenção Básica em Saúde, visando contemplar, entre outros aspectos, "a compreensão dos determinantes sociais, culturais, comportamentais, psicológicos, ecológicos, éticos e legais, nos níveis individual e coletivo do processo saúde-doença". Neste contexto, o modelo homeopático, por aplicar em sua prática clínica diária uma abordagem semiológico-terapêutica individualizante e humanística na compreensão do processo saúde-doença e no tratamento das enfermidades, valorizando os determinantes éticos, filosóficos, antropológicos, psicológicos e socioambientais, poderia contribuir de forma adjuvante e complementar a humanização da formação médica, desde que seus preceitos sejam incorporados de forma regular e gradativa ao processo ensino-aprendizagem das instituições públicas e acadêmicas.

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Este estudo, por meio de uma abordagem qualitativa, busca compreender a percepção dos estudantes de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) acerca da humanização no contexto da formação médica. Foi utilizada a técnica de grupo focal, envolvendo uma equipe multidisciplinar com profissionais das áreas de antropologia, psicologia e medicina, que estudou dois grupos de nove estudantes do último ano do curso. Os dados foram analisados pela técnica de análise de conteúdo temática categorial, da qual emergiram três categorias: relação estudante-paciente, ensino-aprendizagem e relação estudante-professor. A primeira categoria permite identificar que a experiência do contato do estudante com o paciente é essencial à construção de uma identidade profissional humanizada. Em relação à segunda categoria, percebe-se que professores sem capacitação nas práticas pedagógicas, inerentes à profissão de professor, e a dicotomia teoria-prática dificultam a formação autônoma do conhecimento e uma visão integral do indivíduo. Da terceira categoria emergiram duas subcategorias antagônicas (professor-modelo e relações assimétricas), que refletem a importância da postura ético-humanista do professor em detrimento de uma atitude autoritária para a construção da identidade profissional do estudante. Esses dados apontam aspectos da formação médica que podem respaldar uma discussão acerca da humanização no contexto das novas diretrizes curriculares.

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Esta investigação discute a estratégia do portfólio reflexivo na formação médica no contexto de um currículo inovador. O objetivo do estudo foi identificar a percepção dos estudantes quanto ao uso do portfólio reflexivo na Unidade Educacional de Prática Profissional. Caracteriza-se como um estudo de caso, no qual a análise dos dados foi realizada, na perspectiva qualitativa, por meio da técnica de análise de conteúdo; na perspectiva da análise quantitativa, foi utilizada medida de frequência simples. A coleta de dados foi feita mediante aplicação de um questionário com questões abertas. Os sujeitos do estudo foram 33 estudantes da segunda série. Os resultados apontam a contribuição do portfólio para a formação profissional, na medida em que permitiu ao estudante o acompanhamento e a organização do cuidado à saúde das pessoas sob sua responsabilidade e proporcionou um processo de autoavaliação. Por outro lado, a compreensão de portfólio apontada pelos estudantes se distancia em grande parte da concepção de portfólio reflexivo, pois pouca ou nenhuma contribuição para o desenvolvimento da capacidade reflexiva foi considerada pelos estudantes.

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As escolas médicas brasileiras priorizam o ambiente hospitalar para o ensino e acabam formando profissionais carentes de compromisso social. O curso de Medicina da Universidade Federal de Santa Maria implantou, em 2004, um novo currículo que inclui o Internato Regional (IR), em que o interno permanece dois meses em município conveniado, atuando em atenção primária em saúde. Este estudo transversal e quanti-qualitativo teve por objetivo conhecer a percepção dos acadêmicos da primeira turma que realizou o IR sobre o impacto desse modelo de estágio em sua formação, mediante a aplicação de um questionário semiestruturado. Mais de 75% das respostas apontaram ter havido contribuição para maior conhecimento da realidade social e profissional, aprimoramento da relação médico-paciente e desenvolvimento de autoconfiança no exercício da profissão. O principal ponto negativo ressaltado foi o despreparo dos médicos-preceptores para atuar como docentes. No atual contexto de mudanças, o IR surge como uma proposta satisfatória de ampliação dos cenários de prática-ensino-aprendizagem e contribui com a formação humana e pessoal dos futuros médicos, apesar de ainda carecer de preceptoria qualificada.

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A prescrição correta de medicamentos é tema de extrema relevância na resolutividade dos problemas da saúde. Frente às deficiências constatadas, a Organização Mundial da Saúde incluiu entre seus objetivos o aprimoramento do ensino da farmacoterapia para estudantes de Medicina. Neste contexto, o presente trabalho avalia a prescrição ambulatorial dos alunos do internato do curso de Medicina da Universidade Federal de Alagoas, bem como o processo de formação para a sua elaboração. Trata-se de um estudo transversal e descritivo, que realizou a análise documental de 133 prescrições de medica mentos em situações de simulação e de 67 questionários. Concluiu-se que o assunto não integra o cur rículo formal do curso de maneira explícita e que as deficiências detectadas com relação às prescrições são semelhantes às encontradas na literatura referentes a profissionais graduados. Nas condutas dos alunos, ressaltou-se a preocupação com a adesão ao tratamento, a prioridade dada ao uso de medica mentos genéricos, a seleção dos produtos de acordo com o nível socioeconômico dos pacientes, além do interesse e empenho na prescrição. Evidenciou-se a relevância do ensino da forma correta da prescrição medicamentosa na graduação médica.

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A Relação Médico-Paciente (RMP) vai além do encontro situacional entre esses dois intérpretes, algo maior do que fazer perguntas e exames físicos, receitar medicamentos e prescrever condutas. Estudos sugerem que a RMP mescla habilidades técnicas e pessoais. Frente ao dissabor de atuações médicas homogeneizantes que ignoram a pessoalidade intrínseca de cada vivente, a empatia surge de forma prática na RMP para promover grandes avanços diametralmente opostos a estas práticas. Empatia, no contexto médico, remete à sensibilização do médico pelas mudanças sentidas e refletidas, momento a momento, pelo paciente. Talvez a empatia encontre seu significado mais compreensível na célebre frase de Ambroise Paré: "curar ocasionalmente, aliviar frequentemente e consolar sempre". Considerando que a empatia pode enriquecer a prática médica, pode-se cogitar a possibilidade de ensinar a ser empá tico ou discutir a importância da empatia sob a ótica de docentes do curso de Medicina. Para isto, este artigo aborda, de maneira qualitativa, a empatia e sua importância na RMP para a formação de novos médicos numa universidade pública e discute sua transmissibilidade.

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Transformações recentes na educação e no sistema de saúde brasileiros repercutiram nas instituições de ensino médico e demais áreas da saúde, exigindo um novo perfil de profissional: mais crítico, humanista, reflexivo e ético. O preceptor tem importante papel na formação médica, ao integrar a teoria e a prática no contexto da assistência durante o período do internato, mas esta atividade de ensino é pouco considerada. Não existe capacitação específica para desenvolver essas qualidades e construir uma efetiva relação médico-aluno. Foram analisados 176 trabalhos dos congressos brasileiros de educação médica referentes à preceptoria quanto a conceito aplicado, atividade exercida, formação e capacitação em articular teoria e prática e fornecer subsídios à prática profissional. A formação e capacitação dos preceptores é um tema pouco discutido, embora esteja cada vez mais presente nos congressos.

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Este trabalho mapeia as dificuldades e necessidades relativas ao desenvolvimento docente de professores atuantes em currículos que utilizam métodos ativos de ensino-aprendizagem na formação do médico. Os sujeitos desta pesquisa foram 115 professores do curso de Medicina de uma universidade estadual que trabalham com a Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP) e Problematização e já desempenharam as diversas funções docentes propostas. Na coleta de dados utilizamos um questionário com assertivas relacionadas à temática pesquisada e análise do grau de concordância e/ou discordância, que foram sistematizadas, classificadas, tabuladas e dispostas em gráficos. Para aprofundar a pesquisa, usamos a entrevista semiestruturada, cujos dados foram submetidos à análise temática. Dentre as dificuldades apontadas, há ênfase na desvalorização docente, reforçada pela falta de reconhecimento, baixos salários e falta de tempo, uma vez que o professor se sente obrigado a assumir outras atividades além da docência. Quanto às demandas, os entrevistados assumem a necessidade de desenvolver seus saberes e práticas em docência e ressaltam a prática como eixo estruturante. Outro aspecto importante é a gestão das escolas médicas, que não é profissionalizada e não é reconhecida nem valorizada pela comunidade acadêmica. Neste contexto, a avaliação surge como uma importante estratégia de desenvolvimento docente, uma vez que estimula a reflexão sobre a própria prática, mas precisa de aprimoramento. Deu-se destaque à necessidade de investimento pessoal e institucional para que haja a indução e a sustentabilidade do processo de desenvolvimento docente. O resultado desta pesquisa aponta algumas propostas para os programas de desenvolvimento docente a serem oferecidos nos cursos que utilizam métodos ativos de ensino-aprendizagem na formação do médico. São necessários outros estudos que aprofundem a discussão destas propostas, uma vez que, nos métodos ativos, múltiplos são os interesses e grandes os desafios apontados.

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Trata-se de um relato de experiência relativo às estratégias e ações adotadas para a integração ensino-serviço, com a finalidade de contribuir no processo de formação profissional na área da saúde, em consonância com as diretrizes e princípios do Sistema Único de Saúde (SUS). O trabalho aborda as descobertas, os avanços, as potencialidades, as dificuldades e os pontos críticos encontrados, assim como as experiências bem-sucedidas e a sustentabilidade vivenciada no contexto da Atenção Primária à Saúde com os programas Pró-Saúde e PET-Saúde.

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Esta pesquisa identifica e analisa a representação social sobre a morte construída por médicos intensivistas, buscando compará-la aos resultados obtidos entre os médicos docentes da Clínica Médica. Realizaram-se entrevistas semiestruturadas com 27 médicos atuantes nas UTIs de um hospital universitário ligado a uma instituição de ensino superior federal do Brasil. Trabalhou-se com o conceito de Representação Social e a metodologia qualiquantitativa do discurso do sujeito coletivo (DSC). Os resultados mostraram que o contexto da UTI promove esforços de objetivação e naturalização da morte, mas não neutraliza os sentimentos vividos pelos médicos intensivistas. Estes reconhecem seu despreparo para lidar com situações que envolvem a morte e reivindicam o apoio de psicólogos e psicanalistas. Defendem, também, a UTI como espaço privilegiado para o contato e elaboração de atitudes pessoais e profissionais em relação à morte ao longo da graduação médica. Conclui-se que, pela especificidade do contexto da UTI, médicos e estudantes de Medicina podem testemunhar alcances e limites da atuação médica frente à inexorabilidade da morte humana e melhor elaborar suas percepções em relação a esse tema.

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A partir da criação do Sistema Único de Saúde (SUS) e da implantação do Programa Saúde da Família (PSF), exige-se que os novos profissionais da saúde pública desenvolvam, desde os cursos de graduação, visão integral do paciente e olhar crítico para a realidade da comunidade e para sua própria atuação no PSF. Com esse objetivo, a Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas (Famed-Ufal), em 2005, introduziu modificações curriculares que permitem aos estudantes uma vivência mais ampla no contexto da Atenção Primária à Saúde (APS). Este relato discorre, por meio da análise qualitativa de diários de campo, sobre as experiências de 22 acadêmicos de Medicina do segundo período durante as aulas práticas em uma comunidade coberta pelo PSF. Oitenta e seis por cento dos alunos observaram algum tipo de dificuldade enfrentada pela Unidade de Saúde; 95% destacaram a correspondência entre aulas práticas e o processo de aprendizagem; e 59% apontaram a importância da relação médico-paciente. Desta forma, o contato inicial do estudante de Medicina com os serviços de APS deve ser vivenciado de forma ativa e crítica, com estímulos para que investigue aspectos desconhecidos para ele até então.

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Pesquisa realizada em um programa de hemodiálise de um hospital público universitário do Rio de Janeiro investigou percepções de um grupo de médicos em relação à religiosidade de seus pacientes frente à doença e ao tratamento. Foi usada como base teórica a Teoria das Representações Sociais de Moscovici e a metodologia quali-quantitativa de análise do discurso do sujeito coletivo (DSC). Os discursos revelaram o reconhecimento da presença e da importância das crenças religiosas no contexto da assistência médica, sendo elas valorizadas como um recurso psicológico tanto no enfrentamento das dificuldades da doença e do tratamento, no caso dos pacientes, quanto no enfrentamento das situações difíceis vividas no exercício profissional, no caso dos médicos. Também evidenciaram a existência de dificuldades em conversar sobre o assunto com os pacientes e o silêncio sobre ele entre os colegas médicos. Os resultados encontrados indicam a necessidade de maior elaboração reflexiva sobre o assunto no grupo investigado, carência de maior investimento educacional na formação médica no que se refere às questões religiosas e maior divulgação, entre os médicos, de trabalhos publicados sobre o assunto.