999 resultados para Doenças parasitárias Epidemiologia - Teses


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OBJETIVO: Analisar a associao entre depresso e doenças crnicas em adultos. MTODOS: Estudo transversal de base populacional com 1.720 adultos de 20 a 59 anos em Florianpolis, SC, em 2009. O processo de amostragem foi por conglomerados, sendo os setores censitrios as unidades primrias de amostragem. Os participantes reportaram ter recebido ou no o diagnstico de depresso (desfecho) e outras onze doenças crnicas (varivel exploratria) por profissional de sade. As respostas foram agrupadas em nenhuma doena, uma e duas ou mais doenças crnicas. Sexo, idade, estado civil, renda, atividade fsica, hospitalizao e consulta mdica foram as variveis de controle. Foi realizada Regresso de Poisson para estimar as razes de prevalncias e respectivos intervalos de confiana (95%). RESULTADOS: A prevalncia de depresso foi de 16,2% (IC95% 14,3%;18,2%), mais elevada entre mulheres, nos mais idosos, nos vivos ou separados, nos mais pobres, entre os que no praticam atividade fsica no lazer, que consultaram mdico nas duas ltimas semanas e naqueles hospitalizados no ltimo ano. Quanto ao nmero de doenças crnicas, mesmo aps ajuste por todas as variveis de controle, a prevalncia de depresso foi 1,44 (IC95% 1,09;1,92) vez maior entre as pessoas que reportaram uma doena crnica e 2,25 (IC95% 1,72;2,94) vezes maior entre aqueles com duas ou mais doenças crnicas em relao s pessoas sem doena. CONCLUSES: A prevalncia de depresso expressivamente mais elevada entre pessoas com maior nmero de doenças crnicas, configurando-se esse grupo como de especial ateno por parte de profissionais de sade, servios e formuladores de polticas em relao ao seu acompanhamento.

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As Doenças Crnicas No Transmissveis representam a maior carga de morbimortalidade no Brasil. Em 2011, o Ministrio da Sade lanou seu Plano de Aes Estratgicas para o Enfrentamento das Doenças Crnicas No Transmissveis, enfatizando aes populacionais para controlar as doenças cardiovasculares, diabetes, cncer e doena respiratria crnica, predominantemente pelo controle do fumo, inatividade fsica, alimentao inadequada e uso prejudicial de lcool. Apesar da produo cientfica significativa sobre essas doenças e seus fatores de risco no Brasil, poucos so os estudos de coorte nessa temtica. Nesse contexto, o Estudo Longitudinal da Sade do Adulto (ELSA-Brasil) acompanha 15.105 servidores pblicos do Pas. Seus dados espelham a realidade brasileira de altas prevalncias de diabetes e hipertenso e dos fatores de risco. A diversidade das informaes produzidas permitir aprofundar o entendimento causal dessas doenças e subsidiar polticas pblicas para seu enfrentamento.

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Backgroud: O International Panel on Climate Change prev que o aumento da temperatura mdia global, at ao ano de 2100, varie entre 1,4 e 5,8C desconhecendo-se a evoluo da adaptao da populao a esta subida da temperatura. Em Portugal morre-se mais no Inverno que no Vero. Mas existem evidncias de repercusses na mortalidade atribuveis ao calor extremo. Este estudo procura conhecer os grupos etrios e/ou populacionais que parecem revelar vulnerabilidade acrescida exposio a temperaturas extremas e identificar indicadores de sade apropriados para revelar esses mesmos efeitos. Mtodos: Foram analisados dados de internamentos hospitalar e mortalidade por doenças cardiovasculares, respiratrias, renais, efeitos directos do frio e do calor, na populao com 75 e mais anos de idade, nos distritos de Beja, Bragana e Faro, nos meses de Janeiro e Junho. Para os dados de morbilidade o perodo de anlise foi 2002 a 2005 e para os de mortalidade de 2002 a 2004. Os dados meteorolgicos analisados corresponderam aos valores da temperatura mxima e percentis da temperatura mxima, nos meses de Janeiro (P10) e Junho (P90). Os excessos de internamentos hospitalares, definidos como os dias em que ocorreram internamentos acima do valor da mdia mais 2 desvio padro, foram relacionados com a distribuio das temperaturas extremas (frias abaixo do P10, quentes acima do P90.Os dias com bitos acima do valor da mdia foram relacionados com a distribuio das temperaturas extremas (frias abaixo do P10, quentes acima do P90). Os indicadores propostos foram baseados em Odds Ratios e intervalos de confiana que sugeriam as estimativas mais precisas. Resultados: O grupo que revelou maior vulnerabilidade s temperaturas extremas foi o grupo dos 75 e mais anos, com doenças cardiovasculares quando exposto a temperaturas extremas, nos 3 distritos observados.O n de dias de excesso de bitos por doenças cardiovasculares relacionados com temperaturas extremas foi o mais elevado comparado com as restantes causas de morte. O grupo etrio dos 75 e mais anos com de doenças respiratrias tambm vulnervel, s temperaturas extremas frias, nos 3 distritos. Verificaram-se dias de excessos de internamentos hospitalares e bitos por esta causa de morte, relacionados com a exposio s temperaturas extremas frias. Em Junho, no se verificou excesso de mortalidade associado exposio a temperaturas extremas por esta causa, em qualquer dos distritos analisados. Apenas se verificou a associao entre os dias de ocorrncia de internamentos hospitalares por doenças renais e o calor extremo, em Bragana. Concluses: Foram encontradas associaes estatsticas significativas entre dias de excesso de ocorrncia de internamentos hospitalares ou bitos por causa e exposio a temperaturas extremas frias e quentes possibilitando a identificao de um conjunto de indicadores de sade ambiental apropriados para monitorizar a evoluo dos padres de morbilidade, mortalidade e susceptibilidade das populaes ao longo do tempo.-------------------- Backgroud: International Panel on Climate Change estimates that the rise of mean global temperature varies between 1,4 e 5,8C until 2100, with unknowing evolution adaptation of populations. In Portugal we die more in Winter than in Summer time. But there are several evidences of mortality attributable to extreme eat. The proposal of this study is to know the age and/or populations groups that reveal more vulnerability to exposure to extreme temperature and identifying proper health indicators to reveal those effects. Methods: Data from hospital admissions and mortality caused by cardiovascular, respiratory, renal diseases and direct effects from direct exposure to extreme cold and heat, in population with 75 and more years, in Beja, Bragana and Faro districts, during January and June, were analysed. Analysis period for morbidity data was from 2002 to 2005 and form mortality was 2002 to 2004. Meteorological data analysed were maximum temperature and percentile of maximum temperature, from January (P10) and June (P90. Relationship between excess of hospital admission, defined as the days that occurred hospital admissions above mean value more 2 standards desviation and distribution of extreme temperatures were established (cold under P10 and heat above P90. Proposal indicators were based on Odds Ratios and confidence intervals, suggesting the most precises estimatives. Results: The most vulnerable group to extreme temperature were people with 75 or more years older with cardiovascular diseases, observed in the 3 districts. Number of days caused by excess cardiovascular mortality and extreme temperature were the most number of days between the other causes. The group with 75 or more years old with respiratory diseases is vulnerable too, especially to cold extreme temperature, in all the 3 districts. There were excess of days of hospital admissions and days with deaths, for this cause relating to extreme cold temperature. In June, does not funded excess of mortality associated to extreme temperature by this cause in any district of the in observation. Just was found relationship between days of hospital admissions caused by renal diseases in Bragana in days with extreme heat. Conclusions: Were found statistically significant associations between days of excess of hospital admissions or deaths and exposure to extreme cold and heat temperatures giving the possibility of identifying a core of environmental indicators proper to monitoring patterns and trends evolutions on morbidity, mortality and susceptibly of populations for a long time.

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RESUMO - Visa-se explicitar a origem, a razo de ser, a natureza e o que se perspectiva da relao entre a Epidemiologia e a Sade Pblica, atravs de uma leitura histrica. As duas entidades foram-se definindo e fazendo sentido em conjunto, com sucessos e, tambm, muita polmica, desde h milnios e at meados do sculo XIX. Nesta poca, uma combinao de circunstncias proporcionou-lhes uma exploso de crescimento e de definio, de par com vrias outras reas disciplinares. Desde o antigo relato bblico de como boa alimentao explica o bom estado de sade, at valorizao cientfica das condicionantes sociais e econmicas da sade por Marmot e Rose, passando por miasmas causando doena e pela deslocao do conceito de risco individual de sade para o de risco populacional com as implicaes inerentes a essa importante inovao , este percurso permite identificar as fundaes de to notvel simbiose, explicar o estado presente, v-la evoluir e achar nela o significado do patrimnio hoje disponvel, e o que ele promete. Algumas discrepncias quanto designao dos seus mtodos, bem como a contnua discusso quanto sua verdadeira natureza e orientao futura, atestam a juventude da Epidemiologia como disciplina cientfica. Entretanto, a Sade Pblica esfora-se por manter a sua essncia integradora, medida que outras disciplinas contribuem mais para que concretize os seus objectivos; desafiada pela exposio das populaes, em larga escala, a factores de doena, por vezes de intensidade mnima, e pelo surgimento de novas doenças ou a ampliao do volume de outras na populao, muitas vezes no respeitando fronteiras. A histria dessa simbiose mostra bem que conhecer o modo como uma doena se origina permite control-la na populao, ou mesmo evit-la, e que grande o nmero de problemas que, em sinergia, as duas disciplinas podem clarificar e resolver. Assim, a Epidemiologia oferece Sade Pblica explicaes (olhos, inteligncia e linguagem) para os problemas de sade das populaes o que permite segunda saber sobre o qu agir , cenrios de possvel evoluo dos problemas o que permite aos decisores optarem em funo de diferentes pressupostos, sobre como agir e capacidade de juzo sobre os resultados das aces empreendidas, em simultneo com a elevao do nvel de conscincia, de compreenso e de interveno quanto ao que se est a passar, tanto pelos profissionais, como pela populao transferncia do conhecimento. Facilmente se antecipa que a relao entre as duas disciplinas ir evoluir para maior complexidade e, tambm, solicitao e exigncia da Sade Pblica sobre a Epidemiologia, que ter que corresponder em utilidade. E esta, continuando a subespecializar-se e a sofisticar-se tanto nos mtodos, como nos enfoques sobre categorias especficas de factores, precisar de progredir muito na gesto da sua consistncia enquanto corpo de conhecimento integrado e com peculiaridades metodolgicas, semelhana da Sade Pblica.O modo como evoluir a relao entre ambas depende ainda da evoluo dos prprios problemas, conceitos, teorias e solues relacionados com a sade das populaes, e ainda do desenvolvimento das demais disciplinas chamadas integrao por ambas, para enfrentarem esses desafios. Nomeadamente, a Epidemiologia ter que gerir com percia dificuldades j identificadas, como: incorporar mtodos qualitativos de investigao na sua fortssima tradio e cultura quantitativa; operacionalizar satisfatoriamente o conceito de risco atribuvel na populao, ao servio da definio de prioridades de aco dirigida s necessidades de sade; aperfeioar modelos de interpretao causal que respeitem a multicausalidade; aproveitar as tcnicas estatsticas de anlise multivariada, sem se perder na abstraco dos seus modelos; desenvolver a investigao nas dimenses positivas de sade, alm da doena, para contribuir melhor para a realizao da Sade Pblica, sua principal cliente e fornecedora de oportunidades.--------------------------ABSTRACT - The aim of the author is to explicit the origin, the rationale, the nature and the prospects of the relationship between Epidemiology and Public health, through an historic approach. The two entities have been defining and making sense together, by achieving successes, but also with much controversy, since millennia ago, until mid XIX century. A combination of circumstances provided them the opportunity for an explosion of growth and definition, then, alongside several other disciplines. From the ancient biblical report on how good food explains good health, up to the scientific appreciation of both social and economical constraints to health by Marmot and Rose, passing through miasma causing disease and through displacing from individual health risk to population risk with the inherent implications of that important innovation , this route allows the identification of the foundations of such remarkable symbiosis, the explanation of current status, to see its evolution and find in it the meaning of todays heritage and what it promises. Some discrepancies on the name of its methods, as well as the continuing discussion about its true nature and future orientation, attest Epidemiologys youth as a scientific discipline. Meanwhile, Public Health strives to keep its integrating essence, while other disciplines increasingly contribute so that it achieves its objectives; it is challenged by large scale population exposure to disease factors, sometimes with a minimum intensity, and by new diseases emerging in the population or by old ones getting amplified, often not respecting regions boundaries. The history of such a symbiosis shows that knowing the way a disease is generated allows to control it in the population, or even to avoid it, and that the number of problems that the two disciplines are able to clarify and solve together in synergy is considerable. Therefore, Epidemiology offers Public Health explanations (eyes, intelligence and language) for populationss health problems allowing that the latter knows on what to act , scenarios on how problems may tend to evolve allowing decision-makers to make their choices as a function of different assumptions, on how to act and judgement capabilities on the results of already undertaken actions, accompanied by the raising of conscience level, understanding and intervention of what is going on by both professionals and the population knowledge transfer. It is easy to anticipate that the relationship between both disciplines will develop towards increasing complexity and demand from Public Health to Epidemiology, and that this one will have to correspond in usefulness. And the latter, while continuing its subspecialisation and sophistication either in its methods, or in its approaches to specific factor categories, will need to progress in managing its consistency as an integrated body of knowledge having methodological peculiarities, similarly to Public Health. Further, the way the relationship between both will evolve depends on the evolution of the problems themselves, of the concepts, theories and solutions related to the health of populations, and on the development of remaining disciplines called to integration by both, in other to face those problems. Namely, Epidemiology will have to manage with expertise some already known difficulties, as: the inclusion of qualitative research methods in its very strong quantitative tradition and culture; to grant satisfactory operation to the population attributable risk concept, in support to the definition of action priorities envisaging health needs; to improve causal interpretation models that comply with multicausality; to take advantage of multivariate statistical techniques, without get

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A congesto nasal o sintoma mais referido nas doenças inflamatrias e/ou infecciosas da mucosa nasal, sendo a rinite alrgica a sua causa mais frequente. Existindo deficiente informao epidemiolgica sobre a problemtica em discusso, o presente estudo avalia e caracteriza a prevalncia da obstruo nasal na populao adulta e a situao actual quanto etiologia e tratamento deste sintoma to frequente na prtica c1nica. Metodologia: 0 estudo foi realizado durante o primeiro trimestre de 2007, com base numa amostra representativa da populao de Portugal, de idade igual ou superior a 15 anos. Foi aplicado um questionrio para identificao de sete sintomas ocorridos nas duas ltimas semannas e ainda a identificao de trs sintomas ocorridos na ltima semana, sendo feitas avaliaes funcionais, com medies do fluxo inspiratrio mximo nasal (peak-flow nasal) numa sub-amostra da populao. Foi criado um "ndice de congesto nasal global", com base nas sete perguntas do questionrio, atravs da transformao do indicador das respostas num ndice. Resultados: Dos 1037 inquiridos, cerca de 9,5% afirmaram ter dificuldades em trabalhar, aprender na escola ou fazer as suas actividades por causa dos sintomas nasais. Cerca de 2/3 da populao no apresentou congesto nasal (grupo A, 65,6%), 16,4% revelou queixas pouco significativas (grupo B), 13,3% apresentou congesto nasal ligeira a moderada e cerca de 4,6% apresentou congesto nasal grave. Cerca de 17,9% da populao estudada tem queixas significativas de congesto nasal. Os indices de congesto nasal foram significativamente mais elevados nas mulheres e nos indivduos que referiram dificuldades em trabalhar/estudar/fazer alguma actividade devido aos sintomas nasais. Na anlise dos trs sintomas ocorridos durante a ltima semana, os doentes com ndices de congesto mais elevados apresentavam significativamente mais queixas de "acordar de manh com nariz tapado ou obstruido" (p <0,0001) "acordar de manh com boca seca ou com sede" (p <0,0001) e de ressonar (p<O,OOO1). Os valores de "peak-flow" nasal inspiratrio (n=473) foram superiores no sexo masculino e diminuem a medida que aumenta o indice de congesto. Concluses: A prevalncia de queixas de congesto nasal na populao portuguesa e significativa, com implicaes frequentes e relevantes nos sintomas de orgos adjacentes e na reduo da produtividade laboral e escolar. A partir de um questionrio validado de 7 perguntas, possvel construir ndices de congesto nasal que permitem a avaliao do grau de congesto nasal, definindo a necessidade de iniciativas teraputicas e passando tambm pela consciencializao da comunidade, dos doentes e dos mdicos da dimenso deste problema e suas implicaes psico-sociais.

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Foram estudados 263 casos de uretrites gonoccicas no sexo masculino, casos constantes dos arquivos do Centro Mdico Sanitrio da III Regio Administrativa do Estado da Guanabara e selecionados ao acaso, sendo escolhidos os casos de tratamento encerrado. Todos os casos foram diagnosticados por bacterioscopia e ocorreram entre janeiro de 1968 e junho de 1969. A maioria dos casos ocorreu nos pacientes mais jovens (20 a 24 anos) e solteiros, de ocupaes variadas, porm de classe scio-econmica inferior. O tempo de incubao mais encontrado foi de 4 dias (58,9%) e o modo de contgio mais freqente foi evidentemente o contato sexual (250 casos). Crca de 90% dos casos curaram-se antes de 2 meses, sendo que o medicamento mais usado no combate da blenorragia foi a penicilina, tendo havido porm 49 casos que no responderam bem a ste antibitico, tendo sido curados com outros medicamentos. Ocorreu uma complicao comprovada da uretrite gonoccica, que foi uma orquite, e ressaltou-se a associao da gonorria com outras doenças, especialmente com o cancro de Ducrey, o que ocorreu em 6 casos (2,2%).

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RESUMO - As doenças crnicas so responsveis pela maior parte das mortes a nvel global e em Portugal, e condicionam uma carga importante de incapacidade, utilizao de cuidados e despesa em sade. O consumo de tabaco e de bebidas alcolicas, a alimentao, e a actividade fsica, determinantes comuns a muitas doenças crnicas, esto associados a escolhas e a comportamentos potencialmente evitveis. O conhecimento sobre a sua ocorrncia conjunta comea agora a ser valorizado como elemento estratgico na elaborao de polticas, planos e programas de sade que visam prevenir e controlar a doena crnica. Os princpios comuns para a interveno sobre estes factores reforam a pertinncia do seu conhecimento e utilizao em intervenes efectivas. A epidemiologia da ocorrncia conjunta destes factores desconhecida na populao portuguesa. O presente estudo visa contribuir para aumentar e promover o conhecimento sobre a ocorrncia e a distribuio conjunta dos quatro principais determinantes de sade relacionados com comportamentos na populao portuguesa, tomados nos seus nveis de risco, e tem como objectivos: 1) caracterizar as distribuies, isoladas e conjuntas, daqueles factores em nveis de risco; 2) construir perfis demogrficos e sociais da sua ocorrncia conjunta; 3) quantificar a relao desses perfis com indicadores de estado de sade, designadamente incapacidade fsica de curta durao, e de utilizao de cuidados. Para atingir estes objectivos foi utilizada a base de dados gerada pelo Inqurito Nacional de Sade realizado em 2005 e 2006 a uma amostra aleatria, probabilstica, representativa da populao residente em Portugal. Estudaram-se dados relativos s pessoas com idade igual ou superior a 15 anos que responderam aquele inqurito durante o terceiro trimestre do trabalho de campo, perodo que incluiu todas as variveis de interesse para o trabalho. A anlise foi estratificada segundo categorias de oito variveis demogrficas e sociais (sexo, grupo etrio, estado civil de facto, nvel de escolaridade, ocupao, grupo profissional e situao face profisso). Apenas o clculo das medidas de associao e de impacte entre o nmero de determinantes em nveis de risco, por um lado, e a alterao do estado de sade, e utilizao de cuidados de sade, por outro, foi ajustado para potenciais variveis interferentes. A prevalncia da ocorrncia conjunta dos quatro determinantes, e as suas associaes, foram analisadas atravs de trs mtodos: 1) clculo do nmero de factores conjuntos nos grupos demogrficos e sociais mencionados; 2) clculo da razo entre as frequncias observadas e esperadas de cada factor, e suas combinaes; 3) clculo das Odds Ratio OR atravs de mtodos de regresso logstica. Para o estudo do impacte dos diferentes perfis de ocorrncia dos determinantes sobre indicadores do estado de sade e da utilizao de cuidados de sade foram calculadas as fraces etiolgicas do risco, na populao exposta e na populao total, visando a estimativa dos correspondentes ganhos potenciais mximos, em caso de interveno. Os resultados revelaram que os quatro determinantes ocorriam em nveis de risco de forma diferente em cada um dos sexos, bem como nos diferentes grupos de idade, escolaridade e estado civil. Ocorriam, tambm, de forma diferente nos grupos de ocupao e profisso, afectando de forma mais ntida, geralmente, os grupos menos favorecidos. O factor mais frequente era a actividade fsica em nvel insuficiente para gerar benefcios de sade, presente em 60% da populao (IC95%: 57,7%; 62,1%), seguido pelo consumo de tabaco (21,4%; IC95%: 20,0%; 22,9%), consumo de risco de bebidas alcolicas (9,2%; IC95%: 8,2%; 10,4%) e alimentao no saudvel (8,5%; IC95%: 7,5%; 9,5%). Mais de metade da populao revelava a presena de um daqueles factores em nveis de risco (51,8%; IC95%: 50,2%; 53,4%). Seguia-se 16,4% da populao com dois (IC95%: 15,2%; 17,7%); 3,4% com trs (IC95%: 2,8%; 4,0%); e 0,3% com quatro factores (IC95%: 0,2%; 0,6%). A prevalncia simultnea de dois ou trs factores era, geralmente, maior na populao masculina, excepto nos mais jovens (15 a 19 anos) e idosos (85 e mais anos). A ausncia dos quatro factores em nveis de risco, ou a presena de um deles, eram, geralmente, mais frequentes na populao feminina. A presena de um factor era mais elevada entre a populao viva, em especial masculina, (70,4%; IC95%: 59,3%; 79,5%), na populao feminina sem nvel de ensino (60,2%; IC95%: 55,2%; 65,0%), na populao reformada, nos grupos profissionais mais diferenciados, e no grupo dos trabalhadores por conta prpria e empregadores. A presena de dois, ou mais, factores era mais frequente na populao masculina, na populao separada, ou divorciada, na populao mais instruda, entre os desempregados, entre os grupos profissionais mais diferenciados e entre os trabalhadores por conta de outrem. A hierarquizao das combinaes possveis da presena dos quatro determinantes em nveis de risco, efectuada segundo a razo entre os seus valores observados (O) e esperados (E), revelou padres diferentes entre os sexos. Enquanto no sexo masculino o consumo de tabaco, lcool e a alimentao no saudvel surgiam com razes O/E elevadas, de forma isolada, no sexo feminino, estes factores ocorriam em conjunto mais frequentemente que o esperado (razes O/E superiores a 1,0). O consumo de tabaco estava associado de forma directa e significativa com o consumo de risco de bebidas alcolicas, e com a alimentao no saudvel, em ambos os sexos. A associao entre o consumo de risco de bebidas alcolicas e a actividade fsica insuficiente era inversa no conjunto da populao, assim como na masculina, mas no na feminina. O valor mais elevado de OR para as associaes entre os quatro determinantes de sade em nveis de risco observou-se na populao feminina, em que a possibilidade de se verificar consumo de risco de bebidas alcolicas era cerca de 2,9 vezes superior entre as mulheres fumadoras comparativamente s no fumadoras (OR = 2,89; IC95%: 1,98; 4,20). Esta associao era um pouco mais fraca na populao masculina, embora estatisticamente significativa (OR = 2,20; IC95%: 1,61; 3,01). Foi notria a ausncia de associaes estatisticamente significativas entre a actividade fsica insuficiente para gerar benefcios de sade e as diferentes combinaes de outros determinantes, embora as estimativas pontuais dessas associaes se revelassem positivas. O consumo de tabaco e a alimentao no saudvel revelaram as associaes mais fortes com as diferentes combinaes dos outros determinantes, sendo o valor mais elevado o da associao entre o consumo de tabaco e a presena conjunta dos outros trs determinantes (OR = 4,28; IC95%: 1,85; 9,88), situao idntica verificada no caso do consumo de risco de bebidas alcolicas (OR = 2,30; IC95%: 1,26; 4,19) e no caso da alimentao no saudvel (OR = 2,52; IC95%: 1,33; 4,78). O nmero mdio de dias de incapacidade nas duas semanas anteriores no diferia significativamente entre os grupos da populao com diferente nmero de determinantes, globalmente, e em cada um dos sexos. O nmero mdio de consultas mdicas nos trs meses anteriores era significativamente maior na populao com um ou mais factores em nveis de risco (2,19 consultas; IC95%: 2,10; 2,28), comparativamente populao sem estes determinantes em nveis de risco (1,97 consultas; IC95%: 1,86; 2,08). Esta diferena verificava-se, tambm, na populao feminina, mas no na masculina. Da anlise do risco atribuvel, assumindo a causalidade dos determinantes, pode afirmarse que se o nmero de factores em nveis de risco fosse totalmente controlado, (isto se a prevalncia das pessoas com esses factores passasse a ser nula), poder-se-ia, no mximo, evitar que cerca de 32,4% das pessoas com trs ou mais determinantes em nveis de risco sofressem incapacidade de curta durao em nvel superior mdia populacional nas duas semanas anteriores. Este ganho era maior no sexo masculino, em que a reduo mais elevada se estimou em 76,0%, no caso dos homens com dois determinantes (Fraco Atribuvel nos Expostos = 76,0%; IC95%:70,4%; 81,6%). Considerando a prevalncia de conjuntos de determinantes na populao total, era igualmente entre os homens com dois factores que se observava o potencial mximo de reduo do nmero de dias de incapacidade (Fraco Atribuvel na Populao = 8,4%; IC95%: 6,3%; 10,5%). Em relao utilizao de cuidados de sade, a interveno sobre o grupo da populao exposto a um determinante ofereceria uma reduo potencial mxima de 41,9% do nmero de pessoas que reportaram quatro ou mais consultas mdicas, reduzindo o volume destes utilizadores muito frequentes consultas mdicas (Fraco Atribuvel nos Expostos = 41,9%; IC95%: 39,9%; 43,9%). Este potencial mximo de preveno revelou o valor mais elevado na populao feminina com presena conjunta de dois determinantes (Fraco Atribuvel nos Expostos = 54,3%; IC95%: 52,8%; 55,8%). Considerando a populao total, o potencial mximo de reduo na utilizao muito frequente de consultas mdicas observou-se na populao feminina com um determinante em nvel de risco (Fraco Atribuvel na Populao = 33,5%; IC95%: 31,9%; 35,1%), sendo menor na populao de ambos os sexos (Fraco Etiolgica na Populao = 27,7%; IC95%: 26,5%; 28,8%). A origem auto referida dos dados analisados pode ter enviesado os resultados, no sentido da subestimao das frequncias obtidas. A paucidade de dados epidemiolgicos com base em marcadores biolgicos ou biomtricos que permitam caracterizar esses factores na populao no permite a validao destes dados. A presena, em nveis de risco, de pelo menos um determinante de sade relacionado com comportamentos em mais de metade da populao portuguesa, assim como a distribuio da presena conjunta de dois, trs e quatro desses determinantes respectivamente em cerca de 16,4%, 3,4% e 0,3% da populao, est de acordo com padres observados noutros pases, e evidencia a pertinncia deste primeiro estudo, assim como a necessidade de integrao do conhecimento sobre a epidemiologia da ocorrncia conjunta de determinantes de sade prevenveis no planeamento da sade em Portugal. Os diferentes padres de ocorrncia conjunta nos dois sexos aconselham a incluso de critrios de gnero na traduo e operacionalizao desse conhecimento em intervenes de Sade Pblica e na prossecuo da investigao do tema. As associaes directas entre o consumo de tabaco, o consumo de risco de bebidas alcolicas e a alimentao no saudvel reforam a pertinncia da abordagem por conjuntos de factores nas intervenes de Sade Pblica. Os elevados valores de associao entre consumo de tabaco, consumo de lcool em nveis de risco, alimentao no saudvel, e a presena conjunta dos restantes factores reforam esta concluso. A ausncia de associaes significativas entre a actividade fsica insuficiente e os outros trs factores pode ter sido condicionada pela dificuldade na medio vlida daquele factor atravs de inquritos por entrevista. A elevada e crescente prevalncia deste factor colocao, para mais, no topo de uma agenda de investigao em sade, a concretizar em Portugal. No caso da utilizao de cuidados, embora o impacte da reduo dos nveis de exposio a conjuntos de factores, em funo da sua prevalncia na populao, fosse menor do que o estimado apenas nos expostos, ele era, ainda assim, elevado, indicando a sua utilidade no desenho de estratgias de aumento da efectividade dos cuidados de sade e da administrao em Sade Pblica, atravs da interveno sobre grupos de determinantes.

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OBJETIVO: Comparar a mortalidade por doenças do corao e pela doena coronria (DC) nas faixas etrias dos 45 aos 64 anos, no perodo 1984-87, em capitais brasileiras com outros pases. MTODOS: Foram utilizadas as estatsticas oficiais de mortalidade de 8 capitais com boa qualidade de informao: Belm, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, So Paulo, Curitiba e Porto Alegre e analisadas as doenças do corao [DC (410-414), mais insuficincia cardaca (428), mais hipertenso (401-404)] e, isoladamente, a DC. A populao foi a determinada nos Censos Demogrficos de 1980 e 1991. RESULTADOS: A comparao com outros pases mostrou que: a) as taxas de mortalidade por doenças do corao situam algumas cidades brasileiras na posio intermediria (Hungria, Rio de Janeiro, Finlndia, Porto Alegre e Polnia) e entre as mulheres no topo (Rio de Janeiro, Curitiba, Hungria, Porto Alegre, Inglaterra e Gales); b) DC apresentou o mesmo padro (intermedirio alto) das doenças do corao entre os homens (Finlndia, Hungria, Inglaterra e Gales, Porto Alegre e Rio de Janeiro). Entre as mulheres, repetiu-se a situao das doenças do corao (Rio de Janeiro, Curitiba, Hungria, Porto Alegre, Inglaterra e Gales). CONCLUSO: A comparao com outros pases das taxas de mortalidade ajustadas por idade na faixa etria dos 45-64 anos no perodo 1984-87 mostrou que as cidades brasileiras estudadas tm altas taxas de mortalidade para as doenças do corao, principalmente entre as mulheres, em valores to ou mais elevados do que os da Europa e dos Estados Unidos.

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OBJETIVO: Conhecer a ocorrncia e associao de hipertenso arterial com algumas variveis relacionadas ao estilo de vida. MTODOS: Estudo transversal, base populacional, amostra aleatria em indivduos (7 a 14 anos) de escolas (rede pblica e particular). Investigados o estado nutricional, presso arterial e hbitos de vida (tabaco, lcool, atividade fsica e hbito alimentar). RESULTADOS: Dos 3.169 escolares avaliados, destacaram-se 5,0% de hipertenso arterial e 6,2% de presso normal-alta. A categorizao por sexo mostra 6,4% meninos e 6,0% meninas com presso normal-alta e 4,3% meninos e 5,7% meninas com hipertenso arterial. O ndice de massa corporal (IMC) identificou 16,0% com excesso de peso, dos quais 4,9% j obesos. Houve associao significante (p = 0,01) entre hipertenso arterial e excesso de peso. Dentre os investigados, 11,6% no faziam aulas de educao fsica e 37,8% eram sedentrios no lazer. O tabagismo foi informado por vinte 0,6% escolares, e a experimentao de bebida alcolica por 32,7%. Nenhuma dessas variveis apresentou significncia estatstica em relao aos valores pressricos e estado nutricional. CONCLUSO: Diante do encontro de escolares com valores mdios de presso arterial e IMC com freqncia acima da esperada, associado a hbitos de vida que tendem a favorecer o desenvolvimento das doenças cardiovasculares, sugere-se a proposio de medidas de interveno cujo foco seja o escolar, como elemento capaz de disseminar as informaes no ncleo familiar. Essa possibilidade nos mobiliza para uma proposta de atuao nas escolas como parceiras na promoo da sade.

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OBJETIVO: Analisar tendncias do risco de morte por doenças circulatrias (DC) em 13 estados do Brasil, no perodo de 1980 a 1998. MTODOS: Dados de mortalidade por DC, isqumicas do corao (DIC) e cerebrovasculares (DCbV) nos 13 estados foram obtidos do Ministrio da Sade. Estimativas das populaes, de 1980 a 1998, foram calculadas por meio de interpolao, pelo mtodo de Lagrange, com base nos dados dos Censos de 1970, 1980, 1991 e contagem populacional de 1996. As tendncias foram analisadas pelo modelo de regresso linear mltipla. RESULTADOS: A mortalidade por DC mostrou tendncia de queda na maioria dos estados. Observou-se aumento, nos homens, em Pernambuco, para todas as faixas etrias, em Gois, a partir de quarenta anos e na Bahia e Mato Grosso, a partir dos cinqenta anos. Nas mulheres, aumento em Mato Grosso, a partir dos trinta anos, em Pernambuco, a partir dos quarenta anos, e em Gois, nas faixas etrias entre trinta e 49 anos. Em Gois, nas outras faixas etrias, o aumento foi discreto. Para as DIC, aumento da mortalidade para todas as faixas etrias em Mato Grosso e Pernambuco, e a partir dos quarenta anos, na Bahia, Gois e Par. Para as DCbV, aumento da mortalidade para todas as faixas etrias em Mato Grosso e Pernambuco, e a partir dos quarenta anos na Bahia e em Gois. CONCLUSO: Observou-se importante aumento do risco de morte para as doenças circulatrias nos estados menos desenvolvidos do Brasil.

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OBJETIVO: Analisar as tendncias do risco de morte por doenças isqumicas do corao e cerebrovasculares, nas regies Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil, no perodo de 1981 a 2001. MTODOS: Dados de mortalidade por doenças isqumicas do corao e cerebrovasculares nas cinco regies brasileiras foram obtidos atravs do Ministrio da Sade. A fonte de dados foi o Sistema de Informaes sobre Mortalidade (SIM), do Departamento de Anlise da Informao de Sade - Secretaria de Vigilncia em Sade do Ministrio da Sade. A populao das regies e estados teve por fonte o IBGE, censos 1991 e 2000, contagem populacional de 1996 e estimativas populacionais, disponibilizado pelo Datasus. Os dados do SIM foram relativos s seguintes causas de morte: doena cerebrovascular (Cdigo Internacional de Doenças CID-9 430-438, CID-10 I60-I69) e a doena isqumica do corao (CID-9 410-414, CID-10 I21-I25). O estudo estatstico utilizou-se para as anlises inferenciais de modelos lineares generalizados ajustados. RESULTADOS: A tendncia da mortalidade por doena cerebrovascular mostrou declnio nas regies Sudeste, Sul e Centro-Oeste em todas as faixas etrias e sexo. Tambm a mortalidade por doena isqumica do corao declinou nas regies Sudeste e Sul, com estabilizao do risco na regio Centro-Oeste e aumento na regio Nordeste. CONCLUSO: O risco de morte para as doenças circulatrias, cerebrovasculares e isqumicas do corao diminuiu no Sul e no Sudeste, regies mais desenvolvidas do pas, e aumentou nas menos desenvolvidas, principalmente no Nordeste.

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FUNDAMENTO: As doenças circulatrias (DC) so as principais causas de morte no Brasil, com predomnio das doenças cerebrovasculares (DCbV). Nos pases desenvolvidos, predominam as doenças isqumicas do corao (DIC). OBJETIVO: Analisar a relao entre DCbV/DIC em homens e mulheres a partir de 30 anos. MTODOS: As estimativas da populao e os dados de mortalidade para DC, DIC e DCbV foram obtidos do Ministrio da Sade para o perodo entre 1980 e 2005. O risco de morte por DIC e DCbV por 100.000 habitantes e a relao entre DCbV/DIC foram analisados nas faixas etrias decenais a partir de 30 anos. O risco de morte foi ajustado pelo mtodo direto, usando como populao padro a populao mundial de 1960. RESULTADOS: Observou-se aumento exponencial do risco de morte por DIC e DCbV, com o aumento da faixa etria. DCbV foi a principal causa de morte no Brasil at 1996, quando passou a predominar a DIC. Foi observada reduo de 33,25% no risco de morte por DC na populao brasileira. Na regio metropolitana de So Paulo, houve uma diminuio de 45,44%, entre 1980 e 2005. A relao DCbV/DIC foi maior nas mulheres mais jovens: de 2,53 em 1980 e 2,04 em 2005 para a populao brasileira, e de 2,76 em 1980 e 1,96 em 2005 na regio metropolitana de So Paulo, com decrscimo nas faixas etrias subsequentes. Nos homens, a relao DCbV/DIC foi prximo de <1 para todas as faixas etrias. CONCLUSO: Observou-se, no Brasil, uma transio do risco de morte por DC, com predomnio atual das DIC.

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FUNDAMENTO: No mbito da transio epidemiolgica, estudos de tendncia secular podem subsidiar a formulao de hipteses para o gerenciamento em Sade. OBJETIVO: Identificar o padro de mortalidade por doenças do aparelho circulatrio (DAC) no municpio de Ribeiro Preto, SP, no perodo de 1980 a 2004. MTODOS: Os bitos por DAC foram obtidos do Sistema de Informaes sobre Mortalidade (SIM). As estimativas populacionais para o municpio, segundo sexo, faixa etria e anos-calendrio, foram obtidas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE). Os coeficientes especficos de mortalidade foram calculados, anualmente, segundo sexo e faixa etria classificada em intervalos de 10 anos, a partir dos 30 anos de idade. O estudo de tendncia foi realizado por meio da construo de modelos de regresso polinomial para sries histricas, adotando-se nvel de significncia < 0,05. RESULTADOS: Os coeficientes especficos de mortalidade por DAC aumentaram com a idade, em ambos os sexos, sendo mais elevados no sexo masculino at a faixa etria de 40 a 49 anos, quando ocorreu aproximao em magnitude, sendo que, na faixa etria de 80 anos ou mais, esses indicadores, no sexo feminino e em alguns anos da srie, ultrapassaram os do sexo masculino. Ao longo do perodo estudado, em ambos os sexos e em todas as faixas etrias, ocorreu declnio significante das taxas de mortalidade por esse grupo de causas (p<0,001). CONCLUSES: O padro de mortalidade por DAC no municpio de Ribeiro Preto foi similar ao encontrado em regies desenvolvidas, permitindo a formulao de hipteses sobre possveis fatores de proteo que podem explicar o declnio observado.

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Foi desenvolvido um estudo transversal com 651 trabalhadores de diferentes ocupaes. Os participantes responderam a um instrumento de coleta de dados gerais, ocupacionais e relativos ao estilo de vida, alm do "ndice de Capacidade para o Trabalho", desenvolvido por pesquisadores finlandeses. Na anlise dos fatores associados ocorrncia da doena, em estudos relativos s caractersticas sociodemogrficas, foram identificados ser do gnero feminino, ter mais idade e ter baixa escolaridade. Em relao s caractersticas do trabalho, a associao doena ocorreu naqueles com exigncia predominantemente fsica, na maior durao semanal do segundo emprego, no maior tempo de trabalho na instituio. Quanto ao estilo de vida, estiveram associados ocorrncia de doena a obesidade, a longa durao das atividades domsticas e a no-realizao de atividades de lazer.