1000 resultados para Representações sociais
Resumo:
Os fenmenos migratrios tm contribudo para a configurao de uma realidade sociocultural diversa que marca as sociedades do sculo XXI. Portugal no exceo, sendo um dos pases onde mais aumentou proporcionalmente a imigrao legal permanente, fenmeno coexistente com a emigrao da sua populao. Neste contexto de migraes reconfiguram-se identidades, no apenas para os migrantes mas tambm para os autctones, cuja (re)construo balana entre a semelhana e a diferena. Sem esta relao, a identidade fica comprometida, pois ela existe fundamentalmente pelo reconhecimento dos outros. A liberdade cultural e lingustica tambm uma dimenso do desenvolvimento humano, pelo que tem vindo a ganhar proeminncia a promoo da diversidade lingustica e cultural, e a consequente educao intercultural, que se assume como espao privilegiado de reflexo e ao. Defende-se que a verdadeira integrao dos imigrantes ter de ser multilingue e no pode ser realizada apagando as suas diferenas, nem obrigando-os a abandonar as suas lnguas nativas e culturas. O domnio da Lngua Portuguesa uma das vias mais poderosas para a integrao dos estrangeiros a residir em Portugal, tanto como garantia da autonomia individual que faculta o exerccio de uma cidadania ativa, como de harmonia social ao nvel coletivo. A escola portuguesa, atenta a este facto, v reconhecida, por parte do Ministrio da Educao, a Lngua Portuguesa como fator de integrao. Todavia, esse reconhecimento contrasta com a indiferena perante as lnguas maternas dos alunos estrangeiros, ignorando-se, assim, um importante elemento das suas pertenas identitrias. Neste mbito, alguns autores afirmam que a escola portuguesa nem sempre tem praticado uma verdadeira educao intercultural, adotando, pelo contrrio, parte das caractersticas hegemnicas da cultura dominante, o que se traduz, por conseguinte, no esmagamento simblico (coletivo) das culturas minoritrias. O nosso estudo usa as Representações Sociais como formas de conhecimento prtico que permitem a compreenso do mundo e a comunicao, proporcionando coerncia s dinmicas sociais. Procurmos fazer, atravs delas, uma leitura da valorizao da diversidade lingustica e cultural na escola, uma vez que as Representações Sociais que se tm do Outro justificam a forma como se interage com ele e imprimem direo s relaes intra e intergrupais. A investigao que aqui apresentamos procura dar primazia voz do aluno como fonte de conhecimento, aos fenmenos, a partir das experincias interindividuais e intergrupais, e forma como as pessoas experienciam e interpretam o mundo social que constroem interativamente. Para esse efeito, recolhemos dados atravs de entrevistas semidiretivas individuais junto de dez alunos autctones e dez alunosestrangeiros de uma mesma escola. Complementarmente, realizmos entrevistas aos Encarregados de Educao de oito dos alunos entrevistados, quatro de cada grupo, aos cinco Diretores de Turma desses alunos e ao Diretor da escola. Do ponto de vista metodolgico, a presente investigao desenvolveu-se de acordo com uma abordagem de natureza qualitativa, relacionada com um paradigma fenomenolgico-interpretativo os fenmenos humanos e educativos apresentam-se, na sua complexidade, intimamente relacionados e a sua compreenso exige a reconciliao entre a epistemologia e o compromisso tico. Procurando uma leitura global dos resultados obtidos, e semelhana de alguns estudos, a nossa investigao demonstra que, ao no se promover proativamente uma educao intercultural designadamente a sua funo de crtica cultural e o combate a esteretipos e preconceitos que essencializam as diferenas do Outro culturalmente diverso , a escola no prepara os alunos para a sociedade contempornea, culturalmente diversa, dinmica e com um elevado nvel de incerteza, nem para uma abordagem positiva e frontal dos conflitos em toda a sua complexidade. escola impem-se ainda muitos desafios relativos s muitas diversidades que acolhe no seu seio, de forma a que todos aqueles que constituem a comunidade escolar designadamente os alunos, sejam eles estrangeiros ou autctones se sintam parte integrante dela, respeitados tanto pelas suas razes, como pelas mltiplas pertenas dinamicamente em (re)construo, como, ainda, pelos seus projetos de futuro. A informao, por si s, no promove a ao. Revela-se necessria a adoo de estratgias de interveno que concretizem a informao nas prticas escolares quotidianas, que promovam encontros positivamente significativos, que favoream a igualdade social e o reconhecimento das diferenas e, ainda, que previnam atitudes discriminatrias. Para essas estratgias de interveno serem uma constante no quotidiano das nossas escolas, a didtica intercultural deve ser incentivada e operacionalizada, tanto na prtica pedaggica como na formao inicial e contnua dos professores.
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Neste estudo exploratrio procurouse identificar as representações sociais que jovens universitrios elaboram sobre a aids e a percepo de risco em relao infeco pelo HIV. Utilizou-se um instrumento de evocao que se baseia na associao livre de ideias, partindo-se do termo indutor aids. Participaram da pesquisa 201 estudantes, de ambos os sexos, matriculados em diferentes cursos de uma universidade pblica. Os dados foram analisados pelo programa de computao EVOC. Os resultados indicaram que os universitrios construram um saber sobre a aids ancorado no conhecimento mdico-cientfico sobre a sndrome da imunodeficincia adquirida. Sexo, morte e doena foram as palavras mais evocadas que, junto a medo, constituem o provvel ncleo organizador das representações acerca da aids. Crenas e preconceito relacionados a grupos estigmatizados e a comportamentos considerados desviantes no apareceram nas associaes dos universitrios. Percebem-se como vulnerveis infeco identificando comportamentos de risco em toda a populao, inclusive no grupo interno. ____________________________________________________________________________________ ABSTRACT
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Dissertao (mestrado)Universidade de Braslia, Instituto de Artes, Departamento de Msica, Programa de Ps-graduao em Msica, 2015.
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O objetivo deste estudo analisar as representações sociais do envelhecimento ativo, procurando detetar os impactos das concees diferenciadas de homens e mulheres idosos. Foi desenvolvido um estudo de coorte transversal. Foram inquiridas 123 pessoas idosas (M=76,84; DP=8,46). Utilizmos para aceder s evocaes sobre o envelhecimento ativo a Tcnica de Associao Livre de Palavras. As representações que emergiram com maior frequncia foram a famlia, passeio, convvio e sade. Foi possvel destacar diferenas na representao social do envelhecimento ativo a partir de um olhar genderizado. Das evocaes exclusivas do sexo masculino a evocao proeminente ancora no desporto, enquanto no sexo feminino a atividade domstica predomina. Ambos os sexos elegeram a famlia como evocao proeminente na representao social do envelhecimento ativo. As mulheres, refletindo os papis que desempenharam ao longo da sua vida parecem assumir que um envelhecimento ativo representa a execuo das tarefas que sempre fizeram, centrando-se muitas das suas evocaes em contedos de cariz familista, onde o papel de cuidadoras se destaca. As atividades de carcter instrumental e associadas esfera privada, como as tarefas domsticas emergem com maior proeminncia. No caso dos homens, a componente familista tambm evocada, emergindo concomitantemente atividades de lazer.
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Este capitulo resulta de um trabalho de investigao em sociologia que tem como principal objetivo conhecer e compreender quais representações sociais dos adultos desempregados, relativamente ao processo formativo em que esto inseridos. Trata-se de um trabalho que pretende descodificar quais as representações sociais que os adultos em formao (50-60 anos de idade) tm sobre o regresso a uma sala de aula (aqui entendida como a sala de formao), aps vrios anos afastados do ensino. Sendo as representações sociais, categorias do campo das opinies, crenas, valores que os indivduos atribuem a um determinado objeto, pretende-se com a investigao descodificar os percursos socioprofissionais antes da integrao na formao profissional, identificar as representações sociais dos indivduos sobre a ao profissional de formao que frequentam, (antes do ingresso e durante), compreendendo assim quais so, e como se formam, as representações sociais. Todavia, a abordagem que se desenvolveu recorre s representações sociais enquanto categoria sociolgica, atravs da qual se pretendem desmontar conceitos da sociologia em geral, e da sociologia da educao e das profisses em particular.
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Esta produo textual tem como objetivo apresentar o projeto de pesquisa em desenvolvimento no Programa de Ps-Graduao em Geografia da Universidade Federal do Paran, Brasil, em nvel de doutorado, o qual envolve em sua abordagem as reas de geografia, de turismo e a teoria das representações sociais. Atravs de uma abordagem metodolgica que se utiliza de alguns aspectos da dialtica enquanto mtodo e de alguns princpios da teoria das representações sociais, utiliza como metodologia a aplicao de roteiro estruturado de entrevista e questionrio. Este projeto de pesquisa se desenvolve no municpio da Lapa-PR, Brasil, e encontra-se em sua fase final. Os resultados almejados por este projeto envolvem a compreenso do espao e do espao turstico enquanto espao social.
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Universidade Estadual de Campinas . Faculdade de Educao Fsica
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Este estudo tem como objetivo conhecer as representações sociais dos profissionais de sade sobre o trabalho multiprofissional no Servio Pblico de Sade no municpio de Bandeirantes, Paran. Foram entrevistados 44 profissionais de sade de nvel superior, com quatro questes abertas que abordaram aspectos de interesse para o tema. Para a anlise dos dados, tomou-se como base o referencial da Teoria da Representao Social. Para o processamento dos dados, utilizou-se a tcnica do Discurso do Sujeito Coletivo, por meio da qual se construram os discursos-snteses com auxlio do programa Qualiquantisoft. Nos discursos obtidos, os profissionais de sade entrevistados consideraram seu trabalho uma rotina de atendimento programado, determinado pela demanda, desgastante, porm vocacionado. Destacaram que o trabalho multiprofissional a integrao de vrios campos da rea da sade, entre profissionais de outras reas e de outras especialidades para ter uma equipe formada para solucionar os problemas. Relataram que, para o desenvolvimento do trabalho multiprofissional, seria necessria maior interao entre os gestores e os profissionais; recursos materiais e fsicos para a melhoria do atendimento; capacitao, conscientizao, contratao de profissionais para o servio; remunerao salarial e organizao do servio de sade. Os contedos revelaram barreiras para o desenvolvimento do trabalho multiprofissional, como ausncia de novas formas de gesto, flexibilizao das relaes de trabalho e necessidade de resoluo de questes antigas, como remunerao salarial, planos de cargos e carreiras, e organizao do servio, com instalao de mecanismos que possam evitar a intensa rotatividade de profissionais.
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Apoio CNPq/Capes-Procad.
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Maria Beatriz Nader; Lvia de Azevedo Silveira Rangel (organizadoras).
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Este estudo buscou conhecer as representações sociais de alunos do ensino mdio acerca da poltica afirmativa de cotas da UFES. Ao escolher realizar esta investigao cientfica, optei trabalhar com a Teoria das Representações Sociais (TRS), justamente por se tratar de uma pesquisa de natureza qualitativa, permitindo compreender melhor esse conjunto de saberes sociais cotidianos, explicaes e afirmaes que se originam na vida diria desses alunos. Para coleta e anlise dos dados elegi trabalhar com grupos focais e anlise de contedo, por acreditar que se tratam de tcnicas mais apropriadas pelo tempo hbil destinado a tal propsito e o carter exploratrio dessa investigao. Foram eleitos como campo de pesquisa trs escolas que ofertam o ensino mdio no municpio de Cachoeiro de Itapemirim. Sendo, respectivamente, uma da rede particular, uma estadual e uma federal. Apresentei tambm de forma introdutria os principais conceitos sistematizados por Serge Moscovici que serviram de coordenadas para a formulao da TRS. Em um segundo momento, fao um debate dialogado sobre as relaes raciais no Brasil atravs de autores que tentaram interpretar a realidade de um pas de passado escravista e patriarcal. Como resultado dos dilogos com alunos do ensino mdio, percebi que as representações sociais desses estudantes esto ancorados a um conjunto de palavras ligadas a ideia de igualdade, mrito, preconceito pelas avessas, medida tapa buraco. Entretanto, alunos favorveis s polticas de cotas utilizaram muito a palavra igualdade no sentido material da existncia (econmico e social). Percebeu-se tambm diferenas significativas no somente de instituio para instituio, como uma diversidade muito grande de concepes dentro de uma mesma instituio de ensino. Exemplo disso foi encontrado no IFES de Cachoeiro de Itapemirim, onde a viso sobre as cotas do primeiro grupo pertencente turma de informtica se aproximou mais das representações sociais dos alunos da escola particular, enquanto que as concepes do segundo grupo do curso de eletromecnica se conectavam mais com as falas dos alunos de escola pblica.
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Analisa as representações de estudantes da Universidade Federal do Esprito Santo (Ufes) sobre o sistema de reserva de vagas (cotas) e sobre os estudantes cotistas. Desenvolve a anlise a partir dos seguintes objetivos especficos: identificar os fatores que contribuem para a formao e a reformulao das representações sociais no que diz respeito ao ser estudante universitrio; verificar se existem discrepncias nas representações de cada grupo em relao aos itens abordados; caracterizar os componentes que constituem o sentimento de pertena ao grupo estudantes universitrios e compreender como se desenvolvem as relaes intra e inter grupos entre os estudantes cotistas e no cotistas da Ufes. Utiliza como metodologia estudo de caso nico, com mltiplas unidades de anlise, posto que participaram estudantes de diferentes cursos e centros de ensino. Realiza a coleta de dados por meio de entrevista em profundidade por ser consagrada para este tipo de pesquisa. O nmero de entrevistados baseou-se no critrio de saturao. A sistematizao dos dados se deu a partir da anlise de contedo das entrevistas utilizando a Teoria das Representações Sociais. As categorias de anlise foram criadas a partir de dois aspectos, os objetivos da pesquisa e as falas dos estudantes. Observa que o acolhimento dos estudantes cotistas bem como, do sistema de reserva de vagas, se deu inicialmente por meio da comparao entre as condies de concorrncia no vestibular entre estudantes oriundos de escolas pblicas e particulares; que o sentimento de pertena ao grupo estudantes universitrios se concretiza mais em relao aos fazeres prprios da universidade do que em relao a qualquer outra condio vivida pelos estudantes, inclusive o ser ou no cotista. Aponta para novos temas a serem discutidos e modos de esclarecer os estudantes de escolas secundrias pblicas sobre seus direitos em relao ao cumprimento da Lei n 12.711, de 2012 que estabeleceu a reserva de vagas nas Instituies de Ensino Superior pblicas no Brasil.
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Este artigo explora a influncia do sistema de trabalho confinado nas representações do contexto organizacional e nos comportamentos sociais, dentro e fora do trabalho. O confinamento pode ser referido como uma vivncia total no local de trabalho que estabeleceria, para o trabalhador, uma rotina de vida profissional e pessoal diferenciada. O estudo, embasado na Teoria das Representações Sociais de Moscovici e no pensamento de Bourdieu, explorou como os trabalhadores confinados constroem significados e representações do seu trabalho em ambientes considerados de alto risco, por meio dos mtodos de evocao de palavras e anlise dos discursos. Foram realizadas 40 entrevistas em duas empresas de grande porte do ramo petrolfero, com sedes nas cidades do Rio de Janeiro e Duque de Caxias (RJ). Os resultados confirmaram a influncia dos ambientes de trabalho confinados na formao de crenas e na consolidao de comportamentos especficos, baseados em mecanismos de defesa que visam manter a estabilidade psicolgica do trabalhador, imprescindvel sobrevivncia nesse tipo de ambiente.
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O objetivo desta pesquisa foi elaborar uma anlise das Representações Sociais sobre a hansenase e das condies sociais geradoras desta doena em pacientes do municpio paraibano de Pedras de Fogo, visto que o carter cultural da enfermidade afeta a insero do paciente com hansenase na sociedade. Optou-se pela abordagem de natureza qualitativa. A populao do estudo constituiu-se dos 11 pacientes diagnosticados no ano de 2005 no municpio. Os instrumentos utilizados para coleta de dados foram: os pronturios dos pacientes, um roteiro para entrevista semiestruturada, que foi gravada, aps autorizao dos sujeitos, com questes norteadoras para verificar as representações da doena, e tambm um questionrio baseado em parmetros do IBGE, do qual constavam a identificao e algumas caractersticas sociais, econmicas, educacionais e domiciliares do entrevistado. Como resultados observou-se que a maioria dos pacientes era do sexo feminino (72,72%); apresentavam baixo grau de alfabetizao (45,45% eram analfabetos) e apenas um (9,09%) era universitrio. Constatou-se a falta de emprego entre os entrevistados (somente 18,18% possuam trabalho fixo); a renda mensal variou de a 3 salrios mnimos e s uma famlia (9,09%) apresentou rendimentos de 5 salrios. Quanto s condies de moradia, a maioria das casas era de alvenaria e prprias, com banheiros e sanitrios, tinham coleta de lixo e abastecimento de gua de rede geral, porm todas com esgoto a cu aberto. Todos possuam TV e, grande parte, tambm rdio. Quanto s Representações, os sujeitos do estudo tinham as leses de pele e deformidades como maiores inquietaes, alguns tentavam ocultar, enquanto outros arriscavam com falsa naturalidade assumir a condio de hansenianos, o que fazia mudar suas identidades (virtual e real), num jogo de aceitao social, em que a mancha era o estigma para a excluso. Assim, conclui-se que os pacientes incorporam os conhecimentos sobre a doena, atribuindo-lhes significados de acordo com suas crenas e valores. Por conseguinte, a maioria sofreu estigma ou se autoestigmatizou, sendo esta situao encontrada mesmo entre os que tiveram apoio da famlia e de amigos.
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O presente estudo visou caraterizar as representações que tcnicos de interveno precoce tm sobre famlias que vivem em meio rural e em meio urbano que recebem apoio das equipas. Foram realizadas entrevistas semi-diretivas, os participantes e entrevistados foram dez docentes com interveno educativa nas equipas, cinco em apoio direto a famlias de meio rural e cinco a realizar intervenes com famlias de meio urbano. Deste estudo resultaram vrios dados qualitativos que depois de analisados e discutidos, levaram a diversas concluses que vem dar respostas s questes e problemtica iniciais. As famlias inseridas nestes contextos tm caractersticas que as diferenciam; habilitaes, recursos, necessidades e comportamentos em comunidade. Tem aspetos culturais que influenciam as suas atitudes, participao e autonomia e so ou no decisivas no desenvolvimento da criana. Em contexto rural as famlias apresentam um maior nmero de necessidades comparativamente s famlias de meio urbano. As maiores necessidades das famlias em contexto rural situam-se nas questes financeiras, de formao e apoio tcnico e especializado. As maiores necessidades das famlias de contexto urbano situam-se ao nvel do fraco apoio familiar e das redes sociais. As necessidades comuns situam-se nas necessidades de informao e promoo da autonomia e competncias parentais. As visitas e intervenes domiciliares podem permitir melhorar a identificao das necessidades e recursos das famlias e compreender melhor os critrios de referncia de algumas crianas. As oportunidades de aprendizagem so maiores nestes encontros em domiclio, esto presentes em muitos casos, elementos da famlia alargada, que muitas vezes tem um papel fundamental na educao e estimulao destas crianas. Os docentes de IP em interveno em contexto urbano, comparativamente com os docentes inseridos em contexto rural, apoiam famlias que na generalidade abrangem reas profissionais mais vantajosas financeiramente. Estas famlias tero partida melhores condies para aceder a mais recursos e apoios. Nos dois contextos existe uma necessidade comum, falta de informao e alguma autonomia e competncias parentais em relao ao crescimento das crianas. A realizao de iii encontros de pais ou criao de grupos de pais que tenham por base a partilha de experiencias e informao, esto planeadas mas no so uma realidade nestas equipas. Nas prticas de qualidade, o profissional deve atuar nos contextos naturais como, a famlia, ou a comunidade, mas pode incluir tambm rotinas, brincadeiras, festas etc. cenrios que facilitem o dia-a-dia. As famlias tm contextos e rotinas prprias que os profissionais devem identificar, os dados que recolhemos indicam essa necessidade de proceder a avaliao mais atenta das necessidades das famlias. As prticas recomendadas e o enquadramento legislativo so tidos em conta pelos docentes e profissionais das equipas, os recursos documentais so na sua maioria comuns, a todas as equipas participantes, seguindo as orientaes e documentos/minutas facultadas pela comisso coordenadora do SNIPI (Sistema Nacional de Interveno Precoce na Infncia) Apesar das recomendaes tericas para prticas de qualidade centradas na famlia, verificamos que estas fazem parte das preocupaes destes docentes, mas nem sempre so implementadas. A problemtica da criana parece ser ainda o ponto mais importante dos programas e planos de interveno e mesmo o critrio decisivo para delinear a durao e frequncia das intervenes, seja em contexto urbano ou rural. - ABSTRACT This study aimed to characterize the families of rural and urban areas that receive support from Early Intervention Teams. It has been proposed yet whether professionals IP suit their practices to the characteristics of these families and communities integrated in different cultural contexts. Interviews were conducted semidirective, participants were ten respondents and teachers with educational intervention teams, five in direct support to families in rural areas and five interventions with families in urban areas. This study resulted in a number of qualitative data that then analyzed and discussed, led to several conclusions that comes to answer the questions and problems early. The families included in these contexts have characteristics that differentiate them; qualifications, resources, needs and behaviors in the community. Has cultural aspects that influence their attitudes, participation and autonomy and are not decisive in the development of the child. In the rural households have a greater number of needs compared to urban families. The greatest needs of families in rural settings are located in financial matters, training and technical support and expertise. The greatest needs of the urban households are located at the level of weak family support and social networks. Common needs lie in information needs and promoting autonomy and parenting skills. The home visits and interventions may allow improved identification of needs and resources of families and understand the benchmarks of some children. Learning opportunities are greater in these meetings at home, are present in many cases, elements of the extended family, which often plays a key role in education and stimulation of these children. Teachers IP intervention in the urban compared with rural teachers placed in context, support families in general include professional areas more financially advantageous. These families will have better starting conditions for access to more resources and support. In both contexts there is a common need, lack of information and some autonomy and parenting skills in relation to the growth of children. The meetings of parents or creating parent groups that are based on the sharing of information and experiences are planned but are not a reality in these teams. In quality practices, the professional must act in natural contexts like the family or the community, but may also include routines, jokes, and parties etc. scenarios that v facilitate the day-to-day. Families have their own contexts and routines that professionals should identify, collect the data indicate that the need for more careful assessment of the needs of families. Best practices and legislative environment are taken into account by teachers and professional teams, the documentary resources are mostly common to all participating teams, following the guidelines and documents / drafts provided by the coordinating committee SNIPI (National Intervention Early Childhood) Despite the theoretical recommendations for quality practices family-centered, we see that these are part of the concerns of teachers, but are not always implemented. The issue of child seems to be still the most important programs and plans and even the decisive criterion for delineating the duration and frequency of interventions whether in urban or rural.