999 resultados para Sociologia da juventude
Resumo:
Williams elabora o conceito de estrutura de sentimento de diversas maneiras em vários trechos importantes de sua obra. Este conceito adquire uma signifi cância metodológica especial ao relacionar o extraordinário da literatura imaginativa ao ordinário do processo cultural. Ele é empregado particularmente para mostrar o sentido de literatura na articulação de alternativas para as visões dominantes de mundo, e, consequentemente, para a política da mudança social. As diferentes formulações do conceito apresentadas por Williams são discutidas através da maneira como a experiência refl exiva se relaciona com as estruturas institucionais, com o estruturalismo genérico de Goldmann e com os conceitos de “habitus” e campo cultural de Bourdieu. Três tipos de críticas são levados em conta e têm em comum a ideia de que o conceito não é claro. Ao ser usado na análise da literatura e seus símbolos, este conceito pode contribuir para o esclarecimento da complexidade dos processos de comunicação refl exiva da experiência, que estão enraizados na ordem e na mudança social.
Resumo:
Na efrevescência político-social que marcou as décadas de 1920 e 1930 no Brasil, quatro grandes temas ganhavam destaque e apareciam como bandeira comum à maioria dos atores em luta: industrialização, revolução, racionalização e educação. Em São Paulo, em meio as lutas pela universalização de uma vontade particular, o tema da educação ganha cores mais vivas, seja como lugar previlegiado do confronto político, seja, ao contrário como elemento aglutinador de grupos com interesses divergentes - como se pode observar quando do fortalecimento da bandeira da união em torno dos interesses paulistas. Bandeira essa que chega a transformar-se em forte mistica a partir do Movimento Constitucionalista de 1932: somente São Paulo seria capaz de fornecer homens suficientemente competentes para compor a elite dirigente do Brasil, um pais que passava por um período de grave crise provocada, principalmente, pela inexistência de uma sólida estrutura educacional moderna que fosse capaz de reeducar as massas e formar técnicos competentes para administar as coisas públicas. Com o fim do Movimento de 32, que havia sustentado uma aliança de diferentes grupos paulistas, entre eles o grupo político do jornal O Estado de São Paulo, principal responsável pelo projeto de criação da Universidade de São Paulo em 1934, e o núcleo de empresários representados pela FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) -, as práticas políticas particulares são retomadas. Em 1933, os empresários tomam a dianteira criando a Escola Livre de Sociologia e política, que aparece como um dos mais importantes atos políticosda grande indústria no Brasil. No discurso de inauguração, Roberto Simonsen, presidente da FIESP, admitindo a necessidade de reformulação do velho liberalismo ortodoxo e defendendo um Estado neo-liberal, indica a prática de largos horizontes com a qual essa escola deveria estar comprometida: a instituição de verdades científicas sobre a realidade brasileira, capazes de proporcionar os instrumentos necessários para garantir a correta ação de um Estado normatizador da sociedade segundo a vontade da grande indústria.
Resumo:
O tratamento dado pelos manuais à questão do método torna ausentes caracterizações de natureza ontológica, gnoseológica, epistemológica e antropológica. Em concreto, isso significa um esvaziamento da Sociologia como empreendimento (científico) total. É algo cujo sinal mais evidente é dado pela redução da ciência ao método. Rigorosamente, tal redução implica uma sobrevaloração do método e acarreta uma verdadeira desvaloração da Sociologia como investimento com intencionalidade científica.
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O artigo desenvolve uma reflexão acerca da contribuição de Fernando Azevedo para a institucionalização da sociologia no Brasil, dando ênfase também a seu papel no processo de modernização ocorrido no país entre as décadas de 1930 e 1960. Nesse sentido, o trabalho procura articular “texto” e “contexto”, como uma opção metodológica, e aponta como hipótese principal que a trajetória institucional e as obras de Azevedo representam um caminho profícuo para se revisar criticamente algumas das explicações canônicas sobre a história das Ciências Sociais no Brasil. Em particular, são destacadas aquelas interpretações que abordaram o tema privilegiando o processo de institucionalização como viés explicativo, inclusive, dando ênfase à década de 1960 como o seu marco inicial. Como resultado do ângulo adotado foi possível chegar a uma versão distinta, ainda que preliminar, dessa história, mostrando que Fernando de Azevedo ocupou um lugar destacado tanto para a institucionalização das Ciências Sociais quanto para o processo de modernização do país.
Resumo:
Alessandra Santos Nascimento discute, neste livro, o papel desempenhado por Fernando de Azevedo (1894-1974) na institucionalização da Sociologia no país, refletindo também acerca de atuação do sociólogo, professor e escritor mineiro radicado em São Paulo no processo de modernização do Brasil entre as décadas de 1930 e 1960. A pesquisadora lança a hipótese de que a trajetória institucional e a obra de Fernando Azevedo - que escreveu perto de duas dezenas de livros e centenas de ensaios e artigos, principalmente para o jornal O Estado de São Paulo - demonstram que a história das Ciências Sociais no Brasil demanda uma interpretação diferente da que hoje vigora quase como um cânone: a de que sua institucionalização teria ocorrido a partir da década de 1960. Para a autora, a atuação de Azevedo mostra que tal processo começou bem mais cedo: no fim dos anos 1920 ele já despontara como significativo intérprete da cultura nacional, apaixonado humanista e importante construtor institucional do que aos poucos se tornariam as Ciências Sociais brasileiras.
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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In 2008 two laws that changed the didactic- pedagogic and administrative organization of vocational schools were enacted: the Law 11.741/2008, which incorporated the Technical Professional Education for the Middle Level to Basic Education; and Law 11.892/2008,which has transformed Agrotechnical Schools, the CEFET 's and some technical schools linked to universities into Colleges of Education, Science and Technology (IFs). These institutions have been operating at all levels and types of education provided in the Law of Directives and Bases of National Education number 9394/1996, with the exception of Early Childhood Education. Vocational and training schools, which gave origin to the IFs,have historically restricted youth education to teaching professional techniques, but due to the reformist laws, they were led to revise their conceptions of work and education. Thus, the goal of this article is to analyze the concepts of Basic Education and work that permeate these laws and the organization of educational work at IFCE. Have these laws been promoting a rupture with the history of vocational education in the country? Have the IFs been accomplishing a teaching job in addition to technical training? The choice for these questions was motivated by two main reasons: a) Vocational Education in the aforementioned institutions have traditionally been restricted to the qualication of the labor force for learning a technical profession, without relating it to issues that concern basic education; b) The Reform of Basic Education, from 1990 to 2013, was conducted in the context of capital's structural crisis and aimed to adapt the educational system to the demands of productive sectors. Thus, the main objective of this paper is to explain the contradictions that exist in project of formation of the working class, in the context of a conictual society divided into classes, a situation that alienates the youth to live this time forever.
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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Pós-graduação em Educação Escolar - FCLAR
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Neste estudo desenvolvemos algumas reflexões sobre possíveis relações entre ecologia, cultura do consumo e juventude. Partimos da hipótese de que a juventude, estando mais vulnerável às investidas do mercado, em uma sociedade marcada pelo “hiperconsumo”, se encontra em frágeis condições para a formação de atitudes mais saudáveis nas relações com o seu ambiente compreendido nas dimensões física, grupal e da própria subjetividade. As relações entre ecologia, cultura de consumo e juventude são estudadas por meio da coleta dos sentidos produzidos por adolescentes e jovens que se configuram nas chamadas “tribos urbanas”, tais como se expressam em letras de músicas e em discursos colocados em circulação na rede internacional de comunicação. Trazemos para o conjunto de nossas reflexões algumas letras de músicas de grande sucesso compartilhadas entre a juventude, especificamente aquelas intituladas “emocore” ou “hardcore emocional”, que configuram um estilo de grupo em seu viver urbano. Rastreamos nas músicas as marcas de um estilo de vida em suas conexões com modos de consumo e com arranjos de sentidos no dinâmico movimento da cultura. Também colocamos em evidência um conjunto de falas que nos permitem identificar outras marcas de relações entre o jeito de ser jovem e as possíveis buscas de soluções para problemas existenciais por meio da composição de modos de consumo. Deste modo, a abordagem da ecologia sustenta a instituição de um ambiente cultural em que acertos de convívios estabelecidos no interior de um determinado grupo implicam em formas de consumo.