757 resultados para Fetge-Biòpsia, Fetge-Transplantació,
Resumo:
Os autores apresentam um caso de esteatohepatite no alcolica numa mulher obesa, no diabtica, que evoluiu para cirrose heptica. A propsito desta entidade revem a literatura discutindo a sua histria natural e os principais processos patolgicos a ela associados. Destacam a importncia da obesidade no desenvolvimento da esteatohepatite e da vantagem, em casos seleccionados, da execuo de bipsia heptica, como tcnica de diagnstico fundamental.
Resumo:
A 50-year-old post-menopausal recipient of a kidney allograft with bone pain, osteoporosis, persistent hypercalcaemia and elevated parathormone (PTH) levels, despite a satisfactory graft function, was treated with bisphosphonates and cinacalcet starting, respectively, 5 and 6 months after renal transplantation (RT). Sixteen months after treatment, there was improvement of bone mineral density (BMD) measured by dualenergy X-ray absorptiometry (DEXA). A bone biopsy was taken, unveiling a surprising and worrisome result. Post-RT bone disease is different from classic CKD-MBD and should be managed distinctly, including, in some difficult cases, an invasive evaluation through the performance of a bone biopsy, as suggested in the KDIGO guidelines.
Resumo:
The paradoxical adverse effects of tumor necrosis factor-alpha (TNF-alpha) antagonists have been described frequently as a result of the widespread use of these drugs. Among the TNF-alpha blocking agents, few reports exist relating the use of adalimumab in cutaneous sarcoidosis, although all of them show good results. More recently, sarcoidosis onsets have been reported with various TNF-alpha inhibitors. The current case is, to our knowledge, the first to describe the exacerbation of cutaneous lesions of sarcoidosis treated with adalimumab.
Resumo:
A 34-year-old woman with no known medical history was evaluated for multiple painful brown nodules and papules on the anterior aspect of the trunk. She mentioned a history of similar cutaneous findings on her mother. Biopsies of three lesions revealed piloleiomyomata. Renal and adrenal ultrasound revealed an isolated simple cortical cyst, and pelvic and endovaginal ultrasound revealed two uterine myomata. The clinical diagnosis of hereditary leiomyomatosis and renal cell cancer was corroborated by the identification of a heterozygous variant on exon 5 of the fumarate hydratase gene (c.578C>T p.T193I). Identification of the tumor piloleiomyoma should alert the dermatologist to this rare genodermatosis, which is associated with an increased risk of renal cell tumors, demanding multidisciplinary follow-up, and personal and family counseling.
Resumo:
Apresenta-se um caso de linfoma no-Hodgkin primrio do duodeno, classificado como linfoma B do tubo digestivo de baixo grau de malignidade. Foi demonstrado por ecografia, tomografia computorizada e estudo baritado intestinal. Discutem-se as formas de apresentao e localizao dos linfomas no-Hodgkin primrios gastro-intestinais, assim como o contributo dos mtodos de imagem na sua caracterizao, estadiamento e diagns tico diferencial.
Resumo:
O autor tece comentrios sobre o valor do exame parasitolgico das fezes anterior a qualquer tratamento para o diagnstico da esquistossomose mansoni, acentuando que a sua positividade traduz sempre infeco esquistossomtica e parasitose ativa. Considera, a seguir, o valor da bipsia retal, mostrando que ste mtodo evidencia a infeco em 95% dos casos portadores da forma intestinal e em 75% daqueles com esquistossomose hepatoesplnica; o exame coprolgico , portanto, superior para o diagnstico da forma hepatoesplnica. O encontro exclusivo de ovos mortos e/ou granulomas e/ou cascas firma o diagnstico da infeco.
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Foi praticada a esplenoportografia em 10 pacientes portadores de malria, sendo a infeco causada pelo P. falciparum em 5 casos, pelo P. vivax em 3 casos e pela associao de ambos os plasmdios em outros 2 casos. Em 2 dsses 10 casos, havia associao da malria com a esquistossomose mansoni. Os resultados obtidos demonstraram: 1) tortuosidade da veia esplnica em 4 casos. ste fato explicado pela hepatoesplenomegalia, restringindo a distncia entre os hilos dos dois rgos e portanto causando uma retrao da veia esplnica em seu sentido longitudinal; 2) discreta pobreza das ramificaes portais intraheplicas, representada pela ausncia ou deficincia de contrastao dos ramos aicotmicos portais mais finos. Esta imagem foi encontrada em 7 casos, e pode ser explicada pela vasoconstrico das ramificaes portais, relatadas por Skirrow em Macacus rhesus infectados pelo P. knowlesi (19, 20). Outra explicao mais simplista para ste fato est relacionada com a grande diluio do contraste ao atingir os ramos portais mais finos, tendo em vista a ampliao do leito vascular, em virtude da grande hepatoesplenomegalia - sendo de nocar-se que a hepatomegalia era proeminente em 6 dos casos; 3) o hepatograma, alm dos aspectos mencionados, mostrou um aumento aprecivel e universal do fgado em 6 casos cujos limites podiam ser apreciados em todos os sentidos, contrastando de certo modo com o hepatograma de esquistossomose hepatoesplnica, em que predominam alteraes vasculares intrahepticas, com aspectos sugestivos de peripileflebite esquistossomtica. Parece que sses resultados no foram influenciados pela espcie do plasmdio em causa, isto , o falciparum ou o vivax. Nove dos dez pacientes foram submetidos puno bipsia heptica, sendo que as alteraes histopatolgicas observadas foram bastante discretas, estando portanto em acordo com as pequenas modificaes evidenciadas no esplenoportograma. Apenas em um dos dois casos de esquistossomose mansoni associada, na qual foi praticada a bipsia, havia fibrose interlobular com a presena de granuloma esquistcssomtico. Neste mesmo caso, a esplenoportografia demonstrou imagens de ncoformao vascular em trno dos ramos dicotmicos do sistema porta intraheptico, com seu aspecto musgoso descrito por Bogliolo, considerado caracterstico da esquistossomose mansoni.
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A partir do Miracil D, um derivado hidroximetlico (Hycanthone) pode ser obtido atravs da atividade biolgica do Aspergillus sclerotiorum. ste derivado mostrou-se muito ativo quando administrado a camundongos, hamsters e macacos Cebus experimentalmente infectados com Schistosoma mansoni. Ensaios clnicos com o Hycanthone foram feitos em 52 pacientes com esquistossomose mansoni ativa. A droga foi administrada, nas doses de 2 e 3 mg/kg/ dia, junto com um anti-cido, duas vzes ao dia, durante 5 dias consecutivos. Com exceo de 2 casos, todos os pacientes completaram o tratamento. Nusea e/ou vmito, anorexia, tonturas e cefalia foram os efeitos colaterais mais comuns. Atividade teraputica foi avaliada atravs de repetidos exames de fezes (4 a 6) e uma bipsia retal realizada a partir do 4. ms aps o tratamento. As percentagens de cura foram de 83,3 e 80,0% com o esquema de 2 e 3 mg/kg, respectivamente. Os dados laboratoriais e clnicos sbre a atividade esquistossomicida do Hycanthone at agora obtidos mostram a necessidade de novos ensaios com ste promissor medicamento.
Mtodos Preditivos de Metastizao Ganglionar Adicional em Cancro da Mama com Gnglio Sentinela Positivo
Resumo:
Objectivos As recomendaes para a realizao de linfadenectomia axilar nos doentes com cancro da mama em estdio precoce e sujeitas a bipsia de gnglio sentinela com presena de macrometstase foram recentemente actualizadas, baseadas nos ltimos estudos publicados (Z0011 e IBCSG 23-01). Mantm-se, no entanto, alguma controvrsia na deciso de no realizao de cirurgia radical axilar nos doentes com gnglio sentinela positivo. Tm sido desenvolvidos mtodos preditivos de metastizao ganglionar adicional. Um dos mais conhecidos, desenvolvido no Memorial Sloan-Kettering Cancer Center (MSKCC), recorre a variveis do tumor e caractersticas do gnglio sentinela. Mais recentemente com a utilizao de mtodos moleculares (como o One Step Nucleic Acid - OSNA) para estudo do gnglio sentinela tem sido avaliada a capacidade preditiva da quantidade total de cpias mRNA da citoqueratina 19. Pretende-se estudar na nossa amostra a capacidade preditiva do nomograma do MSKCC e da carga tumoral total. Prope-se ainda avaliar o nmero de macrometstases encontradas na bipsia de gnglio sentinela e sua relao na metastizao ganglionar adicional. Material e mtodos Avaliao retrospectiva de 819 doentes com cancro da mama (Tis T2) submetidos a bipsia de gnglio sentinela no Centro Hospitalar de Lisboa Central durante o perodo de 1 de Janeiro de 2005 e 31 de Dezembro de 2013. Foram identificados 123 doentes com gnglio sentinela positivo que realizaram linfadenectomia axilar imediata. A anlise do gnglio sentinela foi executada por mtodos histolgicos em 78 doentes e por mtodo molecular (OSNA) em 45 doentes. Os dois grupos foram estudados separadamente, tendo sido no primeiro aplicado o nomograma do MSKCC e no segundo obtida a carga tumoral total. Utilizou-se o modelo de regresso logstica para analisar o poder preditivo e discriminativo destes dois mtodos. Adicionalmente, para avaliar a potencial importncia do nmero de macrometstases na metastizao ganglionar adicional, foi ajustado um novo modelo de regresso logstica considerando esta varivel e a carga tumoral total. Ambos os mtodos foram tambm avaliados atravs da rea sob a curva ROC (AUC) e do teste de Hosmer-Lemeshow, respectivamente. O nvel de significncia adoptado foi = 0.05. O estudo estatstico foi realizado com recurso ao SPSS. Resultados No grupo em que foi aplicado o nomograma do MSKCC obteve-se uma AUC=0.67 (I.C. 95% = 0.55 0.79), e no grupo em que foi avaliada a carga tumoral total uma AUC=0.78 (I.C. 95% = 0.64 0.91). Os poderes preditivos de ambos foram, respectivamente, p=0.15 e p=0.46. Constatou-se que o desempenho do modelo resultante da juno da carga tumoral total com o nmero de macrometstases encontradas no estudo do gnglio sentinela foi bastante satisfatrio (AUC=0.87, I.C 95% = 0.76 0.98, poder preditivo p=0.33). Concluso Foi validado externamente o modelo do MSKCC para a amostra em estudo, apresentando uma menor acuidade discriminativa em relao ao estudo original (AUC=0.67 versus AUC=0.75). Por outro lado, aps verificao da homogeneidade de ambos os grupos no que diz respeito a todas as variveis de interesse, conclui-se que a carga tumoral total aparenta uma maior acuidade preditiva e discriminativa na metastizao ganglionar adicional que o nomograma do MSKCC. Quando desenvolvido um modelo agregando a carga tumoral total avaliada por OSNA e o nmero de macrometstases no gnglio sentinela, obteve-se uma capacidade discriminativa ainda superior. A carga tumoral total avaliada por OSNA, ou esta includa num modelo conjunto com o nmero de macrometstases obtidas no estudo do gnglio sentinela, podero representar importantes ferramentas preditivas. Sero no entanto necessrios estudos adicionais com amostras superiores para consolidar estes resultados. Bibliografia 1. Giuliano AE, McCall L, Beitsch P, Whitworth PW, Blumencranz P, Leitch AM, et al. Locoregional recurrence after sentinel lymph node dissection with or without axillary dissection in patients with sentinel lymph node metastases: the American College of Surgeons Oncology Group Z0011 randomized trial. Ann Surg. Setembro de 2010;252(3):42632; discussion 4323. 2. Galimberti V, Cole BF, Zurrida S, Viale G, Luini A, Veronesi P, et al. Axillary dissection versus no axillary dissection in patients with sentinel-node micrometastases (IBCSG 23-01): a phase 3 randomised controlled trial. Lancet Oncol. Abril de 2013;14(4):297305. 3. Bevilacqua JLB, Kattan MW, Fey JV, Cody HS, Borgen PI, Van Zee KJ. Doctor, what are my chances of having a positive sentinel node? A validated nomogram for risk estimation. J Clin Oncol. 20 de Agosto de 2007;25(24):36709. 4. Piero A, Canteras M, Moreno A, Vicente F, Gimnez J, Tocino A, et al. Multicenter validation of two nomograms to predict non-sentinel node involvement in breast cancer. Clin Transl Oncol. Fevereiro de 2013;15(2):11723. 5. Banerjee SM, Michalopoulos NV, Williams NR, Davidson T, El Sheikh S, McDermott N, et al. Detailed evaluation of one step nucleic acid (OSNA) molecular assay for intra-operative diagnosis of sentinel lymph node metastasis and prediction of non-sentinel nodal involvement: experience from a London teaching hospital. Breast. Agosto de 2014;23(4):37884. 6. Peg V, Espinosa-Bravo M, Vieites B, Vilardell F, Antnez JR, de Salas MS, et al. Intraoperative molecular analysis of total tumor load in sentinel lymph node: a new predictor of axillary status in early breast cancer patients. Breast Cancer Res Treat. Maio de 2013;139(1):8793. 7. Tiernan JP, Verghese ET, Nair A, Pathak S, Kim B, White J, et al. Systematic review and meta-analysis of cytokeratin 19-based one-step nucleic acid amplification versus histopathology for sentinel lymph node assessment in breast cancer. Br J Surg. Maro de 2014;101(4):298306. 8. Heilmann T, Mathiak M, Hofmann J, Mundhenke C, van Mackelenbergh M, Alkatout I, et al. Intra-operative use of one-step nucleic acid amplification (OSNA) for detection of the tumor load of sentinel lymph nodes in breast cancer patients. J Cancer Res Clin Oncol. Outubro de 2013;139(10):164955. 9. Chaudhry A, Williams S, Cook J, Jenkins M, Sohail M, Calder C, et al. The real-time intra-operative evaluation of sentinel lymph nodes in breast cancer patients using One Step Nucleic Acid Amplification (OSNA) and implications for clinical decision-making. Eur J Surg Oncol. Fevereiro de 2014;40(2):1507.
Resumo:
Os sndromes de mieroangiopatia trombtica - Prpura Trombtica Trombocitopnica (PTT) e Sndrome Hemolftico Urmico (SHU) - so caracterizados por anemia hemolftica microan gioptica, trombocitopnia, alteraes da funo renal, febre e anomalias do sistema nervoso central. Actualmente so considerados como dois extremos de um espectro contnuo designado PTT- SHU. So doenas raras com uma taxa de mortalidade elevada, apesar dos avanos na teraputica. Os autores descrevem um caso de sndrome hemoltico urmico num adulto jovem em que o curso inicial e a primeira bipsia sugeriam bom prognstico. Contudo a recada precoce e o aparecimento de hipertenso arterial grave implicaram um desfecho fatal em 6 meses. A este propsito os autores fazem uma reviso de alguns dos aspectos mais recentes da patognese e tratamento deste sndrome.
Resumo:
O odontoameloblastoma um tumor odontognico misto muito raro. Reportam-se 29 casos bem documentados na literatura inglesa consultada, dos quais apenas 5 tm envolvimento do segmento anterior da mandbula. Um homem de 51 anos apresentava um tumor da regio anterior da mandbula, com tumefaco dura, difusa e indolor na regio parassinfisria direita da mandbula. Radiograficamente existia extensa leso radiolucente, bem delimitada, desde o dente 46 ao dente 34, com pequenas estruturas calcificadas no interior. Observava-se expanso ssea com provvel perfurao cortical e reabsores radiculares. Aps bipsia realizou-se resseo cirrgica. O exame anatomopatolgico permitiu o diagnstico de odontoameloblastoma. No houve recorrncia nos 30 meses de seguimento. O odontoameloblastoma um tumor localmente agressivo com comportamento aparentemente semelhante ao dos ameloblastomas, em termos de crescimento, expanso ssea, rizlise e recorrncia, parecendo prudente adotar o mesmo critrio teraputico para ambos.
Resumo:
Resumo: Os resultados das nossas investigaes, apresentadas ao longo desta dissertao,contriburam para a otimizao do diagnstico invasivo e no invasivo da osteodistrofia renal e permitiram evidenciar a relevncia, para a expresso clnica e histolgica da ODR, de algumas articularidades especficas da populao hemodialisada, nomeadamente: a utilizao de membranas de hemodilise mais biocompatveis e com elevada permeabilidade, o recurso a tcnicas de hemodiafiltrao com otimizao da capacidade convectiva, as limitaes dos marcadores bioqumicos de remodelao ssea ou a insuficincia / deficincia em vitamina D nativa (bem como os resultados da suplementao com esta vitamina). Testmos, pela primeira vez em doentes hemodialisados, novos marcadores da formao e reabsoro ssea, que validmos mediante a comparao com os resultados da histomorfometria ssea. No seu conjunto, e de forma integrada, as nossas investigaes permitiram-nos: - Evidenciar a diminuio da expresso do recetor da PTH/PTHrP na cartilagem de crescimento, num modelo animal de IRC, o que explica, pelo menos em parte, o atraso de crescimento observado nesta patologia, bem como a diminuio da resposta ao da PTH; - Demonstrar as vantagens da determinao da isoforma ssea da fosfatase alcalina, em relao fosfatase alcalina total, no diagnstico diferencial entre baixa e elevada remodelao ssea; - Utilizar, pela primeira vez em hemodialisados, a piridinolina e a desoxipiridinolina no diagnstico da reabsoro ssea. Este foi o primeiro marcador srico especfico da atividade osteoclstica, utilizado com sucesso em doentes anricos em hemodilise. Evidencimos uma excelente correlao destes dois marcadores bioqumicos com a superfcie osteoclstica e com o nmero de osteoclastos/mm2;- Demonstrar as acentuadas limitaes de outros marcadores da formao e reabsoro ssea (nomeadamente a osteocalcina, o propeptido carboxiterminal do procolagnio tipo I-PICP, e o Telopeptido do colagnio tipo I ICTP) com base nas correlaes entre os doseamentos sricos ou plasmticos destes marcadores e a bipsia ssea com avaliao histomorfomtrica; -Evidenciar as limitaes induzidas pela sobrecarga alumnica na interpretao dos nveis sricos dos marcadores no invasivos da remodelao ssea;-Testar a eficcia e segurana da utilizao de microdoses de desferroxamina na teraputica da intoxicao alumnica, em doentes com acentuada exposio a este metal;-Demonstrar que os doentes hemodialisados cronicamente com dialisadores de poliacrilonitrilo (membranas de alta permeabilidade),apresentavam menor ativao osteoblstica e osteoclstica, que os doentes dialisados com membranas de cuprofano(baixa permeabilidade), sendo os nveis de iPTH semelhantes em ambos os grupos estudados. Estes resultados apontam para uma menor ativao da remodelao ssea quando se utilizam membranas de hemodilise mais biocompatveis e/ou de maior permeabilidade, o que se poder relacionar com a ultrafiltrao de mediadores da ativao celular ou com a menor ativao dos mecanismos estimuladores da remodelao ssea, por parte destas membranas. Entre os mediadores da remodelao ssea que demonstrmos serem relevantes e estarem aumentados no soro de hemodialisados com membranas de baixo fluxo, contam-se a beta-2-microglobulina (2-M) e algumas citoquinas, com ao estimuladora das linhagens celulares envolvidas na remodelao ssea. Demonstrmos igualmente uma correlao positiva dos nveis sricos de 2-M com os nveis sricos da osteocalcina, da isoenzima ssea da fosfatase alcalina (marcadores da formao ssea) e com os nveis sricos da piridinolina (marcador da reabsoro ssea). Os nveis sricos de 2-M correlacionaram-se ainda, de forma negativa, com o volume osteoide (matriz ssea no calcificada). Nestes doentes hemodialisados, demonstrmos a presena de nveis sricos aumentados da interleucina-1, do antagonista do recetor da interleucina-1, da interleucina-6 e do recetor solvel da interleucina-6. Salientamos as relaes inversas que observmos, por um lado entre os nveis de antagonista do recetor da interleucina-1 e a superfcie osteoblstica, e por outro lado entre o rcio do recetor da interleucina-6 / interleucina-6 (IL6-r/IL6) e a superfcie osteoclstica. De acordo com estes nossos resultados originais, entendemos que a interferncia nos nveis circulantes e na ativao local destes mediadores poder justificar, em grande parte, o aumento da prevalncia de doena ssea adinmica, descrita por ns e por outros grupos. Evidencimos uma elevadssima prevalncia de doena adinmica (>50% dos doentes), numa populao de hemodialisados sem exposio prvia ao alumnio, tratados de acordo com os K/DOQI guidelines e que ao longo de um ano mantiveram nveis sricos de clcio e de fsforo controlados. Consequentemente, os doentes tratados de forma otimizada apresentaram uma prevalncia surpreendentemente elevada de doena adinmica. Os nossos resultados (classificados com o grau de evidncia mxima pelos peritos KDIGO) contriburam para dar suporte grande diferena nos guidelines K/DOQI (2003) e KDIGO (2009) no que respeita aos valores alvo da PTH. Estamos conscientes que de que o facto de termos uma percentagem to elevada de doena ssea adinmica nas nossas populaes de hemodialisados, bem como a demonstrao de que alguns doentes com valores de PTH intacta (2 gerao) de cerca de 600 pg/ml tinham doena ssea adinmica, condicionaram os novos objetivos KDIGO para a PTH. Os nossos resultados suportam, em nossa opinio, a adequao e vantagem da utilizao dos critrios da KDIGO em vez dos KDOQI. Tendo em conta que os primeiros definem objetivos para a PTH entre 2 e 9 vezes o limite superior do normal e no se comprometem com valores alvo absolutos e rgidos (definidos previamente nos KDOQI entre 150 e 300 pg/mL), esta nova abordagem parece-nos mais correta.Na nossa investigao clnica, caracterizmos ainda a populao hemodialisada portuguesa no que respeita aos nveis sricos de calcidiol, identificando a populao com suficincia, insuficincia ou deficincia em vitamina D3. Documentmos uma acentuada prevalncia de insuficincia e mesmo de deficincia nesta vitamina, numa vasta populao de hemodialisados, a qual, muito provavelmente, reflete de forma fidedigna, o que se pode observar na restante populao de doentes portugueses IRC em estdio 5d (em dilise). Descrevemos, pela primeira vez em doentes hemodialisados, uma associao entre deficincia em calcidiol e a presena de fatores de risco cardiovascular (que tm sido identificados nos doentes urmicos). A nossa investigao conduziu-nos a resultados originais, ao identificar os nveis baixos de 25(OH)vitamina D3 como um provvel fator de risco cardiovascular em hemodialisados, visto que a deficincia nesta vitamina se associou, de forma muito significativa, ao aumento da prevalncia de calcificaes vasculares, a inflamao, a presso de pulso mais elevada, a hipertrofia ventricular esquerda, a insuficincia cardaca e a nveis sricos aumentados de BNP-Brain natriuretic peptide. Finalmente, numa avaliao prospetiva, de interveno teraputica, corrigimos a insuficincia ou deficincia em 25(OH)vitamina D3 e demonstrmos que essa correo se associou a uma reduo dos fatores de risco cardiovascular. Esta ltima interveno foi totalmente inovadora, visto ser a primeira avaliao prospetiva da evoluo dos fatores de risco cardiovasculares, em funo da suplementao com vitamina D nativa, em doentes hemodialisados. Em resumo, pensamos que os resultados das nossas investigaes, acima sumarizadas e apresentadas ao longo dos diversos captulos desta dissertao,contribuiram para uma nova perspetiva da osteodistrofia renal e para recolocar o foco da ateno dos nefrologistas no tecido sseo e no eixo paratormona vitamina D remodelao ssea. Este eixo surje claramente envolvido em mltiplos processos fisiopatolgicos, que suportam a elevada morbilidade e mortalidade (nomeadamente de causa cardiovascular) observada nos doentes urmicos.---------ABSTRACT: The results of our research, presented throughout this thesis, contributed towards the optimisation of the invasive and non-invasive diagnosis of renal osteodystrophy. They have also highlighted the importance, to the clinical and histological expression of the ODR, of some specific characteristics of the haemodialysis population, including: the use of biocompatible high permeability haemodialysis membranes, the use of haemodiafiltration techniques with convection enhancement, as well as the limitations of biochemical markers of bone turnover or native vitamin D insufficiency/deficiency (along with the supplementation results of this vitamin). New bone formation and resorption markers, which were validated by comparison with the results of bone histomorphometry, have been tested for the first time on haemodialysis patients.As a whole, and in an integrated approach, our research enabled us to: - Show the decrease of the PTH/PTHrP receptor expression in cartilage growth, used on an IRC animal model, which explains, to some extent, not only the delayed growth observed in this pathology, but also the slow response to PTH. - Point out the advantages of the determination of bone isoform of alkaline phosphatase, in relation to the total alkaline phosphatase, in the differential diagnosis between low and high-bone turnover.- Use pyridinoline and deoxypyridinoline in the diagnosis of bone resorption for the first time on haemodialysis patients. This was the first specific serum market of the osteoclastic activity, which was successfully used on anuric patients undergoing haemodialysis treatment. We also observed an excellent correlation of these biochemical markers with the osteoclastic surface and the number of osteoclasts/mm2. - Demonstrate the sharp limitations of other markers of bone formation and resorption (namely osteocalcin, carboxyterminal propeptide of type I-PICP procollagen and telopeptide of type I-ICTP collagen) based on correlations between these markers serum or plasma assays and bone biopsy with histomorphometric assessment.-Show the limitations induced by aluminium overload in the interpretation of serum levels of bone remodelling non-invasive markers.-Test the efficacy and the safety of the use of deferoxamine microdoses for treatment of aluminium overload among patients with high levels of serum aluminium. - Demonstrate that patients with chronic haemodialysis dialysers of polyacrylonitrile (high permeability membranes) show a lower osteoblastic and osteoclastic activation than those undergoing dialysis with cuprofan membranes (low permeability), being the iPTH levels similar in both groups of patients. These findings point towards a lower activation of bone remodelling when using more biocompatible dialysis membranes and/or of higher permeability, which may relate to the ultrafiltration of cell activation mediators or to the lower activation of the stimulating mechanisms of bone remodelling, regarding the membranes. Beta-2-microglobulin (2-M) and some cytokines that play a role/participate in bone remodelling are among the bone remodelling mediators, which we demonstrated to be relevant and to be increased in the serum of haemodialysis with low flow membranes. We also proved that there is a positive correlation of serum 2-M levels not only with serum osteocalcin levels, of the bone isoenzyme of alkaline phosphatase (bone forming markers), but also with levels of serum pyridinoline (bone resorption marker).Serum 2-M levels correlate negatively with the volume of osteoid (uncalcified bone matrix). We also demonstrated the presence of elevated serum levels of interleukin-1,interleukin-1 receptor antagonist, interleukin-6 and soluble interleukin-6 receptor in haemodialysis patients. We stress the inverse relationship which we observed on one hand between the interleukin-1 receptor antagonist levels and the osteoblastic surface and on the other between the ratio of interleukin-6 receptor / interleukin-6 (IL6-r/IL6) and the osteoblastic surface. According to these unique findings, we believe that the interference in the circulating levels and in the local activation of these mediators may partly explain the rising prevalence of adynamic bone disease. A high prevalence of adynamic disease has also been observed in a haemodialysis population (>50% of patients) with no previous exposure to aluminium. The patients were treated according to K/DOQI guidelines and maintained controlled serum calcium and phosphorus levels over one year. As a result, the patients who received optimised treatment showed a surprisingly high prevalence of adynamic disease. Our results, which were ranked with the highest degree of evidence by KDIGO experts, contributed to the great difference regarding the target values of PTH in the K/DOQI (2003) and KDIGO (2009) guidelines. We are aware that the finding of such a high percentage of adynamic bone disease in our haemodialysis population, as well as the evidence that some patients with intact PTH values (2nd generation) of 600 pg/ml suffered from adynamic bone disease, have hindered, the new KDIGO objectives to PTH.In our opinion, our results support the suitability and the advantage of using KDIGO criteria instead of KDOQI. This seems to be the right approach when taking into consideration that KDIGO sets objectives to PTH between 2 and 9 times the normal upper limit and does not compromise with the rigid and absolute target values (between 150 and 300 pg/mL) previously defined by KDOQI. In our clinical research, the Portuguese haemodialysis population was characterised in terms of serum clacidiol levels and identified as having vitamin D3 sufficiency, insufficiency or deficiency. It was also recorded the prevalence of severe vitamin D3 insufficiency and even deficiency in a large haemodialysis population, which most likely provides a reliable picture of the rest of the population in IRC Portuguese patients with 5d stage (undergoing dialysis). We described for the first time in aemosialysis patients an association between calcidiol deficiency and the presence of ardiovascular risk factors, (which have been identified on uraemic patients).Our research led us to unique findings by having identified the low levels of 25(OH) vitamin D3 as a likely cardiovascular risk factor in patients undergoing haemodialysis treatment, given that deficiency in this vitamin has been significantly associated not only with a rise in the prevalence of vascular calcifications, but also inflammation, left ventricular hypertrophy, high pulse pressure and high serum BNPBrain natriuretic peptide levels. Finally, based on a prospective assessment of therapeutic intervention, 25(OH)vitamin D3 insufficiency or deficiency was corrected and we were able to demonstrate that this same correction was associated with a reduction in cardiovascular risk factors. This was a forward-looking intervention regarding the supplementation of native vitamin D in haemodialysis patients, since it was the first prospective assessment of the evolution of cardiovascular risk factors. In short, the results of our research, summarised above and presented throughout the various chapters of this thesis, contributed towards a new perspective of the renal osteodystrophy and also to draw the nephrologists attention to the bone tissue and to the axis PTH vitamin D bone remodelling. This axis appears clearly involved in multiple physiopathological processes, which support the high morbidity and mortality rate, (particularly of cardiovascular causes), observed in uraemic patients.
Resumo:
A Hematria monossintomtica idioptica definida como a expresso clnica de uma doena glomerular que se reveste de uma grande variedade de alteraes estruturais. So revistos os critrios de diagnstico, os mecanismos patognicos envolvidos, assim como os padres histolgicos encontrados. Ressalta-se a baixa agressividade da doena que poder resultar de caractersticas prprias do sistema imunitrio e acentua-se a dvida quanto sua benignidade sob o ponto de vista do prognstico. A Bipsia Renal no est sistematicamente indicada devendo ser reservada para os casos cujos critrios selectivos so definidos. Em concluso, sugere-se uma atitude de prudente expectativa no follow-up da doena, quer esperando o aparecimento de novos sinais que incriminem uma etiologia, quer observando a evoluo da funo renal e a sua eventual deteriorao que exijam uma reavaliao da estratgia teraputica.
Resumo:
Foi empregue o niridazol um derivado do nitrotiazol, em doze pacientes com leishmaniose tegumentar americana. Em todos les, o diagnstico clnico da doena foi confirmado pela bipsia das leses e em oito dles tambm pela positividade da intradetermorreao de Montenegro. Oito pacientes tinham leses mucosas metastticas em atividade e leses cutneas iniciais cicatrizadas h tempo mais ou menos longo. Dois apresentavam concomitncia de leses cutneas e mucosas em atividade, e dois tinham leses cutneas exclusivas. A durao da doena variou de 2 meses a 32 anos. A posologia diria do niridazol foi uniformememente de 25 mg/kg de pso corpreo. O medicamento foi administrado por via oral, em duas tomadas dirias, sempre com o doente internado em hospital. Quando a tolerncia o permitia, o paciente recebia cinco sries de tratamento de 10 dias de durao cada, intercaladas por perodos e suspenso da droga de 10 dias entre uma srie e outra. Isso foi possvel em 10 dos 12 pacientes. O tratamento foi bem tolerado em 5 doentes e de tolerncia regular em 4. Mal tolerado em um paciente pela ocorrncia de alucinaes e excitao mental e interrompido pela pssima tolerncia em dois doentes devido ao aparecimento de convulses generalizadas com perda da conscincia. O tratamento acompanhou-se de grande incidncia, de efeitos colaterais. A ocorrncia de para-efeitos mais intensos no foi devida s ms condies hepticas. Provas de funo heptica. hemogramas, estudos bioqumicos do sangue e exames de urina, realizados antes, durante e aps o tratamento, no revelaram alteraes significativas. Bipsias hepticas por puno com agulha em dez doentes, prvias e posteriores ao tratamento, no detectaram leses hepticas que pudessem ser atribudas medicao. O seguimento dos doentes prolongou-se pelo prazo de dois a 36 meses apos o tratamento. Alteraes eletrocardiogrficas foram detectadas em sete de oito doentes que no tinham cardiopatias concomitantes (87,5% dos casos), mas no se acompanharam de clnica relacionada com o aparelho cardiovascular. Alteraes eletroencefalogrficas foram observadas em 3 de 9 doentes que foram submetidos a exames seriados. O autor ficou decepcionado com os maus resultados teraputicos. A droga curou as leses cutneas de dois dentre trs doentes nos quais puderam ser completadas as cinco sries de tratamento. A temporria e aparente melhora das leses mucosas seguiu-se sempre da sua recidiva, aps o trmino do tratamento em todos os pacientes com leses mucosas. O autor conclui que o niridazol no medicamento eficaz na teraputica da leishmaniose tegumentar americana com leses mucosas metastticas tardias localizadas no nariz, boca e/ou faringe. O autor aconselha vigilncia dos doentes durante o tratamento devido possibilidade do aparecimento de manifestaes neuropsquicas.
Resumo:
No perodo de 1963 a 1969 foram observados na Disciplina de Doenas Infectuosas e Parasitrias da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 5 casos de esquistossomose, mansnica hepatoesplnica associada infeco por Salmonella (2 casos com S. typhi e 1 caso com Salmonella sp. grupo E) Todos os pacientes (2 adultos e 3 crianas) apresentaram quadro septicmico prolongado, que variou entre 3 e 8 meses. Da srie, 3 pacientes foram, submetidos ao tratamento com, cloranfenicol na dose de 50 mg/kg/dia at 48 horas aps remitir a febre, seguidos de 25 mg kg dia durante 10 dias. Um dles no fez ainda tratamento com esquistossomicida, enquanto que os outros 2 foram tratados com Ambilhar e Astiban respectivamente. Os outros 2 foram tratados com Niridazole (Ambilhar - 25 mg/kg/dia por 7 dias): um apresentou recuperao total do quadro septicmico, embora permanecesse com ovos viveis bipsia retal, 60 dias aps o trmino da teraputica. O outro foi inicialmente tratado no mesmo esquema, o qual foi suspenso no 4. dia de teraputica, devido a paraefeitos rieurolgicos apresentados. Posteriormente, recebeu cloranfenicol no esquema j referido. Em todos os casos houve remisso completa do quadro septicmico. Os autores enfatizam a dificuldade diagnostica bem como a necessidade de estudos imunolgicos do quadro descrito.