407 resultados para Murrah buffaloes
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Cystic echinococcosis (CE) is a globally parasitic zoonosis caused by larval stages of Echinococcus granulosus. This study investigated E. granulosus genotypes isolated from livestock and humans in the Golestan province, northern Iran, southeast of the Caspian sea, using partial sequencing data of the cytochrome c oxidase subunit 1 (cox1) and NADH dehydrogenase 1 (nad1) mitochondrial genes. Seventy E. granulosus isolates were collected from animals in slaughterhouses: 18 isolates from sheep, 40 from cattle, nine from camels, two from buffaloes and one from a goat, along with four human isolates (formalin-fixed, paraffin-embedded tissues) from CE patients of provincial hospitals. All isolates were successfully analysed by PCR amplification and sequencing. The sequence analysis found four E. granulosus genotypes among the 74 CE isolates: G1 (78.3%), G2 (2.7%), G3 (15%) and G6 (4%). The G1-G3 complex genotype was found in all of the sheep, goat, cattle and buffalo isolates. Among the nine camel isolates, the frequency of G1-G3 and G6 genotypes were 66.7% and 33.3%, respectively. All four human CE isolates belonged to E. granulosus sensu stricto. This study reports the first occurrence of the G2 genotype in cattle from Iran and confirms the previously reported G3 genotype in camels in the same country.
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INTRODUCTION: Leptospirosis is a re-emerging zoonotic disease of humans and animals worldwide. The disease is caused by pathogenic species of the genus Leptospira. These organisms are maintained in nature via chronic renal infection of carrier animals, which excrete the organisms in their urine. Humans become infected through direct or indirect exposure to infected animals and their urine or through contact with contaminated water and soil. This study was conducted to investigate Leptospira infections as a re-emerging zoonosis that has been neglected in Egypt. METHODS: Samples from 1,250 animals (270 rats, 168 dogs, 625 cows, 26 buffaloes, 99 sheep, 14 horses, 26 donkeys and 22 camels), 175 human contacts and 45 water sources were collected from different governorates in Egypt. The samples were collected from different body sites and prepared for culture, PCR and the microscopic agglutination test (MAT). RESULTS: The isolation rates of Leptospira serovars were 6.9%, 11.3% and 1.1% for rats, dogs and cows, respectively, whereas the PCR results revealed respective detection rates of 24%, 11.3% and 1.1% for rats, dogs and cows. Neither the other examined animal species nor humans yielded positive results via these two techniques. Only six Leptospira serovars (Icterohaemorrhagiae, Pomona, Canicola, Grippotyphosa, Celledoni and Pyrogenes) could be isolated from rats, dogs and cows. Moreover, the seroprevalence of leptospiral antibodies among the examined humans determined using MAT was 49.7%. CONCLUSIONS: The obtained results revealed that rats, dogs and cows were the most important animal reservoirs for leptospirosis in Egypt, and the high seroprevalence among human contacts highlights the public health implications of this neglected zoonosis.
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Gastro-intestinal parasitism of 24 buffalo cows before parturition, and post-parturition, their infection and that of their respective calves during the following 30 weeks were studied. Willis, Hoffmann and whenever possible, the modified Gordon & Whitlock techniques were used for fecal examinations. Toxocara vitulorum eggs were the earliest forms encountered in calves feces, as follows: during the 1st week after birth, 58.33% of the calves were positive, and in the 4th week, 100% of these animals were positive. Eggs of Strongyloides sp were in the 1st week after birth in two of the calves and in the 5th week, all for them were positive. The next parasites to appear were the Coccidia of which oocysts were detected in the feces of two calves in the 2nd week after birth, and 58.33% of the calves were positive for these in the 3rd week, and in the 6th week, all calves shed oocysts in their feces. On the other hand, eggs of Strongylids were the last forms to appear in calves feces. However, despite their sporadic appearance in the feces, eggs of these parasites were observed continuously from the 11th week onwards, and at this point, the percentage of positive samples began to increase to reach its peak. Relatively to adult animals, eggs of T. vitulorum were observed in the feces of 11 cows, one or twice at most; eggs of Strongyloides sp were seen only once in the feces of four buffalo cows and eggs of Strongylids in 21 out of 24 cows. Oocysts of Coccidia were observed in 16 cows. Mechanisms of infestation of calves with these parasites are discussed.
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During 12 years feces samples from cows, water buffaloes, sheeps and goats were examined by sequencial tamis filtration to show the occurence of Fasciola hepatica eggs. The material came from 129 municipalities of Santa Catarina State, and 5 g of feces per animal were examined. The occurrence of F. hepatica was confirmed in 64.82% of the municipalities. Considering the host, F. hepatica was confirmed in goats from Florianópolis, São José, São João Batista and Guaramirim municipalities; in sheeps from Brusque, Pomerode, Palhoça and São José; in water buffaloes from 9 and in cows from 86 municipalities. For this study, 13,762 feces samples were examined and in 3,814 the presence of eggs of F. hepatica was demonstrated. The percentage of occurence for host species was 27.86 in cows, 24.72 in water buffaloes, 16.92 in sheeps and 15.66 in goats. By the results it was demonstrated that Itajaí Valley at Southest Hidrographic Basin, in Santa Catarina State is an endemic area of F. hepatica, even though Uruguai Hidrographic Basin was not referred as a geographical record for this parasite.
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O objetivo deste trabalho foi estudar a influência de fatores ambientais e genéticos nas características fenotípicas de búfalo (Bubalus bubalis) das raças Carabao, Jafarabadi, Murrah e Mediterrâneo e do tipo Baio. Os dados foram analisados usando-se o procedimento GLM do SAS (Statistical Analysis System), cujo modelo estatístico incluiu os efeitos fixos de ano e mês de nascimento, ordem de parto e sexo do animal. As médias encontradas para as variáveis foram: peso ao nascer de 32,79 kg (de 32,22 a 34,71 kg), peso da fêmea adulta de 514,31 kg, primeiro intervalo entre partos de 501,30 dias (de 483 a 564 dias), período de serviço de 191,30 dias (de 86 a 191 dias), idade ao primeiro parto de 1.088,03 dias (de 1.040 a 1.156 dias) e intervalo entre partos de 380,32 dias (de 373 a 392 dias). O grupo genético dos machos teve influência significativa nas características estudadas, exceto no peso da fêmea adulta. O sexo do bezerro influenciou o peso ao nascer e idade ao primeiro parto. A ordem de parto influenciou o peso ao nascer, período de serviço e intervalo entre partos. O ano e mês de nascimento influenciaram todas as características estudadas. As médias das características produtivas nas populações de bubalinos criadas na Região Amazônica demonstram que a espécie encontra-se adaptada àquelas condições, constituindo-se em uma alternativa para os criadores.
Parâmetros genéticos das características produtivas e reprodutivas de búfalos na Amazônia brasileira
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O objetivo deste trabalho foi estimar componentes de variância e parâmetros genéticos, incluindo correlações genéticas, fenotípicas e herdabilidade das características produtivas e reprodutivas de búfalos na Amazônia brasileira. As estimativas de herdabilidade (h²) das características variaram de 0,04 a 0,05 no primeiro intervalo entre partos, de 0,0 a 0,26 no intervalo entre partos, e de 0,0 a 0,25 no período de serviço, refletindo grande influência ambiental. Na idade ao primeiro parto, a herdabilidade variou de 0,12 a 0,38. Em relação ao peso ao nascer, a raça Murrah foi a que apresentou a mais alta h² (0,62). As correlações genéticas variaram de 1,00 a -1,00. Foram negativas as correlações genéticas entre idade ao primeiro parto e peso da fêmea adulta (-0,12 a -1,00 dependendo da raça), assim como as correlações entre período de serviço, peso ao nascer e peso da fêmea adulta (0,01 a -1,00). O efeito de ambiente permanente (c²) variou de 0,000 a 0,155. Somente no intervalo entre partos para a raça Jafarabadi pode-se considerar que houve c² significativo (0,458). O efeito materno (m²) no peso ao nascer variou de baixo a médio, nas raças Carabao, Jafarabadi, Mediterrâneo e Murrah (0,11, 0,17, 0,37, 0,04, respectivamente).
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O objetivo deste trabalho foi caracterizar, por meio de marcadores RAPD, dois grupos genéticos de búfalos, Carabao e tipo Baio, que estão sendo conservados in situ, assim como verificar as relações genéticas entre eles e os outros três grupos genéticos de búfalos existentes no Brasil, Murrah, Jafarabadi e Mediterrâneo, considerados raças comerciais. Foram estudados 48 animais de cada grupo, com exceção dos grupos Murrah e Mediterrâneo, com 47 e 42 animais, respectivamente, compreendendo um total de 233 animais. Os 21 iniciadores polimórficos geraram 98 marcadores. A variabilidade genética entre e dentro dos grupos foi estimada em 26,5 e 73,5%, respectivamente, sugerindo divergência significativa entre os cinco grupos genéticos. Na análise entre pares de grupos, foi verificado que a maior e a menor divergência estavam em torno de 40 e 18%, quando se compararam os grupos Carabao x Mediterrâneo e Murrah x Jafarabadi, respectivamente. Entre os grupos Baio e Murrah, a análise revelou divergência genética de 20,42%, indicando que esses grupos são distintos. Os cinco grupos são geneticamente distintos, o que reforça a necessidade de conservação dos grupos genéticos Carabao e Baio, ameaçados de extinção no Brasil.
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Los objetivos de este estudio fueron determinar la asociación entre rasgos de la canal y el rendimiento en cortes (RCD), rendimiento en hueso y recortes de grasa en búfalos de agua, y desarrollar ecuaciones predictivas para cada variable mencionada. Se utilizaron 48 búfalos de agua (24 castrados y 24 enteros), sacrificados a los 17, 19 y 24 meses de edad con mestizaje de razas Murrah y Mediterránea. Se evaluaron las variables de la canal y del rendimiento en cortes. Se realizaron: pruebas descriptivas, análisis de correlación, residuos y de regresión lineal múltiple. En los castrados, el acabado de grasa y la circunferencia del muslo explicaron la mayor variación en RCD. El espesor de grasa y el porcentaje de grasa renal fueron las variables mayormente asociadas con el rendimiento en hueso. En los enteros, el acabado de grasa y la longitud de la canal explicaron la mayor variación en RCD. El recorte de grasa se asoció más con acabado de grasa, y el rendimiento en hueso se asoció con la conformación. Las ecuaciones obtenidas lograron explicar más del 50% de la variación del RCD. Las ecuaciones para recorte de grasa y rendimiento en hueso tuvieron mayor fuerza predictiva.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de dietas suplementadas com monensina ou produtos à base de própolis, nas populações de protozoários ciliados no rúmen de bovinos (Bos taurus) e bubalinos (Bubalus bubalis). Quatro bovinos da raça Holandesa e quatro búfalos da raça Murrah adultos, fistulados no rúmen, foram distribuídos em delineamento quadrado latino (4x4). A dieta constituiu-se de 50% de silagem de milho e 50% de concentrado à base de milho em grãos e farelo de soja, com adição de monensina sódica ou aditivo à base de própolis LLOSA2 ou LLOSC1. As amostras do conteúdo ruminal foram coletadas duas horas após a alimentação. O gênero Entodinium foi o mais representativo em todos os tratamentos, para ambas as raças de ruminantes. Em búfalos, foi observado o efeito redutor do tratamento LLOSC1 nas populações do gênero Entodinium, além do efeito redutor dos tratamentos monensina e LLOSA2 sobre os gêneros da subfamília Diplodiniinae. A média de ciliados foi maior em bubalinos (56x10(4) mL-1) do que em bovinos (26x10(4) mL-1). Houve aumento do pH ruminal dos bovinos no tratamento com monensina. O extrato de própolis LLOSC1 reduziu os ciliados do rúmen em bubalinos.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de um sistema silvipastoril no conforto térmico de 20 búfalas Murrah, das quais 10 criadas em piquetes sem sombra (SS) e 10 com sombreamento (CS) de Racosperma mangium, em Belém, PA. Os animais foram alimentados em pasto, com Urochloa humidicola, com acesso livre à água para beber e sal mineral. A cada três dias, foram mensuradas: temperatura do ar (TA), umidade relativa do ar (UR), temperatura de globo negro (TGN), temperatura retal (TR), frequências respiratória (FR) e cardíaca (FC), e a temperatura da superfície corporal (TSC), pela manhã (7h) e à tarde (13h). Os valores de TR, TSC, FR e FC foram maiores à tarde, especialmente no grupo SS. Mais altas no período menos chuvoso, a TR, TSC e FR apresentaram correlação linear positiva com a TA e o índice de temperatura e umidade (ITGU) e negativa com a UR. Tanto na estação mais chuvosa quanto na menos chuvosa, a FC apresentou correlações significativas positivas com a TA e ITGU e negativas com a UR, apenas no período mais chuvoso. A arborização da pastagem é eficiente para melhorar o conforto térmico das búfalas Murrah, principalmente à tarde.
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Foi avaliada a ocorrência de alterações nas concentrações de glicose sanguínea, proteína plasmática total, hematócrito e presença de corpos cetônicos na urina de oito búfalas leiteiras da raça Murrah, com idade variando entre 5 e 10 anos, com no mínimo duas lactações, clinicamente sadias, desde 60 dias antes até 60 dias pós-parto. As concentrações médias de glicose sangüínea e o valor médio do hematócrito diminuíram significativamente no pós-parto (p<0,05). As concentrações de proteína plasmática total não sofreram variações significativas do pré para o pós-parto. No período pré-parto os corpos cetônicos só foram detectados na urina de uma búfala; entretanto, a partir do 32º dia de lactação foram detectados em todos os animais. Houve uma relação direta entre a coloração da urina positiva para o teste de Rothera e as concentrações de glicose sangüínea. Pode-se concluir que na fase inicial da lactação as búfalas utilizadas sofreram um déficit energético, caracterizado pela diminuição nas concentrações sangüíneas de glicose e presença de corpos cetônicos na urina, e que a lactação causou um declínio progressivo no hematócrito, enquanto que as concentrações da proteína plasmática total não sofreram variações do pré para o pós-parto.
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Descreve-se um surto de tétano em búfalos da raça Murrah em uma propriedade situada no município de São Caetano de Odivelas, localizado na região metropolitana de Belém, estado do Pará. Do rebanho de 250 bubalinos, 80 animais foram vacinados contra raiva por via intramuscular na região da garupa. Em um período de 15 a 19 dias após a vacinação quatro animais adoeceram, um morreu com dois dias de evolução, um foi eutanasiado in extremis no sétimo dia após o início dos sinais clínicos e os demais se recuperaram após tratamento. Nos bubalinos, o primeiro sinal clínico observado foi o prolapso da terceira pálpebra, em especial quando o animal era estimulado, seguido por andar rígido, manifestado por dificuldade de flexão dos membros e permanência em decúbito lateral com os membros estendidos, pálpebras muito abertas, sialorréia, hiperexcitabilidade, orelhas eretas, leve trismo e acúmulo de alimento na cavidade oral. À necropsia foi evidenciada uma área de coloração amarelada com presença de exsudação purulenta na musculatura da região da garupa, local de aplicação da vacina. Ao exame histopatológico não foram evidenciadas alterações significativas. Em dois animais foi realizado tratamento com penicilina por via intramuscular e soro antitetânico por via intramuscular e sub-aracnóide; após duas semanas esses animais se recuperaram. Diante do quadro clínico, dos dados epidemiológicos e da ausência de lesões histológicas foi feito o diagnóstico de tétano. Concluiu-se que o tétano é uma doença a ser considerada na bubalinocultura no Brasil. A infecção, provavelmente ocorreu durante o procedimento de vacinação, através injeções intramusculares utilizando agulhas contaminadas.
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Infiltração por macrófagos espumosos e outras lesões podem ser encontradas em bovinos clinicamente sadios em pastagens de Brachiaria spp. Com o objetivo de determinar as alterações histológicas do fígado e linfonodos mesentéricos em búfalos no Pará foram estudadas as alterações histológicas de fragmentos desses órgãos de 142 búfalos da raça Murrah e de 15 bovinos da raça Nelore, coletados em frigoríficos. As coletas foram separadas em grupos de animais de acordo com sua origem e tempo de permanência na pastagem de Brachiaria spp., sendo o Grupo (G) 1 composto por 79 búfalos provenientes da Ilha de Marajó, criados em pastagens de campo nativo; o G2 composto por 17 búfalos mantidos desde o nascimento em pastagens de Brachiaria brizantha; o G3 composto por 29 búfalos adquiridos na Ilha do Marajó e introduzidos em pastagem de B. decumbens por aproximadamente 12 meses; o G4 composto por 17 búfalos adquiridos na Ilha de Marajó e introduzidos em pastagem de B. brizantha por aproximadamente 18 meses; e o G5 composto por 15 bovinos mantidos em pastagem de B. brizantha por aproximadamente 12 meses. Para avaliar a gravidade da lesão hepática foram estabelecidos graus de acordo com a quantidade e tamanho dos grupos de macrófagos espumosos, seguindo uma escala de 0 a 4. Nos animais do G1, provenientes da Ilha de Marajó, não foram observadas alterações histológicas significativas no fígado e linfonodos mesentéricos. Em todas as amostras dos grupos G2, G3 e G4 foram observados quantidades variáveis de macrófagos espumosos no fígado e linfonodos mesentéricos. Os animais dos grupos G2 e do G4, que permaneceram um período maior em pastagens de Brachiaria spp, apresentaram lesões mais acentuadas (P<0,05) de macrófagos espumosos do que os animais do G3. Além da presença de macrófagos espumosos, foram observadas também, no fígado desses três grupos, tumefação, vacuolização e necrose de hepatócitos, principalmente da região centrolobular. Essas lesões eram mais acentuadas nas áreas onde havia maior infiltração de macrófagos espumosos. Havia fibrose capsular e as lesões dos hepatócitos nesta localização eram mais severas. Nos bovinos do G5 foram observados pequenos grupos de macrófagos espumosos nos linfonodos mesentéricos e ausência dessas células no fígado. Esses resultados sugerem que as lesões hepáticas observadas na histologia em búfalos sem sinais clínicos são ocasionadas pela ingestão de Brachiaria spp. A presença de lesões severas em búfalos sem sinais clínicos, bem mais graves do que as observadas em bovinos, assim como a ausência de surtos de intoxicação por Brachiaria nessa espécie, sugere sua resiliência à intoxicação por Brachiaria spp. Dentro de cada grupo não foi comprovada associação entre o peso ao abate e a gravidade das lesões. A presença de lesões severas no fígado de búfalos sem sinais clínicos alerta para o fato de que lesões semelhantes encontradas durante necropsias de búfalos mortos por outras causas possam levar ao diagnóstico errado de intoxicação por Brachiaria spp.
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Foi realizado um estudo dos defeitos congênitas diagnosticados em bovinos, ovinos e bubalinos mediante revisão dos protocolos de necropsia do Laboratório Regional de Diagnóstico da Faculdade de Veterinária da Universidade Federal de Pelotas entre 1978 e 2009. A ocorrência de defeitos congênitos em bovinos, ovinos e bubalinos representou 0,88%, 0,36% e 7,54% respectivamente, de todos os materiais dessas espécies recebidos. Em bovinos os defeitos esporádicos representaram 45,83% dos diagnósticos, os hereditários 6,25%, os provavelmente hereditários 29,16% e os ambientais ou provavelmente ambientais 16,66%. Dos 48 casos de defeitos congênitos diagnosticados em bovinos 21 (43,75%) afetaram o sistema esquelético (condrodisplasia, escoliose, desvio lateral da mandíbula, fenda palatina e malformação não classificada), nove (18,75%) o sistema nervoso central (hipoplasia dos lobos frontais e olfatórios, degeneração cerebelar cortical, espinha bífida, hipomielinogênese congênita, hipermetria hereditária, hipoplasia cerebelar e paquigiria), nove (18,75%) o sistema muscular (artrogripose), três (6,25%) o sistema cardiovascular (persistência do ducto arterioso e malformação não classificada), um (2,08%) o sistema linfático (hipoplasia linfática), um (2,08%) o sistema gastrintestinal (atresia anal), e, um (2,08%) o olho (catarata congênita). Em cinco casos (10,41%) vários sistemas estavam afetados (diprosopo). Em bovinos foram diagnosticadas diversas doenças hereditárias (hipermetria hereditária, artrogripose, hipoplasia linfática) ou suspeitas de serem hereditárias (condrodisplasia). Ocorreram, também, com menor freqüência, defeitos congênitos de origem ambiental (hipomielinogenese, por carência de cobre) ou possivelmente ambiental (fenda palatina, hipoplasia cerebelar, degeneração cerebelar cortical). Todos os casos de defeitos congênitos observados em ovinos (gêmeos anômalos e aprosopia) afetaram vários sistemas e eram esporádicos. Em bubalinos todas as malformações diagnosticadas são hereditárias (artrogripose, miotonia e dermatose mecânico-bolhosa) ou suspeitas de serem hereditárias (albinismo, megaesôfago e hidranencefalia/hipoplasia cerebelar). Concluiu-se que os defeitos congênitos esporádicos têm pouca importância nas três espécies e que defeitos congênitos de causas ambientais, apesar de pouco freqüentes, podem trazer prejuízos econômicos importantes em determinadas regiões ou estabelecimentos. As doenças hereditárias são importantes não só pela mortalidade mas, também, pela possibilidade de disseminação de genes indesejáveis nas diferentes raças. Em bubalinos a alta frequência de doenças hereditárias na raça Murrah foi atribuída a alta consanguinidade do rebanho brasileiro. Medidas de controle devem ser tomadas para evitar-se a contínua disseminação, principalmente dos genes recessivos, em bubalinos e bovinos.
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Com base no histórico e em dados clínico-patológicos, bem como a inspeção das pastagens, foi estabelecido o diagnóstico de intoxicação por Cestrum laevigatum Schlecht. em uma mortandade de búfalos no município de Itaguaí, RJ. A intoxicação foi reproduzida em dois búfalos. Amostras de folhas dessecadas de C. laevigatum foram administradas manualmente por via oral a quatro bubalinos da raça Murrah, em doses únicas correspondentes a 20g/kg e 40g/kg da planta fresca. A dose correspondente a 40g/kg provocou o aparecimento dos sinais clínicos que consistiram principalmente em apatia, anorexia, ausência dos movimentos ruminais, dismetria, excitação e agressividade, e levaram à morte os dois animais em até 65 horas após a administração da planta. Dos outros dois bufalos que receberam a dose correspondente a de 20g/kg da planta fresca, um apresentou sinais clínicos, caracterizados principalmente por diminuição dos movimentos ruminais, e recuperou-se em 97h22min após a administração da planta; o outro não apresentou sinais clínicos. Os exames laboratoriais para avaliação bioquímica indicaram lesão hepática. Em um búfalo que morreu, as principais alterações macroscópicas foram fígado de cor alaranjada, com superfície externa e de corte com nítido aspecto de noz moscada; no outro, o fígado tinha a superfície externa e de corte de cor alaranjada, sem aspecto de noz moscada. Outras alterações encontradas nos dois búfalos foram leve edema da parede da vesícula biliar, endocárdio do ventrículo esquerdo com equimoses extensas e endocárdio do ventrículo direito com algumas petéquias; mucosa do abomaso levemente avermelhada e conteúdo levemente ressecado; intestino grosso com pouco conteúdo, levemente ressecado e envolto por muco. Os exames histopatológicos revelaram no fígado, acentuada necrose de coagulação dos hepatócitos nas zonas centrais e intermediárias dos lóbulos. Na periferia dessas regiões necrosadas observou-se um halo de hepatócitos com vacuolização.