556 resultados para Traumatismos abdominais
Resumo:
A videolaparoscopia (VL) vem contribuindo de forma crescente, para diagnóstico e terapêutica de várias afecções cirúrgicas abdominais, introduzindo profundas mudanças na cirurgia contemporânea. Esse avanço incorporou-se também às urgências traumáticas, fazendo parte da avaliação diagnóstica e, às vezes, da terapêutica do trauma abdominal. Os autores apresentam uma revisão concisa da literatura sobre a VL no trauma, atualizando o tema e discutindo os aspectos mais relevantes das indicações, limitações e complicações do método.
Resumo:
Os ferimentos penetrantes localizados na transição toracoabdominal (FTA), além da dificuldade diagnóstica, merecem especial atenção em relação à conduta adotada para o controle das complicações abdominais. Os autores analisaram 110 pacientes atendidos na Disciplina de Cirurgia do Trauma do Departamento de Cirurgia da UNICAMP, de 1988 a 1998, apresentando ferida penetrante toracoabdominal e submetidos à laparotomia exploradora com drenagem pleural fechada. As fístulas digestivas foram estudadas quanto à incidência, ao tratamento e à evolução pós-operatória. Do total de pacientes, 91 (82,7%) eram do sexo masculino e 19 (17,3%) do sexo feminino. A faixa etária situou-se entre 13 e 63 anos. Os FTA foram causados por projétil de arma de fogo (PAF) em 60 (54,5%) casos e por arma branca (FAB) em 50 (45,5%). As fístulas digestivas ocorreram em seis (5,4%) dos pacientes estudados, sendo quatro (3,6%) casos de fístula pancreática, um (0,9%) de fístula gástrica e um (0,9%) de fístula biliar, todos tratados de maneira conservadora, apresentando evolução favorável com resolução espontânea.
Resumo:
OBJETIVO: A histerectomia é uma operação muito realizada, entretanto há poucos trabalhos na literatura nacional sobre suas indicações, técnica e complicações. O objetivo deste trabalho é avaliar estes procedimentos realizados na Disciplina de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro. MÉTODO: Estudo retrospectivo de 470 histerectomias abdominais e 84 vaginais foi conduzido analisando as indicações, tempo de cirurgia e internação, tipo de incisão e morbidez. RESULTADOS: As principais indicações foram o mioma uterino e o prolapso uterino para as histerectomias abdominais e vaginais, respectivamente. As complicações intra-operatórias aconteceram em 3,4% e as pós-operatórias em 2,4% do total de casos. Nenhuma diferença estatística foi encontrada no número de complicações em relação ao tipo de incisão (vertical ou transversal). O tempo de cirurgia e o de hospitalização foram estatisticamente maiores nas incisões verticais. A hemorragia foi a mais freqüente complicação intra-operatória e a infecção da incisão operatória foi a mais freqüente no pós-operatório. CONCLUSÕES: A histerectomia é um procedimento de baixo risco, no entanto, a realização de revisões sobre indicações e complicações, e a pesquisa de melhores técnicas cirúrgicas são necessárias para torná-la cada vez mais segura.
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Os tumores do intestino delgado são raros e a maioria das lesões neoplásicas sintomáticas é maligna.Os neoplasmas benignos são um pouco mais freqüentes e ambos estão relacionados a um diagnóstico difícil, pois determinam queixas abdominais inespecíficas, comuns a uma grande variedade de afecções digestivas. Exames de imagem e endoscópicos podem ser úteis para o diagnóstico, mas freqüentemente não são conclusivos. Para os blastomas primários, a ressecção cirúrgica é a opção de escolha, porém, para os metastáticos, a terapêutica operatória deve ser reservada para os casos complicados por obstrução, hemorragia ou perfuração. O presente estudo tem por finalidade analisar retrospectivamente 13 casos de lesões malignas do intestino delgado, num período de 28 anos. Verificou-se maior incidência de tumores primários (69,2%) e de linfomas (30,7%). Entre os secundários, as mestástases por adenocarcinoma foram as mais freqüentes (15,4%). Enterectomia segmentar foi o procedimento cirúrgico mais realizado (84,6%) e a mortalidade hospitalar foi de 15,4%. A sobrevida de cinco anos foi nula para os pacientes portadores de metástases, enquanto que para os primários foi de 44,4%, sugerindo um melhor prognóstico para as neoplasias primitivas, independentemente do tipo histológico da neoplasia.
Resumo:
OBJETIVOS: Com o intuito de definir a função da videotoracoscopia no diagnóstico e tratamento no trauma torácico, foram estudados 51 traumatizados por traumas penetrantes ocasionados por arma branca, ferimentos por projétil de arma de fogo ou traumas fechados do tórax, com suspeita diagnóstica por exame clínico e/ou radiológico de lesões torácicas. MÉTODOS: Foram selecionados doentes estáveis vítimas de trauma torácico (pressão arterial sistólica igual ou superior a 90mmHg) com diagnóstico de: hemotórax em 20 (cinco hemotórax estacionários, quatro hemotórax progressivos e 11 hemotórax coagulados), contusões e ferimentos precordiais (três), ferimentos da zona de transição tóraco-abdominal (24), corpo estranho no tórax (dois) e ferimentos transfixantes do mediastino (dois). Todos foram submetidos à videotoracoscopia. RESULTADOS: A videotoracoscopia se mostrou eficiente na investigação diagnóstica nos casos de hemotórax progressivo (quatro casos), hemotórax coagulado (11 casos), contusões e ferimentos precordiais (três casos), ferimentos da zona da transição tóraco-abdominal (confirmação de nove lesões diafragmáticas em 24 traumatizados examinados, 37,5%) e corpos estranhos no tórax, retirada do corpo estranho com sucesso (dois casos). O procedimento também foi eficiente, além do diagnóstico, no tratamento de hemotórax progressivo (ligadura de artéria mamária um caso, cauterização de vasos intercostais um caso), hemotórax coagulado (remoção de coágulos e decorticação, 11 casos) tendo evitado a realização de toracotomia em 33,3% dos traumatizados examinados. CONCLUSÕES: A videotoracoscopia é método eficiente para diagnóstico e tratamento no traumatismo do tórax e ainda pode evitar a toracotomia em expressivo número de pacientes submetidos ao procedimento.
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OBJETIVO: Comparar os inventários da cavidade abdominal, quanto à visibilização das estruturas anatômicas, realizadas pelos métodos videolaparoscópico e laparotômico, no trauma abdominal. MÉTODO: De novembro de 2001 a fevereiro de 2002, 25 pacientes foram submetidos ao protocolo de pesquisa, sendo 21 do sexo masculino e quatro do feminino. A idade média foi de 30,88 anos, variando de 18 a 63. O inventário videolaparoscópico foi realizado de forma padronizada e seqüencial. Em seguida, todos os pacientes foram laparotomizados e o inventário refeito com os mesmos critérios. As estruturas e vísceras abdominais foram classificadas em visualizadas, parcialmente visualizadas e não visualizadas. RESULTADOS: No inventário videolaparoscópico, o lobo esquerdo do fígado, as cúpulas diafragmáticas, a vesícula biliar, a parede posterior da bexiga, o fundo de saco anterior e a face interna da parede abdominal foram completamente visualizadas em todos os casos. As demais estruturas e vísceras intra-abdominais foram completamente visualizadas em percentuais que variaram de 25% a 76%. O inventário videolaparoscópico apresentou sensibilidade de 45,45%, especificidade de 100%, valor preditivo positivo de 100% e valor preditivo negativo de 20%. O inventário laparotômico identificou 78 injúrias e o videolaparoscópico 56. CONCLUSÕES: O inventário videolaparoscópico no trauma abdominal não é eficiente para a visualização e diagnóstico das lesões intra-abdominais. Entretanto é confiável nas dúvidas de penetração para a cavidade abdominal, no diagnóstico das lesões diafragmáticas e tóraco-abdominais, e para excluir lesões da parede anterior do esôfago, estômago e duodeno, parede posterior da bexiga e da vesícula biliar.
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OBJETIVO: Comparar a eficácia de dois esquemas terapêuticos de antibióticos em vítimas de trauma penetrante de abdome com lesão gastrintestinal. MÉTODO: O estudo selecionou de forma prospectiva e randomizada, vítimas de trauma abdominal penetrante com lesão gastrintestinal, dividindo-os em dois grupos, conforme o esquema terapêutico: cefoxitina perioperatória exclusivamente (Grupo 1) e associação de gentamicina e metronidazol por cinco dias (Grupo 2). Os grupos foram estratificados em três níveis de acordo com o Abdominal Trauma Index (ATI) e os desfechos analisados foram complicações infecciosas em nível de sitio cirúrgico e não cirúrgico. Escores de trauma e diversas variáveis foram coletadas, como mecanismo e intervalo trauma - tratamento, choque à admissão, volume transfundido, tempo cirúrgico e lesões de cólon. RESULTADOS: Ambos os grupos foram semelhantes e perfeitamente comparáveis, demonstrando não haver diferença na eficácia entre os esquemas antibióticos. CONCLUSÃO: Para vítimas de trauma abdominal penetrante com lesão gastrintestinal, o uso de cefoxitina restrito ao perioperatório é perfeitamente válido.
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OBJETIVO: Os autores apresentam os resultados de reconstruções esofágicas com retalho microcirúrgico de jejuno obtidos no Instituto Nacional de Câncer entre dezembro de 1998 e março de 2001, ressaltando suas vantagens, desvantagens e suas complicações. MÉTODO: Foram estudados sete pacientes portadores de neoplasias avançadas de laringe, faringe ou da tireóide que foram submetidos no Instituto Nacional de Câncer (Rio de Janeiro-Brasil) à reconstrução esofágica cervical com interposição de retalho livre de jejuno após faringolaringectomia associada à esofagectomia cervical. Foram cinco homens e duas mulheres com uma média de idade de 54 anos (39-66). Três pacientes foram submetidos à reconstrução esofágica imediata e em quatro casos a reconstrução foi tardia, em média após 10,5 meses. RESULTADOS: Não existiram perdas do retalho ou mortes no período pós-operatório avaliado. Das complicações, a mais freqüente foi infecção de ferida operatória (57,1%). Fístulas salivares acometeram dois casos (28,5%) e necessitaram de tratamento cirúrgico. Outras complicações incluíram estenose (14,1%) e hipopafatireoidismo (28,5%). Não houve complicações abdominais. Quatro dos sete casos apresentaram recidiva da doença em um período médio de 16,6 meses. Cinco pacientes reconquistaram uma satisfatória capacidade de deglutição após o procedimento. CONCLUSÃO: A experiência apresentada sugere que o retalho livre de jejuno consiste em um procedimento seguro, com elevados índices de sucesso para reabilitação da via digestiva e com baixos índices de complicações se comparado a outros métodos.
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OBJETIVO: Mostrar a possibilidade da utilização do 1/3 proximal da perna como região doadora para o retalho fasciocutâneo sural de pedículo distal. MÉTODO: Estudo prospectivo de cinco casos operados para o tratamento de feridas de diversas etiologias na região distal da perna e pé, com utilização de retalho sural de pedículo distal abrangendo tecido da região superior da perna. Os tamanhos dos retalhos, e dos pedículos, e a incidência de perda parcial e total dos retalhos foram avaliados. RESULTADOS: Todos os casos tiveram uma evolução final satisfatória, com cicatrização da ferida e preservação anatômica e funcional do membro. Houve necrose parcial da área cutânea em dois retalhos. Não houve perda total de nenhum dos retalhos. Em dois casos necessitamos de mais de um tempo cirúrgico. CONCLUSÕES: A utilização de tecido fasciocutâneo da região superior da perna, correspondente ao trajeto subfascial do nervo, é possível e confere ao cirurgião a possibilidade de confeccionar retalhos mais amplos para tratar lesões mais extensas do tornozelo ou com pedículos mais longos para tratar as regiões do retropé e mediopé.
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OBJETIVO: As lesões traumáticas pancreáticas são pouco freqüentes após trauma abdominal fechado ou penetrante. O objetivo deste estudo retrospectivo é analisar a experiência de um serviço universitário e relatar os fatores prognósticos e o tratamento cirúrgico instituído. MÉTODO: Foram selecionados e revisados os prontuários dos pacientes portadores de trauma pancreático durante um período de nove anos em um hospital universitário nível terciário de trauma e os parâmetros analisados foram: mecanismo do trauma, presença de choque na admissão, grau da lesão pancreática, escore de trauma, tratamento cirúrgico, complicações e mortalidade. RESULTADOS: Oitenta e nove pacientes foram identificados e o diagnóstico foi realizado durante a laparotomia em todos os casos. Os traumas abdominais penetrantes foram responsáveis por 67,4% dos casos. Utilizando a Escala de Lesões de Órgãos, as lesões grau II e III foram as mais comuns e o tratamento foi definido de acordo com o grau e o local da lesão. A mortalidade global foi de 21,3% e significativamente maior nos pacientes que apresentaram choque na admissão, lesões pancreáticas grau IV e V, e Escore de Gravidade da Lesão (ISS) elevado. CONCLUSÕES: A lesão pancreática é um fenômeno raro, porém com elevada mortalidade, que está intimamente relacionada à presença de choque na admissão, ao grau da lesão pancreática e ao escore de trauma.
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OBJETIVO: Mostrar os aspectos fisiopatológicos e as várias formas de apresentação clínica e tratamento das duplicações do tubo digestivo, através da análise de seis casos operados pela equipe de Cirurgia Pediátrica do Hospital da Lagoa, no Rio de Janeiro. MÉTODO: Foram analisados a evolução clínica, os meios empregados no diagnóstico e a conduta terapêutica em seis pacientes portadores de duplicação, cada um deles se apresentando de forma diferente. Uma era duodenal, quatro jejuno-ileais e uma não era ligada ao tubo digestivo e sim ao pâncreas. RESULTADOS: Todos os casos foram operados, sendo que o cisto duodenal foi comunicado por meio de uma janela ao duodeno, os quatro jejuno-ileais foram ressecados juntamente com o intestino adjacente e o cisto que parecia se originar no pâncreas foi ressecado. Em dois casos houve complicações pós-operatória, mas não houve óbitos. CONCLUSÕES: As duplicações devem ser lembradas no diagnóstico diferencial dos tumores torácicos e abdominais, bem como nos quadros de obstrução intestinal e enterorragia. O conhecimento da existência e das características desta malformação possibilitará ao cirurgião agir da melhor forma possível no caso do seu encontro inesperado durante uma operação. É importante lembrar que podem haver anomalias associadas ou mais de uma duplicação. Se houver suspeita antes da operação, elas devem ser estudadas pelos meios semióticos apropriados, para se tomar a melhor conduta para o caso.
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OBJETIVO: O trauma da laringe é pouco freqüente. O objetivo do presente trabalho é avaliar os procedimentos e resultados no tratamento destas lesões. MÉTODO: Este trabalho baseou-se em estudo prospectivo de 35 de pacientes com trauma de laringe atendidos no período de janeiro de 1990 a abril de 2003. RESULTADOS: A média de idade foi de 31,4 anos, sendo 30 pacientes (85,7%) do sexo masculino. O mecanismo predominante foi o trauma penetrante (30 casos - 85,7%), a maioria causada por ferimento por projétil de arma de fogo (17 casos - 48,6%). Dez pacientes (28,6%) necessitaram de intubação traqueal na admissão hospitalar e o valor médio do RTS foi de 7,28. As observações mais freqüentes no exame clínico das vítimas de trauma penetrante foram exposição de cartilagens da laringe (30%) e saída de ar pelo orifício do ferimento cervical (30%). Nos cinco pacientes (14,3%) com trauma contuso o achado mais freqüente foi enfisema subcutâneo (80%).O tratamento foi cirúrgico em 34 pacientes (97,1%), através de cervicotomia em colar na maioria dos casos (91,2%). A cartilagem tireóide foi a mais lesada (20 casos - 57,1%). Em 33 pacientes operados a lesão foi tratada com sutura, associada a traqueostomia em 24 casos (72,7%). Lesões cervicais associadas ocorreram em 20 casos (57,1%), sendo mais comum as de veia jugular (10 casos). A média do ISS e do TRISS foram, respectivamente, 16,3 e 0,93. A morbidade relacionada diretamente à lesão laríngea foi de 34,3% (12 casos), sendo mais freqüente a disfonia (seis casos). Foi necessária a reexploração cervical em dois pacientes, um devido a abscesso cervical e outro, tardiamente, por estenose supra-glótica, este último tratado com molde. Dois pacientes apresentaram complicações tardias, um com disfagia e outro com disfonia. A mortalidade pós-operatória foi de 5,7% (dois casos), decorrente de complicações não relacionadas ao trauma laríngeo. CONCLUSÕES: A utilização de condutas padronizadas na abordagem do paciente com trauma de laringe, tanto no diagnóstico como no tratamento definitivo, resulta em menor taxa de seqüelas definitivas.
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RESUMO OBJETIVO: Pacientes vítimas de trauma cardíaco morrem, na maioria das vezes, antes de receberem atendimento médico. Porém, são poucos os estudos epidemiológicos deste tipo de lesão descrevendo a porcentagem de pacientes que chegam a ser tratados. O objetivo do presente trabalho é avaliar as características das vítimas de trauma cardíaco através da interpretação de laudos de necropsia. MÉTODO: Foram revisados 1.976 casos de óbito por causas externas submetidos a necropsia no Instituto Médico Legal de Campinas, num período de dois anos. Os casos foram divididos em dois grupos: I, trauma penetrante; e II, trauma fechado. RESULTADOS: Houve predomínio dos traumas penetrantes (1.294 casos - 65,5%). Trauma cardíaco foi identificado em 359 laudos (18,2%), sendo 296 do grupo I e 63 do grupo II. No grupo I, 73,6% dos óbitos ocorreram no local do trauma e apenas 18 pacientes (6%) foram atendidos em hospital e submetidos a toracotomia. No grupo II o tratamento cirúrgico foi indicado em dois dos 14 traumatizados (3,2% dos traumas fechados) admitidos com presença de sinais vitais. A câmara cardíaca mais acometida no grupo I foi o ventrículo esquerdo (lesão isolada em 24,6% dos casos) e no grupo II o ventrículo direito (25%). CONCLUSÕES: Conclui-se que as lesões cardíacas são eminentemente fatais e apenas 5,6% destes traumatizados que morreram chegaram a receber tratamento efetivo.
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OBJETIVO: Avaliar o atendimento ao paciente portador de traumatismo torácico. MÉTODO: Estudo retrospectivo de 168 casos de trauma do tórax, com ênfase na abordagem inicial, conduta operatória e cuidados pós-operatórios. RESULTADOS: Dos 168 pacientes, 120 eram do sexo masculino e a média de idade encontrada foi de 35,5 anos. Dez pacientes foram toracotomizados de urgência, quatro por ferimento cardíaco, quatro devido à lesão de vasos pulmonares, um por lesão do saco pericárdico e outro do pedículo pulmonar. Os demais tiveram suas condições clínicas corrigidas através de simples drenagem torácica do hemitórax atingido. Ocorreram dois óbitos não cirúrgicos e um devido à insuficiência respiratória. CONCLUSÕES: O traumatismo torácico, além de ser muito freqüente, é na maioria das vezes, de fácil resolução. Podem ocorrer, no entanto, lesões torácicas graves envolvendo órgãos vitais que merecem intervenção mais agressiva e perícia técnica, com suporte hospitalar de alto nível.
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OBJETIVO: A expansão tecidual é um fenômeno, que pode ser observado na gravidez e no crescimento de tumores. A expansão controlada, descrita pela primeira vez em 1957, foi aprimorada e desenvolvida em quase todas as regiões corpóreas, a partir da década de 80. A expansão tecidual, nos membros inferiores, tem se mostrado de difícil realização devido à pouca elasticidade da pele, principalmente no 1/3 inferior da perna e do pé. Ocorre ainda falta de anteparo rígido, circulação terminal, restrição das atividades físicas dos pacientes durante a fase de infiltração e maior índice de complicações, o que restringe suas indicações. O objetivo deste trabalho é descrever nossa experiência com a expansão tecidual nos membros inferiores. MÉTODO: Estudo de 24 procedimentos de expansão nos membros inferiores indicados no tratamento de hemangioma (4,2%), seqüela de poliomielite (8,3%), seqüela pósqueimadura (33,3%) e pós-trauma (54,2%). RESULTADOS: Das expansões realizadas, tivemos sucesso no resultado prévio planejado, em 19 casos (79,1%) e insucesso em quatro casos (16,7%), nos quais o resultado final foi parcial, e um caso (4,2%), com interrupção precoce da expansão, em que não se obteve qualquer resultado. CONCLUSÕES: A expansão nos membros inferiores é viável, com menor índice de complicações, desde que se faça uma seleção adequada dos pacientes e se adote uma sistematização para a colocação, período de infiltração e retirada do expansor.