1000 resultados para Componentes independentes
Resumo:
O grau de interferência causado pelas plantas daninhas na produtividade da cultura de milho pode ser variável, dependendo de qual componente é mais influenciado pela interferência e da contribuição deste componente no rendimento da cultura. Um experimento foi conduzido a campo, durante o ano agrícola 1998/99, na EEA/UFRGS, em Eldorado do Sul-RS, com o objetivo de determinar o efeito da interferência da planta daninha Brachiaria plantaginea (BRAPL) nas características agronômicas, componentes do rendimento e produtividade da cultura de milho. O milho, híbrido AG 5011, foi cultivado no sistema de semeadura direta, sucedendo a cultura de aveia-preta. A adubação do milho foi feita na linha de semeadura com 600 kg ha-1 da fórmula NPK 15-20-20 e em cobertura com 100 e 150 kg ha-1 de N aos 20 e 40 dias após a emergência (DAE), respectivamente. Para obter diferentes densidades de BRAPL nas 60 unidades experimentais estudadas, foram utilizados, em pré-emergência, cinco herbicidas, aplicados em diversas doses. A densidade de BRAPL variou entre 0 e 160 plantas por m². A estatura das plantas de milho não foi afetada pela densidade de BRAPL, e o número de plantas estéreis aumentou linearmente com o incremento da infestação, enquanto o número de espigas por planta reduziu de forma linear com o aumento da densidade. O número de grãos por espiga, peso do grão e rendimento total de grãos foram reduzidos através de uma tendência sigmoidal, com o aumento da infestação. O componente do rendimento que mais contribuiu para a produtividade de grãos do milho foi o número de grãos por espiga.
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O objetivo deste trabalho foi quantificar os efeitos causados pela deriva simulada do herbicida imazethapyr + imazapic nos componentes da produtividade de grãos de arroz irrigado, em função da época de início da irrigação por inundação. Para isso, foi conduzido experimento no ano agrícola 2003/04, em condições de campo, no Centro Agropecuário da Palma (CAP/UFPel). O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, com quatro repetições. A deriva foi simulada pela aplicação de doses crescentes do herbicida imazethapyr + imazapic, correspondendo a 0; 3,125; 6,25; 12,5; 25; 50; e 100% da dose comercial, acrescido de Dash a 0,5% v/v, sobre as plantas de arroz, cultivar BRS Pelota, em estádios fenológicos V3 - V4, com inundação três dias antes ou após a aplicação dos tratamentos. A aplicação foi feita com pulverizador costal, pressurizado a CO2, munido de barra com bicos 110.015 do tipo leque a uma pressão constante de 210 kPa, que proporcionou a aplicação de 150 L ha-1 de calda herbicida. As variáveis avaliadas foram: número de colmos, em estádio R3, número de grãos por panícula, número de espiguetas estéreis, peso de mil grãos e produtividade de grãos, determinados por ocasião da colheita. O herbicida imazethapyr + imazapic reduziu o número de colmos de arroz, o número de grãos e de espiguetas estéreis por panícula, o peso de mil grãos e a produtividade de grãos com o aumento da dose aplicada, quando esta ocorreu em cultura mantida no seco. A antecipação do início da irrigação por inundação, em lavouras semeadas com cultivar suscetível, evita possíveis prejuízos ocasionados por deriva de imazethapyr + imazapic no número de colmos, número de grãos e espiguetas estéreis por panícula, peso de mil grãos e produtividade de grãos.
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O objetivo deste trabalho foi verificar a eficiência de métodos de controle mecânico e diferentes densidades populacionais de picão-preto (Bidens pilosa), capim-braquiária (Brachiaria decumbens) e capim-marmelada (Brachiaria plantaginea) e suas interferências nos componentes de produção do milho, visando o manejo orgânico. O experimento foi instalado em casa de vegetação, no delineamento inteiramente casualizado, com três repetições, no esquema fatorial 3 x 3 + 1. O primeiro fator foi constituído por três densidades de plantas daninhas (duas, quatro e seis plantas por vaso) e, o segundo, pelos manejos: roçada das plantas daninhas nos estádios de quatro e oito folhas do milho; capina das plantas daninhas no estádio de quatro folhas do milho; milho sem controle das plantas daninhas; e o tratamento adicional milho cultivado sem as plantas daninhas (testemunha). O cultivar de milho utilizado foi o UFVM 100, semeado simultaneamente com as plantas daninhas em vasos contendo 18 L de substrato (solo + composto orgânico). Para a espécie Bidens pilosa, a roçada e o tratamento sem controle foram os que mais interferiram na produção de matéria seca (MS) das folhas do milho. Em se tratando das variáveis MS das folhas, dos colmos e dos órgãos reprodutivos do milho, não houve diferenças significativas entre a capina e o tratamento em que o milho foi cultivado sem a planta daninha, indicando que a roçada não proporcionou controle eficiente da espécie Bidens pilosa no cultivo do milho orgânico. Quanto a B. plantaginea, a roçada e a capina proporcionaram o mesmo acúmulo de MS quando o milho conviveu com duas plantas da espécie daninha, porém nas maiores densidades, quatro e seis plantas por vaso, o tratamento com roçada foi semelhante ao sem controle, demonstrando que a roçada é eficiente no controle de B. plantaginea apenas quando esta se encontra em baixa densidade populacional. Para B. decumbens, a densidade de seis plantas por vaso foi a que proporcionou maior redução de MS das folhas do milho, independentemente do manejo.
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Este trabalho foi conduzido com o objetivo de determinar os efeitos de diferentes densidades de plantas daninhas sobre os componentes de rendimento da soja, cv. BRS 243-RR. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, sendo os tratamentos constituídos pela combinação entre dez períodos crescentes de convivência das plantas daninhas com a cultura (0, 0-5, 0-10, 0-15, 0-21, 0-28, 0-35, 0-42, 0-49 e 0-125 dias) e três níveis de infestação (baixa, média e alta). Na área de baixa infestação, a comunidade infestante foi composta principalmente por Brachiaria plantaginea, Ipomoea nil, Euphorbia heterophylla e outras. Nas áreas de média e alta infestação destacaram-se Brachiaria plantaginea, Ipomoea nil, Digitaria horizontalis, Cyperus rotundus e outras. B. plantaginea foi responsável pelo maior acúmulo de fitomassa seca em todos os níveis de infestação. Com relação aos componentes de produção, o número de vagens por planta foi o mais afetado pela competição, com reduções de até 58% na área de baixa infestação, 71% na de média infestação e 78% na de alta infestação. O número de sementes por vagens e peso de mil grãos se mostraram menos responsivos aos efeitos de competição; contudo, houve redução desses parâmetros, indicando relação entre o período de convivência e nível de infestação e os componentes de produção da soja.
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As sinúsias herbáceas e arbustivas são componentes de comunidades florestais pouco pesquisados nas regiões tropicais e subtropicais. Neste trabalho foram estudadas a composição florística e a estrutura fitossociológica destas sinúsias em uma floresta arenosa (restinga) da Planície Costeira do Rio Grande do Sul, Brasil. Os dados fitossociológicos foram obtidos em 30 parcelas de 2 x 2 m. Em cada parcela anotou-se a presença e a altura máxima das espécies herbáceas e arbutivas, e a cobertura foi estimada pela escala de Causton. A composição florística total da área compreende 61 espécies, 52 gêneros e 33 famílias. As famílias que apresentaram mais de duas espécies foram: Poaceae, Commelinaceae, Orchidaceae, Piperaceae, Rubiaceae e Asteraceae. As formas de vida hemicriptófita e caméfita foram as mais representativas. A amostragem fitossociológica resultou em 26 espécies herbáceas e 10 arbustivas, pertencentes a 31 gêneros e 24 famílias. As espécies mais importantes foram Carex sellowiana Schlecht., Oplismenus hirtellus (L.) P. Beauv., Spathicarpa hastifolia Hook. (herbáceas), Pavonia sepium St.-Hil. e Justicia brasiliana Roth (arbustos). A diversidade e eqüidade específica, segundo os índices de Shannon (H') e Pielou (J) estimados pela freqüência, foram 2,98 e 0,84, respectivamente.
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Este estudo teve como objetivos conhecer a flora de árvores e arbustos em um fragmento da Floresta Estacional Semidecídua Montana e verificar se há diferença entre as formações Montana e Submontana no estado de São Paulo. Durante 15 meses foram feitas coletas semanais de flores e/ou frutos de espécies de arbustos, arvoretas, árvores e palmeiras, através de caminhadas nos fragmentos na Fazenda Bela Vista (4º52' W e 22º47' S, 750 a 850 m de altitude). Foram identificadas 151 espécies de 106 gêneros e 47 famílias de angiospermas, sendo os táxons mais ricos em espécies Leguminosae, Myrtaceae, Lauraceae, Rubiaceae, Meliaceae, Piperaceae e Solanaceae, Ocotea, Piper, Machaerium, Miconia, Eugenia e Solanum. Foram comparados levantamentos das formações Montana e Submontana da Floresta Estacional Semidecídua no estado de São Paulo. Os táxons de maior constância relativa e maior riqueza de espécies arbustivas e arbóreas em ambas as formações foram: Leguminosae, Euphorbiaceae, Myrtaceae, Rubiaceae, Lauraceae, Machaerium, Eugenia, Solanum e Croton. A aplicação do teste G indicou que Solanaceae, Asteraceae, Melastomataceae, Aspidosperma, Trichilia e Casearia apresentaram riqueza específica e constância relativa significativamente maiores na formação Montana que na Submontana. Por outro lado, Meliaceae, Rutaceae, Moraceae, Ocotea, Miconia, Myrcia e Ficus apresentaram riqueza e constância significativamente maiores na formação Submontana. Portanto, na Floresta Estacional Semidecídua no estado de São Paulo, há distinção florística entre as formações Montana e Submontana tanto em nível de espécies quanto de gênero e família.
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O presente estudo caracterizou quantitativa e qualitativamente as mudanças nos componentes de parede celular do melão tipo Galia, híbrido Nun 1380, associadas ao processo de maturação. Os frutos foram avaliados em cinco estádios de maturação (I-V). O material de parede celular e suas frações foram determinados por gravimetria. Determinou-se o conteúdo de açúcares neutros na fração hemicelulósica e no resíduo celulósico, o teor de ácidos urônicos e o grau de esterificação na fração de substâncias pécticas, e o teor de cálcio total e ligado. A fração de substâncias pécticas foi submetida à cromatografia de filtração em gel e os açúcares neutros da fração hemicelulósica foram analisados por cromatografia a gás. O conteúdo do material de parede celular (MPC) mostrou pouca variação durante a maturação. O conteúdo de ácidos urônicos da fração péctica e o conteúdo de açúcares neutros na fração hemicelulósica (ramnose, arabinose e glicose) apresentaram tendência de redução com o avanço da maturação do fruto. Praticamente não houve variação para o grau de esterificação (% de esterificação) da fração de substâncias pécticas e para o teor de cálcio ligado. Houve redução no teor de celulose durante a maturação. A cromatografia em gel não revelou tendência de despolimerização das substâncias pécticas.
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Esta pesquisa avaliou as modificações dos componentes estruturais de parede celular do melão tipo Galia (Cucumis melo L. var. reticulatus) durante o armazenamento refrigerado (7°C±1, UR: 88% ±3). O material de parede celular e suas frações foram determinados por gravimetria. Determinou-se o conteúdo de açúcares neutros na fração hemicelulósica e no resíduo celulósico, o teor de ácidos urônicos e o grau de esterificação na fração de substâncias pécticas, e o teor de cálcio total e ligado. A fração de substâncias pécticas foi submetida à cromatografia de filtração em gel e os açúcares neutros da fração hemicelulósica foram analisados por cromatografia a gás. O conteúdo de material de parede celular mostrou pouca variação durante o armazenamento. As variações mais expressivas foram registradas nas frações isoladas da parede celular (fração de substâncias pécticas, fração hemicelulósica e fração celulósica), sendo que para as duas primeiras verificou-se redução durante o armazenamento e para a última observou-se elevação. O conteúdo de açúcares neutros não celulósicos mostrou tendência de redução apenas durante as duas semanas iniciais de armazenamento. Praticamente, não houve alteração no grau de esterificação e nos conteúdos de cálcio total e cálcio ligado. A principal característica foi a manutenção dos níveis de xilose e glicose na parede celular, o que indicou constância do polímero xiloglucana.
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A qualidade industrial de trigo, além de ser afetada pelo genótipo, também é influenciada por fatores ambientes, como as condições meteorológicas prevalecentes durante a permanência da cultura na lavoura. Este trabalho teve por objetivo verificar a influência de variáveis meteorológicas, bem como do déficit e do excesso hídrico do solo, no peso do hectolitro (PH), no peso de mil grãos (PMG), na extração experimental de farinha (EXT), na força geral de glúten (W), na relação P/L (P/L), na microssedimentação com dodecil sulfato de sódio (SDS) e no número de queda (NQ). Foram usados dados de experimentos com trigo EMBRAPA 16, conduzidos nos anos de 1990 a 1998, em sete locais do Rio Grande do Sul e em quatro locais de Santa Catarina. A análise estatística realizada foi de componentes principais. Verificou-se que: a) a precipitação pluvial, a umidade relativa do ar e o excesso hídrico do solo influenciaram negativamente o PH, o PMG, o NQ, a P/L e o rendimento de grãos. O W, a EXT e a SDS foram afetados positiva e negativamente por essas variáveis, dependendo do período de avaliação estudado; b) a temperatura mínima influenciou positivamente a EXT, o W e a SDS. Para as demais variáveis, quando ocorreu influência da temperatura mínima, esta foi negativa; c) a temperatura média associou-se negativamente com o PH, com o PMG, com o NQ e com o rendimento de grãos e positivamente com a EXT e com o W. Para a P/L e para a SDS, a temperatura média afetou tanto positiva quanto negativamente; d) a temperatura máxima correlacionou-se negativamente com o rendimento de grãos e positivamente com a EXT. O W, a SDS e a P/L apresentaram períodos de correlação positivos e negativos com a temperatura máxima; e e) a radiação solar global influenciou positivamente todas as características estudadas, exceto a SDS.
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A Análise Descritiva Quantitativa(ADQ) foi empregada para caracterização das amostras de pós de cacau que representaram a amplitude do delineamento composto rotacional central 2 do processo de alcalinização dos "nibs" de cacau. As variáveis independentes foram faixas de temperatura de 60 a 120 ºC, de tempo de 30 a 150min e de concentração de K2CO3 de 1,22 a 4,78%. Foram avaliadas oito amostras de pó de cacau representativas das variações de cor e aceitabilidade do total das amostras obtidas experimentalmente e duas amostras de marcas comerciais. A análise do aroma foi feita diretamente nos pós de cacau alcalinizados e a dos demais atributos na forma de bebida achocolatada (2% do pó de cacau e 7% de açúcar em leite desnatado esterilizado). Doze provadores selecionados com base no seu poder de discriminação, reprodutibilidade e concordância com a equipe geraram em consenso, pelo método de rede (Kelly's Repertory Grid Method), três termos descritos para o aroma (alcalino, chocolate e queimado) e doze para os achocolatados (solubilidade, marrom, marrom avermelhado, chocolate, queimado, caramelo, doce, adstringente, alcalino, amargo, salgado e corpo). As avaliações das amostras foram feitas monadicamente com três repetições e em cabines individuais. Os dados obtidos foram submetidos a ANOVA, teste de Tukey e Análise de Componentes Principais. As avaliações dos aromas dos pós de cacau mostraram relação direta entre o aroma alcalino e os teores de álcali, temperatura e tempo do processo. De modo geral, os produtos com menores concentrações de K2CO3 (1,22 - 3,00% ) apresentaram aroma e sabor de chocolate mais fortes. Encontrou-se uma relação direta entre os teores de álcali no produto e o sabor alcalino, queimado e adstringente e uma relação inversa com a luminosidade da cor. Assim, as amostras com maior concentração de K2CO3 (4,78%), foram consideradas pela equipe sensorial, as de mais forte sabor e aroma alcalino, queimado e adstringente, assim como de cor marrom e marrom avermelhado mais escura. Todos os processos levaram à obtenção de amostras com alta solubilidade e fraco sabor amargo.
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A acerola é uma fruta muito apreciada por seu alto teor de vitamina C, além de ser fonte de carotenóides e antocianinas, sendo industrializada na forma de polpa congelada e processamento de suco. Investigações dos efeitos do processamento nos constituintes nutricionais de sucos tropicais são escassos. Freqüentemente, as perdas de vitamina C são as únicas avaliadas. Este trabalho objetivou determinar o efeito de operações do processamento (formulação/homogeneização e tratamento térmico) de suco de acerola sobre as características químicas e físico-químicas deste produto. Os resultados desta pesquisa indicam pequenas alterações, observando-se somente uma variação significativa para o pH do suco, apesar de ter havido diminuição dos teores de vitamina C e antocianinas, e aumento do conteúdo de carotenóides, no suco processado.
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A pervaporação é um processo de separação por membranas, no qual misturas líquidas são fracionadas devido à sua vaporização parcial através de uma membrana densa de permeabilidade seletiva. Este processo pode ser utilizado na recuperação e concentração de componentes de aromas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a pervaporação para obtenção de um extrato natural de aroma de caju, que poderá ser utilizado como aditivo na indústria de alimentos. Polpa de caju foi a matéria-prima utilizada no trabalho. O processo de pervaporação foi conduzido a 25 e 35 °C em membranas de polidimetilsiloxano. Foram recolhidas amostras do suco de caju, no início e ao final do processo, e do permeado para a caracterização do perfil aromático através de CG-EM. O processo de pervaporação apresentou um alto fluxo de permeado para o suco de caju, 0,11 e 0,17 kg.hm-2 a 25 e 35 °C, respectivamente. Os cromatogramas revelaram um grande aumento no número de picos nas amostras de permeado em relação aos cromatogramas das amostras do suco de caju original, sendo que cerca de 50% dos componentes identificados no permeado apresentaram um acréscimo em suas áreas em relação aos do suco original, indicando a potencialidade deste processo para a concentração do aroma de caju.
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Nos últimos vinte anos, o consumo de alimentos diet e light tem aumentado sistematicamente, o que tem propiciado o constante desenvolvimento de produtos desse gênero. Grande ênfase tem sido dada àqueles produtos que substituem sacarose por edulcorantes de baixos conteúdos calóricos ou não calóricos. Seguindo esta tendência, adoçantes de mesa têm sido desenvolvidos variando-se amplamente o veículo e o tipo de edulcorante empregado. Neste trabalho, a análise de componentes principais associada à espectroscopia na região do infravermelho médio foi utilizada com sucesso para diferenciar os veículos empregados na produção destes adoçantes, sendo que esta metodologia quimiométrica reduziu o espaço dimensional para dois fatores, explicando cerca de 82-% da variância total dos dados. As variáveis responsáveis por esta discriminação estão localizadas na região da impressão digital do espectro de infravermelho (752,2 a 1284,5 cm-1). A análise exploratória mostrou-se útil para a visualização destes dados, gerando informações semiquantitativas para os adoçantes constituídos por lactose/aspartame, observações que seriam dificilmente visualizadas sem o recurso quimiométrico aplicado.
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A goiaba é um dos frutos tropicais de maior valor nutricional, rico em vitamina C e pró-vitamina A, possuindo uma excelente aceitação para consumo in natura, como também uma vasta aplicação industrial. A vitamina C, os carotenoides, as antocianinas e os compostos fenólicos são considerados substâncias com atividade antioxidante, e seu consumo regular tem ação protetora efetiva contra os processos oxidativos que naturalmente ocorrem no organismo. Este trabalho objetivou estudar a estabilidade da vitamina C, carotenoides totais, antocianinas totais e compostos fenólicos totais do suco tropical de goiaba não adoçado obtido pelos processos de enchimento a quente e asséptico durante 250 dias de armazenamento à temperatura ambiente (28 ± 2 ºC). Os resultados demonstraram que os conteúdos de carotenoides totais e os fenólicos totais não apresentaram variação durante o armazenamento, enquanto que a vitamina C apresentou redução.
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Alguns países, incluindo o Brasil (RDC 344, 2002), instituíram uma regulamentação indicando que farinhas de milho e trigo devem ser enriquecidas com ácido fólico e ferro. O principal objetivo deste trabalho foi a avaliação de algumas características de farinhas enriquecidas usando a Análise por Componentes Principais (PCA). Parâmetros como o teor de ácido fólico, ferro, proteína, lipídios, umidade, cinzas e carboidratos foram avaliados em 30 embalagens de farinhas adquiridas em comércio local. As farinhas de trigo e milho apresentaram, em média, composição centesimal aceitável de acordo com a Legislação Brasileira. Para as farinhas de trigo, a concentração de ácido fólico estava, em média, próxima ao esperado. As farinhas de milho continham quantidade superior da vitamina. Para os dois tipos de farinha, constatou-se teor de ferro acima do valor declarado no rótulo dos produtos. Uma matriz com 30 linhas (amostras) e 7 colunas (variáveis) foi organizada e os dados foram autoescalados. A primeira informação observada foi uma clara diferenciação entre os tipos de farinhas. As farinhas de trigo foram caracterizadas por maior quantidade de proteínas, umidade e cinzas. Por outro lado, as farinhas de milho apresentaram maior concentração de ferro, lipídios, carboidratos e ácido fólico. Foi possível notar também que farinhas acondicionadas em embalagens de plástico apresentaram menor quantidade de ácido fólico (152 µg.100 g-1, em média), quando comparadas às amostras armazenadas em embalagens de papel (259 µg.100 g-1, em média). Esse estudo pode fornecer ferramentas importantes para a avaliação dos programas de enriquecimento de alimentos com ácido fólico, principalmente, por apontar, preliminarmente, para a importância do tipo de embalagem para o acondicionamento das farinhas enriquecidas com a vitamina.