996 resultados para Adesão ao tratamento.


Relevância:

70.00% 70.00%

Publicador:

Resumo:

Objetivou-se analisar potencialidades e limites da estratégia do tratamento supervisionado (DOTS) para a tuberculose, sob a percepção de usuários em tratamento e de trabalhadores de saúde de uma supervisão técnica de saúde do município de São Paulo. Entrevistaram-se 4 usuários e 17 profissionais de saúde de nove unidades básicas de saúde, entre abril e junho de 2006, após consentimento livre e esclarecido. Os depoimentos foram decodificados segundo a técnica de análise de discurso. Adotou-se a teoria da determinação social do processo saúde/doença como referencial teórico. Foram potencialidades: criação de vínculo entre profissional/usuário e incentivos ao tratamento, o que favorece a adesão. Foram limites: restrito envolvimento dos profissionais no DOTS e conciliar horário de trabalho do usuário com a supervisão. Reitera-se que a adesão ao tratamento transcende o âmbito biológico, sendo fundamental que os trabalhadores de saúde reconheçam os usuários como portadores de necessidades, não se restringindo apenas à supervisão da tomada de medicamentos.

Relevância:

70.00% 70.00%

Publicador:

Resumo:

OBJETIVO: Identificar, na perspectiva da pessoa com esquizofrenia e de seu familiar, como ocorre a interação paciente-familiar relacionada à adesão ao tratamento medicamentoso. MÉTODOS: Estudo de abordagem qualitativa, com referencial metodológico da Teoria Fundamentada nos Dados e pressupostos do Interacionismo Simbólico. Participaram do estudo 36 pessoas com esquizofrenia em tratamento ambulatorial e 36 familiares. Para obtenção dos dados, usadas a entrevista gravada e a observação. RESULTADOS: Os depoimentos obtidos revelaram que familiares podem fornecer apoio e motivação, propiciando a adesão do paciente ao tratamento, podendo também incentivá-lo a não aderir à farmacoterapia. Destacaram-se ainda a influência da sobrecarga e o despreparo do familiar cuidador sobre a qualidade dos cuidados prestados. CONCLUSÃO: Profissionais da saúde podem intervir junto aos familiares, encorajando as interações que colaboram com o sucesso do tratamento e incentivando-os a modificar as interações que o comprometem.

Relevância:

70.00% 70.00%

Publicador:

Resumo:

Existem diversos estudos sobre preditores da não adesão, mas poucos mostram estratégias efetivas para lidar com esse problema. Uma revisão da literatura sobre desistência em psicoterapia mostrou que quase metade dos pacientes que ingressam num atendimento não o concluem. A medida na psicoterapia em geral é a de não adesão, ou desistência do tratamento; no presente trabalho serão apresentados dados relativos à adesão ao tratamento da enurese com alarme de urina. A taxa de desistência em um grupo de 61 crianças e adolescentes foi levantada considerando três condições: suas famílias não compareceram aos atendimentos, não responderam ao contato telefônico ou relataram ter abandonado os procedimentos. A desistência correspondeu a 19,6% da amostra e a idade do grupo dos desistentes era significativamente inferior, quando comparada à daqueles que aderiram ao tratamento. A já demonstrada associação entre a intolerância parental e a idade do filho explica os resultados e aponta para a necessidade de trabalho educativo intenso com os pais de adolescentes portadores de enurese.

Relevância:

70.00% 70.00%

Publicador:

Resumo:

A adesão ao tratamento ocorre quando o conselho médico ou de saúde coincide com o comportamento do indivíduo, ao uso de medicamentos, cumprimento da dieta e mudanças no estilo de vida, não sendo, portanto, um ato não passivo do paciente. Em pacientes com hipertensão arterial sistêmica a adesão ao tratamento pode ser definida como o grau de cumprimento das medidas terapêuticas indicadas, sejam elas medicamentosas ou não, com o objetivo de manter a pressão arterial em níveis pressóricos normais. A não adesão em pacientes com doenças crônicas em tratamento a longo prazo em países desenvolvidos é em média de 50%, revelando a importância de serem avaliados os motivos que levam a esse comportamento. O estudo teve como objetivo avaliar a não adesão em idosos hipertensos de uma unidade pública de saúde de Ribeirão Preto - SP. Trata-se de um estudo de corte transversal, desenvolvido com uma amostra de 196 pessoas. A coleta de dados ocorreu entre agosto de 2014 até junho de 2015, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa. Para essa etapa foram utilizados os instrumentos Brief Medication Questionnaire, Medical Outcomes Studies 36-item Short Form Survey, Escore de Risco Global e Escore de Risco pelo Tempo de Vida. Após a coleta dos dados, as entrevistas foram codificadas, os dados foram tabulados e foi realizada a análise estatística descritiva e de correlação. Como resultado, constatou-se que houve predomínio de mulheres, com idade média de 69,4 anos, casados/união estável, não moravam sozinhos, com 1,85 pessoas na casa em média, de cor branca, com ensino fundamental incompleto, renda de até dois salários mínimos e aposentados/pensionistas, atendidos pelo SUS. Apresentaram hábitos de vida razoáveis, sem predomínio de consumo de bebidas alcoólicas, tabagismo, uso excessivo de sal e sedentarismo. A mais frequente comorbidade associada à HAS foi a dislipidemia. Foi observado elevado predomínio de fatores de risco cardiovasculares como obesidade abdominal, obesidade geral, comorbidades, razão de lipídeos e fatores agravantes como proteína c reativa ultrassensível, microalbuminúria e síndrome metabólica. A maioria da amostra foi classificada como sendo portador de risco cardiovascular alto após estratificação do risco. A percepção da qualidade de vida relacionada à saúde foi considerada baixa na maioria principalmente devido a limitações emocionais. A não adesão esteve presente em quase metade dos idosos, relacionada principalmente à complexidade da farmacoterapia e dificuldade em lembrar sobre o uso de seus medicamentos. Não foi observada correlação entre a não adesão e as variáveis estudadas. Conclui-se que o comportamento de não adesão observado não esteve relacionada às variáveis estudadas nessa amostra e que são necessárias intervenções urgentes para reduzir o risco cardiovascular e prevenir doenças cardiovasculares e mortalidade, bem como melhora da percepção da qualidade de vida relacionada à saúde.

Relevância:

70.00% 70.00%

Publicador:

Resumo:

In the early 1990s, a major milestone in the treatment of Acquired Immune Deficiency Syndrome was the development of highly active combination antiretroviral therapy. The great benefit generated by the use of this therapy was prolonging the survival of the people who got this disease, since it is no longer considered fatal, becoming a chronic condition. Despite improvements generated by this therapy, there are still many difficulties to be overcome. One is the patient adherence to their treatment, bringing challenges to services and health professionals. Hence the need for early identification of nursing diagnosis Lack of Accession so that solutions are sought by the nurse with the patient and his family. With this problem, adds to the difficulty of hospital nurses in inferring that diagnosis, especially in identifying their defining characteristics. In this context, the objective was to evaluate the accuracy of clinical indicators of nursing diagnosis Lack of Adherence to antiretroviral treatment for people living with the Acquired Immunodeficiency Syndrome. The research took place in two stages. The first consists of the evaluation of the diagnostic indicators in the study; and second, the diagnostic inference performed by specialist nurses. The first step took place in a referral hospital in the treatment of infectious diseases in the Northeast of Brazil, and data were collected through an instrument for carrying out history and physical examination and analyzed for the presence or absence of the diagnostic indicators. In the second stage, the data were sent to experts, who judged the presence or absence of the diagnosis in the studied clientele. The project was submitted to the Ethics Committee of the Federal University of Rio Grande do Norte, obtaining approval with the General Certificate for Ethics Assessment (CAAE) No 46206215.3.0000.5537. Data were analyzed using descriptive and inferential statistics. Test were used Fisher's exact, chi-square test of Pearson and logistic regression. Since the accuracy of clinical indicators was measured by sensitivity, specificity, predictive values, likelihood ratios. As a result, we identified the presence of diagnosis Lack of Accession on 69% (n = 78) of the study patients. The defining characteristics that showed statistically significant association with the diagnosis studied were: lack of adherence behavior, complications related to development, missing scheduled appointments, failure to achieve results, and exacerbation of symptoms. The characteristic with greater sensitivity was missing scheduled appointments and the highest specificity behavior of noncompliance. The logistic regression showed as predictors for the diagnosis Lack of Accession: lack of adherence behavior, missing scheduled appointments, failure to achieve results, and exacerbation of symptoms. It was concluded that the identification of clinical indicators accurately enabled a good prediction of the nursing diagnosis Lack of Accession on people living with the Acquired Immune Deficiency Syndrome, helping nurses develop early on strategies for promoting adherence to the use of antiretrovirals.

Relevância:

70.00% 70.00%

Publicador:

Resumo:

In the early 1990s, a major milestone in the treatment of Acquired Immune Deficiency Syndrome was the development of highly active combination antiretroviral therapy. The great benefit generated by the use of this therapy was prolonging the survival of the people who got this disease, since it is no longer considered fatal, becoming a chronic condition. Despite improvements generated by this therapy, there are still many difficulties to be overcome. One is the patient adherence to their treatment, bringing challenges to services and health professionals. Hence the need for early identification of nursing diagnosis Lack of Accession so that solutions are sought by the nurse with the patient and his family. With this problem, adds to the difficulty of hospital nurses in inferring that diagnosis, especially in identifying their defining characteristics. In this context, the objective was to evaluate the accuracy of clinical indicators of nursing diagnosis Lack of Adherence to antiretroviral treatment for people living with the Acquired Immunodeficiency Syndrome. The research took place in two stages. The first consists of the evaluation of the diagnostic indicators in the study; and second, the diagnostic inference performed by specialist nurses. The first step took place in a referral hospital in the treatment of infectious diseases in the Northeast of Brazil, and data were collected through an instrument for carrying out history and physical examination and analyzed for the presence or absence of the diagnostic indicators. In the second stage, the data were sent to experts, who judged the presence or absence of the diagnosis in the studied clientele. The project was submitted to the Ethics Committee of the Federal University of Rio Grande do Norte, obtaining approval with the General Certificate for Ethics Assessment (CAAE) No 46206215.3.0000.5537. Data were analyzed using descriptive and inferential statistics. Test were used Fisher's exact, chi-square test of Pearson and logistic regression. Since the accuracy of clinical indicators was measured by sensitivity, specificity, predictive values, likelihood ratios. As a result, we identified the presence of diagnosis Lack of Accession on 69% (n = 78) of the study patients. The defining characteristics that showed statistically significant association with the diagnosis studied were: lack of adherence behavior, complications related to development, missing scheduled appointments, failure to achieve results, and exacerbation of symptoms. The characteristic with greater sensitivity was missing scheduled appointments and the highest specificity behavior of noncompliance. The logistic regression showed as predictors for the diagnosis Lack of Accession: lack of adherence behavior, missing scheduled appointments, failure to achieve results, and exacerbation of symptoms. It was concluded that the identification of clinical indicators accurately enabled a good prediction of the nursing diagnosis Lack of Accession on people living with the Acquired Immune Deficiency Syndrome, helping nurses develop early on strategies for promoting adherence to the use of antiretrovirals.

Relevância:

70.00% 70.00%

Publicador:

Resumo:

Esta investigação tem como objetivo estudar as representações de doença em pacientes com o diagnóstico de esquizofrenia e a forma como estas são varáveis preditoras da adesão ao tratamento. Este estudo teve como base o modelo de auto­regulação de Leventhal, que tem sido largamente aplicado à doença física e começa a dar os primeiros passos em trabalhos a nível da saúde mental. A investigação empírica deste trabalho foi assim conduzida tendo em conta o papel ativo que os sujeitos possuem na elaboração das suas próprias doenças. O estudo consistiu na aplicação de questionários de perceção de doença (IPQS), Crenças sobre os medicamentos (BMQ) adesão ao tratamento (RAM) e espiritualidade. Os resultados demonstram que algumas representações de doença são preditoras significativas da adesão ao tratamento. Também as crenças acerca dos medicamentos possuem um efeito preditor ainda que de uma forma menos acentuada. A interação entre representações de doença e crenças espirituais também possuem efeitos preditores na adesão ao tratamento. /ABSTRACT: This study has the objective of make an approach about the illness perceptions of patients with the diagnosis of schizophrenia and the way by witch this variable are predictors of treatment adherence. Using the model of self-regulation of Leventhal, that has been largely applied to physical disease and starts now to develop investigations in the area of mental health problems. The empirical investigation has been conducted having in mind the active role that subjects have in elaborating their own diseases. The present study was made by means of application of the disease illness perception questionnaire (IPQS), beliefs about medicines (BMQ), treatment adherence (RAM) and spirituality. Our results show that some illness cognitions are significative predictors of treatment adherence, as well as the beliefs about medicines have a predictive effect but in a less strong way. Also the interactions between illness representations and spiritual beliefs have predicted the treatment adherence.

Relevância:

70.00% 70.00%

Publicador:

Resumo:

Introdução A transplantação cardíaca é atualmente um tratamento de reconhecida validade que permite ao doente com insuficiência cardíaca terminal, ver a sua expectativa de vida aumentada e a sua qualidade de vida melhorada. Não temos dúvidas de que, o aprimorar das técnicas cirúrgicas e o desenvolvimento de novos fármacos imunossupressores, permitiram uma evolução enorme na área dos transplantes de órgãos, no entanto, não podemos deixar também de salientar, a importância de uma forte envolvência de todos os atores comprometidos no processo da transplantação cardíaca, no qual se incluem os enfermeiros. A sua formação permite-lhes a obtenção de ferramentas únicas e situarem-se numa posição bastante privilegiada, na promoção do autocuidado e na melhoria da adesão a um regime terapêutico rigoroso, condições essenciais para a melhoria da sobrevida e da qualidade de vida da pessoa transplantada ao coração. Adesão implica uma atitude ativa, com envolvimento voluntário e colaborativo entre o utente e o profissional de saúde, num processo conjunto para a mudança de comportamentos. O "utente adere ao tratamento ou ao protocolo terapêutico, tendo por base um acordo conjunto que tem a sua participação, o que o leva a reconhecer a importância de determinadas ações prescritas" (Camarneiro, 2002, p.26). Para Orem (2001), capacidade de autocuidado, significa no contexto da teoria, aquilo que a pessoa é capaz de realizar por si e para si própria. Refere-se ao conjunto de conhecimentos, habilidades e experiências adquiridas ao longo da vida para a realização do autocuidado. Objetivos Identificar o nível de adesão aos tratamentos; descrever a capacidade de autocuidado; e analisar de que forma é que a capacidade de autocuidado se relaciona com a adesão aos tratamentos da pessoa transplantada ao coração. Metodologia Partindo da questão de investigação: "Qual a capacidade para o autocuidado e de que forma é que esta se relaciona com a adesão aos tratamentos do indivíduo transplantado ao coração?", desenvolvemos um estudo quantitativo, transversal e descritivo-correlacional, formulando a seguinte hipótese: "Existe relação entre a capacidade de autocuidado e a adesão aos tratamentos do indivíduo transplantado ao coração". A população alvo do estudo era constituída pelos doentes submetidos a transplante cardíaco há mais de seis meses, seguidos na consulta de transplantação cardíaca num centro de cirurgia cardiotorácica de um hospital universitário. A amostra de 62 indivíduos foi do tipo não probabilístico e acidental de acordo com os seguintes critérios de inclusão: ser transplantado ao coração há mais de seis meses; não possuir qualquer tipo de doença grave que pudesse afetar a sua capacidade cognitiva; ter idade superior a 18 anos à data da aplicação dos questionários; compreender e assinar o consentimento informado. A recolha de dados foi realizada através do autorrelato escrito que depois de realizado o pré-teste, incluiu: um questionário para caracterização sociodemográfica da amostra; a Escala de Capacidade de Autocuidado (ECA; Baquedano, 2008); e a Medida de Adesão aos Tratamentos (MAT; Delgado e Lima, 2001) Foi obtido o parecer favorável da Comissão de Ética para a Saúde da instituição onde foi realizado o estudo. Resultados Quanto à caracterização sociodemográfica: 83,9% eram homens, com uma média de idades de 57,45 anos (desvio padrão de 11,4 anos), variando entre os 26 e os 73 anos. A maior parte dos indivíduos era casada ou vivia em união de facto (80,6%), 68% residia em zonas urbanas, 57% procedia da zona centro do país, 43,5% tinha a instrução primária e a maioria (67,7%) encontrava-se na situação de reformado. A utilização da MAT permite detectar os doentes que omitem a ingestão da medicação por esquecimento, que se esquecem das horas de administração ou não respeitam o horário que está pré-estabelecido, que deixam de tomar a medicação por iniciativa própria, abordando de igual forma, a problemática da automedicação. No nosso estudo, os valores da escala variaram entre o mínimo de 4,71 e o máximo de 6 pontos. A média foi de 5,78 com um desvio padrão de 0,03 pontos. Com o objetivo de captar padrões de adesão, procedeu-se à conversão da escala, pudendo verificar-se um indivíduo (1,6%) que pelo seu padrão comportamental, foi categorizado como não aderente aos tratamentos. A ECA faz uma abordagem às necessidades do tipo universal, tais como: alimentação, eliminação, actividade física, sono e repouso, interacção social, prevenção de riscos para a saúde, promoção do funcionamento e desenvolvimento humano, necessidades relacionadas com o estado de saúde da pessoa e do seu tratamento, monitorização de sinais e sintomas relacionados com a sua saúde, adesão ao tratamento farmacológico e não farmacológico, entre outras. Os valores da escala podem variar entre 0 e 75 pontos, sendo que, a valores mais altos corresponde maior capacidade de autocuidado. Na nossa amostra variou entre um mínimo de 39 e o máximo de 75, com uma média de 63,18 e um desvio padrão de 1,0. Pela categorização proposta por Baquedano (2008), podemos referir que, a maior parte dos indivíduos tem muito boa capacidade de autocuidado (75,8%) e 24,2% tem boa capacidade de autocuidado. Para testar a hipótese que afirma a existência de relação entre a capacidade de autocuidado e a adesão aos tratamentos do indivíduo transplantado ao coração, utilizámos o coeficiente de correlação de Spearman (rs; ?=0,05), existindo fortes evidências estatísticas para afirmar que, a adesão aos tratamentos farmacológicos está moderada e positivamente correlacionada (rs=0,423; sig.=0.000) com a capacidade de autocuidado, isto é, quanto maior a capacidade de autocuidado melhores são os níveis de adesão aos tratamentos. Discussão A realização de um transplante cardíaco implica seguir um tratamento complexo até ao fim da vida da pessoa, com mudanças no estilo de vida que deverão ser compatíveis com o seu próprio conceito de qualidade de vida. A equipa de saúde envolvida no cuidado à pessoa transplantada e à sua família terá que ter este aspecto sempre bem presente, correndo o risco de abandono, total ou parcial, dos tratamentos estabelecidos. A adesão ao regime terapêutico é um factor susceptível de se melhorar, indo influenciar positivamente os resultados de saúde que se esperam atingir com determinados cuidados ou tratamentos. Relativamente à hipótese em estudo, verificámos que existem fortes evidências estatísticas para afirmar que quanto maior a capacidade de autocuidado, melhores são os níveis de adesão aos tratamentos. Também Arias e Álvarez (2009), num estudo que efectuaram em doentes com algum factor de risco cardiovascular, concluíram que, quando o individuo possui melhor capacidade para se autocuidar, conta com maiores habilidades para aderir aos tratamentos, sejam eles farmacológicos ou não farmacológicos. Assim, aos enfermeiros exige-se que utilizem os seus conhecimentos em enfermagem, para fazer um diagnóstico dos deficits de autocuidado da pessoa transplantada ao coração e, em conjunto com o indivíduo e com a sua família, conceptualize um plano de cuidados com as intervenções necessárias de modo a capacitá-los para a realização do autocuidado. Tendo em conta a Teoria do Autocuidado de Orem, consegue-se capacitar a pessoa para o autocuidado, se lhe proporcionarmos informações relativas aos seus tratamentos e ao próprio transplante, se a instruirmos na manutenção do seu bem-estar físico (nutrição, actividade física, eliminação, repouso) e até no uso de técnicas de relaxamento, que permitam à pessoa sentimentos mais optimistas em relação à sua saúde. Conclusão A adesão aos tratamentos é um factor essencial à expectativa e qualidade de vida da pessoa transplantada. Ao contribuir para melhorar a capacidade de autocuidado e, por conseguinte, a adesão ao regime terapêutico, o enfermeiro estará a contribuir para a redução do sofrimento dos doentes e dos seus familiares, mas numa perspectiva mais económica, estará também a contribuir para a redução das necessidades de reinternamentos e da utilização dos serviços de saúde, reduzindo assim os custos em saúde. Por isso, é indispensável que se melhore as competências para trabalhar a capacidade de autocuidado da pessoa e da família, uma vez que, como verificámos no nosso estudo, estaremos também a melhorar a adesão ao regime terapêutico. Integrado numa equipa de saúde multidisciplinar que tem como foco de atenção a pessoa transplantada ao coração e a sua família, o enfermeiro utiliza os seus conhecimentos da sua área profissional para identificar a capacidade de autocuidado, planeando um conjunto de actividades que tenham como objetivo a sua melhoria. Neste sentido, as intervenções de enfermagem que incentivem o autocuidado da pessoa e da família devem ser cada vez mais promovidas, sendo que, os enfermeiros estão na centralidade da resposta às necessidades de autocuidado da pessoa transplantada ao coração.

Relevância:

70.00% 70.00%

Publicador:

Resumo:

A depressão é uma doença, é necessário reconhece-la como tal e procurar capacitar as pessoas que com ela convivem a procurar ajuda e precocemente iniciar o seu tratamento. Dos indivíduos que receberam tratamento para um episódio depressivo apresentaram recaídas, muitas vezes devido à não adesão ao tratamento. Nesse contexto, o tratamento medicamentoso combinado com intervenções psicossociais torna-se cada vez mais utilizado, sendo a Psicoeducação uma das intervenções mais eficazes. O desenvolvimento de um programa Psicoeducativo nesse sentido teve como base e metodologia o processo de relação de ajuda. Pretende-se criar as condições necessárias para que a própria pessoa reconheça a sua patologia, os sintomas que dela decorrem, a importância da adesão terapêutica e a necessidade de suporte por parte da família na pessoa com depressão. No final, procura-se desenvolver e refletir as competências inerentes ao enfermeiro especialista em enfermagem de Saúde Mental e Psiquiatria, no diagnostico, intervenção e avaliação na pessoa com sintomatologia depressiva; Abstract: Therapeutic approach to nursing depressive patient – the use of psychoeducation in the treatment of depressive symptomatology Depression is a disease, it is necessary to recognize it as such and seek to enable people to live with her to seek help early and start your treatment. Of individuals who received treatment for a depressive episode had relapses, often due to non-adherence to treatment. In this context, drug treatment combined with psychosocial interventions becomes increasingly used, the Psychoeducational one of the most effective interventions. The development of a program accordingly Psychoeducational was based on the methodology and process aid relationship. It is intended to create the necessary conditions so that the person recognize their disease, the symptoms resulting from it, the importance of adherence and the need for support by the family in person with depression. In the end, we seek to develop and reflect the skills inherent to the nurse specialist in nursing Mental Health and Psychiatry in the diagnosis, intervention and evaluation in people with depressive symptoms.

Relevância:

70.00% 70.00%

Publicador:

Resumo:

Revisão do módulo 1, da unidade 3, do curso Ações para o controle da tuberculose na atenção básica. O recurso apresenta os princípios básicos para tratamento da tuberculose e a maneira de estimular o paciente na adesão ao tratamento. Indicações de início de tratamento na atenção básica, os esquemas básico de medicamentos indicados e sua variante para crianças serão abordados ao longo da apresentação. Disponibiliza ainda teste para avaliar e aprimorar os conhecimentos.

Relevância:

70.00% 70.00%

Publicador:

Resumo:

Diante do contexto, o propósito deste projeto de intervenção é para identificar os fatores influenciantes na adesão terapêutica correlacionada ao tratamento da hipertensão arterial sistêmica na geriatria. A intervenção foi realizada na UBS de Abadiânia-Goiás em pacientes geriátricos assistidos na Estratégia de Saúde da Família “Elecy Patrocínio de Godoi” – ESF – I e VI. Foram entrevistados 05 pacientes do Asilo Santo Antônio no período de agosto a outubro de 2014 para a medida de adesão ao tratamento, estudando os fatores que possam estar relacionadas ao grau de adesão. Este projeto de intervenção evidenciou que os principais fatores influenciantes na adesão terapêutica ao tratamento anti-hipertensivo, são as más condições financeiras para adquirir o medicamento, dieta desbalanceada, sedentarismo, prática irregular de atividade física, fatores raciais, étnicos, a deficiência do sistema de distribuição gratuita por parte do serviço público de saúde, baixa escolaridade, dificuldades quanto ato de tomar os medicamentos, e a presença de reações adversas e efeitos colaterais indesejáveis, tabagismo, fatores emocionais e o abandono familiar. Estes fatores isolados ou associados desestimulam ou dificultam o tratamento medicamentoso de forma racional, principalmente dos idosos hipertensos. O projeto de intervenção (PI) em questão preocupou-se em identificação dos fatores influenciantes na adesão terapêutica nos idosos, já que não se tinha a vivencia dessa pratica. Como proposta para superar as fragilidades do PI ressalta-se a importância de uma abordagem multifocal e multiprofissional, sendo de fundamental importância para o sucesso terapêutico desses pacientes idosos.

Relevância:

70.00% 70.00%

Publicador:

Resumo:

A hipertensão arterial e o Diabetes mellitus são as principais causas do desenvolvimento das doenças cardiovasculares, sendo que esta é a principal causa de morte no Brasil atualmente. Segundo diversas pesquisas o Diabetes mellitus causa diversas alterações no organismo, inclusive na cavidade oral, favorecendo o aparecimento ou o agravamento da doença periodontal. A hipertensão arterial também possui forte relação com a doença periodontal, visto que já foi comprovado que as mesmas favorecem o acontecimento de problemas como o infarto agudo do miocárdio. Devido a isso é de suma importância consultas odontológicas periódicas por parte deste grupo. Na UBSF Jardim Batistão a procura por atendimento odontológico por parte deste grupo estava relativamente baixa e foi proposto um projeto de intervenção com o objetivo de melhorar esta adesão ao tratamento odontológico por parte dos pacientes hipertensos e diabéticos. A intervenção aconteceu com a distribuição de um cartão de controle de atendimento odontológico aos deste grupo e a realização de atividades educativas, obtendo-se um bom resultado, havendo um aumento significativo nesta procura ao tratamento odontológico.

Relevância:

70.00% 70.00%

Publicador:

Resumo:

Este Projeto de Intervenção foi desenvolvido com o objetivo de sensibilizar as gestantes da área de abrangência da Equipe 55, que realizam Pré-Natal na UBSF Iracy Coelho quanto à importância da saúde bucal e da transmissão de bons hábitos e costumes aos seus descendentes, com vistas a elevar a adesão ao tratamento ou aos procedimentos preventivos, durante todo o período gestacional, tornando o Pré-Natal um hábito salutar. Para o desenvolvimento deste Projeto foi utilizada a pedagogia de Paulo Freire, possibilitando a participação ativa das gestantes, valorizando o diálogo entre as usuárias enquanto sujeitos portadores de saberes sobre o processo saúde-doença-cuidado. Para que as Ações Educativas, através da Roda de Conversa e, também, as visitas domiciliares, atingissem o objetivo proposto, houve uma capacitação prévia dos Agentes Comunitários de Saúde - ACS, do enfermeiro e também da Assistente Social. O grupo foi trabalhado em forma de Roda de Gestantes com 14 participantes e contemplou as principais dúvidas e questionamentos que costumam preocupar as gestantes em relação ao tratamento odontológico. Questionou-se, por exemplo, a possibilidade do enfraquecimento dos dentes durante a gestação, a possibilidade de “caírem” as restaurações já existentes, e a impossibilidade do tratamento odontológico durante esse período, denotando que, geralmente, elas desconhecem o funcionamento fisiológico do próprio corpo e ainda que estão ávidas em adquirir novos conhecimentos.Assim sendo, torna-se imprescindível a instalação de medidas educativo-preventivas frequentes às gestantes bem como uma maior integração entre profissionais médicos e odontólogos visando um melhor esclarecimento sobre a seguridade do tratamento odontológico curativo e a eficácia do tratamento preventivo.

Relevância:

70.00% 70.00%

Publicador:

Resumo:

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) configura-se como um importante problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Estimativas indicam que sua prevalência está ascendente e seu impacto nas populações será ainda mais danoso nos próximos anos. O estudo tem por objetivo elaborar um plano de intervenção para melhorar o controle e aderência ao tratamento de portadores de hipertensão arterial da unidade básica de saúde Nova Vista. Para tal realizou-se três etapas: etapa 1; diagnostica; etapa 2; e etapa 3 avaliação. Após a realização de diagnóstico situacional, verificou-se que a principal causa de morbilidade da nossa população foi à hipertensão arterial. Assim, foi proposto o projeto de intervenção, para melhorar o controle, aderência ao tratamento e qualidade de vida de nossos pacientes hipertensos. Foram realizadas palestras periodicamente na unidade de saúde, envolvendo a equipe de saúde, foi reorganizado o acolhimento dos pacientes, incremento-se o número de consultas e visitas domiciliares com melhoras de sua qualidade e atendimento integral. A avaliação final do projeto resultou: aumento de controle da pressão arterial de 49,4% ao inicio, para 85,9% ao final.

Relevância:

70.00% 70.00%

Publicador:

Resumo:

Hipertensão arterial sistêmica (HAS) é a mais freqüentes das doenças cardiovasculares, é também o principal fator de risco para as complicações como acidente vascular cerebral (AVC) e infarto agudo do miocárdio (IAM), além da doença renal crônica (DRC). No mundo cerca de 600 milhões de pessoas têm hipertensão arterial e delas morrem 9,4 milhões por ano. No Brasil são cerca de 30 milhões de portadores de HAS, correspondendo a 35% da população acima de 40 anos e 5 % de crianças e adolescentes, este estudo incentiva estimular a adesão ao tratamento anti-hipertensivo de pessoas acompanhadas na unidade básica de saúde. Foi realizado um estudo com oficinas semanais com os pacientes hipertensos acompanhados e cadastrados, no período desde setembro 2014 até fevereiro 2015 na unidade básica de saúde Henrique Monat. Com os dados espera-se estimular os pacientes hipertensos dessa Unidade de Saúde à adesão ao tratamento e desenvolver ações que estimulem esses pacientes a tratamento e controle.